Biologia 11º

Unidade 5

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Unidade 5: Crescimento e
renovação celular

Autoria: Cátia Ferreira

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1. Crescimento e renovação celular

1.1. DNA e síntese proteica
1.1.1. Ácidos nucleicos: DNA e RNA

DNA
Ácido desoxirribonucleico.
É o suporte da informação
biológica, onde estão “escritas”
as características de cada
organismo.

RNA
Ácido ribonucleico.
Biomolécula quimicamente próxima do
DNA, indispensável ao processamento da
informação biológica.
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• Nucleótidos
Unidades básicas dos ácidos nucleicos. Cada nucleótido é constituído por uma
base azotada ligada a uma pentose, e esta por sua vez, unida a um fosfato.

Nucleósido
Nucleótido
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Pentoses

Desoxirribose Ribose
C5H10O4 C5H10O5

Bases Azotadas

DNA

RNA
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• Cadeia Polinucleotídica

Os nucleótidos estabelecem ligações entre si,

formando cadeias polinucleotídicas. Estas ligações,
designadas por ligações fosfodiéster, estabelecem-se
entre o grupo fosfato de um dos nucleótidos e o
carbono 3 da pentose de outro.

O número e a ordem dos nucleótidos, a sequência

nucleotídica, define as características de cada
indivíduo.
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1. Crescimento e renovação celular

1.1. DNA e síntese proteica
1.1.2. Estrutura do DNA

• Igualdade entre as bases

Análises químicas realizadas a diversos seres vivos

verificaram que o nº de timinas presentes no DNA era
aproximadamente igual ao nº de adeninas e que o nº de
citosinas era aproximadamente igual ao nº de guaninas.

Quantidade total de bases púricas

=
Quantidade total de bases pirimídicas
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• Difração de raio X – Estrutura helicoidal

Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, utilizaram a difração de raios X,

bombardeando amostras de DNA cristalizado, obtiveram padrões que permitiram
concluir que a molécula teria uma estrutura helicoidal.
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• Modelo de Dupla hélice do DNA

Em 1953, James Watson e Francis Crick

descobriram o modelo de dupla hélice do DNA.

O modelo baseia-se no facto da molécula de DNA ser

composta por duas cadeias polinucleotídicas disposta
em sentidos inversos – cadeias antiparalelas –
enroladas em torno de um eixo imaginário.

As cadeias estão unidas por pontes de hidrogénio

entre os pares de bases azotadas – complementaridade
de bases (a adenina liga-se à timina e a citosina liga-se à
guanina).
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1. Crescimento e renovação celular

1.1. DNA e síntese proteica
1.1.3. Estrutura do RNA

A molécula de RNA é composta por uma cadeia polinucleotídica

simples que, em certas zonas, pode dobrar-se sobre si devido à
formação de pontos de hidrogénio entre as bases
complementares. O RNA forma-se a partir do DNA e pode
apresentar três formas distintas: mRNA, tRNA e rRNA.
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DNA vs RNA

DNA RNA
Pentose Desoxirribose Ribose
Bases púricas Adenina e Guanina Adenina e Guanina
Bases pirimídicas Citosina e Timina Citosina e Uracilo
Estrutura Duas cadeias helicoidais Uma cadeia
Enzima hidrolítica Desoxirribonuclease Ribonuclease
Origem Replicação Transcrição
Enzima sintética DNA-polimerase RNA-polimerase

Função Informação genética Síntese de proteínas

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DNA vs RNA
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Exercício 1

Numa das cadeias de DNA, a percentagem de bases é de 

adenina = 35%  e  guanina = 18%.

a) Com base nessa informação sabemos que nessa cadeia de DNA, a percentagem
de bases  timina + citosina  é de ______%.

b) Na cadeia complementar de DNA, sabemos que:

a percentagem da base timina é de ____%;
a percentagem da base citosina é de ____%;
a percentagem de bases  adenina + guanina  é de ____%.
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•Exercício 1 (resolução)

•Numa das cadeias de DNA, a percentagem de bases é de 

adenina = 35%  e  guanina = 18%.

a) Com base nessa informação sabemos que nessa cadeia de DNA, a percentagem
de bases  timina + citosina  é de 47%.

b) Na cadeia complementar de DNA, sabemos que:

a percentagem da base tiamina é de 35%;
a percentagem da base citosina é de 18%;
a percentagem de bases  adenina + guanina  é de 47%.
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Exercício 2
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•Exercício 2 (resolução)
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1. Crescimento e renovação celular

1.1. DNA e síntese proteica
1.1.4. Replicação do DNA

Sendo o suporte da informação genética, o DNA necessita de se auto-reproduzir, fazendo

cópias dessa informação, de modo a transmiti-la de geração em geração.

