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Consultoria, Auditoria

e Treinamento
Instrutor:
Erickson Polidorio Intima

TREINAMENTO DE PPAP
4ª EDIÇÃO
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Production Part Approval Process


PPAP 4ª Edição PPAP
Fourth Edition

Processo de Aprovação
de Peça de Produção

Ford •GM
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OBJETIVO
• Capacitar os participantes a interpretarem e
prepararem relatórios de aprovação de amostras de
produtos e processo conforme Manual do PAPP 4ª
Edição AIAG, com foco nos clientes e fornecedores da
organização.
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Propósito
Determinar se todos os requisitos dos clientes
relativos a desenho e especificação são
adequadamente compreendidos pelo fornecedor e se
o processo de manufatura tem o potencial necessário
para produzir atendendo a estes requisitos durante
um lote de produção real e na taxa de produção
cotada.
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APLICABILIDADE

• FORNECEDORES INTERNOS OU EXTERNOS;

• MATÉRIAS PRIMAS, MATERIAIS DE PRODUÇÃO,PEÇAS DE


PRODUÇÃO E SERVIÇOS;

• NOTA : PARA MATERIAL A GRANEL SÓ QUANDO REQUERIDO


PELO CLIENTE;

• PEÇAS OU SERVIÇOS DE CATALOGO A MENOS QUE


DISPENSADO PELO CLIENTE;
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SEÇÃO 1 - GERAL
1.1 Submissão do PPAP
A organização deve obter aprovação do representante autorizado do
cliente para:
- Uma nova peça ou produto
- Correção de uma discrepância em uma peça submetida

previamente
- Produto modificado devido a uma alteração de engenharia em
em desenhos, especificações e materiais;
- Alterações de projeto, processo, ou site ( Veja Seção 3 –
Notificação ao cliente)
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.1 - Corrida de Produção significante


Deve ser de 1 a 8 horas de produção, e
quantidade produzida mínima de 300 peças consecutivas, a menos que
especificado ao contrario pelo cliente,
Deve ser conduzida no local de produção, na taxa de produção, usando
ferramental, meios de medição, processos e material de produção e
operadores de produção .
Para materiais a granel não é requerida um numero de peças. A amostra
submetida poderá ser representativa.

2.2 – Requisitos do PPAP


A organização deve atender aos requisitos do PPAP listados (2.2.1 a 2.2.18)
Peças de produção devem atender a todos os requisitos de engenharia,
desenhos e especificações, incluindo requisitos de segurança e
regulamentação.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.1 – Registros de Projeto / Desenhos

A organização deve ter o desenho do produto, incluindo componentes


e detalhes. Formato eletrônico (CAD/CAM) deve produzir copia física.

Nota 1 – Para cada produto haverá apenas um desenho,


Nota 2 – Um desenho pode representar múltiplas configurações de peças ou
montagens. (Desenho Tabelado)
Nota 3 - Produtos “black box” o desenho deve especificar as interfaces e os
requisitos de performance.
Nota 4 - Peças de catalogo, o desenho pode consistir somente na especificação
funcional ou uma referencia a uma norma industrial reconhecida.
Nota 5 – Para material a granel, identificação de matéria-prima, formulação,
etapas e parâmetros de processo, especificação final e critérios de aceitação.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.1.1 – Reportando a Composição do Material

Prover evidencia de que a Composição do


Material está de acordo com os requisitos
específicos dos cliente.

Os materiais informados podem ser acessados no


IMDS(International Materials Data System) ou
outro método / sistema especifico do cliente.

Disponível no site:
http://www.mdsystem.com/index.jsp
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O QUE É O IMDS ?
• O Sistema Internacional de Dados de Materiais (IMDS-International Material Data
System) é um sistema desenvolvido por diversas automobilísticas (Audi, BMW,
DaimlerChrysler, Fiat, Ford, Opel, Porsche, VW e Volvo) para a coleta de dados,
referente ao uso de substâncias e materiais de uso restritos em seus produtos.

• Os fornecedores Tier 1 são responsáveis pelo reporte dos dados no sistema IMDS .

