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eletRÔNICA

BÁSICA
Prof: Eng. Dayana Vieira

Aula 3
Programa da aula
Introdução
Bandas de Energia
Definição - Materiais
Semicondutores Tipo N e P
Diodo Semicondutor
▫ Junção PN
▫ Polarização Direta e Inversa
▫ Principais Especificações
▫ Curva Característica e Reta de Carga 2
Introdução
▫ Antes de entrarmos no assunto propriamente dito, é necessário
fazermos algumas considerações sobre o material de que são feitos
alguns dos mais importantes componentes eletrônicos, tais como:
diodos e transistores entre outros; este material é conhecido como
semicondutor.

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Bandas de Energia
▫ Um átomo é formado por elétrons que giram ao redor do núcleo (prótons e
nêutrons).
▫ O número de elétrons, prótons e nêutrons é diferente para cada tipo de elemento
químico.

Figura 1 - Modelo atômico de Niels Bohr


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Bandas de Energia
▫ A quantidade de elétrons da última camada define quantos
deles podem se libertar do átomo em função da absorção de
energia externa ou se esse átomo pode se ligar a outro através
de ligações covalentes.

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Bandas de Energia
▫ Os elétrons da banda de valência são os que têm mais facilidade de sair
do átomo.
⬝ Eles têm uma energia maior
⬝ Por causa da distância ao núcleo ser grande, a força de atração é
menor (menor energia externa)
▫ A região entre uma órbita e outra do átomo é denominada banda proibida,
onde não é possível existir elétrons.
▫ O tamanho da banda proibida na última camada de elétrons define o
comportamento elétrico do material.
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Bandas de Energia
Energia Energia Energia

Banda de condução Banda de Condução Banda de Condução

Banda Proibida Banda Proibida

Banda de Valência Banda de Valência Banda de Valência

Figura 3 - Isolantes, Condutores e Semicondutores

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Bandas de Energia
▫ Material isolante: banda proibida grande exigindo do elétron muita
energia para se livrar do átomo.
▫ Material condutor: um elétron pode passar facilmente da banda de
valência para a banda de condução sem precisar de muita energia.
▫ Material semicondutor: um elétron precisa dar um salto pequeno. Os
semicondutores possuem características intermediárias em relação
aos dois anteriores.

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Definição – Materiais
▫ Condutor é qualquer material que sustenta um fluxo de carga,
quando uma fonte de tensão com amplitude limitada é aplicada
através de seus terminais.
▫ Isolante é o material que oferece um nível muito baixo de
condutividade sob pressão de uma fonte de tensão aplicada.
▫ Um semicondutor é, portanto, o material que possui um nível de
condutividade entre os extremos de um isolante e um condutor.

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Definição – Materiais
▫ A classificação dos materiais em condutor, semicondutor
ou isolante é feita pelo seu valor de resistividade (ρ).
▫ A Tabela I apresenta os valores de resistividades típicos
dos materiais.

Tabela I – Valores de resistividade típicos

Condutor Semicondutor Isolante


1.72x10-6 Ω-cm (Cobre) 50 Ω-cm (Germânio) 1012 Ω-cm (Mica)
2.82Ω-cm (Alumínio) 50x10³ Ω-cm (Silício)
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Definição – Materiais

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Definição – Materiais
▫ Semicondutores Intrínsecos
▫ Os semicondutores mais comuns e mais
utilizados são o silício (Si) e o germânio
(Ge).
▫ Eles são elementos tetravalentes, possuindo
quatro elétrons na camada de valência.

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Definição – Materiais
▫ Semicondutores Intrínsecos
▫ Cada átomo compartilha 4 elétrons com os vizinhos,
de modo a haver 8 elétrons em torno de cada núcleo

Figura 5 – Compartilhamento de elétrons


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Semicondutores Tipo N e P
▫ Se um cristal de silício for dopado com átomos pentavalente (arsênio,
antimônio ou fósforo), também chamados de impurezas doadora, será
produzido um semicondutor do tipo N (negativo) pelo excesso de um
elétron nessa estrutura.

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Semicondutores Tipo N e P
▫ Material semicondutor tipo N

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Semicondutores Tipo N e P
▫ Assim, o número de elétrons livres é maior que o número
de lacunas. Neste semicondutor os elétrons livres são
portadores majoritários e as lacunas são portadores
minoritários.
- - - + - -
- - - - - -
- + - - - -
- - - - - -
- - - + - -
- - - - - -
- - + - - -
Figura 8 - Semicondutor Tipo N
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Semicondutores Tipo N e P
▫ Se um cristal de silício for dopado com átomos trivalente
(alumínio, boro ou gálio), também chamados de
impurezas aceitadora, será produzido um semicondutor do
tipo P (positivo) pelo falta de um elétron nessa estrutura.

