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BIOSSEGURANÇA

Lei nº8.974, de 5 de janeiro de 1995


Decreto nº1752, que regulamenta essa lei.
O QUE É BIOSSEGURANÇA?

• É prevenção, controle, redução ou


eliminação de riscos que possam
prejudicar a vida humana.
HIGIENE

“Higiene é a ciência que visa preservar a


saúde e prevenir a doença.
Envolve o ser humano em suas
dimensões físico, mental e no ambiente
de trabalho”.
Higiene Individual
Refere-se aos meios de proteção individual, objetivando a promoção
da saúde.

 Higiene Corporal
 Higiene dos dentes
 Higiene do Vestuário
 Higiene Alimentar
 Higiene Mental.
Higiene Coletiva
É o conjunto de normas de higiene implantadas pela
sociedade de forma a direcioná-las a um conceito
geral de higiene, especificando em normas especiais,
o manuseio de produtos de higiene e suas interações
com o homem.
O MUNDO DOS
MICROORGANISMOS
MICROBIOLOGIA

É o ramo da biologia que


estuda os seres vivos
microscópicos (bactérias,
fungos e vírus) nos seus
mais variados aspectos
como morfologia,
fisiologia, reprodução,
genética e também a
interação com outros
seres e o meio ambiente.
ORGANISMOS PATÓGENOS
• São considerados riscos biológicos: os vírus, as bactérias, os
parasitas, os protozoários e os fungos.
VIAS DE CONTAMINAÇÃO

cutânea ou percutânea, com ou sem


lesões, contaminação

via aérea (respiratória),

oral (ingestão)

via ocular (mucosa conjuntival)


Modos de Transmissão de
Microrganismos
Transmissão por contato (direto
ou indireta)

Transmissão por via aérea ou


Respiratória (gotículas ou
aerossóis);

Transmissão por exposição a


sangue e outros fluídos
corpóreos.
Vírus e Bactérias
Diferenças entre Vírus e Bactérias

Virus e suas
caracteristicas gerais:

• Acelulares ( proteínas+ ac.


Nucleico)
• DNA, RNA ou Ambos
• Não possuem metabolismo
próprio
• Parasita intracelular
obrigatório
• Agentes infecciosos (viroses)
• Fora da célula = Virion
• Não sofrem ação de
Antibióticos
• Podem sofrer mutação
Diferenças entre Vírus e Bactérias
Bactérias e suas características:

• Formadas por uma única células chamadas unicelulares


• Possuem metabolismo próprios
• Não são parasitas
• Podem viver em colônias
• Autotrófos ou Heterotrófos (fabricam os seus composto orgânicos
ou dependem de outros organismos para adquirir o seu composto
orgânico)
• Aerobios ou Anaerobicos
Importâncias das Bactérias
• Saúde pública
• Alimentos
• Estética
• Microbiota
• Fertilização dos sólos
• Biotecnologia
BACTÉRIAS

Podem se apresentar
isolados ou reunidos
(colônias).
Podem ser móveis ou imóveis e se
reproduzem de forma assexuada por
cissiparidade ou divisão binária.
São classificadas de acordo com:

 Sua relação e o meio ambiente:

 Saprófitas
 Patogênicas

 A forma de suas células:

 Cocos
 Bacilos
 Espirilos
 Vibriões
Anatomia das Bactérias
Distribuição da Flora Microbiana

• A flora microbiana está presente


principalmente na nossa pele e
seus anexos como glândulas e
pelos.
Distribuição da Flora Microbiana

• Órgãos internos
como aparelho
digestivo, toda
orofaringe, vagina,
etc.
Distribuição da Flora Microbiana
• Outros órgão são
totalmente livres de
microorganismos:
• Pulmão, coração,
rins, cérebro, sistema
circulatório, etc..
Modos de Transmissão de
Microrganismos
• O profissional da imagem
pessoal, durante o
atendimento está exposto à
uma grande variedade de
microorganismo, que podem
ser causadores de doenças
infecto-contagiosas.
• O contato profissional-cliente
durante o atendimento, ocorre
em um período prolongado e
com muita proximidade o que
exige do profissional
conhecimento dos
microorganismos para evitar
essa transmissão.
CLASSIFICAÇÃO DA INFECÇÃO E INFESTAÇÃO

Infecção:
instalação do
microorganismo no
interior do corpo,
ocasionando danos
em determinados
órgãos ou tecidos do
nosso organismo.
Ex: Vírus da gripe.
Infestação

A infestação pode vir a ocasionar


uma infecção na medida em que
a irritação provocada sobre a
pele permita a penetração de
outros parasitos no interior do
corpo do indivíduo.
Ex: Sarna.
Como os microorganismos penetram no
corpo do homem, e como causam
doenças?
 Pela orofaringe, picadas de insetos e lesões
na pele;
 Podem cair direto na corrente sanguínea, ou
vir pelo sistema linfático;
 Via corrente sanguínea e atingem os
diversos órgãos.
HOSPEDEIRO E A RESISTÊNCIA ÀS
DOENÇAS
Um organismo saudável pode conseguir neutralizar
a ação de determinados microorganismos através
das suas barreiras fisiológicas citadas abaixo:

 Pele íntegra
 Mucosas (nariz e boca)
 Pêlo nas narinas
 Reflexo da tosse
 Glóbulos brancos (linfócitos  anticorpos)
MECANISMOS DE DEFESA CONTRA
INFECÇÃO

 Lágrima
 Acidez Estomacal
 Pele Íntegra
 Tosse
 Peristaltismo
 Saliva
 Microbiota Humana
FATORES DE RISCO

Quantidade de Reuso de Inadequada


instrumentos no materiais desinfecção e
esterilização de
atendimento descartáveis instrumentais e
equipamentos
FATORES DE RISCO

Uso incorreto de Falta de assistência


soluções químicas no pós trauma à
desinfetantes; pele e mucosas;
FATORES DE RISCO

