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I SEMINÁRIO DO MÓDULO

INSTITUIÇÕES POLÍTICAS

PROF. DR. ROBERTO CORRÊA

BRUNA BRASIL
GERBSON NASCIMENTO
SILVIA LOVAGLIO
“COMPARATIVE POLITICS:
RATIONALITY, CULTURE AND
STRUCTURE”
Mark Lichbach;
Alan Zuckerman e outros.

“INSTITUTIONS AND SOCIAL


CONFLICT”

Jack Knight
QUESTÕES QUE NORTEARÃO A EXPLICAÇÃO DO TEMA
ABORDADO

- ANÁLISE DO DESEMPENHO DOS GOVERNOS POR


MEIO DA POLÍTICA COMPARADA A PARTIR DA
UTILIZAÇÃO DO INDICE DE DESEMPENHO AMBIENTAL
(Environmental Performance Index)

- AVANÇO E RETROCESSO DAS LEIS AMBIENTAIS


BRASILEIRAS
(Projeto de Lei 5.367/2009 que visa alterar a Lei
4.771/65 – Código Florestal Brasileiro e Lei
12.187/09 – Política Nacional de Mudanças
Climáticas).
COMPARATIVE POLITICS
Mark Lichbach;
Alan Zuckerman e outros.

RATIONALITY, CULTURE AND STRUCTURE


A Obra “POLÍTICA COMPARADA :
RACIONALIDADE, CULTURA E ESTRUTURA”

Reúne artigos de conceituados cientistas


políticos para avaliar as Escolas de investigação de
“Política Comparada” e suas efetivas contribuições
para as demandas da Ciência Política, por meio
da:
TEORIA DA ESCOLHA RACIONAL
ANÁLISE CULTURALISTA
ANÁLISE ESTRUTURALISTA
Estas análises são aplicadas em
diversos estudos, como :

Os relativos à POLÍTICAS
ELEITORAIS;
aos MOVIMENTOS SOCIAIS e às
REVOLUÇÕES;
à ECONOMIA POLÍTICA e
ao ESTADO (em particular no que se
refere ao quesito “desempenho”)
Segundo Lichbach e Zuckerman, a
Política Comparada hoje é dominada pelas
tradições:

RACIONALISTAS, CULTURALISTAS E
ESTRUTURALISTAS;

Porém para os autores, estas tradições


diferem quanto a:

ONTOLOGIA E A ESTRATÉGIA EXPLICATIVA


ONTOLOGIA

RACIONALISTAS – Estudariam como os atores


empregam a razão instrumental para satisfazer
seus interesses.

CULTURALISTAS – Estudariam as regras que


constituem as atividades individuais e as em
grupo.

ESTRUTURALISTAS – Explorariam as relações


entre atores em contextos institucionais.
ESTRATÉGIA EXPLICATIVA

RACIONALISTAS – Experimentos comparativos


seriam estáticos.

CULTURALISTAS – Configurariam explicações de


caráter interpretativo.

ESTRUTURALISTAS – Estudariam a dinâmica


histórica dos tipos sociais reais.
A TEORIA DA ESCOLHA RACIONAL POR
MARGARET LEVI

Há diversas criticas quanto a diferença de


potencial entre :

INTERESSE PESSOAL X COMPORTAMENTO


PÚBLICO

BEM INDIVIDUAL X AÇÃO COLETIVA.


A TEORIA DA ESCOLHA RACIONAL POR
MARGARET LEVI

Seriam teorias testáveis, fornecendo


capacidade de sentido à acontecimentos
através de uma história plausível e
convincente que identifica os mecanismos
causais e os princípios universais .
Para superar algumas lacunas, Levi
desenvolve as NARRATIVAS ANALÍTICAS,
através das quais a Teoria da Escolha fornece
princípios que norteiam a história narrativa do
processo político.

As NARRATIVAS ANALÍTICAS
oferecem uma ponte entre a Escola
Racionalista e as outras Escolas relacionadas
com a Política Comparada.
Teorias da Escolha Racional de vários
tipos tiveram um impacto enorme na forma
como foi desenvolvida a Ciência Política,
principalmente, nos EUA , com seu caráter
mais empírico sobre os estudos de política
americana, relações internacionais e política
comparada.
As Teorias de Escolha Racional são
entendidas como positivas (preditivas) em
oposição às Teorias Normativas.

Estas Teorias foram introduzidas na Ciência


Política em grande parte, pelos estudos sobre
Economia de Anthony Downs, Mancur Olson entre
outros, que adotaram uma interpretação
particularmente materialista da teoria da
escolha racional.
UMA DEFINIÇÃO MÍNIMA DE AÇÃO
RACIONAL :

“Convencionalmente, um ato
racional é um ato que foi escolhido por
que está entre os melhores atos
disponíveis para o agente, dadas as suas
crenças e os seus desejos. Atos racionais
maximizam preferências ou desejos, dada
determinadas crenças”.
INSTITUTIONS AND
SOCIAL CONFLICT
Jack Knight
THE SPONTANEOUS EMERGE OF SOCIAL INSTITUTIONS: A
BARGAIN THEORY OF EMERGE AND CHANGE

STABILITY AND CHANGE: CONFLICTS OVER FORMAL


INSTITUTIONS
THE SPONTANEOUS EMERGE OF SOCIAL
INSTITUTIONS: A BARGAIN THEORY OF EMERGE AND
CHANGE

RELAÇÃO ENTRE OS ATORES SOCIAIS

As ações de interesse individual e de interesse


coletivo;
O conflito social – Simmel;
Assimetrias sociais e o governo descentralizado.
O PODER DE BARGANHA

“A teoria da barganha de instituições


emergentes é a relação fundamental entre o
recurso assimétrico e a credibilidade, aversão
ao risco e preferência temporais”.

