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Políticas e projetos de combate ao insucesso e

abandono escolar: aprendizagens e desafios


Maria Álvares
Relatórios, recomendações internacionais e boas práticas de
combate ao abandono escolar precoce:

• Cedefop (2016). Leaving education early: putting vocational


education and training centre stage. Volume II: evaluating policy
impact. Luxembourg: Publications Office. Cedefop research paper;
No 58. http://dx.doi.org/10.2801/967263
• DG EAC (2017): Tackling Early School Leaving: a collection of
innovative and inspiring resources Explore. Learn. Share
• NESET II report (2018): Strengthening Social and Emotional
Education as a core curricular area across the EU. A review of the
international evidence
• ECORYS e DG EAC (2019) Assessment of the Implementation of
the 2011 Council Recommendation on Policies to Reduce Early
School Leaving (ESL)
Principais recomendações de políticas, assentes nas
características partilhadas pelos projetos bem sucedidos:

• Estratégias compreensivas: macro, meso, micro e prevenção;


intervenção e compensação;
• Organizações abertas, que trabalham em rede e internamente
promovem o trabalho cooperativo. Participação;
• Abordagens holísticas com intervenção em dimensões psicológicas
económicas, sociais e educativas; diferentes apoios
• Aprendizagens práticas, artísticas e vocacionais / percursos
formativos individuais
• Foco na qualidade das relações interpessoais, na proximidade
afetiva, na identificação com o grupo. Vinculação;
• Diferenciação pedagógica/ pedagogias construtivistas
Sínteses e consensos

• O que funciona na prevenção é o que funciona na intervenção e no


combate ao insucesso escolar;

• Consenso quanto às características que as soluções de intervenção


e compensação do abandono escolar precoce devem possuir e que é
partilhada por diretores, professores, técnicos, pais, alunos e peritos;

• Verifica-se uma lógica de ‘bottom-up” nas recomendações políticas


propostas, espelhando as características partilhadas dos projetos de
intervenção mais bem sucedidos;

• Ao contrário da maioria dos restantes países da Europa, em Portugal


existe uma aposta na prevenção e intervenção e
subdesenvolvimento na compensação;
A institucionalização da ESOM na rede pública e o alargamento
da rede de E2O (Despacho n.º 6954/2019) era esperado e
desejado:

• PPIP (Projeto-Piloto de Inovação Pedagógica, 2016),


promovendo a flexibilização das turmas, das cargas horárias e
dos calendários escolares;
• PNPSE (Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar,
2016), criando autonomia na utilização das estratégias de
prevenção do abandono, focadas no insucesso escolar;
• Portaria 181/2019: autonomia e flexibilidade curricular, alargando
essa autonomia aos currículos;
Desafios do sistema (dissensos)
• Incorporar a ideia de que a motivação é essencial para a
aprendizagem, reforçando o trabalho nas competências pessoais e
sociais, na definição de projetos pessoais de futuro.
• Aumentar o tempo de contacto e de fortalecimento da relação
afetiva entre professores e alunos
• Dinamizar ofertas de formação focadas no abandono escolar,
especificamente direcionadas para diretores, professores e
formadores;
• Recrutar, garantir a continuidade e progressão de professores e
formadores com o perfil adequado (essencial para garantir a
identidade e a especialização pedagógica);
• Ouvir os alunos e promover a participação de todos nos processos
de decisão;
• Promover a avaliação de resultados e impactes das intervenções
Obrigada!

Alvares.maria@gmail.com

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