Incorreto Uso incorreto ou


Desconhecimento o não uso de
da necessidade de descarte de equipamentos de
vacinar contras materiais proteção
hepatites e tétano cortantes e individual (EPI’s)
perfurantes e as falhas na
prevenção de
acidentes
MICRORGANISMOS CAUSADORES DE
DOENÇAS

• Hepatite A, B e C (transmitidas pelo sangue, secreções,


lágrimas e suor),

• Herpes Labial e Genital (uso de equipamentos em outro


cliente contaminado sem devida esterilização e
limpeza),
MICRORGANISMOS CAUSADORES DE
DOENÇAS

 Gripes (incluindo a H1N1),


 Tuberculose (por isso é importante o uso de máscaras
do profissional),
 Micoses (oriundas de equipamentos compartilhados)
 AIDS (em contato com agulhas contaminadas).
COMENTÁRIOS GERAIS

Nós vivemos em um mundo povoado por MICROORGANISMOS, que


se espalham pelo meio ambiente, centros de embelezamento, e
pelo nosso corpo. Enfim em todos os locais onde haja pessoas
circulando e onde haja objetos compartilhados de uso comum.

Os microorganismos tem maior poder de causar infecção quando


estão num corpo vivo, humano ou animal, no meio ambiente este
poder vai se extinguindo gradativamente até a morte, mas alguns tem
o poder de viver anos ...
COMENTÁRIOS GERAIS
Alguns microorganismos habitam o corpo
humano sem causar dano algum, só se
tornando nocivos quando encontram
situação propícia:

 Baixa de resistência
 Alimentação inadequada
 Estresse
 Lesões, fraturas e outros traumas
 Quando mudam de seu habitat natural: passam da pele para a
corrente sangüínea, passam de uma região do corpo para
outra, como exemplo, da vagina para a uretra, da pele para o
sangue, etc...
COMENTÁRIOS GERAIS

Quando se multiplicam fora do comum devido


a um processo infeccioso: um resfriado
comum leva a baixa resistência, que leva a
um aumento das bactérias que vivem na
orofaringe, causando faringite, amidalite e
até mesmo pneumonia.
MICROBIOTA HUMANA

Estima-se que nos seres humanos o número de células


microbianas seja 10 vezes maior que o número de
células próprias do organismo.
Os microorganismos que habitam o corpo do homem e
compõem a “Flora microbiana Normal” são classificados
em PERMANENTES E TRANSITÓRIOS.
MICROBIOTA HUMANA

Microbiota Permanente : também chamada “Flora Microbiana


Residente”, instala-se em 02 semanas após o nascimento.
Faz o ciclo de “nascer crescer e morrer”
Tem o poder de restabelecer-se por si só.
Sua redução se dá através da utilização de anti-sépticos ou
descamação da pele.
MICROBIOTA HUMANA
Microbiota Transitória: também chamada “Flora
Microbiana Transitória”, colonizam os tecidos
temporariamente, por horas, dias ou semanas,
não sendo restabelecidas por si só.
A sua interação com os tecidos é reversível
podendo ser removida.
É facilmente removida com água e sabão, ou
morre em 01 hora “se não encontrar ambiente
favorável”.
As mãos são o principal fator de sua veiculação.
MICROBIOTA HUMANA
OBS: As mãos constituem a principal via de
transmissão de microrganismos durante a
assistência prestada aos clientes, pois a pele é um
possível reservatório de diversos microrganismos,
que podem se transferir de uma superfície para
outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou
indireto, através do contato com objetos e
superfícies contaminados.
MICROBIOTA HUMANA
Vários fatores alteram a flora microbiana:

Condições da pele do indivíduo, idade, dieta,


hábitos de higiene, doenças
Poluição do ar, saneamento básico,
Uso de anti-sépticos e antimicrobianos,
hormônios,
Internação hospitalar (clientes que buscam
atendimento após procedimentos médicos
cirúrgicos) precisa ser avaliada criteriosamente.
MICROBIOTA HUMANA

Os microorganismos mais freqüentes na flora


microbiana são as bactérias, os fungos vem em 2º
lugar. Os vírus e micoplasmas são muito pouco
encontrados, e quando isto acontece, estão
colonizando o biofilme que se forma na superfície
das células epiteliais.
Definição de Termos

 Anti-sepsia:

Procedimento utilizado para reduzir microrganismos


presentes em tecidos vivos (pele e mucosas)
através de agentes antimicrobianos.
Definição de Termos
Assepsia:

Procedimento utilizado com o intuito de se evitar a


penetração de microorganismos em locais ou
objetos isentos dos mesmos.

Descontaminação:

Conjunto de operações de limpeza, desinfecção


e/ou esterilização de superfícies, instrumentos ou
materiais contaminados por agentes
potencialmente patogênicos.
Soluções Anti-sépticas e suas Indicações:

Anti-sépticos são substâncias aplicadas à pele


para reduzir o número de agentes da microbiota
transitória e residente. Entre os principais anti-
sépticos utilizados para a higienização das
mãos, destacam-se: Álcoois, Clorexidina,
Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan.
USO DE MEDIDAS DE PRECAUÇÃO
PADRÃO
As precauções padrão incluem o
uso de barreira para diminuir o risco
de transmissão de microorganismos
de fontes de infecção conhecidas ou
não.
Elas englobam higiene pessoal
(lavagem das mãos seguida da anti-
sepsia) e uso de EPIs, como, luvas,
máscaras, óculos ou viseiras, botas,
avental, gorro/touca, etc.
USO DE MEDIDAS DE PRECAUÇÃO
PADRÃO
O uso será de acordo com o risco de exposição, e
a forma de contágio da doença.

Essas medidas são aplicadas sempre que houver


o risco de contato com secreções e excreções
( exceto suor), sangue, mucosa e pele não íntegra.

É muito importante evitar o exagero, como também


a displicência.
Lavagem das Mãos/Hig. das Mãos

Finalidades:

 Remoção de sujidade , suor, oleosidade, pêlos, células


descamativas e da microbiota da pele, interronpendo a
transmissão de infecções veiculadas ao contato.