• É responsabilidade do fornecedor Tier 1 divulgar a norma aos seus fornecedores e


garantir a adequação de seus produtos as normas mencionadas nos prazos
solicitados.

• O fornecedor Tier 1 é responsável pelo conteúdo das informações reportadas no


IMDS para todos os níveis de sua cadeia produtiva.
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O que é o IMDS (International Material Data System)?
Um Portal Internet para declaração dos materiais e substâncias que compõem os
produtos entregues ao cliente

Como funciona o IMDS?


Um sistema de envio e de declaração de materiais e substâncias:
 a declaração
Requer
 Requer a Requer a declaração
declaração PPPA 4a Ed.

Declaração Declaração Declaração



Tier N+1 Tier N Tier 2 Tier 1  Montadora
Fornecedor fornecedor fornecedor Fornecedor
8

 Aceita (ou rejeita) a Aceita (ou rejeita) a 


Montadora aceita
declaração declaração
(ou rejeita) a declaração
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Bem-vindos ao IMDS
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Estrutura Árvore de Componentes e Subcomponentes
D2S(HID) Head
Initial SampleReport
Part-#................
Lam p SubstancesinParts
(105g)
PlasticCore
( ... g)

Steel, Ni plated CAS7681-82-5


ISO683-17( ... g) Sodium iodide
(... mgNaI )
Socket
(... g)
Scandium iodide
QuartzGlass
(... mgScI3 )
( ... g)

Bulb
Thalliumiodide
(... g) Thorium oxide (~0.2µgTl)
... gThO2 ; 50Bq
CAS7440-33-7

Electrodes Tungsten Mercury


(interior, ... g) ... gW (0.5mgHg)

CAS7439-97-6

Power Supply Nickel


CAS7440-02-0
(exterior, ... g) ... gNi

Molybdenum
CAS7439-98-7
... gMo
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Clique no
botão + no
canto
direito na PSW
parte
superior da
tela, para
entrar
o nível de
detalhe da
peça no
campo de
texto
fornecido.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.1.2 – Marcando a peça de Polímero


Onde aplicável , deve-se identificar as peças de polímeros com
símbolo ISO como especificado na :
ISO 11469 “Plásticos – Identificação Genérica e marcação de
produtos plásticos” e /ou;
ISO 1629, “Borrachas e polímeros nomenclatura”.
Critérios de peso determinam os requisitos de marcação:
- Peças plásticas pesando pelo menos100g
( usar ISO11469/1043-1)
- Peças de elastômeros pesando pelo menos 200g
(usar ISO 11469/1626)
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.1.2 – Marcando a peça de Polímero
Exemplos:
Veja ISO 1043 para codificação de plásticos e ISO 1629 para requisitos de codificação
de borrachas:
>PA66 - GF30< com 30% fibra de vidro
>PA66 - (GF15+M25)< com15% fibra de vidro e 25% mineral. Neste caso o mineral
não é identificado.
>PA66 - (GF15+P25)< com 15% fibra de vidro e 25% mica.Neste Caso o mineral
identificado é mica.
>PA66 - (GF+M)40< com fibra de vidro e mineral que constitui 40% do peso da
peça. A porcentagens dos materiais de reforço não é identificado especificamente.
>NBR< Acrylonitrila-Butadieno
>CSM,AR,EPDM< Hypalonm Cover, Aramid Reinforcing, Acrylonitrila-Butadieno
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.1.2 – Marcando a peça de Polímero
Exemplos: Material reciclado:
- Nota no desenho: para uma peça que contém material reciclado especificar o peso
total do material e o conteúdo de material reciclado através do peso e porcentagem.
Estas notas aparecerão na área de Nota Geral.

PESO DO MATERIAL _________________


PESO DO MATERIAL RECICLADO E PORCENTAGEM
______/______

Marcando a peça
i.s. 30% = 30 % de scrap industrial

p.c.s 50% = 50 % scrap pós consumo


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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.2 – Documentos de Autorização de Alteração de


Engenharia
A organização deve ter os documentos de autorização de
engenharia para aquelas alterações ainda não registradas no
desenho,mas já incorporada no produto, peça ou ferramenta.