O mecanismo de replicação envolve:

- Desenrolamento do DNA;
- Rompimento, por ação enzimática, das pontes de hidrogénio entre as bases
complementares;
- Incorporação de nucleótidos do meio por complementaridade, com a formação de
novas cadeias.
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• Modelos/Hipóteses para a replicação do DNA

Hipótese
Hipótese conservativa semiconservativa Hipótese dispersiva

DNA
parental

1ª
replicação

2ª
replicação

Uma molécula de DNA Cada cadeia serviria de Admitia que cada duas
progenitora se mantinha molde para uma nova moléculas-filhas seriam
integra, servindo apenas cadeia. Cada nova formadas por porções
de molde para a formação cadeia seria formada das moléculas iniciais.
de uma nova por uma nova e uma
velha.
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• Experiência de Meselson e Stahl- Confirmação da Hipótese semi-conservativa

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Vídeo: Replicação do DNA

https://www.youtube.com/watch?v=TNKWgcFPHqw
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Exercício 3
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1. Crescimento e renovação celular

1.1. DNA e síntese proteica
1.1.5. Síntese proteica

• Dogma central da Biologia Molecular

Para que a síntese de proteínas ocorra é necessário que a informação genética, contida do
DNA, seja copiada para RNA - transcrição.
A molécula de RNA formada, será utilizada para sintetizar proteínas, num processo
designado por tradução.
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• Genoma

Gene: segmento do DNA com uma certa

sequência nucleotídica podendo atingir
milhares de pares de bases, correspondente a
determinada informação.

Genoma: conjunto de genes

correspondentes à informação genética de
um indivíduo. O genoma humano possui de
30 a 50 mil genes englobando 2825 milhões
de pares de bases.
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• Mutação – alteração do material genético

Mutações: alterações bruscas do DNA.

Podem ser cromossómicas, quando afeta o
número ou a estrutura dos cromossomas,
ou génicas, quando modifica
(desaparecimento ou adição) os genes.

As mutações são raras e raramente são

hereditárias. São fonte primária de
informação genética e, por vezes, a chave do
sucesso evolutivo dos seres vivos.
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• Código Genético

O código genético resulta da correspondência entre uma sequência de nucleótidos

(DNA) com uma sequência de aminoácidos (proteínas).

1 nucleótido para 1
aminoácido então só era
possível codificar 4
aminoácidos

3 nucleótido para 1
2 nucleótidos para 1 aminoácido então é
aminoácido então só era possível codificar 64
possível codificar 16 aminoácidos.
aminoácidos
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Cada aminoácido é codificado por um conjunto de três nucleótidos – codão de mRNA-

originando 64 combinações possíveis. Cada codão resulta por complementaridade, de um
tripleto de nucleótidos do DNA, designado por Codogene.
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Características do código genético:

• Universalidade: cada codão tem a mesma função em quase todos os seres vivos;

• Redundância: codões diferentes podem codificar o mesmo aminoácido, ou seja, degenerescência do

código genético.

• Precisão: o mesmo codão não codifica aminoácidos diferentes (ou seja não é ambíguo);

• Especificidade dos nucleótidos: os dois primeiros nucleótidos de cada codão são específicos. Por

exemplo: A prolina pode ser codificada por CCU, CCC, CCA ou CCG.

• Codão de iniciação: o codão AUG inicia a leitura do código, ou seja, constitui o codão de iniciação

para a síntese proteica e também codifica a metionina.

• Codão de terminação: os codões UAA, UAG e UGA terminam a síntese da proteína.