Figura 9 – Semicondutor tipo P

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Semicondutores Tipo N e P
▫ Material semicondutor tipo P

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Semicondutores Tipo N e P
▫ Assim, o número de lacunas é maior que o número de
elétrons livres. Neste semicondutor as lacunas são
portadores majoritário e os elétrons livres são portadores
minoritários.
- + + + +
+ + + + +
+ + + - +
+ + + + +
+ - + + +
+ + + + +
+ + + - +
Figura 8 - Semicondutor Tipo P
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Diodo Semicondutor
▪ Junção PN
▫ A união de dois cristais (P e N) provoca uma
recombinação de elétrons e lacunas na região da junção,
formando uma barreira de potencial.
íons negativos íons positivos

- + + + + - - - + - -
+ + + + + - - - - - -
+ + + - + - + - - - -
+ + + + + - - - - - -
+ - + + + - - - + - -
+ + + + + - - - - - -
+ + + - + - - + - - -

P N
Barreira

Figura 9 – Barreira de Potencial 20


Diodo Semicondutor
▪ Junção PN
▫ Cada lado do diodo recebe um nome: O lado P
chama-se de anodo (A) e o lado N chama-se de
catodo (K).
A K
P N

A K

Figura 10 – Imagem e símbolos do Diodo


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Diodo Semicondutor
▫ O diodo semicondutor é um dispositivo eletrônico feito de silício ou germânio
que tem como função retificar a corrente elétrica ou chavear um circuito. Ele
é utilizado em aparelhos eletrônicos, como televisão, computador, aparelhos
de som, entre outros. O símbolo utilizado para diodos em diagramas é o
seguinte:

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Diodo Semicondutor
▪ Polarização direta da junção PN
▫ Consiste em colocarmos o terminal positivo da bateria no
elemento P da junção PN e o terminal negativo da bateria
ao lado N.

Figura 11 – Junção PN polarizada diretamente 23


Polarização da Junção
PN
Polarização direta

Se a tensão da fonte geradora for maior que a tensão interna da junção (varia de acordo com o
semicondutor), os portadores livres se repelirão a barreira depletora, em função da polaridade
da fonte geradora, e ultrapassar a junção P-N, permitindo a passagem de corrente elétrica.

O exemplo acima ilustra didaticamente o comportamento de um semicondutor de SI. A passagem de


cargas não ocorre de forma abrupta quando a tensão ultrapassa 0.7V, entretanto a passagem de cargas
sobe exponencialmente a partir da tensão de aproximadamente 0.7V. A analise da resposta do diodo
irá detalhar o comportamento.
Diodo Semicondutor
▪ Polarização inversa da junção PN
▫ Consiste em colocarmos o terminal positivo da bateria
no elemento N junção PN e o terminal negativo da
bateria no lado P.

Figura 12 – Junção PN polarizada inversamente 25


Polarização da Junção
PN
Polarização inversa

Se um potencial externo é aplicado através da junção PN em que o terminal negativo é


conectado ao material do tipo P e o positivo ao material do tipo N, a região de depleção será
abruptamente acentuada, uma vez que cargas opostas se atraem. Com essa configuração cria-se
uma barreira ocasionando no bloqueio da corrente elétrica.
Diodo Semicondutor
▪ Principais Especificações do Diodo
▫ Na polarização direta só existe corrente elétrica se a tensão aplicada
ao diodo for maior que Vd (0,7V). Existirá uma corrente máxima que
o diodo poderá conduzir (Idm) e uma potência máxima de dissipação
(Pdm): Pdm = VxIdm
▫ Na polarização reversa existe uma tensão máxima chamada de tensão
de ruptura ou breakdown (Vbr) e uma corrente muito pequena
denominada de corrente de fuga.(If)

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Diodo Semicondutor
▪ Curva Característica do Diodo
▫ Na polarização direta

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Diodo Semicondutor
▪ Curva Característica do Diodo
▫ Na polarização inversa

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Diodo Semicondutor
▪ Curva Característica do Diodo
▫ Gráfico completo

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Diodo Semicondutor
▪ Aproximações do Diodo
▫ 1ª aproximação (Diodo ideal)

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Diodo
ideal
A primeira aproximação considera apenas a propriedade do diodo que limita o fluxo de corrente
em apenas 1 sentido.

Modelo de diodo ideal: Polarização reversa

Polarização reversa: não há fluxo de cargas Polarização direta


Polarização direta: fluxo máximo de cargas

𝑖𝐷

𝑣𝐷
Diodo
ideal
Exercício: Considerando a primeira aproximação, determine quais lâmpadas irão acender
Diodo
ideal
Exercício: Considerando a primeira aproximação, determine quais lâmpadas irão acender
Diodo Semicondutor
▪ Aproximações do Diodo
▫ 2ª aproximação

Figura 16 – Diodo como chave e fonte


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Diodo Simplificado
▪A segunda aproximação considera além do comportamento ideal do diodo, o
potencial da camada de depleção do diodo. Para Si 0,7V e para Ge 0,3V.
▪Modelo de diodo simplificado:

▪Há fluxo de cargas apenas quando o diodo está polarizado diretamente e a tensão da
fonte geradora é capaz de superar o potencial da camada de depleção
𝑖𝐷

𝑣𝐷
Diodo Semicondutor
▪ Aproximações do Diodo
▫ 3ª aproximação

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Diodo
Linear
A terceira aproximação, consiste em determinar um intervalo na curva de
resposta tensão x corrente do diodo para que a tensão aumente
linearmente eu relação a corrente. Esta aproximação é pouco utilizada,
salvo em situações onde a corrente do circuito é muito baixa. Para
calcular a resistência anexada ao modelo é necessário analisarmos as
características do diodo.

𝑖𝐷
𝑅𝑎 = Δ𝑉𝑑
𝑣 Δ𝐼𝑑

𝑣𝐷
Diodo Semicondutor
▪ Teste de Diodos com Multímetro Digital
▫ Coloque a chave seletora na posição com o símbolo do
diodo e meça o componente nos dois sentidos.
▫ Num sentido o visor deve indicar um valor de
resistência e no outro ficar apenas no número "1".
▫ Veja a seguir:

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Diodo Semicondutor
▪ Teste de Diodos com Multímetro Digital

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THANK
you! 41

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