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• Enfª Esp.

Paula Arquioli Adriani


SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

O SUS foi criado pela Constituição Federal de 1988 e


regulamentado pela Lei Orgânica da Saúde de nº 8.080/90, e
pela Lei nº 8.142/90, que, dentre outros, trata da participação
comunitária na gestão do Sistema.

A participação da sociedade na definição das políticas públicas


de saúde, no planejamento e no controle da execução das
ações e serviços de saúde, se dá por meio dos Conselhos de
Saúde, existentes nos três níveis de gestão.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

O SUS é um sistema regionalizado e hierarquizado que integra o


conjunto das ações e serviços de saúde prestados por órgãos e
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da
administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
poder público. A iniciativa privada participa do Sistema em
caráter complementar.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

O SUS é uma nova formulação política e organizacional para o


reordenamento dos serviços e ações de saúde estabelecida pela
Constituição de 1988.

O SUS não é sucessor do INAMPS e nem tampouco do SUDS.

O SUS é o novo sistema de saúde que está em construção.


SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

O SUS segue a mesma doutrina e os mesmos


princípios organizativos em todo o território nacional,
sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo:
federal, estadual e municipal.

Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um


sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e
ações que interagem para um fim comum.

Esses elementos integrantes do sistema referem-se, ao mesmo


tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da
saúde.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

União, Estados, Distrito Federal e Municípios, possuem


competências e funções específicas, porém articuladas entre si,
o que caracteriza os três níveis de gestão do Sistema - o
Federal, o Estadual e o Municipal, que compartilham as
responsabilidades de promover a articulação e a interação dentro
do SUS, assegurando o acesso universal e igualitário às ações e
serviços de saúde.
OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES DO SUS

 Identificação e divulgação dos fatores


condicionantes da saúde;
 Formulação da política de saúde;
 Assistência à saúde mediante ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde;
 Execução de ações de:
 vigilância epidemiológica
 vigilância sanitária
 saúde do trabalhador
 assistência terapêutica integral
OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES DO SUS

 Participação na formulação e na execução da política de


saneamento básico;

 Ordenação da formação de RH para a saúde;

 Vigilância nutricional e orientação alimentar;

 Colaboração na proteção do meio ambiente, incluindo o


do trabalho;

 Formulação da política de insumos de interesse para a


saúde (Ex: medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos);
OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES DO SUS

 Controle e fiscalização de produtos de interesse para a


saúde;

 Fiscalização e inspeção de alimentos, água e bebidas para


consumo humano;

 Participação no controle e fiscalização da produção,


transporte, guarda e utilização de substâncias psicoativas,
tóxicos e radioativos;

 Incremento do desenvolvimento científico e tecnológico;

 Formulação e execução da política de sangue e


hemoderivados.
Princípios do SUS

Equidade Integralidade

Universalidade
Equidade ≠
Igualdade
Diretrizes do SUS

Participação da
Descentralização
Comunidade

Hierarquização
e
Regionalização
DEFINIÇÕES

Integralidade
É o reconhecimento na prática dos serviços de que:
cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma
comunidade;
as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde
formam também uma todo indivisível e não podem ser
compartimentalizadas;
as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos
graus de complexidade, formam também um todo indivisível
configurando um sistema capaz de prestar assistência integral;
o homem é um ser integral, bio-psico-social, e deverá ser
atendido com esta visão integral por um sistema de saúde
também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua
saúde.
Definições

Equidade
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema
de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades
sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por
isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio
acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar
pela equidade do SUS.

É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo


com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão
onde morar, sem privilégios e sem barreiras.

Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme


suas necessidades até o limite do que o sistema pode oferecer
para todos.
DEFINIÇÕES

Universalidade
É a garantia de atenção à saúde, por parte do sistema,
a todo e qualquer cidadão.
Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito
de acesso a todos os serviços públicos de saúde,
assim como aqueles contratados pelo poder públicos
de saúde, assim como aqueles contratados pelo poder
público.
Saúde é direito de cidadania e dever do Governo:
municipal, estadual e federal.
DEFINIÇÕES

Controle Social

Os usuários participam da gestão do SUS através das


Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em
todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são
órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos
Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto
os usuários têm metade das vagas, o governo tem um
quarto e os trabalhadores outro quarto.
DEFINIÇÕES

Descentralização

O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas:


nacional, estadual e municipal, cada uma com comando único
e atribuições próprias.
Os municípios têm assumido papel cada vez mais importante
na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as
transferências passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja,
baseadas em sua população e no tipo de serviço oferecido, e
não no número de atendimentos.
•DEFINIÇÕES

Hierarquização e Regionalização

Os serviços de saúde são divididos em níveis de


complexidade; o nível primário deve ser oferecido diretamente
à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas
quando necessário.
Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-
referência entre os serviços de saúde, melhor a eficiência e
eficácia dos mesmos.
Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja,
é responsável pela saúde de uma parte da população.
Os serviços de maior complexidade são menos numerosos e
por isso mesmo sua área de abrangência é mais ampla,
abrangência a área de vários serviços de menor complexidade.
IMPORTÂNCIA DA INTEGRALIDADE

Evidência a aplicação do sistema;

Favorece a ampliação e o desenvolvimento da dimensão


cuidadora;

Atendimento contextualizado dentro da realidade de cada


comunidade ou usuário;

Maior comprometimento dos profissionais com o seu trabalho;

Quebra das relações de poder entre os profissionais da saúde;

Disseminação do trabalho em equipe;


IMPORTÂNCIA DA INTEGRALIDADE

Maior autonomia para os usuários;

Maior responsabilidade pelos resultados das práticas de atenção;

Acolhimento

Vínculo profissional e usuário;

Sensibilidade às dimensões do processo saúde-doença;


IMPORTÂNCIA DA INTEGRALIDADE

Favorece práticas inovadoras;

Competências gerais para todos os profissionais da saúde;

Problematização de saberes;

Educação permanente.
O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO SUS

As Normas Operacionais são os instrumentos que


orientam esse processo, definindo as competências de
cada esfera de governo e as condições necessárias para
que estados e municípios possam assumir as
responsabilidades e prerrogativas dentro do Sistema.

Definem as estratégias e os movimentos tático-


operacionais que reorientam a operacionalidade do
Sistema, a partir da avaliação periódica de implantação e
desempenho do SUS.
NOB - SUS- 01/ 96 NOVEMBRO / 96

A NOB tem por finalidade primordial promover e consolidar


o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do
Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde
dos seus munícipes (Artigo 30, incisos V e VII, e Artigo 32,
Parágrafo 1º, da Constituição Federal), com a consequente
redefinição das responsabilidades dos Estados, do Distrito
Federal e da União, avançando na consolidação dos
princípios do SUS.
•NOB - SUS- 01/ 96 NOVEMBRO / 96

Esta Norma aponta para uma reordenação do modelo de


atenção à saúde, na medida em que redefine:
a) os papéis de cada esfera de governo e, em especial, no
tocante à direção única;

b) os instrumentos gerenciais para que municípios e estados


superem o papel exclusivo de prestadores de serviços e
assumam seus respectivos papéis de gestores do SUS;

c) os mecanismos e fluxos de financiamento, reduzindo


progressiva e continuamente a remuneração por produção de
serviços e ampliando as transferências de caráter global,
fundo a fundo, com base em programações ascendentes,
pactuadas e integradas;
•NOB - SUS- 01/ 96 NOVEMBRO / 96

d) a prática do acompanhamento, controle e avaliação no


SUS, superando os mecanismos tradicionais, centrados no
faturamento de serviços produzidos, e valorizando os
resultados advindos de programações com critérios
epidemiológicos e desempenho com qualidade;

e) os vínculos dos serviços com os seus usuários,


privilegiando os núcleos familiares e
comunitários, criando, assim, condições para uma efetiva
participação e controle social.
GESTÃO DO SUS

Os gestores do SUS são os representantes de cada esfera


de governo designados para o desenvolvimento das funções
do Executivo na saúde, ou seja: no âmbito nacional, o
Ministro da Saúde; no âmbito estadual, o Secretário de
Estado da Saúde; no âmbito municipal, o Secretário
Municipal de Saúde.
GESTÃO DO SUS

Ser gestor do SUS compreende a atividade e


responsabilidade de comandar um sistema de saúde -
municipal, estadual ou nacional, exercendo as funções de
coordenação, articulação, negociação, planejamento,
acompanhamento, controle, avaliação e auditoria.

