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CONTROLANDO AS

EMOÇÕES
As mágoas, amargura, falta de
perdão, insegurança, medo, rejeição
e complexos são manifestações de
feridas nas emoções. A igreja está
sofrendo com feridas na alma.
Há muitos prisioneiros, não só no
mundo lá fora, mas também dentro da
Igreja. Essas feridas constituem brechas
pelas quais o inimigo irá nos atingir e
nos oprimir.
As pessoas com feridas emocionais têm
dificuldade de se relacionar em todos
os seus níveis de comunicação,
começando no lar, passando pela Igreja
e se estendendo à sociedade.
Porém, neste reencontro, as suas
emoções serão curadas, porque o
Espírito Santo está aqui. A medida que
a Palavra for sendo ministrada, peça ao
Espírito Santo que o ajude a identificar
as áreas da sua emoção que necessitam
de cura. Peça a ajuda de Deus para que
você seja curado.
Vamos mencionar algumas situações
relacionadas às nossas emoções que
necessitam ser tratadas na perspectiva
da Palavra de Deus, para que, se houver
alguma distorção, sejamos curados pelo
nosso Deus
Uma das situações relacionadas com
as nossas emoções, e que nos afeta
constantemente, é a IRA.
A ira é um estado emocional
experimentado vez ou outra por todos.
Ela ocorre em vários graus desde um o
aborrecimento leve até a raiva violenta.
Pode ser oculta e mantida no íntimo, ou
expressa abertamente.
Sua duração pode ser curta, surgindo e
desaparecendo rapidamente ou talvez
persista durante décadas na forma de
amargura, ressentimento e ódio. A ira
pode ser destrutiva, especialmente
quando persiste na forma de agressão,
falta de perdão ou vingança.
Mas tem igualmente possibilidade de
ser construtiva, quando nos motiva a
corrigir a injustiça ou pensar
criativamente.
A ira é claramente um atributo de Deus
e uma experiência comum aos seres
humanos. 
Uma vez a ira sendo parte da natureza
divina, não podemos concluir que ela
seja negativa em si mesma.
A iria divina é sempre justificada e
completamente consistente com o amor
e a misericórdia de Deus.
“Com base na morte de Cristo, em que ele
recebeu o pleno transbordar da ira judicial
de Deus contra o pecado, os que crêem não
mais experimentam a ira (embora
mereçamos), mas a graça abundante. Esta é
a era da graça de Deus. A graça não elimina
a ira; ela continua acumulada contra os que
não se arrependem. Mas a graça elimina a
necessidade de que todos a experimentem”.
Pelo fato de Deus ser sábio, soberano,
poderoso, perfeito e onisciente, ele
jamais interpreta mal uma situação,
jamais sente-se ameaçado, não perde
nunca o controle.
Em contraste, nós seres humanos,
interpretamos mal as circunstâncias,
cometemos erros de julgamentos,
reagimos na hora quando nos sentimos
ameaçados ou feridos, e algumas vezes
respondemos com atos de vingança e
represália.
NCLUSÕES SOBRE A IRA HUMANA

