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Nosso Encontro com o

Maternar
Segundo Encontro
Espaço de partilhas
FISIOLOGIA DA
GRAVIDEZ E DO PARTO
Placenta, Bolsa Amniótica e Cordão Umbilical
Tipos de Parto
• Parto Natural – sem intervenções, autonomia mãe-bebê
• Parto Normal – com intervenções farmacológicas
• Parto na Água (Leboyer)
• Parto Induzido
• Parto por Vácuo ou Fórceps
• Cesariana
Posições e
apresentações do bebê
Posições do Bebê

• Posição refere-se a se o feto está virado para trás (para as costas da mãe, ou


seja, voltado para baixo quando a mulher deita-se sobre as costas) ou para
frente (virado para cima).

• Apresentação refere-se à parte do corpo do feto que sai primeiro pelo canal


vaginal (chamada de parte de apresentação). Em geral, a cabeça fica na frente,
mas às vezes às nádegas ou os ombros estão na frente.
Trabalho de Parto e
suas fases
Contrações na Gravidez

CONTRAÇÕES DE TREINAMENTO CONTRAÇÕES DE PARTO

Desconfortáveis, porém indolores Dolorosas

Param na mudança de posição Não param na mudança de posição

Não há aumento de intensidade Aumento de intensidade

Curta duração Longa duração

Atingem apenas uma parte da barriga Atingem a barriga toda e as costas


Dilatação Uterina
Fases do Parto

• Pródomos
• Fase latente
• Fase Ativa
– Dilatação
“Partolândia” – a fase ativa demanda da mulher
– Expulsivo grande concentração no parto, fazendo com que
– Dequitação ela se sinta em um mundo à parte.
Pródomos ou Período Premonitório

• Caracteriza-se por adaptações fisiológicas, com duração extremamente variável, que


antecedem o trabalho de parto;
• Observa-se aumento gradual da atividade uterina – contrações com ritmo irregular, não
coordenadas, por vezes dolorosas;
• Amadurecimento do colo uterino – amolecimento, alteração da sua orientação no eixo vaginal
e princípio do seu encurtamento (apagamento).
• Acomodação do polo fetal ao estreito superior da pelve;
• Aumento das secreções cervicais – perda do tampão mucoso – eliminação de muco, por
vezes acompanhado de sangue;
• Descida do fundo uterino, caracterizado por seu abaixamento em cerca de 2 a 4 cm.
Incômodos na região lombar,
contrações e cólicas podem
incomodar a gestante, atrapalhando
inclusive o sono.

Para aliviar os sintomas, banhos


mornos e relaxantes, além de
descansar sempre que possível.
Fase Latente
• Corresponde ao final do período premonitório e início do
trabalho de parto, quando as contrações, embora rítmicas,
são incapazes de promover a dilatação do colo uterino.
• Nesse momento, dá-se a preparação para o trabalho de
parto. Assim, após os primeiros sinais de ruptura da bolsa e
primeiras contrações rítmicas, a mulher deve se direcionar
ao centro de assistência (CPN ou Hospital) em até 6 horas.
• A mulher ainda consegue interagir e conversar entre as
contrações.
• Pode ocorre ou não rompimento de bolsa.
• Intensidade moderada da dor.
• Dilatação até 4 cm em média.
Fase Ativa ou Trabalho de Parto

• Tipicamente o diagnóstico é feito por contrações uterinas que


resultam em dilatação e/ou apagamento cervical:
• Contrações uterinas regulares (rítmicas), em geral dolorosas, que se
estendem por todo o útero.
• Frequência mínima de 02 contrações a cada 10 minutos, duração
maior que 15 a 20 segundos, mantidas após repouso no leito, por
período mínimo de 30 minutos.
• Colo uterino dilatado para, no mínimo 2 cm, centralizado e com
apagamento parcial ou total, com modificação progressiva.
1ª Fase: dilatação

• O trabalho de parto começa quando as contrações se tornam


regulares, com intervalo de 5 minutos entre uma e outra e
persistentes durante pelo menos uma hora.
• É geralmente no final dessa fase que a bolsa se rompe, porém,
em algumas mulheres, a bolsa pode se romper antes mesmo do
trabalho de parto começar. 
• Em média 3 contrações em 10 min, duração de 1 min a 1
min e meio.
• Dilatação a partir de 5/6 cm
• Dor começa a ficar mais intensa
• Pode ocorrer vontade de vomitar
• Acesso a Partolândia.
2ª fase: expulsão

