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LEGISLAÇÃO EM SAÚDE
Prof. Ronaldo Behrens | 2022
OBJETIVOS
1 2
3 4
Regulamentação na saúde
Temas
Principais normas éticas aplicadas aos serviços de saúde
VIII
Antes: 3 Conferên-
catego- cia Seguran- Sistema
rias de Nacional ça do de paga-
cidadãos de Saúde paciente mento ...
Universaliza direito
Descentraliza prestação
Transfere poder
Pilares do SUS
art. 198
DESCENTRALI-
ZAÇÃO
com direção única
em cada esfera de
governo
ATENDIMENTO
INTEGRAL
com prioridade para as
atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços
assistenciais
SAÚDE NO BRASIL
SAÚDE – CONTEXTO
Críticas:
Há excesso de
Sistema ainda é Foco principal continua
burocracia não fundada
inseguro e há mortes na doença e não no
em benefício ao
acontecendo doente
paciente
P O P U L A Ç Ã O
REGULAMENTAÇÃO NA
SAÚDE
Art. 197
São de relevância pública as ações e serviços
de saúde, cabendo ao Poder Público dispor,
nos termos da lei, sobre sua regulamentação,
fiscalização e controle, devendo sua execução
ser feita diretamente ou através de terceiros
e, também, por pessoa física ou jurídica de
direito privado.
REGULAMENTA
ÇÃO DA SAÚDE –
LEIS
CONSTITUIÇÃO DE 1988
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
Art. 6º -
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas
todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
Art. 1º. O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária compreende o conjunto de ações definido pelo § 1º do
art. 6º e pelos arts. 15 a 18 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, executado por instituições da
Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que
exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária.
Art. 3o . Fica criada a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, autarquia sob regime especial,
vinculada ao Ministério da Saúde, com sede e foro no Distrito Federal, prazo de duração indeterminado e
atuação em todo território nacional.
Art. 4º. A Agência atuará como entidade administrativa independente, sendo-lhe assegurada, nos termos
desta Lei, as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de suas atribuições.
LEI Nº 9.782/99
Art. 6º. A Agência terá por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por
intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à
vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles
relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e de fronteiras.
Art. 7º. Compete à Agência proceder à implementação e à execução do disposto nos incisos II a VII do art.
2º desta Lei, devendo:
I - coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária;
No nível Municipal, estão as Vigilâncias Sanitárias • Os Municípios podem, na medida dos interesses
Municipais nos municípios brasileiros que já predominantemente locais, suplementar a legislação
organizaram seus serviços de VISA. federal e estadual no tocante à aplicação e execução de
ações e serviços de Vigilância Sanitária.
LEI Nº 9.961/00
Art. 1º. É criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, autarquia sob o regime especial,
vinculada ao Ministério da Saúde, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro - RJ, prazo de duração
indeterminado e atuação em todo o território nacional, como órgão de regulação, normatização, controle
e fiscalização das atividades que garantam a assistência suplementar à saúde.
Art. 3o. A ANS terá por finalidade institucional promover a defesa do interesse público na assistência
suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com
prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações de saúde no País.