Exemplo:

SUPPLIER REQUEST FOR ENGINEERING APPROVAL


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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.3 – Aprovação da Engenharia do Cliente

Onde especificado, a organização deve ter evidencias de


aprovação da engenharia do cliente.

Nota: Materiais a granel este requisito é satisfeito pela


aprovação no campo “Aprovação de Engenharia” do check
list conforme Apêndice F e/ou inclusão em lista de materiais
aprovados pelo cliente.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.4 - FMEA de Projeto (se organização é responsável pelo projeto)
Deve ser elaborado o FMEA de Projeto de acordo com os requisitos
específicos do cliente, e.g. Manual de referencia FMEA - Failure
Mode and Effects Analysis
(Análise de Modo e Efeitos de Falhas Potenciais)

1 –DFMEA por família para peças ou materiais similares pode ser


aceito.

2 - Materiais a granel ( Bulk material) ver Apêndice F.


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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.5 – Fluxograma do Processo

A organização deve ter um diagrama de fluxo do processo


que descreva claramente os passos do processo de
produção e a seqüência como apropriado, e atendendo as
necessidades e requisitos dos clientes.

Nota: Fluxograma por “família” de peças similares é aceito


se a nova peça tenha sido analisada criticamente pela
organização.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.6 – FMEA de Processo

A organização deve desenvolver um FMEA de processo de de


acordo com e atendendo os requisitos especificados pelo cliente.
(e.g. Manual de referencia FMEA - Failure Mode and Effects
Analysis (Análise de Modo e Efeitos de Falhas Potenciais)
Notas:
1 – PFMEA por família para peças ou materiais similares pode ser
aceito.
2 - Materiais a granel (Bulk material) ver Apêndice F.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP


2.2.7 – Plano de Controle

A organização deve ter um Plano de Controle que define


todos os métodos para controle de processo e atendendo
os requisitos especificados pelo cliente.
(Ex. Anexo A da TS)

1 -Plano de Controle por família são aceitáveis se a nova


peça foi analisada criticamente pela organização.

2 – Alguns clientes podem requerer a aprovação do Plano


de Controle, exemplo: Ford.
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COMO AVALIAR FMEA DE FORNECEDORES

Qual a influência do NPR de FMEA dos fornecedores na


elaboração de planos de controle ?

1 – O item severidade da FMEA tem foco no cliente, onde a


organização deveria avaliar ou até mesmo informar seu fornecedor
quais são as falhas e efeitos conhecidos por ela que devem ser
previstas na elaboração da FMEA.

2 – O índice de ocorrência esta intrinsecamente ligada com a


capabilidade do processo de manufatura do fornecedor, onde os
índices de ocorrência elevados levam a um plano de ação por parte
do fornecedor e ao estabelecimento de freqüência no plano de
controle de recebimento da organização.
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COMO AVALIAR FMEA DE FORNECEDORES

Qual a influência do NPR de FMEA dos fornecedores


na elaboração de planos de controle ?

IMPORTANTE: É normal um plano de controle por


produto, material ou componente recebido estarem na
mesma frequência, porém, ao avaliar os FMEA’s de
fornecedores, percebemos que estes tem desempenho
diferente em seu processo de manufatura. Então, por que
temos a mesma frequência para TODOS !!! ???
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COMO AVALIAR FMEA DE FORNECEDORES

Qual a influência do NPR de FMEA dos fornecedores na


elaboração de planos de controle ?

3 – O Item detecção evidencia neste caso, não somente a pontuação


dada pelo fornecedor, mas o mais importante, qual sistema o mesmo
utiliza. Nesta caso, nossa avaliação deveria levar em conta se nosso
sistema utilizado é compatível com o do fornecedor, onde teríamos
duas (02) analises básicas:

3.1 – Sistemas compatíveis: Nesta caso, utilizaríamos nosso


sistema com uma freqüência apropriada em relação ao risco no
processo interno de transformação e índice de ocorrência declarado
pelo fornecedor em seu FMEA.
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COMO AVALIAR FMEA DE FORNECEDORES


Qual a influência do NPR de FMEA dos fornecedores
na elaboração de planos de controle ?

