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Licitação

Nonato Ribeiro de Almeida


Licitação
Direito Administrativo
Noções Básicas
Lei n. 8.666/93
Tipos de Licitação
Valores
Licitação
Direito administrativo
 A União é a única competente para legislar sobre o
tema de licitação e contratos administrativos.
Art. 22 – Compete privativamente à União legislar
sobre:
XXVII – Normas gerais de licitação e contratação, em
todas as modalidades, para as administrações públicas
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no
Art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades
de economia mista, nos termos do Art. 173, § 1º, III.
Licitação
Direito Administrativo
 Todas as Empresas Públicas e as Sociedade de economia mista são
obrigadas a licitar suas atividades meio, sendo que as atividades fim
não estão sujeitas a essa obrigatoriedade.
 Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
 XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública
que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
Licitação
Direito Administrativo
São cinco os princípios aplicáveis, subdivididos da
seguinte maneira:
 Princípio da Legalidade
 Princípio da Impessoalidade
 Princípio da Moralidade
 Princípio da Publicidade
 Princípio da Eficiência.
Licitação
Direito Administrativo
Princípio da Legalidade
 Este princípio é o que obriga o administrador público a fazer tudo o
que a lei manda, ao contrário do particular, que pode fazer tudo o que
a lei não proibir. Atualmente este princípio tem sofrido uma maior
flexibilização.
Princípio da Impessoalidade
 Não poderá haver, por parte do administrador público, privilégios ou
favorecimentos a qualquer pessoa ou grupo específico.
Princípio da Moralidade
 Conjunto de regras e condutas para uma boa administração pública
Licitação
Direito Administrativo
 Princípio da Publicidade
 A idéia da publicidade está ligada ao controle dos atos praticados pela
administração pública, exercido pela sociedade. Isso quer dizer que as
ações administrativas, como os atos e contratos, devem ser transparentes.
 Princípio da Eficiência
 Este princípio vai além da exigência de o administrador público agir
dentro dos limites legais. Pois também é fundamental que a ação
administrativa seja eficiente, ou seja, que produza resultados satisfatórios
para a Administração Pública. Ainda dentro deste princípio, há o
princípio da economicidade, esta que por sua vez tem ligação direta com
as licitações públicas, pois o que se busca é a melhor relação custo x
benefício. Isso quer dizer que, não basta o preço ser baixo, pois o serviço
deve ser de qualidade.
Licitação
Direito Administrativo
Princípios Efetivos
Princípios da Competitividade
Princípios da Isonomia
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório
Princípio do Procedimento Formal
Princípio do Julgamento Objetivo
Licitação
Direito Administrativo
Princípio da Competitividade
Os editais de licitação não podem admitir, prever, incluir
ou tolerar cláusulas ou condições que comprometam ou
restrinjam o caráter competitivo.
Portanto, cláusulas que obriguem o licitante à comprar o
edital, ou que estabeleçam distinções em razão de
naturalidade, sede ou domicílio do licitante, devem ser
evitadas. Esses exemplos dão conta de nos fazer entender o
quão importante é o princípio da competitividade.
Licitação
Direito Administrativo
Princípio da Isonomia
O ambiente de disputa dos licitantes deve conter
condições de igualdade.
Porém, em alguns casos, como os das ME e EPP,
admitir-se-á tratamento diferenciado. É o que veremos
nos pontos seguintes.
Licitação
Direito Administrativo
Princípio da Isonomia
As ME possuem tratamento diferenciado em razão de
expressa disposição constitucional, pelo art. 146, III, d e art.
179.
Com esse fundamento valorativo, foi editada a Lei
Complementar n. 123/2006, que alterou a sistemática do
regime de licitações e contratos administrativos.
A Lei Complementar 123/2006, também conhecida como
Estatuto Nacional das ME, estabelece, entre outras coisas, o
tratamento diferenciado no exame da documentação fiscal e
no julgamento das propostas, conforme os arts. 42 e 43.
Licitação
Direito Administrativo
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório
O edital é a lei interna da licitação, e deve ser observado
pela Administração Pública e pelos licitantes. É um
princípio que decorre da legalidade, pois no edital
somente podem constar cláusulas que estejam em
conformidade com a Lei.
Licitação
Direito Administrativo
Princípio do Julgamento Objetivo
De acordo com este princípio, o julgador deverá julgar
com base em critérios objetivos, sem margens à
subjetividade. Quando o critério for o menor preço, a
observância deste princípio é absolutamente precisa.
Porém, quando o critério é a técnica, surge um problema
para o julgador. Para contorná-lo, aplica-se, por parte da
Administração Pública, parâmetros e critérios
estritamente objetivos, como, por exemplo, pontuação
previamente definida no instrumento convocatório.
Licitação
Conceito:
Licitação é o procedimento administrativo pelo qual a
Administração pública, por meio de critérios
preestabelecidos e observando os princípios que a
norteiam, seleciona a proposta que lhe é mais vantajosa
para realizar o ajuste, visando à aquisição de bens,
serviços e obras.
 Finalidade:
 selecionar a proposta mais vantajosa à Administração;