1. A ira humana é normal, não sendo


necessariamente pecaminosa:
1.1. Quando é uma santa ira contra a
injustiça e o pecado (Ex.32:19;
Ne.5:6; Mc.3:5);
1.2.Quando demonstra um zelo santo
pelas coisas de Deus (Lv.10:16;
Jo.2:15-17);
1.3.Quando é centrada no propósito de
desviar um transgressor do seu mau
caminho: “Se o teu irmão pecar contra
ti, vai argui-lo entre ti e ele só...”
(Mt.18:15ss).
2. A ira humana pode ser
prejudicial ou destrutiva, da mesma
forma que outras emoções, caso não
seja manifestada de acordo com as
diretrizes bíblicas: “Irai-vos e não
pequeis, não se ponha o sol sobre a
vossa ira, e nem deis lugar ao
diabo” (Ef.4:26);
2.1. Quando está ligada ao orgulho ou ao
egoísmo: “Olhar altivo e coração
orgulhoso, tal lâmpada dos ímpios é
pecado” (Pv.21:4). Ex.: “Ele fez isso contra
mim? Quem ele pensa que é?”
2.2. Quando está ligada à crueldade e á
vingança: “Maldito o seu furor, porque era
forte! Maldita a sua ira, porque era cruel”
(Gn.49:7). Ex.: “Quero que pague por
aquilo que fez a mim”
2.3 Quando está ligada ao abuso verbal. Ao
expressar a sua ira com hostilidade, você está
sendo desonesto. Na verdade está querendo
vingar-se pela ofensa sofrida. Isso não resolve
a situação, pode agravá-la: “Não saia da vossa
boca nenhuma palavra torpe... toda
amargura, e cólera, e ira e gritaria, e
blasfêmia sejam tiradas dentre vós...”
(Ef.4:29; 31); “Mas agora, despojai-vos de
tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da
maledicência, das palavras torpes da vossa
boca” (Cl.3:8).
2.4. Quando está ligada à
contenda: “O homem iracundo
levanta contendas, e o furioso
multiplica as transgressões”
(Pv.29:22);
2.5. Quando resulta de uma percepção
distorcida: “Mas isso desagradou
extremamente a Jonas, e ele ficou
irado” (Jn.4:1) – “A ira humana é justa
indignação aos seus próprios olhos”.
Somos imperfeitos, cada um de nós vê
a situação de sua própria perspectiva.
Nem sempre temos capacidade de
julgar entre a verdadeira injustiça
(como percebida corretamente por um
Deus onisciente) e a injustiça aparente.
Como resultado, ficamos zangados com
coisas que julgamos erradas, mas que
de fato não seriam erradas se
estivéssemos de posse de todos os
dados;
2.6. Quando internalizamos a ira, fazendo
de conta que está tudo bem: “Absalão,
porém, não falou com Amnom, nem mal
nem bem, porque odiava a Amnom por Ter
ele forçado a Tamar, sua irmã” (II
Sm.13:22). Esta também é uma forma
errada de lidar com a situação. Muitas
vezes, você não têm facilidade de expressar
a sua ira de modo que outros percebam que
você foi ferido(a
Você oculta seus sentimentos numa
tentativa de manter a paz. A motivação
pode ser elogiável, mas o resultado é
prejudicial porque quem o(a) ofendeu
jamais chegará a saber que deixou você
zangado(a) e por qual razão, não
havendo então possibilidade de
mudanças para melhor.
Muitas vezes, durante a sua
infância, ou mesmo na vida adulta,
você foi obrigado(a) a reprimir os
seus sentimentos, e, agora, não
consegue expressá-los: “Se teu
irmão pecar contra ti, repreende-o”
(Lc.17:3).
3. A ira humana pode ser
controlada – Diversas passagens
bíblicas mostram ser possível o
controle das suas emoções, e
indicam como isto pode ser feito.

3.1. A Bíblia mostra que a ira


pode e deve ser controlada:
A. Jesus que foi perseguido teve todo o
direito de zangar-se, mas note que, “quando
ultrajado, não revidava com ultraje, quando
maltratado, não fazia ameaças” (I Pd.
2:23);
B. Salomão estabeleceu a questão em
poucas palavras: “o homem paciente vale
mais do um general que venceu muitas
batalhas; porque é muito mais difícil
controlar as próprias emoções do que
conquistar uma cidade” (Pv.16:39)
C. A ira descontrolada, é citada na
Bíblia como insensatez e como uma das
obras da carne: “Ora, as obras da carne
são manifestas, as quais são a
prostituição... as iras...”. “Mas o fruto
do Espírito é amor... a
longanimidade...” (Gl.5:20;22); “A ira
do insensato logo se revela...”
(Pv.12:16); “Quem facilmente se ira faz
doidices” (Pv.14:17);
D. A ira deve ser tardia. A paciência
é justamente o antídoto contra a ira
constante. A paciência
(longanimidade) faz parte do fruto
do Espírito:; mas o homem discreto é
paciente”. “Todo homem seja pronto
para ouvir, tardio para falar, tardio
para se irar” (Tiago 1:19)
3.2. A Bíblia mostra como você pode
vencer a ira:
A. Você deve pedir a Deus para que
examine o seu coração a fim de que as
suas motivações sejam provadas:
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu
coração; prova-me, e conhece os meus
pensamentos; vê se há em mim algum
caminho mal, e guia-me pelo caminho
eterno” (Sl.139:23-24);
B. Você deve entregar a sua causa nas mãos
de Deus para que ele exerça a sua justiça:
“...mas entregava-se àquele que julga
retamente” (I Pd.2:23);

C. Através da oração somos livres da ira:


“Quero que todos os homens orem em todo
lugar, levantando mãos santas, sem ira
nem contenda” (I Tm.2:8);
D. Manter o controle sobre os
pensamentos: “...Tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é honesto,
tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o
que é de boa fama, se há alguma
virtude, se há algum louvor, nisso
pensai” (Fp.4:8);
E. Mantenha a humildade.
Preocupe-se antes em corrigir as
suas próprias falhas do que em
observar as falhas dos outros:
“Hipócrita! Tira primeiro a trave do
teu olho; então verás bem para tirar
o argueiro do olho do teu irmão”
(Mt.7:5).
Você pode ser uma pessoa longânime.
Esse é o desejo de Deus. É dessa forma
que você poderá ter êxito na sua
liderança.