3.2 – Sistemas NÃO compatíveis: Neste caso, durante o


desenvolvimento do fornecedor, deveria ser estabelecido
um plano de ação para adequar os sistemas de medição
conforme necessidade e risco, definindo a inclusão ou não
desse controle no plano de controle de recebimento. Tal
prática não é comum nas organizações, onde esta analise
não é realizada durante o desenvolvimento dos
fornecedores, e tão pouco na aprovação do PPAP do
mesmo.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP


2.2.8 Estudos de Análise dos Sistemas de Medições ( MSA)

A organização deve aplicar estudos de Análises dos Sistemas


de Medição, em geral R&R, tendência, linearidade,
estabilidade para todos os novos ou modificados
instrumentos de medição, calibradores e equipamentos de
testes. (Veja o manual de referencia de Análise dos
Sistemas de Medição requerido pelo cliente)
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IMPACTO DO MSA

COMO AVALIAR O IMPACTO DO MSA NOS CLIENTES E


FORNECEDORES?

Atualmente um dos itens mais problemáticos em um desenvolvimento é a


validação do sistema de medição utilizado na organização, onde
frequentemente são verificados estudos parciais de MSA, muitas vezes
voltados somente para o equipamento.

Adicionalmente ao requisito 7.1.5.1.1 da IATF 16949, onde é estabelecido que


todos os sistemas de mediação devem passar por um estudo de MSA,
poderia ser realizado pela organização uma abrangência destes estudos para
os sistemas dos fornecedores e dos clientes, tal prática poderia ser realizada
para casos onde frequentemente as inspeções são aprovadas nos
fornecedores e reprovadas nos clientes.
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2.2.9 Resultados Dimensionais

• O fornecedor deve atender os


requisitos especificados:
 Registro de projeto (desenho);
 Especificações de normas e plano de
controle;
 Inspeção e ensaio executado por um
laboratório qualificado
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2.2.9 Resultados Dimensionais


• Evidência que as verificações dimensionais requeridas pelo
registro de projeto e o Plano de Controle tenha sido
completado;
• Exceto cotas de referência;
• Todas as dimensões listadas em um formato conveniente
(formulário de Resultados Dimensionais no Apêndice C,
resultados em dados matemáticos GD&T ou um desenho
marcado );

Dica: Lembrando de manter o conteúdo do


Apêndice C
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Resultados Materiais
• O fornecedor deve executar os ensaios:

 Químico, físico ou metalúrgicos descritos no desenho, plano de controle


e normas de ensaio;

 O relatório de ensaio de material (ver Apêndice D) deve indicar a:


 data na qual o ensaio foi realizado;
 data e nível de modificação do desenho do projeto;
 data e nível de modificação das especificações;
 qualquer alteração de engenharia autorizada não incorporada ao
registro do projeto;
 quantidade de peças testadas;
 os resultados atualizados;
 nome do subfornecedor do material (quando requerido);
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Resultados Funcionais
O relatório de ensaio de desempenho deve indicar:
(ver Apêndice E)

 data na qual o ensaio foi realizado;


 data e nível de modificação do desenho do projeto;
 data e nível de modificação das especificações;
 qualquer alteração de engenharia autorizada não incorporada ao
registro do projeto;
 quantidade de peças testadas;
 os resultados atualizados;
 nome do subfornecedor do material (quando requerido);
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.11 Estudos iniciais de processo
2.2.11.1 Geral
O nível inicial de capabilidade do processo (Cpk) ou de
desempenho (Ppk) deve ser determinado pelo cliente ou pela
organização para todas as Características Especiais (ou outra
característica) antes da submissão.