 Prevenção e redução das infecções veiculadas ao


contato.
Lavagem das Mãos/Hig. das Mãos

Quem deve higienizar as mãos:

Todos os profissionais que trabalham em


serviços de saúde/beleza, que mantém
contato direto ou indireto com
pacientes/clientes, que atuam na
manipulação de medicamentos ou
cosméticos, alimentos e material estéril ou
contaminado
Lavagem das Mãos/Hig. das Mãos

Quando lavar as mãos:

 Sempre que as mãos estiverem sujas;

 Antes e após a realização de atos fisiológicos,


pessoais, como: limpar e assoar o nariz, urinar,
evacuar, pentear o cabelo, fumar, etc...;

 Antes e após procedimentos com as clientes


( depilação);
Lavagem das Mãos/Hig. das Mãos

Sempre que houver manipulação de cliente é


obrigatória a provisão de recursos para a higienização
das mãos (por meio de lavatórios ou pias). Nos locais
de manuseio de insumos, amostras, medicamentos,
alimentos, também é obrigatória a instalação de
lavatórios / pias.
Lavagem das Mãos/Hig. das Mãos

O que usar para lavar/hig. As mãos:

 Preferencialmente sabão líquido, com glicerina, e


papel toalha descartável para secá-las.

OBS: O ideal é que os lavatórios ou pias possuam


torneiras ou comandos que dispensem o contato
das mãos quando do fechamento da água. Deve
ainda existir provisão de sabão líquido e anti-
séptico, junto às torneiras, além de recursos para
secagem das mãos.
Lavagem das Mãos/Hig. das Mãos

Como lavar as mão corretamente:

 A lavagem das mãos deve obedecer rigorosamente


os métodos de procedimento abaixo:

 Abra a torneira, não toque na pia;

 Água preferencialmente em temperatura ambiente;


Coloque sabão nas mãos, em quantidade para fazer
espuma abundante, pois é importante para eliminar a
sujidade (flora microbiana transitória);

Ensaboe as mãos esfregando uma na outra, por


aproximadamente 01 min; O tempo depende do fator que
motivou a lavagem das mãos, ou da atividade que se vai
executar;

Durante todo o procedimento, as pontas dos dedos


deverão estar voltadas para cima;
Os passos a serem seguidos na higienização simples
das mãos, de acordo com o manual da ANVISA (BRASIL,
2007), são:

1. Abrir a torneira e molhar as mãos evitando encostar-se a


pia. OBS: No caso de torneiras com contato manual para
fechamento sempre utilize papel toalha;

2. Aplicar na palma das mãos quantidades suficientes de


sabão líquido de acordo com o fabricante;
3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as
entre si;

4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da


mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-
versa;

5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços


interdigitais;

6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a


palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimento de vai-e-vem e vice-versa;
7. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da mão
esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-
versa;

8. Friccionar as polpas digitais e unhas das mãos


esquerdas contra a palma da mão direita, fechada em
concha, fazendo movimento circular e vice-versa;

9. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma


da mão direita, utilizando movimento circular e vice-
versa;
10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos
de sabão. Evitar contato direto das mãos
ensaboadas com a torneira;

11. Secar as mãos com papel-toalha descartável


iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos.
Desprezar o papel toalha na lixeira para resíduos
comuns.
Anti-sepsia das Mãos

Deverá ser realizada após a lavagem das mãos,


pois sua finalidade é reduzir a carga microbiana
das mãos (não há remoção de sujidades). A
utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução
alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode
substituir a higienização com água e sabão
quando as mãos não estiverem visivelmente
sujas.

OBS: Depois de higienizar as mãos com


preparação alcoólica, deixe que elas sequem
Outros Aspectos da Higienização das
Mãos

 Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas;


 Não use unhas postiças quando entrar em
contato direto com os pacientes;
 Evite utilizar anéis, pulseiras e outros adornos
quando assistir ao paciente;
 Aplique creme hidratante nas mãos, diariamente,
para evitar ressecamento na pele.
EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
(EPI’s)
Uso dos EPI’s

Os equipamentos de proteção individual devem ser


usados corretamente pelos profissionais do
embelezamento durante sua prática profissional,
em situações como: na realização de: Limpeza de
pele, drenagem linfática pós cirurgica, esfoliação,
depilação e cutilagem e demais procedimentos,
como forma de proteção contra doenças infecto-
contagiosas.
Uso dos EPI’s
Levando em consideração os fatores de risco, é que
a biossegurança visa ações voltadas para a proteção
da vida, e uma delas é o uso dos equipamentos de
proteção individual, os quais incluem: luvas, óculos
de proteção, máscara, avental/jaleco e toucas
2.4 Uso dos EPI’s
• Esses equipamentos agem como verdadeiras
“barreiras” contra microorganismos patogênicos
e, tornam-se deficientes, quando são usadas de
forma incorreta ou de forma incompleta.
2.4 Uso dos EPI’s

• USO DA TOUCA
 O uso da touca, evita a queda dos cabelos na
área do procedimento , pois estes representam
uma importante fonte de infecção, já que podem
conter inúmeros microrganismos.

 A touca oferece uma barreira mecânica para a


possibilidade de contaminação dos cabelos,
através de secreções que possam “espirrar”,
além de evitar que microorganismos possam
colonizar os cabelos do profissional.
2.4 Uso dos EPI’s
• USO DO JALECO/AVENTAL
 Usados para fornecer uma barreira de proteção e
reduzir a oportunidade de transmissão de
microorganismos. Previnem a contaminação das
roupas do profissional, protegendo a pele da
exposição a fluídos como sangue e secreções
orgânicas.

 Devem ser utilizados somente na área de trabalho


e nunca devem ser guardados no mesmo local,
onde são guardados objetos pessoais.
Uso dos EPI’s
USO DA MÁSCARA
Durante a realização dos procedimentos, a
distância entre o cliente e o profissional, é bastante
pequena, existindo a possibilidade de tanto o
profissional quanto o cliente, ao falar, tossir ou
espirrar, lançar gotículas de saliva contaminadas
por microorganismos.

