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Classificação das

Fraturas

Juliano Voltarelli
Gabriel Quialheiro
Marcello Castiglia
“Uma classificação é útil somente se
considerar a gravidade da lesão óssea e
servir como uma base para o tratamento e
para a avaliação dos resultados”
Maurice E. Muller
Introdução:
 A base para toda atividade clínica deve provir de dados
bem fundados
 As classificações antigas eram habitualmente
independentes e descoordenados, pouco úteis para
comparações
 Uma classificação de fraturas deve ser adaptável
 A estrutura de notação alfanumérica serve para guiar a
avaliação da fratura pelo cirurgião
 O ponto chave da classificação de fraturas é a descrição
exata
Princípios da classificação de
fraturas:
 Identificar a “essência” da fratura
 Cada osso ou região do osso é numerada
e os ossos longos são divididos em 3
segmentos
Plano da classificação:
 As fraturas de cada segmento ósseo são
divididas em 3 tipos, com subdivisão
posterior em 3 grupos e em seus
subgrupos, gerando uma organização
hierárquica em tríades
Plano da classificação:
Plano da classificação:
 A subdivisão definitiva de cada grupo em
subgrupos em geral é possível somente após a
cirurgia
 Os grupos e subgrupos estão arranjados em
uma ordem ascendente de gravidade, de acordo
com as complexidades morfológicas das
fraturas, de acordo com as dificuldades
inerentes no seu tratamento e de acordo com
seu prognóstico
Plano da classificação:
 Qual é o osso?
 Qual é o segmento ósseo?
 Qual é o tipo de fratura?
 Qual é o grupo?
 Qual é o subgrupo?
Ossos, segmentos, tipos e grupos:
Ossos, segmentos, tipos e grupos:
Codificação do diagnostico das
fraturas:
 Combinação da localização anatômica da
fratura com suas características morfológicas
 Produz um código de 5 elementos para a fratura
 2 números de localização, seguidos pela letra
indicando o tipo de fratura, e 2 números que
expressam as características morfológicas da
fratura
Codificação do diagnostico das
fraturas:
Segmentos ósseos:
 Cada osso longo tem 3 segmentos:
1. Segmento proximal
2. Segmento médio( diafisário )
3. Segmento distal e para tíbia - fíbula
distal
4. Segmento maleolar
Segmentos ósseos:
 O segmento maleolar é uma exceção
 Para determinar os limites entre o segmento
médio e segmentos das extremidades, estes
são definidos por um quadrado cujos lados são
do mesmo comprimento que a parte mais larga
da epífise
 Nessa classificação nenhuma distinção é feita
entre epífise e metáfise
Segmentos ósseos:

Exceções para o segmento 31 e 44


Centro da fratura:
 O termo centro significa o que ele diz
 O centro de uma fratura complexa é
somente identificável após a redução
 O tipo e o grupo são prontamente
identificáveis, enquanto o detalhes finais
dos subgrupos e das qualificações as
vezes só aparecem após a redução
Os ossos longos:
 Dois números designam a localização
anatômica( um para o osso e outro para o
segmento)
Os ossos longos:
 Ossos  Tipos
 1=úmero  A= Fraturas simples
 2=radio/ulna  B= Fraturas em cunha
 3=fêmur  C= Fraturas
 4=tíbia/fíbula complexas
Os ossos longos:

Tipo A= Fratura simples


Tipo B= Fratura em cunha
Tipo C= Fraturas complexas
Os ossos longos:
Tipo A= Fratura extra-
articulares
Tipo B= Fratura articulares
parciais
Tipo C= Fraturas articulares
complexas
Grupos, subgrupos e qualificadores
ou modificadores:
 Cada tipo(A, B ou C) pode ser dividido em 3
grupos de fratura(1, 2 ou 3), em um processo
facilitado pelo questionamento binário
 Para requisitos mais especializados, esses
grupos são divididos em 3 subgrupos(.1, .2
ou .3), e , em áreas de complexidade particular
podem ser aplicadas subcategorias, conhecidas
como qualificadores
Exemplos de codificação de fratura
sem subgrupo:

32-B2

Fêmur Diáfise Cunha Cunha de


flexão

3 2 B 2 32-B2
Exemplos de codificação de fratura
com subgrupo:

33-C3.3

Segmento Articular
Fêmur Multifragmentar Metafisária
distal completa
complexa

3 3 C 3 .3 33-C3.3
Exceções:
 Úmero proximal(11-)
 Tipo A= extra-articular
uni focal
 Tipo B= extra-articular
bifocal
 Tipo C= articular
Exceções:
 Fêmur proximal(31-)
 Tipo A= área
trocantérica
 Tipo B= Colo
 Tipo C= Cabeça
Exceções:
 Segmento
maleolar(44-)
 Tipo A= nível infra-
sindesmal
 Tipo B= nível
transindesmal
 Tipo C= nível supra-
sindesmal
Exemplo da classificação da fratura
do fêmur distal(33-) em grupos(1-3)
 33-A1= simples
 33-A2= cunha
metafisária
 33-A3= metafisária
complexa
Exemplo da classificação da fratura
do fêmur distal(33-) em grupos(1-3)
 33-B1= côndilo
lateral, sagital
 33-B2= côndilo
medial
 33-B3= frontal
Exemplo da classificação da fratura
do fêmur distal(33-) em grupos(1-3)
 33-C1= articular
simples, metafisária
simples
 33-C2= articular
simples, metafisária
multifragmentar
 33-C3= articular
multifragmentar
Classificação das lesões
vertebrais:
 5= coluna
 51= cervical
 52= torácica
 53= lombar
Classificação das lesões
vertebrais:
 Forca compressiva, que causa lesões por
compressão e explosão= Tipo A
 Forca tênsil que causa lesões com ruptura
transversa= Tipo B
 Torque axial, que causa lesões
rotacionais= Tipo C
Classificação das lesões
vertebrais:
 Exceções as fraturas da coluna cervical
de C3 à C5, onde as lesões por distração
são mais graves que as lesões por
rotação, recebendo a letra C na
classificação
FIM

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