Objeto:
A aquisição, a alienação e a locação de bens, a realização
de obras ou serviços e a outorga de concessão e
permissão.
Licitação
Quem e o que precisa ser licitado?
Art. 37, XXI da CF:
QUEM?
 A) Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
 B) Administração direta e indireta;
 C) Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista;
 D) Fundos especiais;
 E) Entidades controladas;
O QUE?
 Todo contrato administrativo deve ser, em regra, precedido de
licitação.
Licitação

DISPENSA:
Art. 24 da Lei 8.666/93 enumera os caos em que a
licitação é dispensada;

INEXIGILIBIDADE:
Art. 25 da Lei 8.666/93: “É inexigível licitação quando
houver inviabilidade de competição...”
MODALIDADES PREVISTAS NA LEI
8.666

A) Concorrência;
B) Tomada de Preços;
C) Convite;
D) Concurso;
E) Leilão.
 Convite: carta e afixação;
 Demais modalidades: publicação de aviso contendo um
resumo do edital com a indicação local em que os
interessados poderão obter-lhe.
CONCORRÊNCIA
É a modalidade licitatória genérica destinada a
transações de maior vulto, precedida de ampla
publicidade, à qual pode acorrer quaisquer interessados
que preencham as condições estabelecidas.
CONCORRÊNCIA
 Será obrigatória:
 A) na compra de bens imóveis;
 B) nas alienações de bens imóveis para as quais não se haja adotado a
modalidade de leilão (leilão para valores inferiores ao limite de tomada
de preço p/ compras);
 C) Concessões de direito real de uso.
 D) Licitações internacionais;
 E) Nos contratos de empreitada integral.
 F) Concessões de obras e serviços.
 F) Nos parcelamentos, sempre que o valor das parcelas, tomadas em seu
conjunto, atinja o montante previsto para esta modalidade.
TOMADA DE PREÇO
Destinada a transações de vulto médio.
É a modalidade em que a participação na licitação
restringe-se:
A) às pessoas previamente inscritas em cadastro
administrativo, organizado em função dos ramos de
atividade e potencialidade dos eventuais proponentes.
B) aos que, atendendo a todas as condições exigidas para
o cadastramento, até o terceiro dia anterior à data fixada
para abertura das propostas, o requeiram e sejam,
destarte desqualificados.
CONVITE
 É a modalidade licitatória cabível perante relações que
envolverão os valores mais baixos, na qual a Administração
convoca para a disputa pelo menos três pessoas que operam
no ramo pertinente ao objeto, cadastradas ou não, e afixa
em local próprio cópia do instrumento convocatório,
estendendo o mesmo convite aos cadastrados do ramo
pertinente, ao objeto que hajam manifestado seu interesse
até 24 horas antes da apresentação das propostas.
 Número mínimo de propostas: art. 22, §7º.
 Obrigatoriedade de a cada novo convite ser convidado pelo
menos mais um interessado: Art. 22, §6◦.
CONCURSO
 É uma disputa entre quaisquer interessados que possuam
a qualificação exigida, para a escolha de trabalho técnico
ou artístico, com a instituição de prêmio ou remuneração
aos vendedores, conforme critérios constantes de edital
publicado na imprensa oficial:
 O concurso terá regulamento próprio, acessível aos
interessados no local indicado no edital;
 Julgamento efetuado por comissão especial, integrada por
pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento
na matéria: Art. 51, §5º.
 É de 45 dias, no mínimo, o prazo, contado a partir
da publicação do aviso do edital de concurso até a
data da realização deste evento.
LEILÃO
 É a modalidade licitatória utilizável para venda de bens
móveis inservíveis para a Administração ou legalmente
apreendidos ou adquiridos por força de execução judicial
ou, ainda, para venda de imóveis cuja aquisição haja
derivado de procedimento judicial ou dação em pagamento,
a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao da
avaliação.
 Utilização restrita aos casos em que o valor isolado ou
global de avaliação não exceder o limite fixado para
compras por tomada de preços (Art. 17, §6◦).
 Prazo mínimo desde a publicação do edital até a data de
sua ocorrência é de 15 dias (art. 21, §2◦, III).
COMPARAÇÃO
Concorrência Relações Quaisquer interessados
jurídicas de que preencham os
maior vulto requisitos estabelecidos no
econômico. edital.
Tomada de Relações Somente os cadastrados
Preço jurídicas de vulto inscritos até 3 dias antes
médio; do recebimento das
propostas
Convite Relações de Os convocados e
menor vulto cadastrados que
manifestarem interesse 24
horas antes.