• As contrações se tornam mais intensas e o


canal do colo do útero já está totalmente
dilatado. Assim, o bebê começa a encaixar para
nascer.
• Nesse momento, surge uma vontade irresistível
de fazer força e é importante fazer força na
mesma hora que as contrações vierem.
• Quando a cabeça do bebê estiver próxima da
vagina, a mãe sentirá um ardor e o médico
poderá pedir para que ela diminua a força.
• Dessa forma, o bebê nasce mais lentamente e,
assim, diminui o risco de lesões no períneo.
Fase de transição

Sensação de pressão na vagina


• A partir de 7 cm
• Dor intensa e vontade de desistir
• Náuseas podem ocorrer
• Vocalizações mais intensas
• Sangramentos/fluídos
Expulsivo

• Dilatação total;
• Sensações de puxo;
• Pode haver uma redução do ritmo de
contrações;
• Dor mais intensa;
• Vontade de evacuar "círculo de fogo”.
• O bebê já nasceu, as contrações continuam,
3ª fase: Dequitação
mas com bem menos intensidade para que a
placenta seja expelida. Esse momento dura de
cinco a dez minutos.
• Cólicas leves seguidas após o "nascimento" da
placenta;
• Costuma ocorrer em até uma hora após o parto;
• HORA DOURADA;
• Recuperação;
• Retração uterina;
• Formação de coágulos;
• Prevenção de hemorragias.
Posições para o parto
PN: Posições para o Parto

• Cada parturiente deve encontrar a melhor posição conforme seu corpo e


anatomia:
• São diversas as posturas e apoios que auxiliam a mulher durante o trabalho
de parto.
Exercícios para o Parto
Indução do Parto
Indução do Parto

• Se passar de 41 semanas, opta-se pela indução do parto antes da decisão


pelo procedimento cirúrgico;
• Não farmacológica:
– Descolamento de membranas
– Acupuntura
– Balão intracervical

• Farmacológica:
– Prostaglandinas via vaginal
(Misoprostol)
– Ocitocina Sintética
Ocitocina Sintética
Alívio da Dor
Alívio de Dor Materna

• Imersão em água (de preferência quente);


• Técnicas de massagem;
• Técnicas de Relaxamento;
• Acupuntura;
• Músicas de preferência da mãe;
• Hipnose;
• Métodos não-farmacológicos.
Alívio de Dor Materna

• Respiração
• Vocalizações
• Calor
• Rebozo
• Aromoterapia
• Movimentos e posições.
Alívio de Dor Materna

• Analgesia inalatória: óxido nitroso a 50%;


• Analgesia intramuscular e endovenosa;
• Analgesia regional.
Aspectos Fetais
Maturidade do Feto

• Até 37 semanas: prematuridade ou pré-termo


• De 37 a 41 semanas: A termo
• Após 42 semanas: pós-termo ou pós-maturidade
Sofrimento Fetal

• O sofrimento fetal é uma complicação pouco comum do trabalho de parto.


Geralmente ocorre quando o feto não recebe oxigênio suficiente.

• A gestação é muito longa (pós-maturidade);


• Frequência cardíaca: variação durante o parto;
• Presença de mecônio na bolsa de água (depender do caso);
• Diminuição dos movimentos fetais;
• Sangramento vaginal;
Mecônio
Cesariana ou Parto
Cesárea
Indicações

• Indicações Absolutas
– Desproporção céfalo-pélvica (cabeça do feto e tamanho da pelve da mãe),
cicatriz uterina prévia corporal, situação fetal transversa (deitado ou na
horizontal), herpes genital ativo, prolapso de cordão, placenta prévia oclusiva
total (placenta antes do bebê) e morte materna com feto vivo;

• Indicações Relativas
– Feto não reativo em trabalho de parto, gestante HIV positivo (dependendo da
carga viral), descolamento prematuro de placenta (dependendo do estágio do
parto), apresentação pélvica, gravidez gemelar (dependendo da relação entre
os fetos), macrossomia fetal (peso ao nascer entre 4.000 e 4.500 g), cesárea
prévia, cérvice desfavorável à indução do parto, psicopatia.
Riscos da Cesariana Mal indicada

Os riscos da cesariana desnecessária e agendada para a mãe são:


• Maior risco de morte para a mãe (infecções)
• Recuperação materna após o parto é mais devagar
• Descida do leite demora mais (falta de ocitocina)

Os riscos da cesariana desnecessária e agendada para o bebê


• Maior risco do bebê nascer prematuro
• Maior risco do bebê ter problemas respiratórios
• Maior risco de obesidade para os bebês (mudanças na microbiota intestinal dos
bebês).

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