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Avaliação psicológica com

crianças e adolescentes em
situação de risco

Apresentação Seminário
DESAFIO:
• Falta de Embasamento Teórico e Testes
Específicos
O que são fatores de risco?
• Em quais situações é possível encontrá-los?
A resiliência...
Crianças em situação de rua e
adolescentes que transgridem a lei de
forma sistemática e violenta.
Fatores de risco apresentados na
pobreza
• Maior chance de cometer delitos; áreas em que as
crianças/adolescentes tem contato com a violência, tráfico de
drogas, vandalismo dificultam a proteção e os pais tem dificuldade
de monitorar o comportamento para intervir quando a criança
começa a apresentar dificuldades;

• Pais: dificuldade em escolher uma pessoa confiável para cuidar de


seus filhos enquanto eles trabalham; tem menos tempo e disposição
para que a família exerça as tarefas parentais (cuidar, proteger,
disciplinar, monitorar);
não tem condições em prestar uma assistência
médica básica aos seus filhos.
Razões para realizar a avaliação psicológica em
crianças e adolescentes em situação de risco
• Necessidades de fazer Avaliações para fins: descritivos e
comparativos na atividade de pesquisa;
• Pesquisadores: comparam os adolescentes de risco X os que se
socializam de forma mais tradicional para gerar conhecimentos;
• Conhecimento gerado pela pesquisa levará a formulação de
Programas e esses Programas são desenvolvidos com o objetivo de
contribuir para a inserção social dessas crianças e para
profissionalizar os adolescentes e
desenvolver habilidades;
Intervenções em Adolescentes em Conflito com a Lei

• Através das Avaliações Psicológicas é possível fazer intervenções em grupo ou


individuais que promovam a desistência do comportamento infracional, bem
como sua reinserção em suas comunidades e avaliar mudanças (se o
adolescente está preparado para ingressar no mercado de trabalho, se houve
redução na exposição de riscos, se ele se tornou mais resiliente e menos
vulnerável);
• No Brasil: as intervenções com adolescentes em conflito com a lei não tem se
mostrado eficazes, a incidência de reincidência no cometimento de atos
infracionais reitera a IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO PSICOLOGICA como uma das
possíveis ferramentas para alterar este quadro, tornando as intervenções mais
efetivas;
• Métodos e técnicas de avaliação são inadequadas para
investigar estas variáveis, não está adaptada e validada
para o uso de risco no Brasil.
Importante Papel do Psicólogo com a Avaliação
• Psicólogo definir o que deseja avaliar;
• Ex: avaliar quando se trabalha com grupos em situação de risco -
avaliar variáveis sócio-psicológicas e sócio demográficas – (se
relacionar com resiliência, vulnerabilidade e fatores protetivos);
• Ex: Programa de profissionalização: avaliar se produziu melhoria
qualitativa nas redes de apoio (lidar com problemas familiares,
pessoais, etc);
• Certificar que os instrumentos e métodos que vai utilizar são
confiáveis, fidedignos e válidos para
realizar a avaliação desejada com grupos em
situação de risco.
Importância dos Resultados
• É importante assegurar que a avaliação psicológica esteja
sendo aplicada de forma adequada e com os instrumentos
apropriados .

• É fundamental mostrar com clareza as metas que estão sendo


atingidas e se os resultados estão beneficiando em função dos
grupos em situação de risco
Características Individuais

• Fatores de risco individuais para o envolvimento em atos delituosos:


baixa auto-estima, baixos níveis de inteligência, altos índices de depressão,
ausência de habilidades sociais e estratégias de resolução de problemas
baseadas na agressividade.

• Fatores de risco individuais para enfrentamento de problemas:


alta auto-estima, baixos índices de depressão, presença de habilidades
sociais e de resolução de problemas são fatores que protegem contra o
cometimento de atos infracionais
Dificuldade em encontrar os instrumentos
direcionado á essa população.
• Instrumentos que foram desenvolvidos com amostras de
estudantes universitários ou com crianças e adolescentes de
nível sócio econômico médio ou elevado, dificilmente serão
adequados para esses grupos. A falta de instrumentos
apropriados não justifica o uso de instrumentos de validade
desconhecida.

• Criação e desenvolvimento de testes e entrevistas


padronizadas para esta população.
Vinculo do Psicólogo e a População
Atendida

• O psicólogo deve adotar uma postura de auto-avaliação


constante, no sentido de jamais querer impor seus valores e
jamais julgar o comportamento de quem está sendo avaliado.
Sendo assim o psicólogo pode e deve se constituir em um fator
de proteção.
Conhecimento da População
• Compreender seu contexto desenvolvimental e saber como
abordá-los, entender a sua linguagem e sua cultura e respeitá-
las. Jamais querer impor seus valores e jamais julgar o
comportamento de quem está sendo avaliado.

• Fazer uma auto-vigilância, que se traduz numa conduta


amistosa e aberta, é uma condição fundamental para o
estabelecimento de uma
situação de avaliação eficiente.
Desmistificar o trabalho do Psicólogo

• O profissional é percebido como um ser dotado de instrumento e


técnicas mágicas, que revelarão uma verdade pronta. Podem surgir
atitudes hostis e de desconfiança em relação ao psicólogo, que pode
ser percebido como um ser invasivo, que quer se apropriar de uma
realidade não compartilhável com os demais.

• O psicólogo deve atuar a partir de todo seu background teórico,


técnico e ético, demonstrando confiança, firmeza e flexibilidade.
Tais atributos permitem um
trabalho tecnicamente eficiente e ético.
Cenário político atual / Influência
• A atual desigualdade social e a ausências de políticas
consistentes e persistentes de atendimento a população infantil
e jovem de baixa renda contribuem para que crianças e
adolescentes vivam em situações de risco crônicas para um
desenvolvimento saudável.

• Mudanças neste panorama somente são viáveis em longo


prazo.
Conclusão
• Trabalho do Psicólogo deve ser transformar fatores de risco
(baixa auto-estima, baixos níveis de inteligência, altos índices
de depressão e etc.) em fatores de proteção (alta auto-estima,
baixos índices de depressão e etc.)

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