Outro fator é durante a extração, principalmente


de pústulas, onde há o risco do conteúdo destas
atingir a face do profissional podendo atingir as
mucosas (Ex.: globo ocular, boca).
O uso de máscara protege tanto o profissional
quanto o cliente.

Devem ser sempre utilizadas no atendimento de


todos os clientes e são obrigatoriamente
descartáveis.

Devem apresentar boa qualidade de filtração e


ser seguras durante duas horas de uso.
USO DOS ÓCULOS DE PROTEÇÃO

Os óculos, assim com as máscaras, também


representam uma barreira de proteção de
transmissão de infecções, mais particularmente,
uma proteção para os profissionais, diante do risco
de fluídos contaminados como sangue, exsudatos
e secreções, atingirem diretamente os olhos.
O USO DAS LUVAS

As luvas servem como barreira


mecânica para as mãos, sendo
consideradas como uma “segunda
pele”. É uma medida de proteção,
tanto para o profissional quanto para
o cliente, sempre que houver a
possibilidade de contato com sangue,
secreções, mucosas e tecidos,
devendo ser trocadas a cada cliente.
 
O uso de luvas descartáveis deve ser
indispensável, durante os procedimentos de
depilação em função do possível contato com
sangue, secreções e lesões presentes na pele.

Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2000),


as luvas não protegem de perfurações de agulhas,
mas está comprovado que elas podem diminuir a
penetração de sangue, em até 50% de seu volume
ACIDENTE BIOLÓGICO
As agulhas NÃO PODEM ser reencapadas,
entortatadas ou quebradas propositalmente com
as mãos;
Os perfuro-cortantes desscartáveis, após o uso,
devem ser descartados em caixa apropriada
para material perfuro-cortante que são recipientes
de paredes rígidas, resistentes contra cortes e
perfurações;
O recipiente de descarte, deve estar próximo do
local onde os perfuro-cortantes são usados e em
suportes específicos fixados à parede.
E SE VOCÊ AINDA ACHA QUE
TUDO ISSO É EXAGERO!

• Em apenas 36 horas, já era possível notar o


crescimento de bactérias e fungos, nas culturas
que não utilizaram CLOREXIDINA.
• Luva usada
• Creme na espátula
• Máscara suja
• Cabelo com o produto x Cabelo sujo
• Mão suja x Mão com o produto
• Material contaminado: Toalha suja
O Risco Biológico e os profissionais do
Embelezamento
Segundo dados da Organização Mundial de
Saúde (OMS), cerca de 2 bilhões de pessoas já
tiveram contato com o vírus da hepatite B (VHB),
sendo que 325 milhões são portadoras crônicas
do vírus.
No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) estima que
pelo menos 15% da população já teve contato
com o vírus. Os casos crônicos de hepatite B
devem corresponder a cerca de 1% da
população brasileira. A maioria das pessoas
desconhece seu estado de portador e constitui
elo importante na cadeia de transmissão.
O Risco Biológico e os profissionais do
Embelezamento
A probabilidade de infecção pelo vírus da hepatite
B após exposição percutânea é,
significativamente, maior do que a probabilidade
de infecção pelo HIV, podendo atingir até 40%em
exposições onde o paciente-fonte apresente
sorologia HBsAg reativa. Para o vírus da hepatite
C, o risco médio é de 1,8%; dependendo do teste
utilizado para diagnóstico de hepatite C, o risco
pode variar de 1 a 10%.
O Risco Biológico e os profissionais do
Embelezamento
No Brasil, a utilização da vacina para hepatite B é
recomendada para todos os profissionais de saúde.

Após exposição ocupacional a material biológico,


mesmo para profissionais não imunizados, o uso da
vacina, para hepatite B, é uma medida que,
comprovadamente, reduz o risco de infecção.
Condutas Imediatas em Caso de
Exposição
Os acidentes de trabalho relacionados a sangue e
outros fluidos corporais potencialmente
contaminados devem ser tratados como casos de
emergência médica, pois as intervenções
profiláticas da infecção pelo HIV e hepatite B, para
sua maior eficácia, devem ser iniciadas logo após o
acidente.
Condutas Imediatas em Caso de
Exposição
Exposição percutânea: lavar com água e sabão e
após aplicar uma solução anti-séptica.

Exposição de mucosa: lavação com água ou


solução fisiológica em abundância.
Exposição com de sangue: o cliente deverá ser
submetido a exames clínicos para saber se ele é
portador do vírus HIV. Caso o exame seja
confirmado, o profissional será submetido a teste
sorológico anti-HIV logo após o acidente, e depois de
seis semanas, três meses e seis meses.O uso de
medicamentos será avaliado pelo médico,
principalmente quando não for possível fazer o
exame clínico no cliente-fonte.
Condutas Imediatas em Caso de
Exposição
Exposição ao vírus da hepatite B: caso o
profissional não tenha sido vacinado ou apresente
sorologia anti-HBs negativo, deve-se iniciar
esquema de vacinação (3 doses) e usar
gamaglobulina hiperimune.Caso o profissional tenha
sido vacinado, porém não apresente índice
satisfatório de anti-HBs, ele deverá ser submetido a
uma dose de imunoglobulina hiperimune e uma dose
de vacina.

Exposição ao vírus da hepatite C: não há medida


específica eficaz para redução do risco de
transmissão após exposição ocupacional.
A vacinação dos Profissionais do
Embelezamento
Vacinação é a administração de vacinas
(substâncias preparadas) para a estimulação da
resposta imunológica com a finalidade de
prevenir doenças em uma população.