1- Onde não houver característica especial, o cliente pode definir


outra característica para estudo inicial ;
2- O objetivo é determinar se o processo de produção poderá
produzir produtos que atendam os requisitos. O estudo inicial de
processo está focado em variáveis, não em dados por atributo;
Dados atributivos não são aceitos, a menos que aprovado pelo
cliente.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.11.1 Geral
3- Outros métodos que não o Cpk e Ppk podem ser utilizados,
com a aprovação previa do cliente.
4- Os estudos iniciais de processo são estudos de curto prazo,
portanto, não podem prever efeitos ao longo do tempo como
variações de operadores, materiais, métodos, equipamentos,
sistema de medição e meio ambiente. É importante coletar e
analisar os dados usando cartas de controle.
Dica: Sugestão de utilizar esta regra para as características
internas designadas pela organização para atendimento do
item 7.3.2.3 e 8.2.3.1 da TS (correlação com PFMEA);
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.11.2 Índices de qualidade

Cpk = índice de capabilidade para um processo estável,


baseado na variação dentro dos subgrupos.(R-barra/d2)

Ppk = índice de performance, baseado na variação total do


processo.(Usando S-desvio padrão da amostra )

Estudo inicial do processo O objetivo é entender a variação do


processo, não apenas obter o valor de um índice específico. Usar
cpk para processos estáveis (ao menos 100 amostras) e ppk para
processos conhecidos e causas especiais previsíveis. Quando
não disponível dados suficientes ( < 100), contatar o cliente para
um plano apropriado.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.11.3 Critério de aceitação para estudo inicial


O organização deve usar os seguintes critérios para
processos estáveis:
Índice > 1,67 atende o critério de aceitação;
Índice entre 1,33 e 1,67 pode ser aceito; contate o
representante do cliente para análise crítica dos resultados.
Índice abaixo de 1,33 não é aceito; contate o representante
do cliente para análise crítica dos resultados, incluindo
inspeção 100% no plano de controle.
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2.2.11.3 – CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DOS ESTUDOS INICIAIS

Índices de PPK e CPK;


• 1,33 < resultados < 1,67 = Podem ser aceitos, contatar o
representante do cliente para uma analise dos resultados;

Dica: Este PODE ser atrelado a “importância do uso”, porém


poucas empresas tomam ações neste faixa. Sugestão criar
critério para analise conforme importância de uso e aprová-lo
com cliente ao invés de contatar toda vez que sair entre esta
faixa de aceitação
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COMO AVALIAR FMEA DE FORNECEDORES
Qual a correlação do índice de ocorrência descrito nas
FMEA’s dos fornecedores e os estudos de capabilidade?

Normalmente os índices descritos nos estudos de


capabilidade não são compatíveis com o indicado no campo
ocorrência das FMEA’s.

Exemplo: Estudo de capabilidade indica CPK de 1,68 e


índice de ocorrência da FMEA indica ocorrência 3.

Segundo pagina 71 do Manual FMEA AIAG 3ª Edição, tal


ocorrência deveria ser 1.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.11.4 Processos instáveis

A organização deve identificar, avaliar e, sempre que


possível, eliminar as causas especiais de variação,
antes da submissão do PAPP.
Deve notificar o cliente se existir algum processo não
estável e submeter previamente um plano de ação.
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COMO AVALIAR FMEA DE FORNECEDORES

Qual a correlação do índice de ocorrência descrito nas FMEA’s dos


fornecedores e os estudos de capabilidade?

No caso de devolução, o fornecedor normalmente deve preencher um


relatório para tratar o problema e propor ações visando a eliminação da
causa deste problema.

Adicionalmente a sistemática já prevista para devoluções de materiais


comprados, a organização poderia solicitar uma analise de capabilidade
para a causa indicado pelo fornecedor, onde esta deveria estar
correlacionada na FMEA em relação a característica que gerou a
devolução ou reclamação.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP


2.2.11.5 Processo com especificação Unilateral ou
distribuição Não-Normal.

Deve ser aprovado critérios alternativos com o representante


do cliente para estes casos.

Dica: Manual de CEP 2ª edição já indica critérios para


distribuição Não Normal e UNILATERAL, caso seu cliente
referencie este manual, os critérios adotados não precisarão
ser negociados se a organização atende-los na integra.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.11.6 Ações a serem tomadas quando o critério de aceitação não
for atendido.
Contatar o cliente quando não atingir o critério de aceitação requerido.
Submeter para aprovação um plano de ação corretiva, e modificar o
Plano de Controle provendo inspeção 100%.
Esforços de redução da variação devem continuar até o alcance dos
critérios de aceitação, ou aprovação do cliente.