COMPARAÇÃO
Concorrência Prazo mínimo entre a Publicação do edital
publicação do último aviso e a na imprensa
data p/ recebimento de
propostas de 30 dias ou 45
(melhor técnicas e técnica e
preço
Tomada de Prazo mínimo de 15 dias. 30 Publicação do edital
Preço dias para melhor técnica e na imprensa
preço e técnica.
Convite 5 dias úteis Afixação do convite
em local próprio da
repartição.
REGISTRO DE PREÇOS
 O “Registro de preços” é um procedimento que a
Administração pode adotar perante compras rotineiras de
bens padronizados ou mesmo na obtenção de serviços.
 A Lei 8.666 refere-se ao registro de preços apenas para
compras e o trata muito sumariamente, recomendando-o
no art. 15, II.
 Condições:
 Os preços registrados serão sempre solucionados por concorrência,
salvo se se tratar de bens e serviços comuns (pregão).
 É necessário estipular sistema de controle e atualização;
 A validade do registro não excederá de um ano.
Licitação
Modalidade
 1o  Concorrência é a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu
objeto.
§ 2o  Tomada de preços é a modalidade de licitação entre
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem
a todas as condições exigidas para cadastramento até o
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
observada a necessária qualificação.
Licitação
§ 3o  Convite é a modalidade de licitação entre
interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em
número mínimo de 3 (três) pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado,
cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos
demais cadastrados na correspondente especialidade
que manifestarem seu interesse com antecedência de
até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das
propostas.
Licitação
Modalidade
§ 4o  Concurso é a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados para escolha de trabalho
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição
de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme
critérios constantes de edital publicado na imprensa
oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e
cinco) dias.
Licitação
Modalidade
§ 5o  Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para a venda de bens móveis inservíveis
para a administração ou de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de
bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação
Licitação
Modalidade
§ 7o  Quando, por limitações do mercado ou manifesto
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção
do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste
artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente
justificadas no processo, sob pena de repetição do
convite.
Licitação - Valores
Obras e serviços de engenharia:
Convite: até R$ 150.000,00
Tomada de preço: até R$ 1.500.000,00
Concorrência: acima de R$ 1.500.000,00
Compras e outros serviços:
Convite: até R$ 80.000,00
Tomada de preço: até R$ 650.000,00
Concorrência: acima de R$ 650.000,0o
Licitação - Importante
§ 1o  As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração
serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem
técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação
com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis
no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da
economia de escala.  (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 2o  Na execução de obras e serviços e nas compras de bens,
parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou
conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de
corresponder licitação distinta, preservada a modalidade
pertinente para a execução do objeto em licitação. 
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Licitação - Importante
§ 3o  A concorrência é a modalidade de licitação cabível,
qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou
alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19,
como nas concessões de direito real de uso e nas licitações
internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os
limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou
entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores
ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou
serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 4o  Nos casos em que couber convite, a Administração
poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a
concorrência.
Licitação