Outro elemento com o qual precisamos


lidar quando falamos de cura das
emoções, é a ansiedade.
A ansiedade como manifestação de aflição
ou angústia, é o resultado de um
afastamento de Deus. Em vez de
reconhecer a sua soberania e sua
superioridade, carregamos sozinhos os
fardos da vida e supomos poder solucionar
os problemas da vida sem a ajuda da parte
dele.
Quando o homem se afasta de Deus e
faz de si mesmo o seu Deus, é
inevitável a intensificação da
ansiedade. Não é então de surpreender
que numa época de crescente
impiedade aumenta também as
manifestações de angústia.
A ansiedade surge em resultado de
ameaças, conflitos, medo, necessidades
insatisfeitas e diferenças individuais. O
medo e ansiedade são similares,
embora não sejam idênticos.
DEPRESSÃO
A experiência cristã pode ser processada
em três níveis: 1o) Os dias em que estamos
no topo da montanha – tudo é maravilhoso
e sentimo-nos exultantes; 2o) Os dias em
que estamos na planície – dias normais; 3o)
Os dias em que estamos no vale – dias
difíceis, nebulosos, os dias sombrios são
dias de depressão. A depressão
(melancolia) é algo que todos
experimentam até certo ponto e em
diferentes períodos da vida.
Os sinais de depressão incluem: tristeza,
apatia, inércia, tornando difícil continuar
vivendo ou tomar decisões. Os sinais
incluem ainda: perda de energia, fadiga,
insônia, pessimismo, desesperança, medo,
auto conceito negativo, auto crítica,
sentimento de culpa, vergonha, senso de
indignidade, desamparo, perda de
concentração, incapacidade de apreciar
acontecimentos ou atividades agradáveis,
perda de apetite.
O que pode ocasionar depressão?

-Crianças separadas dos seus pais e


criadas numa instituição, privadas de
contato humano caloroso com um
adulto. Essas crianças apresentam má
saúde e tristeza.

- Quando os pais, aberta ou


sutilmente, rejeitam os filhos.
- Quando famílias estabelecem um
padrão alto demais para seus filhos:
Quando os padrões são excessivamente
altos, o fracasso é inevitável e a pessoa
fica deprimida;

- Quando enfrentamos situações sobre


as quais não temos controle: a perda
de uma pessoa querida, o fracasso
num concurso, ou o envelhecimento;
Pensamentos negativos: Não é difícil
habituar-se a um padrão de pensamentos
negativos, vendo o lado escuro da vida.
Quando a pessoa continua pensando
negativamente, o resultado é depressão
mais intensa. Algumas pessoa usam
pensamentos negativos para dominar
outras. A auto-condenação é então usada
para extrair elogios. Porém, tais
comentários, na verdade, não satisfazem, e
o pensamento negativo e a depressão
As tensões da vida: estimulam a
depressão. Perda de uma oportunidade, um
emprego, posição, saúde, liberdade, bens,
perde de pessoas por morte, divórcio.
A ira voltada para dentro: contra si
mesmo. As pessoas se convencem de que
não devem ficar zangadas e negam os seus
sentimentos. Se a ira é negada e empurrada
para fora da nossa mente, ela inflama em
oculto e eventualmente nos destrói.
Mágoa (1a. emoção) ira (2a. emoção
– esconde a mágoa)  vingança (3a.
emoção – oculta a mágoa e a ira) 
DEPRESSÃO (oculta a mágoa, a ira e
o sentimento de vingança).
 