Recentemente os profissionais do
embelezamento foram inseridos, pelo ministério
da saúde, como grupos de risco para hepatite B,
porque trabalham com perfuro-cortantes.
A vacinação dos Profissionais do
Embelezamento

OS PROFISSIONAIS DE EMBELEZAMENTO DEVEM ESTAR


COM A VACINAÇÃO EM DIA, ANTES DE INICIAREM A
PRÁTICA PROFISSIONAL.
BASES DO CONTROLE
DE
IMFECÇÃO EM SEVIÇOS
DE
SAÚDE E BELEZA
CUIDADOS COM O AMBIENTE DE
TRABALHO

 Os microrganismos no meio ambiente vão perdendo


gradativamente seu poder de causar infecção, portanto
nossa preocupação deve ser maior em cuidar para que
eles não passem do meio ambiente para o nosso
corpo, do que propriamente em eliminá-los.

 Devemos levar em consideração que os


microrganismos são dotados de capacidade de se
adaptarem aos produtos químicos adquirindo
resistência com relativa facilidade, ou mudando sua
conformação através de mutação.
SANEAMENTO NOS LOCAIS DE
TRABALHO
O saneamento dos locais de trabalho
compreende garantir ao profissional da imagem
pessoal as condições adequadas e salubres
para o desempenho de sua profissão,
promovendo saúde e prevenindo doenças,
melhorando a vida útil do trabalhador e
conseqüentemente reduzindo o absenteísmo, as
licenças médicas e aposentadoria por invalidez.
SANEAMENTO NOS LOCAIS DE
TRABALHO
Os acidentes no local de trabalho podem trazer
graves prejuízos para o profissional envolvido e
até mesmo para o cliente. Na maioria das vezes
são provocados pela falta de segurança do
ambiente ou pela imprudência dos profissionais.
SANEAMENTO NOS LOCAIS DE TRABALHO

Antes do profissional eleger o imóvel para a abertura


de um estabelecimento na área de embelezamento é
importante ficar atento a algumas condições físicas,
legais e estruturais imprescindíveis, entre elas;
Saneamento básico (água e esgoto)
Licença do Corpo de Bombeiros
Existência de reservatório de água com tampa
Piso de fácil higienização e antiderrapante
Local iluminado e ventilado
Existência de sanitário
SANEAMENTO NOS LOCAIS DE
TRABALHO
Fiação elétrica em perfeitas condições
(identificação de voltagem).
Ambientes exclusivos e ou dimensão suficiente
para cada atividade desenvolvida.
Ambientes exclusivo para guarda de materiais
respeitando sua utilização, ou seja, não
misturar materiais de limpeza com os demais.
Local apropriado para guarda de resíduos (lixo)
até a coleta.
Principais Elementos Causadores dos
Acidentes num Centro Estético e
Precauções a Serem Tomadas

Equipamentos Elétricos;
Utilização de produtos químicos;
Instrumentos Cortantes;
CUIDADOS COM O AMBIENTE DE
TRABALHO
Recomendações e Descrição dos
Procedimentos de Limpeza do Ambiente dos
Centros de estética.

 Piso
 Portas e Paredes
 Mobiliário
 Mobiliários de madeira
 Roupas
Recomendações de Limpeza do
Ambiente dos Centros de estética

Filtros de Ar Condicionado
Gerenciamento de Resíduos Internos
Resíduo Doméstico
Resíduo Infectante/Contaminado
Cuidados Necessários ao Manusear os
Resíduos Infectantes
Classificação e Cuidados com o Material
de Uso Profissional
OBS: De acordo com o ministério da saúde, esses
instrumentos/materiais são classificados quanto ao
seu risco pessoal em:
 Instrumentos/Materiais não-críticos
 Instrumentos/Materiais semi-críticos
 Instrumentos/Materiais críticos
Classificação e Cuidados com o Material
de Uso Profissional

Instrumentos/Materiais não-críticos
Aqueles que entram em contato apenas com a
pele do cliente, ou não entram em contato com o
cliente, portanto deve sofrer apenas limpeza.
Classificação e Cuidados com o Material
de Uso Profissional
• Instrumentos/Materiais semi-críticos

 São aqueles que entram em contato com a


pele não íntegra ou com mucosas íntegras,
portanto requerem desinfecção através de
desinfetantes químicos.
Ex: cuba rim, esponjas.
Classificação e Cuidados com o Material
de Uso Profissional
• Instrumentos/Materiais críticos

 São aqueles que penetram tecidos da pele e


das mucosas atingindo os tecidos sub
epiteliais e sistema vascular, portanto
devem ser descartáveis ou esterilizados
para uso.
Ex: pinças, tesouras, agulhas etc...
Processo de descontaminação

Principais processos:

A LIMPEZA, que deve ser criteriosa;

DESINFECÇÃO, processo de destruição de formas


microbianas vegetativas/redução da flora microbiana
residente.
A definição de alto, médio e baixo nível, estão ligadas
ao método/tempo e produto usado;

ESTERILIZAÇÃO, processo de eliminação dos


microorganismos em qualquer de suas formas.
Descontaminação dos Artigos/Materiais
de Trabalho
A escolha do método de
descontaminação a ser adotado,
deve observar as normas
preconizadas pelo Ministério da
Saúde, e a realidade da instituição.
A descontaminação é feita com
água, sabão líquido neutro ou
soluções enzimáticas associada a
processos físicos/mecânicos:
autoclaves, máquinas ultrassônicas,
termodesinfetadoras etc...
 
Descontaminação dos Artigos/Materiais
de Trabalho
LIMPEZA MANUAL: pode ser feita por processo
manual ou mecânico .