Obrigatoriedade de licitação – Presunção


absoluta:
Prévia licitação produz a melhor contratação.
Licitação - Dispensável
Para obras e serviço de Engenharia de valor até 10% do
limite
 150.000,00 – 15.000,00
Para outros serviços e compras de valor até 10% do
limite
 80.000,00 – 8.000,00
Licitação - Dispensável
Nos casos de guerra ou Grave perturbação da ordem
Nos casos de emergência ou de calamidade pública
Quando não acudirem interessados à licitação anterior
e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem
prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso,
todas as condições preestabelecidas;
Quando a União tiver que intervir no domínio
econômico para regular preços ou normalizar o
abastecimento;
Licitação - Dispensável
Quando as propostas apresentadas consignarem preços
manifestamente superiores aos praticados no mercado
nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos
órgãos oficiais competentes.
Para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público
interno, de bens produzidos ou serviços prestado por órgão
ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha
sido criado para esse fim específico.
“Quando houver possibilidade de comprometimento da
segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do
Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa
Nacional”.
Licitação - Dispensável
Para compra ou locação de imóvel destinado ao
atendimento das finalidades precípuas da
administração.
Nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros
gênero perecíveis.
Na contratação de instituição brasileira incumbida
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino
ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição-
dedicada à recuperação social do preso, desde que a
contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos.
Licitação - Dispensável
Na contratação de associação de portadores de
deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada
idoneidade, por órgãos ou entidade da administração
Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento
de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado.
Na contratação de fornecimento ou suprimento de
energia elétrica e gás natural com concessionária,
permissionário ou autorizado, segundo as normas da
legislação específica.
Licitação - Dispensável
Na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de
economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a
aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de
serviço, desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado.
Na contratação da coleta, processamento e comercialização de
resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em que
áreas com sistemas de coleta seletiva de lixo, efetuados por
associações ou cooperativas formadas exclusivamente por
pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público
como catadores de materiais recicláveis, com o uso de
equipamento compatíveis com as normas técnicas ambientais de
saúde pública.
Licitação – Falta de interesse
NECESSIDADE DE QUATRO ELEMENTOS:
Realização de licitação anterior, concluída
infrutiferamente;
Ausência de interessados em participar da licitação
anterior;
Risco de prejuízos se a licitação vier a ser repetida;
A Contratação tem de ser efetivada em condições
idênticas àquelas da licitação anterior.
Licitação – Dispensa
Proposta Superior ao preço do Mercado
PRESSUPOSTOS:
Art. 48, § 3º:
 Faculta a concessão aos licitantes de nova oportunidade
para formular propostas (prazo de 8 dias).
CONDIÇÕES:
 Apresentação de propostas inadmissíveis;
 Insucesso da providência do art. 48;
 Existência de particular disposto a contratar pelo preço
adequado.
Licitação – Inexigível a licitação
INVIABILIDADE DE COMPETIÇÃO:
ART. 25 – Exemplificativo.
VIABILIDADE DE COMPETIÇÃO:
 Licitação:
 conjugação de atividades públicas e privadas;
 Escolha entre diversas alternativas;
 Disputa entre particulares;
 Convite aos particulares para ofertarem;
 Seleção segundo critérios objetivos.
 Inviabilidade de competição = situação anômala.
Licitação – Inviabilidade de Competição
Ausência de Pressupostos Necessários à licitação:
Ausência de alternativas:
 Único particular em condições de atender;
Ausência de mercado concorrencial:
 Cirurgião cardíaco de alta especialidade.
Ausência de objetividade na seleção do objeto:
 Fatores intelectuais, artísticos, criativos.
Ausência de definição objetiva da prestação a ser
executada:
 Contratação de um advogado para a defesa em uma ação
específica.
COMISSÕES DE LICITAÇÕES
 As licitações são processadas e julgadas por comissão,
permanente ou especial, composta de pelo menos três
membros.
 Dois deverão ser dos quadros permanentes.
 Modalidade Concurso: integrada por especialistas;
 Convite: admite-se apenas um servidor nas unidades administrativas
pequenas e contem com pessoal escasso (Art. 51, §1º).
 A comissão é representada por um de seus membros;
 Todos os membros da Comissão respondem
solidariamente pelos atos a ela imputáveis;
 Comissão permanente não pode ter investidura superior
a um ano. A recondução é possível, mas não da
totalidade dos membros (Art. 51, §4º).
LICITAÇÕES DE GRANDE VULTO E
ALTA COMPEXIDADE TÉCNICA
LICITAÇÕES DE GRANDE VULTO:
Aquelas em que os valores estimados para obras,
compras ou serviços excedem de 25 vezes o limite a
partir do qual é exigida concorrência para obras e
serviços de engenharia (art. 23, I, “c”).
LICITAÇÕES DE ALTA COMPLEXIDADE:
Aquela cujo objeto envolve “alta especialização, como
fator de extrema relevância para garantir a execução do
objeto a ser contratado”, ou para garantir que não haja
risco da continuidade da prestação de serviços públicos
essenciais.
ETAPAS INTERNAS E EXTERNA DA
LICITAÇÃO