LEI Nº 9.961/00
Art. 4º. Compete à ANS:
I - propor políticas e diretrizes gerais IV - fixar critérios para os VII - estabelecer normas relativas à
ao Conselho Nacional de Saúde procedimentos de credenciamento e adoção e utilização, pelas operadoras
Suplementar - Consu para a regulação descredenciamento de prestadores de de planos de assistência à saúde, de
do setor de saúde suplementar; serviço às operadoras; mecanismos de regulação do uso dos
serviços de saúde;
II - estabelecer as características gerais V - estabelecer parâmetros e
dos instrumentos contratuais indicadores de qualidade e de IX - normatizar os conceitos de doença
utilizados na atividade das operadoras; cobertura em assistência à saúde para e lesão preexistentes;
os serviços próprios e de terceiros
III - elaborar o rol de procedimentos e oferecidos pelas operadoras; XV - estabelecer critérios de aferição e
eventos em saúde, que constituirão controle da qualidade dos serviços
referência básica para os fins do VI - estabelecer normas para oferecidos pelas operadoras de planos
disposto na Lei no ressarcimento ao Sistema Único de privados de assistência à saúde, sejam
9.656, de 3 de junho de 1998, e suas Saúde - SUS; eles próprios, referenciados,
excepcionalidades; contratados ou conveniados;
RNº 405/16 - “Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar
• Eixos do PM-QUALISS:
• Consiste, basicamente, na obrigação para as
operadoras de planos de saúde de I - Estrutura: composta pelos recursos físicos, humanos, materiais e
divulgarem os atributos de qualificação dos
financeiros necessários para a assistência em saúde;
prestadores de serviço, que constituem as
suas redes assistenciais. II - Segurança: observando o definido no Programa Nacional de
Segurança do Paciente – PNSP, é o conjunto de ações ou processos que
• Os principais objetivos do programa são: objetivam a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano
aumentar o poder de avaliação e escolha por desnecessário associado ao cuidado de saúde;
parte dos beneficiários dos planos de saúde
III – Efetividade: determinada pelo grau com que a assistência, os
e estimular à adesão, por parte dos
prestadores de serviços, à programas que os serviços e as ações atingem os resultados esperados; e
qualifiquem IV - Centralidade no Paciente: consiste na percepção de satisfação
associada ao relato de experiência, escuta atenta, comunicação e
envolvimento do paciente nas decisões.
https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/prestadores/qualiss-programa-de-qualificacao-dos
-prestadores-de-servicos-de-saude-1/monitoramento-da-qualidade-hospitalar
DEBATE
• Natureza jurídica de direito público (autarquias corporativas), uma vez que exercem função do próprio
Estado e têm autonomia administrativa, financeira e mesmo política
• Estado delega funções a conselhos ou ordens que, de seu turno, legislam sobre matérias éticas e
técnicas a serem seguidas por quem está inscrito em suas fileiras
• Importante para o cumprimento de seu papel: regulamentação e fiscalização do exercício das diversas
profissões
CONSELHOS PROFISSIONAIS
Art. 1º O Conselho Federal e os Conselhos Art. 1º - Haverá na Capital da República um Art. 1º - São criados o Conselho Federal de
Regionais de Medicina, instituídos pelo Conselho Federal de Odontologia e em cada Enfermagem (COFEN) e os Conselhos
Decreto-lei nº 7.955, de 13 de setembro de capital de Estado, de Território e no Distrito Regionais de Enfermagem (COREN),
1945, passam a constituir em seu conjunto Federal um Conselho Regional de constituindo em seu conjunto uma autarquia,
uma autarquia, sendo cada um dêles dotado Odontologia, denominado segundo a sua vinculada ao Ministério do Trabalho e
de personalidade jurídica de direito público, jurisdição, a qual alcançará, respectivamente, Previdência Social.
com autonomia administrativa e financeira. a do Estado, a do Território e a do Distrito
Art. 2º O conselho Federal e os Conselhos Federal. Art. 2º - O Conselho Federal e os Conselhos
Regionais de Medicina são os órgãos Art. 2º - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do
supervisores da ética profissional em tôda a Regionais de Odontologia ora instituídos exercício da profissão de enfermeiro e das
República e ao mesmo tempo, julgadores e constituem em seu conjunto uma autarquia, demais profissões compreendidas nos serviços
disciplinadores da classe médica, cabendo-lhes sendo cada um deles dotado de personalidade de Enfermagem..
zelar e trabalhar por todos os meios ao seu jurídica de direito público, com autonomia
alcance, pelo perfeito desempenho ético da administrativa e financeira, e têm por
medicina e pelo prestígio e bom conceito da finalidade a supervisão da ética profissional
profissão e dos que a exerçam legalmente. em toda a República, cabendo-lhes zelar e
trabalhar pelo perfeito desempenho ético da
odontologia e pelo prestígio e bom conceito
da profissão e dos que a exercem legalmente.
CONSELHOS PROFISSIONAIS
Atribuições:
de caráter administrativo-burocráticas
Ética Moral
Vem do grego ethos (significa morada, Vem do latino morales (significa relativo aos
refúgio). costumes).