- Inspeção 100% é objeto de análise crítica e consentimento


pelo cliente;
- Materiais a granel, inspeção 100% significa uma amostra do
processo contínuo ou batelada.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.12 Documentação de laboratório qualificado


Inspeções e testes devem ser executados por laboratórios
qualificados conforme requisitos do cliente. (ex. um
laboratório acreditado RBC).
Laboratórios internos e externos devem ter o escopo de
laboratório indicando a capacidade e testes que podem
realizar.
Quando um laboratório externo for utilizado, o nome desse
laboratório deve ser identificado.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.13 Relatório de Aprovação de Aparência
(Appearance Approval Report - AAR)

Deve ser emitido AAR para cada peça que tem requisitos
de aparência no desenho.
Juntamente com uma produção representativa, um AAR
deverá ser enviado ao cliente para aprovação.
Deve acompanhar PSW na submissão final.
Aplicável para peças com cor, granulosidade ou requisitos
de aparência superficial, quando requerido pelo
Cliente (vide item 8.2.4.2 da TS).
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.14 Amostras de produção

Enviar amostra do produto conforme especificado pelo


cliente.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP


2.2.15 Amostra padrão

Deve reter amostra padrão pelo mesmo período dos


registros do PAPP, ou a) até a produção de novo padrão, ou
b) quando requerido pelo registro de projeto, Plano de
Controle ou critério de inspeção como referência ou padrão.
Deve ser identificada como padrão e mostrar a data de
aprovação do cliente.
Deve reter amostra para cada molde, cavidade ou processo
produtivo, a menos que de outra forma acordado com
cliente.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.16 Auxílios de verificação
Se requerido, submeter com PPAP peça / montagem especifica ou
componente de auxilio de verificação.
Deve certificar que o dimensional do auxilio de verificação esta de
acordo com requisitos; Manutenção preventiva dos auxílios de
verificação deve ser providenciada, pelo tempo em que a peça
estiver ativa.
Estudos de MSA deve ser conduzido de acordo com os CSR.
- Inclui: dispositivos, calibradores por variáveis e atributos, modelos ,
chapelonas, mylars.
Normalmente não se aplica para material a granel. Caso aplicável,
consultar o cliente.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP

2.2.17 Requisitos específicos do cliente (CSR)


A organização deve ter registros do atendimento de todos
os requisitos específicos do cliente. Para material a
granel, requisitos específicos do cliente devem ser
documentados no Checklist de Requisitos para Material a
Granel.

Dica: Verificar com Ford necessidade de derroga para


Check list de material a granel para uso com os sub-
fornecedores, ou seja os fornecedores de empresas
que fornecem para a Ford
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APÊNDICE F – MATERIAL A GRANEL
CARTA FIAT E GM NÃO REQUER O USO DESTE FORMULÁRIO.
PORÉM SOLICITAM USO DE OUTRA SISTEMÁTICA DEFINIDA PELA ORGANIZAÇÃO
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APÊNDICE F – CHECK LIST DE MATERIAL A GRANEL
F.11 Checklist dos Requisitos de Materiais à Granel (ver 2.2.15)
Os requisitos para amostra padrão ou equivalente deveriam ser acordadas entre o cliente e
fornecedor.

Amostra física: alguns materiais à granel são estáveis e não mudam dentro de um extenso
período de tempo (e.g. estes não mudam significativamente física ou composição química,
se armazenados, por décadas). Nestes casos, uma amostra física servirá como Amostra
Padrão.

Registro de amostra analítica: outros materiais à granel mudam com o tempo, mas podem
ser precisamente quantificadas por técnicas analíticas adequadas. Neste caso o registro
analítico (e.g. ultra-violeta ou Infravermelho, absorção atômica ou análise de
Espectrofotometria por Massa – Cromatográfica à Gás) é uma Amostra Padrão apropriada.