FASE INTERNA:
Produção de atos necessários à abertura do Certame;
ETAPA EXTERNA:
Inicia-se com a publicação do edital ou com os
convites.
REQUISITOS PARA
INSTARAUÇÃO DA LICITAÇÃO
OBRAS (Art. 7º, §§ 2º e 6º):
Projeto básico (conjunto de elementos definidores do
objeto suficientes para estimativa de seu custo final e
prazo de execução)
Orçamento que detalhe a composição de custos
unitários;
Recursos Orçamentários previstos, que assegurem o
pagamento das obrigações a serem saldadas no
exercício; e
Estar contemplado a obra no Plano Plurianual.
LICITAÇÕES PARA COMPRAS:
Caracterização do objeto e indicação de recursos
orçamentários.
VEDAÇÕES NAS LICITAÇÕES
 QUANTO AO OBJETO:
 Incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros
para sua execução, salvo empreendimentos a serem executados
em regime de concessão.
 Incluir no objeto o fornecimento de materiais sem previsão de
quantitativos ou que não correspondam às previsões do projeto
básico ou executivo.
 Incluir no objeto bens e serviços sem similaridade, ou indicar
marcas ou características e especificações exclusivas, salvo
quando tecnicamente justificável fazê-los.
 QUANTO AOS PARTICIPANTES:
 Vedada a participação de membro da Comissão e de servidor do
órgão ou entidade responsável pela licitação;
 Vedada a participação dos impedidos (inidôneos).
VEDAÇÕES NAS LICITAÇÕES
EM LICITAÇÃO DE OBRA, SERVIÇO OU
FORNECIMENTO DE BENS:
Vedada a participação:
 Pessoa, física ou jurídica, que haja sido autora do projeto básico
ou executivo.
 Empresa, ainda que em consórcio, da qual o autor do projeto seja
dirigente, gerente, responsável técnico, subcontratado ou detendor
de mais de 5% do capital com direito a voto ou controlador.
FASE EXTERNA DA LICITAÇÃO

FASE SUBJETIVA:
Exame dos sujeitos;
Habilitação ou qualificação dos proponentes;
Capacitações jurídicas, técnica e econômico-financeira,
além de regularidade fiscal.
 Tomada de preço: habilitação decorre do registro.
 Convite: a habilitação dos convidados é presumida.
FASE OBJETIVA (PROPOSTAS)

Propostas:
 Feita a abertura, verifica-se a conformidade com o
edital.
 Desclassificação (rejeição in limine)
 Julgamento (comparação / avaliação)
 Classificação:
 Julgamento de recursos
 Homologação: confirmação da correção jurídica das
fases anteriores.
FASES
.
EDITAL CONVOCAÇÃO / CONDIÇÕES

HABILITAÇÃO ADMISSÃO DOS PROPONENTES

JULGAMENTO ORDENAÇÃO DAS PROPOSTAS

HOMOLOGAÇÃO EXAME DE REGULARIDADE

SELEÇÃO DO PROPONENTE VENCEDOR


ADJUDICAÇÃO
O EDITAL
 FUNÇÕES:
 Dá publicidade ao edital;
 Identifica o objeto licitado e delimita o universo das propostas;
 Circunscreve o universo proponentes;
 Estabelece os critérios para análise e avaliação dos proponentes e
propostas;
 Regula atos e termos processuais do procedimento;
 Fixa as cláusulas do futuro contrato.
 EDITAL = LEI INTERNA DA LICITAÇÃO.
 Art. 40 = elenco do que deve constar do edital.
VÍCIOS DO EDITAL
 a) indicação defeituosa do objeto ou delimitação incorreta
do universo de propostas;
 b) Impropriedade na delimitação do universo de
proponentes;
 c) Caráter aleatório ou discriminatório dos critérios de
avaliação de proponentes e propostas;
 D) estabelecimento de trâmites processuais cerceadores da
liberdade de fiscalizar a lisura do procedimento.
HABILITAÇÃO
QUALIFICAÇÃO JURÍDICA:
A) Cédula de identidade;
B) Registro comercial, no caso de empresa individual;
C) Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor,
registrado;
D) ato de registro ou autorização para funcionamento
expedidos pela autoridade competente.
HABILITAÇÃO