I- A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e VI - O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e
da coletividade e será exercida sem discriminação de atuará sempre em seu benefício, mesmo depois de sua morte.
nenhuma natureza. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento
físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para
II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano,
permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e
em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o integridade.
melhor de sua capacidade profissional.
VII - O médico exercerá sua profissão com autonomia, não
III - Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames
necessita ter boas condições de trabalho e ser de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as
remunerado de forma justa. situações de ausência de outro médico, em caso de urgência
ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à
IV - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho saúde do paciente.
ético da Medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito
da profissão. VIII - O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob
nenhum pretexto, renunciar à sua liberdade profissional ,
V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam
conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho.
benefício do paciente e da sociedade.
Código de Ética Médica
CEM – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
IX- A medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser XIV - O médico empenhar-se-á em melhorar os padrões dos
exercida como comércio. serviços médicos e em assumir sua responsabilidade em
relação à saúde pública, à educação sanitária e à legislação
X- O trabalho do médico não pode ser explorado por
referente à saúde.
terceiros com objetivos de lucro, finalidade política ou
religiosa. XV - O médico será solidário com os movimentos de defesa da
dignidade profissional, seja por remuneração digna e justa,
XI - O médico guardará sigilo a respeito das informações de que
seja por condições de trabalho compatíveis com o exercício
detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com
ético-profissional da medicina e seu aprimoramento técnico-
exceção dos casos previstos em lei.
científico.
XII - O médico empenhar-se-á pela melhor adequação do XVI - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou
trabalho ao ser humano, pela eliminação e pelo controle dos de instituição, pública ou privada, limitará a escolha, pelo
riscos à saúde inerentes às atividades laborais. médico, dos meios cientificamente reconhecidos a serem
praticados para estabelecer o diagnóstico e executar o
XIII - O médico comunicará às autoridades competentes
tratamento, salvo quando em benefício do paciente.
quaisquer formas de deterioração do ecossistema, prejudiciais
à saúde e à vida.
Código de Ética Médica
CEM – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
XVII - As relações do médico com os demais profissionais devem XXII - Nas situações clínicas irreversíveis e terminais , o médico
basear-se no respeito mútuo, na liberdade e na independência evitará a realização de procedimentos diagnósticos e
de cada um, buscando sempre o interesse e o bem-estar do terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua
paciente. atenção todos os cuidados paliativos apropriados.
XVIII - O médico terá, para com os colegas, respeito, consideração XXIII - Quando envolvido na produção de conhecimento
e solidariedade, sem se eximir de denunciar atos que científico, o médico agirá com isenção, independência,
contrariem os postulados éticos. veracidade e honestidade, com vista ao maior benefício para
os pacientes e para a sociedade.
XIX - O médico se responsabilizará, em caráter pessoal e nunca
presumido, pelos seus atos profissionais, resultantes de XXIV - Sempre que participar de pesquisas envolvendo seres
relação particular de confiança e executados com diligência, humanos ou qualquer animal, o médico respeitará as normas
competência e prudência. éticas nacionais, bem como protegerá a vulnerabilidade dos
sujeitos da pesquisa.
XX - A natureza personalíssima da atuação profissional do médico
não caracteriza relação de consumo. XXV - Na aplicação dos conhecimentos criados pelas novas
tecnologias, considerando-se suas repercussões tanto nas
XXI - No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo
gerações presentes quanto nas futuras, o médico zelará para
com seus ditames de consciência e as previsões legais, o
que as pessoas não sejam discriminadas por nenhuma
médico aceitará as escolhas de seus pacientes relativas
razão vinculada à herança genética, protegendo-as em sua
aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por eles
dignidade, identidade e integridade.
expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente
reconhecidas. XXVI - A medicina será exercida com a utilização dos meios técnicos e
científicos disponíveis que visem aos melhores resultados.