BARGANHA + PODER = CREDIBILIDADE


Generalização e institucionalização de uma
ação social;

“É UM PROCESSO SOCIAL DE
RECONHECIMENTO DE REGRAS
ESTRATÉGICAS DE AÇÃO”

As regras informais de comportamento


- Exemplo 1 – As relações familiares
- Exemplo 2 - A Jihad
 
STABILITY AND CHANGE: CONFLICTS
OVER FORMAL INSTITUTIONS

Jack Knight afirma que de forma


espontânea as instituições informais
constituem-se na fundação (diga-se, no
alicerce) da sociedade, providenciando
informações sobre a antecipação do
comportamento dos atores sociais, criando
assim as regras (normas ou convenções) que
estabilizam suas vidas e primam por
estruturar a sua vivência social
Em suma, as instituições formais são
designadas e criadas sobre essa “fundação”
informal da sociedade, que em função do conflito,
estipula convenções e normas.

Observa-se, entretanto, que em alguns


casos, a regra formal estabelece maneiras
próprias de se mudar a regra gerada no
âmbito informal.

Em outros casos, conforme menciona o


autor, as regras formais são criadas para
estruturar as interações sociais que a rede de
instituições informais necessitam.
E em uma terceira vertente, as regras
formais advém de uma criação artificial
que leva a sociedade a acreditar que
necessita das mesmas.
Sendo assim, o panorama que se
apresenta é que a criação das instituições
formais visa introduzir regras que delineiam as
atividades estatais baseadas, essencialmente,
na maneira de vivência social que as
instituições informais estruturaram para si.
A análise dessas formas de criação de
regras (introdução de regras informais na
sociedade, por meio do funcionamento das
instituições formais) nos ajuda a distinguir as
TEORIAS INSTITUCIONAIS A RESPEITO
DE ESTABILIDADE, DESENVOLVIMENTO E
MUDANÇA (stability and change).
Para o autor, a idéia central é que os
conflitos são fabricados com base nas
diferenciações e assimetrias de poder
apropriadas ou não à manutenção dos
Estados e por vezes, menos relevantes que
as explanações mais emergentes.
O principal argumento utilizado no final do
segundo capítulo era de que o processo de
estabilidade ou mudança nas instituições emerge
de maneira descentralizada, sem intencionalidade,
sendo difícil portanto prever possíveis reflexos ou
rachaduras, que poderiam surgir entre os
interesses estatais e o poder da sociedade.
Porém, no sexto capítulo, avançando na
questão, o autor investiga o conflito entre a
manutenção da estabilidade e as possíveis
mudanças nas instituições formais,
justamente em função do conflito de
interesses que nelas já se encontra aparente.
De acordo com um MODELO
ANALÍTICO DE BARGANHA, as regras
institucionais de governo também tecem as
relações estabelecidas na sociedade, buscando
alcançar o que o autor chama de
“ESTRATÉGIAS DE ESTABILIDADE”, que
representam a comunhão de parcelas de
expectativas de toda a sociedade.
Num cálculo estimativo e utilitário, essas
regras são estabelecidas em conveniência com
as probabilidades de aproximação de uma
determinada pessoa ou seguimento com o tipo
de interação que deverá ser adotada naquela
“ESTRATÉGIA DE EQUILÍBRIO”.
Com relação à MANUTENÇÃO DO
STATUS QUO, o autor afirma que a
estabilidade a qual se auto-obrigam as
instituições são usualmente discutidas sob a
forma de temáticas de cooperação entre
Estados que encontram-se em processo de
desenvolvimento.
Nesse sentido, o autor cita AXELROD
(1984) que conceituou a questão da
estabilidade nas instituições como o produto
de interações bilaterais (interesse e poder ?)
entre vários membros da sociedade.

Já TAYLOR (1987) estabeleceu um


modelo em que certo número de pessoas
“envolvidas no jogo social” cooperam entre si,
com a finalidade de produzir diferentes
escolhas para os membros da sociedade.
De qualquer forma, o que há de mais
importante a ser trazido à luz neste estudo é a
feição vulgar desses dois modelos que
demonstra com precisão A QUESTÃO DA
MANIPULAÇÃO PARA A MANUTENÇÃO DO
STATUS QUO NAS INSTITUIÇÕES e em que
isso afeta em longo prazo os benefícios
visualizados pelas instituições sociais
informais.
Com referência às MUDANÇAS
INTENCIONAIS, o autor afirma que a
estabilidade nas instituições informais são
sempre afetadas pelas circunstâncias
concernentes aos atrativos da manutenção
do status quo, apresentando entretanto, duas
condições para a mudança nas instituições:

I. A MUDANÇA NAS ASSIMETRIAS DE


PODER DOS ATORES SOCIAIS ENVOLVIDOS ;
II. A MUDANÇA EM TERMOS DE
DISTRIBUIÇÃO DE CONSEQÜÊNCIAS NO
ÂMBITO DE TAIS INSTITUIÇÕES.
Logo, o efeito de mudanças ocasionadas
pelas “BARGANHAS DO PODER” é que faz
com que se estabeleçam as efetivas (e
intencionais) mudanças na sociedade e
conseqüentemente, nos Estados.

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