REGULARIDADE FISCAL:
Prova de inscrição no cadastro de pessoas físicas (CPF)
ou no cadastro geral de contribuintes (CGC);
Prova de inscrição no cadastro de contribuintes
estadual ou municipal;
Prova de regularidade Fiscal com as fazendas públicas;
Prova de regularidade relativa à seguridade social e ao
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
HABILITAÇÃO TÉCNICA
 A) Registro ou inscrição na entidade profissional
competente;
 B) Comprovação de aptidão para desempenho de atividade
pertinente e compatível em quantidades e prazos e indicação
de instalações, aparelhamento e pessoal técnico disponíveis
para o eventual contrato, bem como da qualificação de cada
um dos membros da equipe técnica que se responsabiliza
pelos trabalhos;
 C) comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que
recebeu os documentos e, quando exigido, de que tomou
conhecimento de todas informações e das condições locais
para o cumprimento das obrigações da licitação.
Licitação
Exigência de Documentos
Art. 27.  Para a habilitação nas licitações exigir-se-á
dos interessados, exclusivamente, documentação
relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV - regularidade fiscal.
V – cumprimento do disposto no
inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal.
(Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)
Licitação
Exigência de documentos
Art. 28.  A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso,
consistirá em:
I - cédula de identidade;
II - registro comercial, no caso de empresa individual;
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente
registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades
por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores;
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada
de prova de diretoria em exercício;
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade
estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para
funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o
exigir.
Licitação
Exigência de documentos
Art. 29.  A documentação relativa à regularidade fiscal, conforme o caso,
consistirá em:
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral
de Contribuintes (CGC);
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se
houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de
atividade e compatível com o objeto contratual;
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do
domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social, demonstrando situação
regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei.
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento
dos encargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Licitação
Exigência de documentos
Art. 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:
I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;
II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente
e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da
licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal
técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da
licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da
equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os
documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas
as informações e das condições locais para o cumprimento das
obrigações objeto da licitação;
Licitação
Exigência de documentos
Art. 31.  A documentação relativa à qualificação econômico-financeira
limitar-se-á a:
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social,
já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação
financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços
provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há
mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;
II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da
sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio
da pessoa física;
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o
do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do
objeto da contratação.
Licitação
Exigência de documentos – Importante
Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão ser
apresentados em original, por qualquer processo de cópia autenticada
por cartório competente ou por servidor da administração ou publicação
em órgão da imprensa oficial.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1o  A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta Lei poderá ser
dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso,
fornecimento de bens para pronta entrega e leilão.
§ 2o  O certificado de registro cadastral a que se refere o § 1o do art. 36
substitui os documentos enumerados nos arts. 28 a 31, quanto às
informações disponibilizadas em sistema informatizado de consulta
direta indicado no edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as
penalidades legais, a superveniência de fato impeditivo da habilitação. 
VÍCIOS DA HABILITAÇÃO
A) infringência dos dispositivos legais que
regulam licitações;
B) desatenção às condições pertinentes
estabelecidas no edital;
C) afronta à isonomia:
Exigência de documentação excessiva;
Exigência de índices de capacidade econômica ou
técnica em descompasso com o vulto ou complexidade
do objeto licitado;
Exigência de índices de capacitação técnica e
financeira atendidos em época diversa daquela em que
seria necessária para a segurança administrativa.
TIPOS DE LICITAÇÃO
Critérios de julgamento:
A) Menor preço;
B) Melhor técnica;
C) Técnica e preço;
D) maior lance ou oferta, nos casos de alienação de bens
e concessão de direito real de uso.
Licitação
Divulgação
Art. 21.  Os avisos contendo os resumos dos editais
das concorrências, das tomadas de preços, dos
concursos e dos leilões, embora realizados no local da
repartição interessada, deverão ser publicados com
antecedência, no mínimo, por uma vez:
Licitação
Divulgação
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação
feita por órgão ou entidade da Administração Pública
Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas
parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas
por instituições federais;
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal
quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por
órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou
Municipal, ou do Distrito Federal;
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Licitação
Divulgação
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e
também, se houver, em jornal de circulação no Município
ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço,
fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a
Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de
outros meios de divulgação para ampliar a área de
competição. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1o  O aviso publicado conterá a indicação do local em
que os interessados poderão ler e obter o texto integral do
edital e todas as informações sobre a licitação.
FIM
NONATO RIBEIRO DE ALMEIDA
Graduado em Administração de Empresas - FVJ
Especialista em Controladoria – UFC
Professor e Coordenador no Curso Técnico em Finanças e Comércio – EEEP
Prof. Alfredo Nunes de Melo
Professor no Curso de Graduação Tecnólogo Processos Gerenciais –
IDJ/UVA – Iguatu-CE
Tutor à distância – Curso de Administração - UAB/UFC
CONTATOS
(88)8805-7069
(88)9628-3195
E-mail:
adm.nonato@gmail.com

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