• O código genético está escrito de forma sequencial e a sua leitura pode iniciar-se em qualquer ponto.
Transcrição

Tradução
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• Mecanismos envolvidos na síntese de proteínas

A síntese de proteínas ocorre em duas etapas fundamentais:

- Transcrição da mensagem genética: segmentos de DNA codificam a produção de
RNA ( núcleo).
- Tradução: o RNA codifica a produção de proteínas (citoplasma)

Codogene

Codão
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Transcrição

A) Transcrição da mensagem genética

1. Ligação da RNA polimerase a locais específicos do

DNA, no núcleo;
2. Rompimento das pontes de hidrogénio e separação das
cadeias de DNA;
3. Ligação de nucleótidos livres a uma das cadeias de DNA,
que funciona como molde, no sentido 5` para 3`, formando
mRNA. A transcrição termina quando a RNA polimerase
encontra um tripleto de finalização.
4. Libertação de RNA mensageiro (mRNA) sintetizado;
5. Restabelecimento das pontes de hidrogénio e da
estrutura do DNA.
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B) Processamento do mRNA
O mRNA sofre um processo de maturação ou processamento em que os intrões (sequência
de nucleótidos sem significado na síntese proteica) transcritos são removidos e os exões
(sequência de nucleótidos que especificam um aminoácido) são ligados entre si.

C) Migração do mRNA
O mRNA funcional/maturado abandona o núcleo em direção ao citoplasma.
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• Tipos de RNA

A transcrição permite não só a síntese de mRNA mas também de outros tipos de RNA,
nomeadamente, o RNA ribossómico (rRNA) e o de transferência (tRNA).
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• RNA de transferência

Faz a seleção e transporte do aminoácido apropriado e

faz o reconhecimento do codão correspondente ao
mRNA.
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Cada molécula de tRNA possui:

- Uma sequência de três nucleótidos, chamada anticodão, que é complementar de

uma sequência de três nucleótidos do mRNA, chamado codão. O anticodão
reconhece o codão, ligando-se a ele.
-
- Uma região que lhe permite fixar um aminoácido específico, local aminoacil, na
extremidade 3`.

- Locais de ligação ao ribossoma;

- Locais para a ligação às enzimas intervenientes na síntese proteica.

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• RNA ribossómico - Ribossomas

Os ribossomas são organelos não membranares constituídos por RNA ribossómico e

porções proteicas. Cada ribossoma apresenta uma subunidade maior e uma menor.
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Tradução
O processo de tradução encerra três etapas: iniciação, alongamento e finalização.

A) Iniciação
- A subunidade menor do ribossoma liga-se à
extremidade 5`do mRNA.
- A subunidade menor do ribossoma desliza ao longo
da moléculas de mRNA até encontrar o codão de
iniciação (AUG).
- O tRNA que transporta o aminoácido metionina
liga-se por complementaridade ao codão de
iniciação.
- A subunidade maior liga-se à subunidade menor
do ribossoma.
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B) Alongamento

- Ligação de um segundo tRNA, com outro

aminoácido, ao segundo codão do mRNA
- Formação de uma ligação peptídica entre o
aminoácido recém-chegado e a metionina.
- O ribossoma avança três bases ao longo do
mRNA;
- O processo repete-se ao longo da molécula de
mRNA;
- Os tRNA, que se tinham ligado inicialmente, vão
se desprendendo sucessivamente.
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B) Finalização

- O ribossoma encontra um codão de finalização

(UAA, UAG ou UGA).
- O último tRNA abandona o ribossoma.
- As subunidades do ribossoma separam-se,
podendo ser recicladas.
- A proteína é libertada.
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• Características da síntese proteica

Complexidade: intervenção de vários agentes.

Rapidez: proteínas complexas são produzidas em alguns minutos.

Amplificação: transcrição repetida da mesma zona de DNA e tradução repetida do mRNA.

Económica: a cada molécula de mRNA podem-se ligar vários ribossomas.

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• Polirribossomas

Conjunto de ribossomas ligados por um filamento de RNA

Cada ribossomas traduz a informação genética contida no mRNA e sintetiza a correspondente
proteína.
Num dado momento a biossíntese está em diferentes estádios.
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Vídeo: Síntese proteica

https://www.youtube.com/watch?v=gG7uCskUOrA
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Exercício 4
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1. Crescimento e renovação celular

1.3. Ciclo celular
1.3.1. Divisão celular

A manutenção e a continuidade da vida dependem da divisão celular.

A divisão celular permite a regeneração das células que foram danificadas ou que morreram.