DIRETOR TÉCNICO E DIRETOR
CLÍNICO
RESOLUÇÃO CFM Nº 2147/2016
Código de Ética Médica
ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS
Certificar da habilitação dos médicos perante o CFM e Supervisionar a efetiva realização do ato médico, da
garantir escalas de plantão compatibilidade dos recursos disponíveis, da garantia
das prerrogativas do profissional médico
Envidar esforços para assegurar repasse de honorários aos
médicos Recepcionar e assegurar, aos estagiários e residentes
médicos, condições de exercer suas atividades com os
Assegurar manutenção predial e abastecimento de
melhores meios de aprendizagem, com a responsabilidade
materiais e insumos para a boa prática da medicina
de exigir a sua supervisão
Código de Ética Médica
DIRETOR CLÍNICO – COMPETÊNCIAS
erapêuticos
REGIMENTO INTERNO DO
CORPO CLÍNICO
RESOLUÇÃO CFM nº 1.481/97
RES Nº 1.481/97 – CONCEITOS
Art. 1º Aprovar o Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, versão
3.0 e/ou outra versão aprovada pelo Conselho Federal de Medicina, anexo e também
disponível nos sites do Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de
Informática em Saúde (SBIS), respectivamente, www.portalmedico.org.br e
www.sbis.org.br.
Art. 2º Autorizar a digitalização dos prontuários dos pacientes, desde que o modo de
armazenamento dos documentos digitalizados obedeça a norma específica de
digitalização contida nos parágrafos abaixo e, após análise obrigatória da Comissão de
Revisão de Prontuários, as normas da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos
da unidade médico-hospitalar geradora do arquivo.
Resolução nº 2.299/2021 (publicada em 26/10/2021)
RECUSA TERAPÊUTICA
VÍDEO
Médicos cometem enganos.
Podemos falar sobre isso.
JUDICIALIZAÇÃO
o que é, o que representa e como ocorre?
NÚMEROS CNJ
2,500,000
2,228,531
2,000,000
1,778,269
1,632,010 1,632,010
1,500,000
1,183,812
1,066,968
1,000,000
792,851
715,225
500,000
83,728 107,612
38,810 57,739
0
Ano-base 15 Ano-base 16 Ano-base 17 Ano-base 18
Erro Médico
120,000
107,612
100,000
83,728
80,000
60,000 57,739
40,000 38,810
20,000
0
Ano-base 15 Ano-base 16 Ano-base 17 Ano-base 18
ação/omissão (culposa)
nexo de causa
dano
• Negligência: falta de cuidado, omissão
CULPA • Imprudência: falta de cautela, excesso
• Imperícia: falta de habilidade específica
• Obrigação – vínculo jurídico que confere ao
credor o direito de exigir do devedor o
cumprimento de uma prestação
• Em caso de descumprimento da obrigação, é o
patrimônio do devedor que responde pela
Obrigações mesma
• Fonte das obrigações:
• Vontade humana: contratos, declarações
unilaterais e atos ilícitos
• Vontade do Estado: lei
• Obrigação de meios – profissional assume
prestar serviço ao qual dedicará atenção,
Obrigações de cuidado e diligência exigidos pelo contexto ao
meios e de qual está inserido, sem se comprometer com a
obtenção de um resultado.
resultados • Obrigação de resultados – o profissional
compromete-se a realizar um certo fim.
• Responsabilidade subjetiva – pressupõe a culpa
como fundamento da responsabilidade civil. A
prova da culpa (dolo ou culpa propriamente
dita) é pressuposto necessário do dano
Responsabilidade indenizável.
Objetiva e Subjetiva • Responsabilidade objetiva – a lei impõe, a
certas pessoas, em determinadas situações, a
reparação de um dano cometido sem culpa,
satisfazendo-se apenas com a existência do
dano e do nexo de causalidade.
• Hoje não resta dúvidas de que o Médico tem,
em regra, responsabilidade de natureza
contratual.
Responsabilidad • Ao assistir o paciente, assume, geralmente,
e Médica – sua obrigação de meios.
natureza • Contudo, não há presunção de culpa. Ao autor
cabe a prova de que o Médico agiu com culpa,
sendo, então, sua responsabilidade, do tipo
subjetiva.