Registro de amostra manufaturada: quando materiais à granel não podem ser


identificadas indistintamente ou mudam com o tempo, um registro de amostra de manufatura
deveria ser gerada. O registro deveria incluir a informação requerida para manufaturar uma
corrida de “tratamento de produção normal” (lote ou “batch”) de acordo com o “Plano de
Controle de Produção” final suportando o PSW.
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APÊNDICE F – CHECK LIST DE MATERIAL A GRANEL


Este registro fornece uma “trilha de auditoria” de informação que
pode ser armazenada em vários documentos e ou sistemas
eletrônicos. O que se segue é uma informação básica sugerida para
acompanhar esta atividade;

- A quantidade do produto produzido.


- A importância dos resultados de desempenho.
- As matérias primas utilizadas (incluindo o fabricante, lote # e
registros das propriedades importantes).
- Registro de amostras analíticas, como descrito acima, no material
produzido.
- Etiqueta do “batch” usado para manufaturar o material à granel.
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SEÇÃO 2 – REQUISITOS DO PROCESSO PPAP
2.2.18 Part Submission Warrant (PSW)
Em conclusão dos requisitos PPAP, completar o PSW
Um PSW separado para cada “part number”. No caso de
múltiplas cavidades, moldes, processos, etc., deve-se anexar
vários relatórios ao mesmo PSW.
2.2.18.1 Peso da peça (massa)
Registrar no PSW o peso das peças, medir 10 peças, tirar
média, expressar em kg com quatro casas decimais ( 0,0000).
Ao menos 1 peça deve ser medida de cada molde, cavidade,
etc.
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Seção 3 - Notificação ao Cliente


• O fornecedor deve notificar o responsável pela atividade de
aprovação do produto do cliente de qualquer modificação
como indicado na tabela abaixo. O cliente pode
subseqüentemente escolher um submissão para aprovação
do PAPP (ver Tabela 3.1);

• Antiga tabela contemplava 9 itens e nova contempla 10 itens


(subdivisão do item 8 de material a granel);
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IMPORTANTE:

PREENCHER A
PAGINA 63
QUANDO HOUVER
NOTIFICAÇÃO
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Seção 3 - Submissão ao Cliente

• O fornecedor deve submeter a aprovação do PAPP antes do


primeiro embarque de produção nas seguintes situações a
menos que o responsável pela atividade de aprovação do
produto tenha dispensado deste requisito ( ver tabela 3.2).
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Seção 4 - Níveis de Submissão


• Nível 1 – Garantia somente (e para itens designados como itens de aparência,
um Relatório de Aprovação de Aparência – AAR) submetido para o cliente.

• Nível 2 – Garantia com amostras de produto e dados de suporte limitados


submetidos ao cliente.

• Nível 3 - Garantia com amostras de produto e dados de suporte completos


submetidos ao cliente.

• Nível 4 - Garantia e outros requisitos como definidos pelo cliente.

• Nível 5 - Garantia com amostras de produto e dados de suporte completos


disponíveis para análise como definido no local de manufatura do fornecedor.
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Tabela de Requisitos de Retenção/Submissão (4.2)
Nível de submissão
Requisito Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
1. Registros de Projeto (Desenhos) R S S * R
- para proprietários de componentes/ detalhes R R R * R
- para todos os outros componentes/ detalhes R S S * R
2. Documentos de Alteração de engenharia, R S S * R
3. Aprovação da Engenharia do Cliente, R R S * R
4. FMEA de Projeto R R S * R
5. Fluxograma do Processo R R S * R
6. FMEA do Processo R R S * R
7. Plano de controle R R S * R
8. Estudos do Sistema de Medição (R & R) R R S * R
9. Resultados Dimensionais R S S * R
10. Resultados de Testes de Desempenho, Material R S S * R
11. Estudos Iniciais de Processo R R S * R
12. Documentação de Laboratório Qualificado R S S * R
13. Registro de Aprovação de Aparência (AAR) S S S * R
se aplicável
14. Amostra de Produto R S S * R
15. Amostra Padrão R R R * R
16. Meios de inspeção R R R * R
17. Registros de Conformidade com R R R * R
Requisitos Específicos do Cliente
18. Certificado (PSW) S S S S R
Checklist para Material a Granel S S S S R
S = A organização deve submeter ao cliente e reter uma cópia dos registros ou documentação num
local apropriado;
R = A organização deve reter em um local apropriado e tornar disponível ao cliente quando solicitado;
* = A organização deve reter em um local apropriado e submeter ao cliente quando solicitado;
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SEÇÃO 5 – STATUS DE SUBMISSÃO DA PEÇA