Tipos de materiais indicados para:

Artigos não-críticos
Artigos semi-críticos
Artigos críticos
Descontaminação dos
Artigos/Materiais de Trabalho

Material necessário:

 Sabão líquido Neutro ou Detergente enzimático


 E.P. I (luvas de borracha, avental, óculos
protetores e máscara)
 Escova
 Recipiente com solução detergente (bacia, balde)
Descontaminação dos Artigos/Materiais
de Trabalho

2. DESINFECÇÃO: conjunto de operações de


natureza física e/ou química, com o objetivo de
reduzir ou eliminar todos os microorganismos
patogênicos na forma vegetativa nos instrumentos
de trabalho.
Descontaminação dos Artigos/Materiais
de Trabalho
Classificação dos Níveis de Desinfecção:

Desinfecção de baixo nível: os agentes


utilizados apresentam atividade antibacteriana
sobre a maioria das bactérias, alguns vírus e
fungos, porém não inativam os esporos
bacterianos.
Esporos ( Esporo é uma camada que protege a bactéria e é
responsável pela resistência e ao ataque dos agentes físicos e
químicos da esterilização e desinfecção.)
Descontaminação dos
Artigos/Materiais de Trabalho
Desinfecção de Nível Intermediário: os
agentes aplicados são eficientes para destruir
as bactérias vegetativas (incluindo as
micobactérias da Tuberculose) e a maioria dos
vírus e fungos. Não inativa os esporos
bacterianos.

Desinfecção de alto nível: os agentes


aplicados são eficientes na destruição de todos
os microorganismos presentes, com exceção
dos esporos bacterianos.
Descontaminação dos
Artigos/Materiais de Trabalho
Desinfecção associada a esterilização ou
esterilização química:
os agentes utilizados são capazes de eliminar
todos os tipos de microorganismos, inclusive os
esporos bacterianos, reduzindo e por vezes
inativando substancialmente as proteínas tóxicas.

OBS: Atualmente, a vigilância sanitária permite que este


procedimento de esterilização química seja feito somente em
artigos/instrumentos termossensíveis, ou seja, que não possam
ser expostos a altas temperaturas.
Descontaminação dos
Artigos/Materiais de Trabalho
 OBS: Um desinfetante para ser utilizado
como esterilizante químico obrigatoriamente
ele tem que ser classificado pelo seu
fabricante como:
 DESINFETANTE DE ALTO NÍVEL.
 Ex.: Glutaraldeído a 2%
Descontaminação dos Artigos/Materiais
de Trabalho
ESTERILIZAÇÃO:
Processo que promove completa eliminação ou destruição
de todas as formas de microorganismos presentes : vírus,
bactérias, fungos, protozoários, esporos, dentro de um
aceitável nível de segurança.
O processo de esterilização pode ser :
Físico – autoclaves; estufas; radiação

Químico – glutaraldeído; formaldeído; ácido


paracético

Físico- químico – esterilizadoras a óxido de etileno;


vapor de formaldeído.
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
QUÍMICOS E FÍSICOS
Químico – é necessário a utilização de um
desinfetante de alto nível. Antes do procedimento
devemos realizar:
1. Limpeza Manual prévia;
2.Emergir o material no desinfetante químico e
deixar por um período de no mínimo 8 horas;
3.Após o período de 8 horas enxaguar o material,
secar e acondicionar em caixas etiquetadas –
Material Esterilizado;
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
QUÍMICOS E FÍSICOS

Físico – aparelhos como Estufa ou Autoclave – é


necessário realizar antes:
1.Limpeza Manual prévia;
2.Acondicionar o material a ser esterilizado em
embalagens de acordo com o tipo de aparelho a
ser utilizado;
3.Ao término da esterilização realizada pelo
aparelho (respeitar o tempo de esterilização
especificado pelo fabricante), aguardar a secagem
do material e após acondicioná-los em caixas
AUTOCLAVE – Esterilização por Calor
Úmido e Alta Pressão

Processo de esterilização obrigatório para artigos


críticos não descartáveis e não termossensíveis.
A esterilização é realizada a partir da alta
temperatura e alta pressão.
Temperatura: 121ºC à 134ºC 20 a 30 min /
134ºC acima  5 min
Procedimento:

1. Limpeza Manual Prévia e secagem do


instrumento.;
AUTOCLAVE – Esterilização por
Calor Úmido e Alta Pressão
2. Acondicionar o instrumento no invólucro (papel Grau
Cirúrgico), datar e assinar;

3. Dispor o material no interior do aparelho, respeitando sua


capacidade;

4. Programar e ligar o aparelho e deixar ele completar o


ciclo de esterilização;

5. Após o resfriamento/secagem do material, retirá-los da


autoclave e armazenar o material (dentro dos invólucros)
em local seguro e fechado – MATERIAL
ESTERELIZADO
OBS: 121ºC  60 min (estudos recentes para
esporos bacterianos).
ESTUFA– Esterilização por Calor Seco
Processo de esterilização obrigatório para artigos
críticos não descartáveis e não termossensíveis.
Procedimento:

1.Limpeza Manual Prévia e secagem do


instrumento.;
2.Embalar o instrumento com papel alumínio ou
montar a caixa, colocar fita indicadora química
externa, datar e assinar;
ESTUFA– Esterilização por Calor
Seco
3. Dispor o material no interior da estufa, respeitando sua
capacidade e recomendações.
4. Ligar o aparelho e regular o termostato para a
temperatura desejada
5. Uma vez ligado à estufa, deve-se controlar a
temperatura e marcar o tempo de exposição a partir do
momento que o termômetro de bulbo atingir a temperatura
adequada.
6. Aguardar o resfriamento dos materiais antes de retirá-
los da estufa
7. Armazenar o material (embalado ou dentro das caixas)
em local seguro e fechado – MATERIAL ESTERELIZADO;
Estufa ou Autoclave
Estufa ou Autoclave
Estufa /Autoclave

• Estufa: Atua por meio de calor seco.


 Não possui trava de segurança, o profissional abre a hora que quiser;
 Tempo de 1h a 2h
 Temperatura 170ºC a 180ºC
 Não tem nenhuma técnica para aferir se o material foi mesmo esterilizado
 Uso de papel alumínio
 Não pode colocar envelope Cirúrgico
 Material de inox

• Autoclave: Envolve calor, umidade, pressão;


 Possui uma trava, na qual não é permitido abrir a porta durante o
processo.
 Tempo de 30’ a 40’
 Temperatura 121ºC a 160ºC variando cada fabricante
 Tem como fazer o teste para aferir o aparelho
Monitorização da Esterilização da
Autoclave

• A monitoração física, em autoclaves  é realizada no consultório pelo


próprio operador. Consiste em verificar se a autoclave atinge os
parâmetros físicos de tempo/ temperatura e pressão de acordo com
o ciclo.
A assistência técnica deve ser acionada, se isto não ocorrer.