O médico obriga-se a empregar toda a técnica, diligência e
perícia, seus conhecimentos, da melhor forma, com
honradez e perspicácia, na tentativa de cura ou minoração
Formas atuais
de resolução Métodos alternativos
de resolução de
Mediação
Arbitragem
de conflitos conflitos:
Negociação direta
FINAL DO DIA 1
VÍDEO
Experiência radical em empatia
DIREITOS DOS PACIENTES
porque é tão importante falarmos disso?
Nome social
Identificação de quem o atende
Privacidade
Individualidade
DIGNIDADE Confidencialidade
Integridade física
Segurança no procedimento
Acompanhante
Escolha de local de morte
ANOTAÇÃO DE CONCEITOS (HOUAISS)
Dignidade
Dignidade
O homem
integrado na
natureza!
Estado e do
Côrte para o Brasil (acreditava-se) tinha controle
sobre o organismo humano
Médico sobre
o indivíduo
Imposição de novas bases de
moralidade aos cidadãos
“Objetivo da Medicina emergente era formar e
Soberania do reformar o cidadão, física e moralmente. O paciente
Estado e do era tomado como um objeto a ser moldado em bases
Médico sobre definidas pela nova “ordem médica”, posta a serviço do
Estado, com controle total do indivíduo. Esse paciente
o indivíduo não era sujeito de seu próprio tratamento, não possuía
autonomia ou interação com a prática médica,
detentora do verdadeiro saber conformativo do corpo e
da moral.”
• Numa intervenção médica estas críticas tornam-se perfeitas, uma vez que
o ser humano é limitado diante do conhecimento exigido pela ciência
Autonomia do paciente – uma visão mais
moderna
• A partir do reconhecimento de que o ser humano não é auto-suficiente,
propõe-se a construção permanente da autonomia
Compreensão
• Havendo a compreensão é que se pode traçar um plano de trabalho,
demonstrando os partícipes da relação, suas intenções (delineamento de metas),
segundo seus interesses
• Neste processo, o paciente deve ter clareza de que imprevistos podem ocorrer; ou
seja, há riscos envolvidos
Intenção
• A ausência completa é impossível, notadamente na relação com o médico que
domina sua ciência
• Desta forma, o médico deve ter atenção para que sua argumentação deixe de ser
explicativa e passe a ser indutora da vontade do paciente
Ausência de influências
controladoras
Autonomia x capacidade
• Há quem pense que não se deve investigar a capacidade do paciente, uma vez
que isto já seria uma agressão à sua autonomia
Completamente Completamente
entendido ignorante
Completamente Completamente
não-controlado controlado
Privado (privacidade)
• O Código de Ética Médica, em seu art. 73 dispôs que era vedado ao médico “revelar fato de
que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo,
dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente”
• A Resolução nº 1605/01 do CFM determinou que “o médico não pode, sem o consentimento
do paciente, revelar o conteúdo do prontuário ou ficha médica”
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE
DADOS
• Tratamento de dados pessoais, inclusive nos
meios digitais
Do que se • Objetivo de proteger os direitos fundamentais
trata? de liberdade e de privacidade e o livre
desenvolvimento da personalidade da pessoa
natural
I- o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
III - a liberdade de expressão, de informação, de
comunicação e de opinião;
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
• Art. 5º, X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
Direito à informação é um dever
ético
Princípios fundamentais:
• O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no desempenho de
• No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo com seus ditames de consciência e as previsões
legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes relativas aos procedimentos diagnósticos e
terapêuticos por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas.
Direito à CONSENTIMENTO
INFORMADO
informação
relação profissional
de saúde / paciente
Consentimento
livre e
esclarecido
Terminologia legal:
como processo
Entre um e outro, quantos mais dados puderem ser coletados e
discutidos, maior a segurança na tomada de decisões dos
partícipes sobre o tratamento, seus riscos, existência de outras
alternativas etc.