O processo de divisão celular está associado a replicação da informação genética.

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1. Crescimento e renovação celular

Nos organismos procariontes a molécula de DNA não está associada a proteínas e encontra-se
dispersa no hialoplasma.

Nestes seres, pelo facto de serem unicelulares, a divisão celular conduz à reprodução do
indivíduo, dando origem a duas células independentes, idênticas entre si e à célula mãe (salvo
algumas exceções).
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1. Crescimento e renovação celular

Nos seres eucariontes a informação genética encontra-se

distribuída por várias moléculas de DNA, as quais estão
associadas a proteínas designadas histonas, responsáveis pelo
processo de condensação.

Cada porção de DNA, associado a histonas, constitui um filamento de cromatina, que se

encontra maior parte do tempo dispersa no núcleo da célula.

O filamento de DNA enrolado num conjunto de histonas, forma um nucleossoma.

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1. Crescimento e renovação celular

Quando, a célula está em divisão, a

cromatina sofre um processo de
condensação, originando filamentos
curtos e espessos designados
cromossomas.

Na fase de condensação, cada

cromossoma é constituído por dois
cromatídeos unidos por uma estrutura
resistente o centrómero.
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1. Crescimento e renovação celular

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1. Crescimento e renovação celular

O número e tipo de
cromossomas, presentes no núcleo
da célula varia de espécie para
espécie, mas é constante e
característico em cada espécie.

O ser humano possui 46

cromossomas que corresponde a 23
pares. O 23º par determina o sexo
do individuo.

Cromossomas
sexuais

Figura. Cariótipo humano

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1. Crescimento e renovação celular

1.3. Ciclo celular
1.3.2. Definição

O ciclo celular é um conjunto de transformações que

decorrem entre a formação de uma célula e a sua própria
divisão em duas células filhas.

A auto-replicação do DNA permite que, sempre que uma

célula se divide, cada célula-filha herde uma cópia do
seu material genético, perpetuando as características da
espécie.
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1. Crescimento e renovação celular

1.3. Ciclo celular
1.3.3. Fases do ciclo celular

O ciclo celular compreende:

• Interfase: ocorre a duplicação do material genético
• Fase mitótica: o núcleo divide-se (mitose) e a seguir divide-se o citoplasma
(citocinese).
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1. Crescimento e renovação celular

• Interfase

Período que decorre entre o fim de uma divisão celular e o

início da divisão seguinte. Compreende:
• Intervalo/Período G1: após a divisão celular e é onde
ocorre a biossíntese de RNA, proteínas, lípidos e glícidos, a
formação de organelos e o crescimento celular.
• Período S: onde ocorre a replicação do DNA e a síntese de
histomas.
• Intervalo G2: onde ocorre a biossíntese de RNA e de
proteínas, bem como de estruturas membranares assim como
o crescimento celular.
No final da interfase, a célula atingiu o seu volume máximo e
produziu todos os componentes necessários para a divisão
celular.
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1. Crescimento e renovação celular

• Fase mitótica - Mitose

Processo que decorre na divisão das células eucarióticas, pelo que se formam
núcleos com o mesmo número de cromossomas do núcleo inicial. É possível distinguir
4 subfases: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
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Etapa mais longa;

Os cromossomas enrolam-se, tornando-se mais
condensados, curtos e grossos;
Os centrossomas (dois pares de centríolos) afastam-se em
Prófase polos opostos, formando entre eles o fuso acromático, que é
constituído por feixes de fibrilas de microtúbulos proteicos.
No final da prófase, o nucléolo desaparece e o invólucro
nuclear desagrega-se.
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Os cromossomas apresentam a sua máxima

condensação;
Os cromossomas ligados ao fuso acromático, dispõem-se
no plano equatorial da célula, formando a placa
Metáfase equatorial. Os centrómeros encontram-se voltados para o
centro do plano enquanto que os braços dos
cromossomas voltam-se para fora.
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Verifica-se o rompimento do centrómero, separando-se

os dois cromatídeos que constituíam cada um dos
cromossomas;
Os cromossomas iniciam a ascensão polar ao longo das
Anáfase fibrilas;
No final da anáfase, cada pólo da célula possui um
conjunto de cromossomas (constituídos por um só
cromatídeo) exatamente igual.
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Inicia-se a organização dos núcleos filhos ;