Algumas pessoas fazem uso de sua
depressão como um método sutil e
socialmente aceitável de expressar ira e
obter vingança.
A culpa: A culpa pode levar à
depressão quando a pessoa sente que
falhou ou fez algo errado, surge a culpa
e juntamente com ela a auto
condenação, frustração, desesperança e
outros sintomas de depressão.
Como evitar a depressão
 
Confiança em Deus. Paulo, escrevendo na prisão,
declarou certa vez que “havia aprendido a viver
contente em toda e qualquer situação” por saber que
Deus nos dá forças que podem suprir todas as nossas
necessidades. Ele havia aprendido a viver com alegria
tanto na pobreza quanto na prosperidade. Através da
sua experiência e, sem dúvida, o estudo das escrituras,
ele aprendera a confiar em Deus. Isto ajudou-o a evitar
a depressão.
Aprenda a tratar com a ira e com a
culpa: Não ficar remoendo injustiças ou
fracassos do passado. Devemos pedir a
Deus para ajudar-nos a esquecer o passado,
a perdoar a nós mesmos e os que pecaram
contra nós.
SOLIDÃO
Pouco depois de Deus Ter criado Adão, Ele
declarou: “Não é bom que o homem esteja
só. Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja
idônea”. Adão e Deus tinham conversado
juntos no jardim, mas o Criador sabia que
os seres humanos precisam de outros da sua
espécie a fim de se sentirem felizes. Deus
A solidão desconhece limite de classe,
raça ou idade. A solidão atinge a todos.
Sentir-se solitário é tomar consciência
de que nos falta um contato
significativo, íntimo com os outros. A
solidão envolve um sentimento íntimo
de vazio que pode ser acompanhado de
tristeza, desânimo, sensação de
isolamento, inquietação, ansiedade, e
um desejo intenso de ser amado.
As pessoas solitárias, em geral sentem-se
deixadas de lado, indesejadas ou rejeitadas,
mesmo quando cercadas por outros. Existe, por
vezes, uma sensação de desespero e um desejo
intenso de manter qualquer tipo de relação que
possa aliviar a terrível dor da solidão. Sentem-se
inúteis e convictas de que nada valem, porque
ninguém gosta delas. Estas pessoas sentem-se
incapazes de construir um relacionamento
significativo ou obter satisfação emocional.
Existem dois tipos de solidão: a existencial,
social e emocional.
A solidão existencial refere-se ao sentido
de isolamento que vem quando a pessoa
está afastada de Deus, e sente que a vida
não tem significado ou propósito. Tais
indivíduos precisam de uma comunhão e
relação crescente com Deus.
A solidão social é o sentimento de
falta de propósito na vida, ansiedade e
vazio. A pessoa se sente como se
estivesse fora de tudo e à margem da
vida. Essa pessoa, em luar de uma
relação profunda com um companheiro
específico, a pessoa socialmente
separada precisa de um grupo de
amigos que a aceitem e tenham
facilidade de associar-se com outros.
A solidão emocional envolve a falta ou
a perda de uma relação íntima com
outra pessoa. A pessoa se sente muito
só e só pode recuperar-se quando
estabelece novos relacionamentos em
profundidade com outro.
Algumas pessoas às vezes constroem
barreiras para manter os outros
afastados por medo da intimidade,
medo de deixar-se conhecer, medo da
rejeição, ou de ser ferido por Ter sido
machucado anteriormente.
CULPA
Satanás tem feito muitos crentes
sentirem-se culpados. A culpa é um
sentimento pouco confortável de
pesar, remorso, vergonha, e auto
condenação, que surgem com
frequência quando fazemos ou
pensamos algo que sentimos estar
errado, ou deixamos de fazer algo
que deveria Ter sido feito.
Com isso surge o desânimo, a
ansiedade, o medo do castigo e um
sentimento de desolação. Tudo junto
como parte do sentimento de culpa.
Esse sentimento classificam-se em
três categorias: medo do castigo,
perda de auto-estima, sentimento de
solidão, rejeição ou isolamento.
Reações de auto-condenação

O sentimento de culpa quase sempre


estimula a auto-condenação, e, em certos
casos, a auto-punição. A pessoa toma a
atitude de um mártir, empurrado de lá para
cá por outros. Outras vezes a atitude
apresentada diz: “pobre de mim, não
mereço ser bem tratado”. Eles se sentem
culpados e incapazes de aceitar perdão.
Arrependimento e perdão
Os efeitos do sentimento de culpa não são todos
negativos. Alguns aprendem a aceitar os seus erros e a
melhorar através deves, a confessar-se a Deus e a
outros. Alegrar-se na segurança de que “se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a
injustiça” (I Jo.1:9). A mente, a alma, e até mesmo o
corpo do homem adoece devido à culpa ou o pecado
não confessado e não perdoado. As pessoas com
complexo de culpa, constantemente se condenam e
esperam ser condenadas por outros.
A solução final para a culpa e para o
sentimento de culpa é admitir
honestamente e confessar o pecado a
Cristo e às vezes aos outros, e, então
crer, com a ajuda divina, que estamos
perdoados e aceitos por Deus.

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