• Com que frequência preciso utilizá-los?

• A recomendação da Vigilância Sanitária é o uso no mínimo semanal


dos indicadores biológicos. 
Cuidados com o Cliente

Todas as medidas devem ser tomadas para evitar


que a cliente não venha a desenvolver infecção
nos serviços de estética.

A literatura mostra que 80% das INFECÇÕES, são


causadas por microorganismos da própria Flora
Microbiana do cliente, portanto devemos concluir
que o saber e a conscientização dos
profissionais são fatores preponderantes no
combate às infecções.
Descontaminação dos Artigos/Materiais
de Trabalho

Produtos Químicos e
suas indicações:
Tipos de desinfetantes utilizados para o
processamento de instrumentos/materiais

Álcool etílico a 70% e 90% :

Indicados para desinfecção de baixo nível e de nível


intermediário;
Apresentam atividade rápida sobre as bactérias vegetativas;
Não possuem ação residual, são inflamáveis, portanto
requer cuidados especiais na manipulação e estocagem;
Por evaporarem rapidamente, sua ação torna-se limitada,
recomendando-se a imersão do item;
São indicados para a desinfecção e descontaminação de
superfícies e artigos;
CUIDADO: Sua freqüente aplicação produz irritação da pele
e dessecação da pele;
Tipos de desinfetantes utilizados para o processamento de
instrumentos/materiais

Álcool Iodado 0,5% - 1,0%:

Potente agente bactericida, considerado de nível médio,


comumente aplicado como anti-séptico;
Também possui aplicação como desinfetante de materiais
contaminados com vírus e fungos;
É utilizado na anti-sepsia complementar da pele após a
lavagem das mãos;
Os recipientes abertos com soluções são contra indicados
por facilitarem a evaporação e contaminação do produto.
CUIDADO: Quando a 1,0%, pode provocar irritação da
pele, bem como ocasionalmente pode levar a reações de
hipersensibilidade caracterizadas por febre e erupção
cutânea de tipos variados.
Tipos de desinfetantes utilizados para o
processamento de instrumentos/materiais

Glutaraldeído a 2%:
Indicado para desinfecção de alto nível;
Agem sobre bactérias na forma vegetativa, fungos, vírus e
esporos bacterianos;
Amplamente utilizado para desinfecção/esterilização de
artigos críticos e semicríticos termossensíveis;
Na desinfecção de nível intermediário de artigos semicríticos,
o intervalo de exposição deverá ser de no mínimo 30 a 40
min;
Será considerado esterilizante químico quando o tempo de
exposição for de 8 a 10 horas, o que assegura a destruição
dos esporos bacterianos;
Tipos de desinfetantes utilizados para
o processamento de
instrumentos/materiais
Todas as aplicações exigem limpeza criteriosa
dos artigos antes da imersão em soluções de
glutaraldeído, e posterior cuidado no enxágüe
com água esterilizada para evitar a
recontaminação;

CUIDADO: O glutaraldeído é um composto


tóxico, irritante para a pele, mucosas e olhos,
exigindo precauções ocupacionais durante a
manipulação, pois pode provocar dermatite e
sensibilização da pele.
Tipos de desinfetantes utilizados para o
processamento de instrumentos/materiais

Peróxido de Hidrogênio:

Utilizado em artigos termossensíveis;


As concentrações entre 3% - 4% tem sido aplicadas na
desinfecção de ambientes e remoção da matéria orgânica
aderida a artigos, como auxiliar de limpeza. Pode ser
aplicado em ambientes, água, material de descarte,
superfícies em geral e como anti-séptico;
As concentrações entre 10% - 30% (indicadas para
esporos), podem ser utilizadas na esterilização de artigos
semicríticos e não críticos durante um período de
exposição que vai de 18 a 24 horas;

Devido à sensibilidade à luz e ao calor, o peróxido de


hidrogênio é instável a temperaturas superiores a 25ºC;
CUIDADO: São tóxicos, irritantes a pele e aos olhos.
Tipos de desinfetantes utilizados para
o processamento de
instrumentos/materiais
Hipoclorito de Sódio a 1%:

Desinfetante de nível médio de artigos e superfícies;


A descontaminação das superfícies é feita com uma
exposição de 10 min.
Tipos de desinfetantes utilizados para o
processamento de instrumentos/materiais
A escolha do agente químico mais adequado
depende das características consideradas
abaixo:
 Inativar rapidamente os microorganismos;
 Não ser corrosivo para metais;
 Não danificar artigos ou acessórios de borracha, plástico ou
equipamentos;
 Sofrer pouca interferência, na sua atividade, quando em contato
com a matéria orgânica;
 Não ser irritante para pele e mucosas;
 Possuir baixa toxidade;
 Tolerar pequenas variações de temperatura e de pH;
 Ter ação residual sobre as superfícies, quando aplicado no
ambiente;
 Manter sua atividade mesmo sofrendo pequenas diluições;
 Ser de fácil uso;
 Ser inodoro ou ter odor agradável;
 Ser estável, quando concentrado ou diluído;
Precauções – Padrão

Uso de Vacina contra Hepatite B

 Tem como objetivo criar imunidade contra o vírus


causador da patologia conhecida como hepatite B.

 A transmissão desse vírus pode se dar a partir da


manipulação de materiais perfurocortantes.