• A obtenção do consentimento é, em
primeiro lugar, uma obrigação ética
ou suas conseqüências. Mesmo que o paciente seja menor de idade ou incapaz e que
seus pais ou responsáveis tenham tal conhecimento, ele tem o direito de ser
Consentimento médico implica um poder excepcional sobre a vida ou a saúde do paciente. O dever
informado – • Além disso, exige-se que o consentimento seja esclarecido, entendendo-se como tal o
visão
obtido de um indivíduo capaz civilmente e apto a entender e considerar
indução. Não pode ser colhido esse consentimento através de uma simples assinatura
Informação sobre outros tratamentos aplicáveis ao caso específico ou inexistência de outras opções
Alternativas terapêuticas
Consentimento
Informado –
informação sobre
riscos
Riscos próximos – deve-se informar que os Riscos outros – deve-se evitar previsões exageradas,
pacientes não estão isentos de riscos, assim como alarmistas, que poderiam afastar o paciente do
quais os riscos mais comuns e previsíveis daquele tratamento
tratamento específico escolhido
A oralidade deve ser preservada
na fase inicial, seguida do registro
Relação de confiança, altivez e
mútuo respeito entre médico e Consentimento
Informado –
do consentimento paciente facilitam a comunicação
qualidade da
informação
Empatia entre estes atores O sigilo nesta relação
também favorece a troca de (privacidade e confidencialidade)
informações é primordial
O PACIENTE TEM O DIREITO DE
RECUSAR AS INFORMAÇÕES E
DEVE-SE AVALIAR ATENTAMENTE A
CONDIÇÃO DO PACIENTE
Consentimento
Informado – direito de
ESCLARECIMENTOS A SEREM
PRESTADAS PELOS PROFISSIONAIS
E INSTITUIÇÕES DE SAÚDE
DEVE-SE DOCUMENTAR
ADEQUADAMENTE ESTA OPÇÃO
• Ato jurídico é ato de vontade
informado – vida
MÉDICO-PACIENTE
Compartilhamento bilateral de
informações médicas.
B D
ACOMPANHA-
A
SUPORTE
Avaliar opções e exprimir C MENTO
E não substituição da
preferências. decisão.
ESCOLHA
ESCLARECIDA
Aceita mutuamente.
Situações para aplicação
INCERTEZA LIMITAÇÕE
INCERTEZA S RISCO- S OU
S BENEFÍCIO RECUSA DE
CIENTÍFICA CUIDADOS
S
Pode-se evitar
PROMOVER A
PARTICIPAÇÃO DOS
PACIENTES NAS DECISÕES
QUE LHES INTERESSAM
Cuidados Educação Melhoria na
centrados em saúde participação
Desafio
Desejo dos pacientes
ANO DO ESTUDO
43% antes de 1990
51% antes de 2000
71% depois de 2000
SITUAÇÃO CLÍNICA
78% procedimento invasivo
77% câncer
46% doença crônica
53% em geral
Desafio 2
MELHORAR A QUALIDADE
E A SEGURANÇA DOS
CUIDADOS
Como ?
REDUZIR A UTILIZAÇÃO
DE RECURSOS NÃO
PRÓPRIOS AOS
CUIDADOS
Trata-se de…
Observação
Autores defendem aumento de eficácia com a utilização
dessas medidas. Mas não há comprovação de redução de
custos ainda.
Saúde – fatores facilitadores
Portaria nº 529/13
RDC nº 36/13
Dispõe sobre os
RDC nº 63/11
requisitos de Programa para a segurança
boas práticas de Nacional de do paciente em
funcionamento Segurança do serviços de
para os serviços Paciente (PNSP) saúde
de saúde
ANVISA – Documento de referência para o PNSP
No atual ambiente organizacional da maioria dos hospitais, grandes mudanças são
requeridas para iniciar a jornada com vistas a uma cultura da segurança:
De modelos de
Da busca de erros
cuidado baseados
como falhas
Do sigilo para a no desempenho
individuais para
transparência individual para um
como falhas do
realizado por
sistema
equipe colaborativa
De um cuidado
De uma prestação
De um ambiente centrado no
de contas recíproca
punitivo para uma médico para um
ao invés do topo
cultura justa centrado no
para a base
paciente
Lucian Leape
ANVISA – Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática