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Pessoa Coisa Pessoa Pessoa
Direito das coisas # Direitos reais?
• Direito das coisas (mais abrangente, não trata só de um objeto.
Por outro lado, perde a noção do direito subjetivo sobre coisas)
• Sujeito ativo
• Relação jurídica entre sujeito e coisa como junção dos elementos dos direitos reais=
inflexão imediata (poder imediato) do sujeito sobre a coisa (ponto de partida)
Inerência e funcionalidade (submissão das coisas as deliberações do titular)
• Teoria realista vs. teoria personalista (ponto de chegada dos elementos dos direitos
reais)
Coisa- aspectos centrais da definição
• Bem jurídico ou objeto de direito =termo geral
(inclusive os existenciais) # coisa, conceito específico
(que é o objeto, propriamente dito, da relação
jurídica real)
Coisa= objeto de direito que tenha expressão econômica
(direito patrimonial) e seja dotado de corporeidade
Aspecto mais óbvio: bens imateriais não são coisas
Exemplo: súmula 228-STJ
Coisa- aspectos centrais da definição e
intersecção com a relação jurídica real
• CORTIANO, Eroulths Júnior; KANAYAMA, Rodrigo Luís. Notas sobre os bens comuns.
Constituição, Economia e Desenvolvimento: Revista Brasileira da Academia de Direito
Constitucional. Curitiba, 2016, vol. 8, n° 15, jul/dez, p. 480-491, disponível em: http://
abdconst.com.br/revista16/notasEroulths.pdf
• TEPEDINO, Gustavo José Mendes; Peçanha, Danielle Tavares; DANA, Simone Cohn. Os bens
comuns e o controle de desafetação de bens. Revista de direito da cidade. Volume 13, n° 1, p.
427/445, 2021, disponível em:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdc/article/view/58570/37318
O sujeito ativo
• Sujeito ativo
Pessoa física, jurídica ou ente despersonalizado que é o
titular da coisa
É quem pode retirar da coisa suas utilidades, de modo
exclusivo e contra todos (Washington de Barros Monteiro)
A relação jurídica real
• Preferência
• Creditícia e Temporal (registro anterior)
Os princípios diretivos dos direitos reais
• Taxatividade
Somente são direitos reais aquelas previstos enumerados em
lei(art.1225, mas, não só)
Não dá para exigir que pessoas criem e outras respeitem direitos. Logo,
por ser oponível erga omnes deve estar previsto em lei
# contratos podem ser inominados, atípicos, regra do art. 425, CC é
aceitar a atipicidade (consequentemente, idem obrigações)
• Tipicidade
Catálogo delimitado e rígido, ou seja, adotar a forma do direito real
prevista em lei
Outras características dos Direitos Reais- “salvam” a distinção?- perspectiva críticas
3 e talvez a chave
• Disposições Gerais
• Art. 1.225. São direitos reais:
• I - a propriedade;
• II - a superfície;
• III - as servidões;
• IV - o usufruto;
• V - o uso;
• VI - a habitação;
• VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
• VIII - o penhor;
• IX - a hipoteca;
• X - a anticrese.
• XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
• XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017)
A distinção entre direitos reais e direitos de
crédito-primeira visão crítica
A distinção entre direitos reais e direitos de
crédito- visão crítica
• Preferência
Existe também entre créditos (trabalhistas e quirografários, por exemplo)
• Problema existente
Isso afasta...Mas se as partes, ou uma delas, quiserem aproximar as características do
pessoal e real, podem? Sim, e até lei faz isso, a depender do caso
Exemplo: o registro dos contratos e as obrigações com eficácia erga omnes/escolha
entre constituir direito de crédito ou direito real
Então, tem força da lei para tornar um direito em real (mais forte), mas também tem
autonomia privada. E “essa força” é a distinção de função entre direitos
obrigacionais e reais
Desta maneira, começam a se mitigar distinções entre direitos reais e pessoais...
Assim... O caminho até o direito unitário das
situações jurídicas patrimoniais
• Situações subjetivas de crédito e situações subjetivas reais
Aproximação 1: ordenamento jurídico unitário e a Constituição da
República- mesma função regular as relações patrimoniais, vinculadas à
ordem econômica no direito privado. Maior das #’s é a situação
existencial.
Aproximação 2: Obrigação = processo polarizado ao adimplemento,
exigindo cooperação de ambas as partes para tanto (SILVA, Clóvis Couto
e. A obrigação como processo. Rio de Janeiro: FGV, 2006. p. 20) também
nas relações jurídicas reais
A importância da aproximação 2 e uma volta as teorias personalista e
realista: a redefinição dos direitos reais a partir do conceito de situação
subjetiva complexa
Relação jurídica real
Relação real/ relação proprietária
Situação subjetiva (efeitos de exercício, transmissão, constituição e extinção de situações
jurídicas)
• Perfil estrutural
Não é só o sujeito indeterminado com quem se relaciona (teorias personalista), mas, centros
de interesse (interesse divergentes) de diversos sujeitos, os quais são antagônicos.
Comportamento/abstenção e cooperação (Entre titular de direito real e os demais)
• Perfil Funcional
Função do direito real existe entre proprietário e terceiro, proprietário e
vizinho, proprietário e Estado, proprietário e entes públicos.
Não subordinação, mas, cooperação
Uma volta as teorias personalista e realista: a redefinição dos
direitos reais a partir do conceito de situação subjetiva complexa
Ambiental
Tributário
• Grande consequência
Os direitos reais também funcionam como
processo e envolvem muito mais do que o titular e
a coisa (crise das diferentes estruturas).
Uso da boa-fé objetiva nas relações reais
(jurisprudência STJ)
Revisitação das características dos direitos
reais
• Taxatividade e tipicidade
Taxatividade ou numerus clausulus = não posso opor erga omnes um arranjo que só eu e
um terceiro sabemos que existe e funciona...Reserva de lei como elemento de
segurança jurídica (mas e publicidade?)
Tipicidade # supressão da liberdade contratual no âmbito dos direitos reais (ou
autonomia privada) = modelar o conteúdo acessório flexível dos direitos reais
• Exemplos
Invenção modos e espécies de servidão
Conteúdo do usufruto, mantendo uso e gozo da coisa (divergência)
Propriedade edilícia e convenções condominiais (AIRBNB)
O desafio de construir acesso aos bens por meio dos direitos reais
(função deste de acordo com a Constituição da República)
Situações subjetiva
• Entende-se por situação subjetiva um conceito abrangente, o qual (i)
compõe-se dos efeitos que, de modo simples ou complexo, constituem,
modificam ou extinguem relações jurídicas, tais como o direito subjetivo, o
poder jurídico, o interesse legítimo, a obrigação, o ônus e assim por diante
e que (ii) pode ser visto a partir de diversos perfis (PERLINGIERI, Pietro.
Perfis de Direito Civil, 2002. p. 105). (...) Assim, o interesse resguardado
pela situação subjetiva patrimonial será vinculado ao patrimônio, à
propriedade ou ao trânsito das relações econômicas, sempre à luz do
direito vigente em determinado país. Então, conclui-se que tratar da
situação subjetiva patrimonial significa tratar de um interesse de caráter
econômico tutelado pelo ordenamento jurídico nos ditames de sua
legalidade constitucional (PERLINGIERI, Pietro, 2002. p. 105).