 As agulhas utilizadas nos procedimentos estéticos


não deverão ser reencapadas, entortadas,
quebradas ou reutilizadas, elas deverão ser
descartadas em recipientes próprios, de paredes
rígidas, resistentes a cortes e punções.
Precauções – Padrão

OBS: Os cuidados citados acima com as


agulhas não previne apenas contra a hepatite B,
mas também de outras doenças infecto
contagiosas.
ANVISA
• O papel da Anvisa é o de fiscalizar e fazer
cumprir regras de biossegurança, podendo a
empresa ser inspecionada sem prévio aviso.
De acordo com o decreto nº 23.915 da Covisa
(Vigilância Sanitária Municipal);

• A Coordenaria de Vigilância em Saúde


(COVISA) foi criada em 2003, no âmbito
da Secretaria Municipal de Saúde, como
resultado da plena responsabilidade do
Sistema Único de Saúde (SUS) assumida
pelo Município de São Paulo.
Os profissionais de beleza
devem seguir as seguintes
normas sanitárias:
• Art. 2º É obrigatória a adoção de procedimentos
de limpeza e/ou esterilização, após cada uso,
dos utensílios e instrumentais que entrarem em
contato direto com o usuário, utilizados na
prática profissional em estabelecimentos de
estética, institutos de beleza, podólogos, salões
de cabeleireiros e congêneres.
Os profissionais de beleza devem
seguir as seguintes normas sanitárias:
• 1º O procedimento de esterilização será
adotado para todos os instrumentais utilizados
em manicure, pedicure, podologia e estética ou
qualquer outra atividade profissional, onde haja
risco em potencial de contaminação deste
material por intermédio de secreções orgânicas
e conseqüente, potencialidade para o
cruzamento de infecção com microrganismos
patogênicos, entre usuários.
Os profissionais de beleza devem
seguir as seguintes normas
sanitárias:
• 2º A esterilização dos instrumentais, efetuar-se-
á utilizando-se equipamentos apropriados,
estufas ou autoclaves, e obedecerá,
rigorosamente, ao roteiro descrito no Anexo I
deste Decreto
Os profissionais de beleza devem
seguir as seguintes normas
sanitárias:

• 3º Os instrumentais, utensílios ou materiais que


não representem risco em potencial à saúde
deverão sofrer processo de limpeza,
obedecendo também ao roteiro descrito no
Anexo I deste Decreto.
Os profissionais de beleza devem
seguir as seguintes normas
sanitárias:

• 4º O roteiro para a esterilização e limpeza dos


instrumentais e utensílios deverão
obrigatoriamente, para efeito de permanente
consulta dos profissionais e usuários, serem
afixados em local visível no estabelecimento.
Os profissionais de beleza devem
seguir as seguintes normas sanitárias:
•  6º As lâminas para barbear são de uso único
ficando vedado o seu reprocessamento,
devendo ser descartadas em recipiente
apropriado, de paredes rígidas, devidamente
identificado como resíduo infectante 
Os profissionais de beleza devem
seguir as seguintes normas
sanitárias:
• 5º Os estabelecimentos deverão possuir e
manter acessível à equipe de fiscalização, o
contrato de prestação de serviços de
manutenção periódica e preventiva do
equipamento de esterilização existente,
devidamente atualizado.
Os profissionais de beleza devem seguir
as seguintes normas sanitárias:

• Art. 6º É expressamente proibida a prática de


reutilização de ceras para depilação ou qualquer
outro produto químico empregado
SALA DE DEPILAÇÃO
• Todo estabelecimento deve respeitar e se
adequar à legislação sanitária vigente. De
acordo com o decreto no 23.915 da COVISA
(Vigilância Sanitária Municipal), os profissionais
de beleza deve seguir as seguintes normas
sanitárias:
Normas da Vigilância Sanitária

• Possuir paredes e pisos lisos e impermeáveis


para não acumular microorganismos, poeira ou
resquícios de secreções;
Deve ter lixeira de pedal com saco plástico para
descarte de material contaminado, lavatório com
sabonete líquido e papel toalha;
Normas da Vigilância Sanitária

• Maca com superfície lisa ou lavável, forrada de


lençol TNT ou papel branco (resistente). Todos
descartáveis devem ser trocados a cada cliente;
• Mesa auxiliar (carrinho) com superfície lisa e
lavável, para acomodar bandeja forrada com
papel toalha para os materiais de uso;
• Touca e faixas devem ser descartáveis;
Utilizar instrumentos
esterilizados ou
descartáveis
A limpeza e desinfecção
do ambiente
• A limpeza e desinfecção do
ambiente devem ser
diárias, alternando os
produtos utilizados para
que os microrganismos
não se proliferem e
desenvolvam resistência.
Cada estabelecimento de
beleza deve elaborar e
implantar seu próprio plano
de limpeza e desinfecção
do ambiente, adequando os
processos e produtos
químicos de sua realidade.
Desinfecção

CLOREXIDINA 0,2%
DETERGENTE
ENZIMÁTICO
OS INSTRUMENTOS
Autoclave
TESTE DA AUTOCLAVE
BIOLÓGICO QUÍMICO

ESTERILIZADO

NÃO ESTERILIZADO
ESTUFA
DESCARTE CORRETO

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REFERÊNCIAS
• ANVISA, Acesso em 10/09/2017;
http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/portarias/543_97.htm

• Garbaccio JL, Oliveira AC De. Biossegurança e risco ocupacional entre os


profissionais do segmento de beleza e estética: revisão integrativa. Rev
Eletronica Enferm. 2012;14(3):702–11.

• Zanatta FB, Rösing CK. Chlorhexidine: action’s mechanisms and recent


evidences of it's efficacy over supragengival biofilm context. Sci - A.
2007;1(2):35–43.

• Moreira A, Bambace J, Olavo A, Jorge C. Efficacy of chlorexidine aqueous


solutions to desinfect surfaces. Rev Biociência. 2003;9:73–81.

• https://www.jusbrasil.com.br/topicos/24842347/artigo-2-do-decreto-n-23915-
de-13-de-janeiro-de-2004-do-municipio-do-rio-de-janeiro
• https://esteticistassinceras.wordpress.com/2016/05/10/biosseguranca-em-e
stetica/

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