Aprovado: atende todos os requisitos do cliente

Aprovação Interina: permite embarque de material/peças


por tempo ou quantidade limitada. Requer plano de ação e
re- submissão do PPAP. Exemplo: Formulário GM 1411,
formulário Aprovação Interina de Material a Granel,
entre outros

Rejeitado: não atende os requisitos dos clientes. Deve ser


corrigido e submissão deve ser aprovada antes do
embarque
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SEÇÃO 6 – RETENÇÃO DOS REGISTROS


Independentemente do nível de submissão, os registros
devem ser mantidos pelo tempo em que a peça é ativa
mais um ano calendário;
Registros de peças substituídas devem ser incluídas ou
referenciadas nos novos registros.
Ver também os Requisitos Específicos dos Clientes.
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APÊNDICES DO MANUAL
A – Preenchimento do PSW

B – Preenchimento do AAR

C – Resultados Dimensional

D – Resultados de Teste de Material

E – Resultados de Teste de Desempenho

F – Requisitos Específicos para Material a Granel

G – Requisitos Específicos para Pneus

H – Requisitos Específicos para Indústria de Caminhões.


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Erros comuns em PPAP’s de fornecedores

- PPAP’S de fornecedores não indicam o preenchimento


do IMDS;
- Peso da peça não tem 04 casas decimais;
- Quantidade de peças produzidas no lote de amostras
não é indicada ou é menor que 300 peças;
- Relatórios de material não indicam revisão das normas
utilizadas nos ensaios e testes;
- Relatórios não indicam quantidade de peças ensaiadas;
- Documentos faltantes em relação aos 18 itens
requeridos na tabela 4.2 do manual de PPAP, conforme
nível estabelecido para a submissão.
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Erros comuns em PPAP’s de fornecedores


- PPAP não indica nível de revisão do desenho;
- Nível de revisão do desenho diferente do ultimo nível
apresentado pela organização;
- PPAP do fornecedor esta disponível mas não foi
avaliado/ aprovado pela organização, e as compras estão
sendo realizadas normalmente;
- PPAP reprovado ou com aprovação interina vencida, e
compras estão sendo realizadas normalmente;
- Troca de fornecedor do produto sem requerimento de
PPAP;
- Fornecedor não informa as alterações de processo;
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Erros comuns em PPAP’s de fornecedores
Por que existentes esses problemas de emissão nos
PPAP’s de fornecedores?

Resp.: Devido a um grande numero de PPAP’s e falta de tempo


da organização, o PPAP de fornecedores se torna uma
atividade burocrática, sem valor agregado, se tornando um item
necessário apenas para auditorias internas, auditorias de
clientes e muitas vezes apenas para auditorias de certificadora,
ao invés de ser uma ferramenta extremamente útil para
validação e desenvolvimento de fornecedores e planos de
controles internos.
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Erros comuns em PPAP’s de fornecedores
Como resolver esses problemas de análise nos PPAP’s
de fornecedores?

Resp.: Criando uma sistemática de validação de APQP e


desenvolvimento de fornecedores que realmente seja
funcional e apropriada para a organização, incluindo
parceria com o fornecedor através de orientação
mediante a realização de palestras e/ou criação de uma
“cartilha” que descreva os principais problemas
encontrados em PPAP de fornecedores.
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MONITORANDO O PROCESSO DE
MANUFATURA DO FORNECEDOR
Como atender o item 7.4.3.2 – Monitoramento do
processo de fornecedores utilizando o PPAP?

Resp.: Com a sistemática de PPAP de fornecedores


realmente implementada, poderia ser utilizado a validação
inicial do índice de capabilidade do processo descrito na
FMEA e acompanhamento periódico (a ser definido pela
organização) de estudos de capabilidade do processo das
características acordadas na validação da FMEA, incluindo
adicionalmente, estudos para reclamações e devoluções.
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