Forma-se um invólucro nuclear em torno dos
cromossomas de cada núcleo-filho;
Os cromossomas iniciam um processo de
descondensação;
Telófase As fibrilas do fuso acromático desorganiza-se;
A mitose termina pelo que a célula possui agora dois
núcleos.
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• Fase mitótica - Citocinese

Divisão do citoplasma pelas células-filhas no fim da divisão celular, pode acontecer

na anáfase ou na telófase.
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A citocinese nas células animais ocorre por estrangulamento (anel contrátil) do

citoplasma, devido à progressiva contração de microfibrilas proteicas.
Nas células vegetais como possuem uma parede esquelética, a citocinese ocorre por
alinhamento e fusão de vesículas do Complexo de Golgi na região equatorial, com
posterior deposição da celulose, a membrana formada acaba por separar as células
filhas.
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1. Crescimento e renovação celular

1.3. Ciclo celular
1.3.4. Quantidade de DNA

Prófase Metáfase

Período S
Anáfase

A quantidade de DNA varia ao longo do ciclo celular mas o nº de

cromossomas não se altera.
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1. Crescimento e renovação celular

1.3. Ciclo celular
1.3.5.Estabilidade genética - checkpoint
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Vídeo: Ciclo celular

https://www.youtube.com/watch?v=7NM-UWFHG18
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2. Crescimento e regeneração de tecidos vs diferenciação celular

2.1. Diferenciação celular

O ciclo celular pode-se repetir várias vezes, de tal forma que, a partir de uma célula, pode-se
obter um organismo multicelular formado por diferentes tipos de células.
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Célula totipotente: primeira célula do organismo (ovo) capaz de originar todas as outras
células.

Células indiferenciadas: células

originadas a partir das primeiras
divisões do ovo, muito semelhantes
entre si e semelhantes à célula inicial.

Células diferenciadas: células

formadas a partir das células
indiferenciadas, especializadas em
determinada função.
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Células estaminais

A maioria dos tecidos de um organismo adulto não é constituída exclusivamente por células
especializadas. Um grupo restrito de células apresenta um grau de diferenciação menor do que
as restantes, chamando-se células estaminais, estas:

• São células indiferenciada (não especializadas);

• Têm capacidade de se dividirem e de se diferenciar;
• Apresentam capacidade de autorrenovação, sendo a sua divisão assimétrica, isto é, originam
uma célula estaminal enquanto que a outra diferencia-se numa células especializada;
• As células estaminais não são contudo, totipotentes, uma vez que só ovo e as primeiras
células formadas a partir dele têm totipotência (capacidade para formar qualquer tipo de
célula).
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Nos tecidos das plantas também existem células indiferenciadas, agrupadas em tecidos chamados
meristemas, que são capazes de se dividirem, levando ao crescimento ou renovação das zonas
afetadas.
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2. Crescimento e regeneração de tecidos vs diferenciação celular

2.2. Regulação da expressão génica/transcrição

A diferenciação ocorre porque alguns genes são ativados enquanto outros são bloqueados, de
acordo com o tipo de função que a célula desempenhará.
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2. Crescimento e regeneração de tecidos vs diferenciação celular

2.3. Clonagem
2.3.1. Clonagem de vegetais – experiência de Steward
Clonagem: produção de um ou mais indivíduos geneticamente idênticos, geralmente a partir
de células somáticas.

Pode-se concluir que em células vegetais uma célula diferenciada pode reverter o
processo de diferenciação e tornar-se indiferenciada.
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2. Crescimento e regeneração de tecidos vs diferenciação celular

2.3. Clonagem
2.3.1. Clonagem em animais–ovelha Dolly
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2. Crescimento e regeneração de tecidos vs diferenciação celular

2.4. Diferenciação e erros

Factores externos como a radiação, certas substâncias tóxicas e determinados vírus

podem ser responsáveis por alterações durante o processo de divisão e diferenciação
celular levando à formação de células cancerígenas.

Cancro resulta de alterações nos mecanismo do ciclo celular que conduzem à divisão
caótica das células.
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Tumores: grandes aglomerados celulares resultantes da divisão frenética das células.

Metástase: células de tumores malignos que se espalham pelo organismo, invadindo

outros tecidos.