O conjunto de conhecimentos e práticas de gestão


necessários para a implementação das política públicas na
área da saúde é o que se denomina de funções gestoras
GESTÃO DO SUS EM CADA ESFERA DE GOVERNO

ESFERA FEDERAL
GESTOR: MINISTÉRIO DA SAÚDE

Formulação de políticas nacionais de saúde,


planejamento, normalização, avaliação e controle do SUS
em nível nacional.

Financiamento das ações e serviços de saúde por meio


da aplicação/transferências intergovernamentais de
recursos públicos arrecadados.
GESTÃO DO SUS EM CADA ESFERA DE GOVERNO

ESFERA ESTADUAL
GESTOR: SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE

Formulação da política estadual de saúde, coordenação,


planejamento, regulação complementar e controle do SUS
em nível Estadual.

Financiamento com recursos próprios e transferidos pela


esfera federal.
GESTÃO DO SUS EM CADA ESFERA DE GOVERNO

ESFERA MUNICIPAL
GESTOR: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

Formulação da política municipal de saúde, planejamento,


regulação complementar, controle e prestação de serviços
de saúde diretos ou por meio de referências
intermunicipais.

Financiamento com recursos próprios e com recursos


transferidos pelo gestor federal e estadual do SUS.
ESTRUTURA INSTITUCIONAL E DECISÓRIA
DO SUS

CO M I S S Ã O CO LE GIA DO
GESTOR
INTERGESTORES PARTICIPA TIV O

M in istério d a Com issão C on se lho


NACIONAL
Saúde Trip artite N acional

Se creta rias C o m is ã o C on se lho


ESTADUAL
E stad ua is B ipartite E stad ual

Se creta rias Co n s e l h o
M U N IC IP AL
M unic ipa is M un icip al
DIMENSÕES DO SUS

 Pacto pela Vida


 Pacto em Defesa do SUS
 Pacto de Gestão
DIMENSÕES DO PACTO DO SUS

Pacto em Defesa do SUS


Pacto de gestão
Pa
cto

Pacto pela Vida


pe
la
Sa
ú
de
Reafirmação da fidelidade de todos com o
PACTO sistema público que garanta a equidade e o
acesso universal e a demonstração de que os
EM DEFESA DO recursos financeiros existentes
insuficientes para a materialização dos
são

SUS princípios constitucionais.

Deve ser constituído por um conjunto de


COMPROMISSOS SANITÁRIOS, que deverão
expressar uma prioridade inequívoca dos três
PACTO entes federativos, com definição das
responsabilidades de cada um.
PELA VIDA

Deverá estabelecer AS RESPONSABILIDADES


CLARAS DE CADA ENTE FEDERATIVO de
PACTO DE forma a diminuir as competências concorrentes
e a tornar mais evidente quem deve fazer o quê,
GESTÃO contribuindo com o fortalecimento da gestão
compartilhada e solidária no SUS.
PACTO EM DEFESA DO SUS

Repolitização do SUS:
 Criar e aproveitar oportunidades políticas para promover
iniciativas de defesa dos princípios basilares do SUS;
 Resgatar a relação construída com os movimentos sociais,
ampliando a discussão para fora dos limites institucionais do
SUS.

Buscar um orçamento e financiamento adequado para a


saúde
 Trabalhar pela regulamentação da Emenda Constitucional
29 pelo Congresso Nacional
 Trabalhar por um orçamento adequado nas três esferas de
governo
PACTO PELA VIDA - MACROPRIORIDADES

Promover a repolitização do SUS

Criar e aproveitar oportunidades políticas para promover


iniciativas de defesa dos princípios basilares do SUS.

Resgatar a relação construída com os movimentos sociais,


ampliando a discussão para fora dos limites institucionais do
SUS
PACTO PELA VIDA - MACROPRIORIDADES

Buscar um orçamento e financiamento adequado


para a saúde

Trabalhar ativamente pela regulamentação da emenda


constitucional no. 29 pelo Congresso Nacional

Elaborar e dar ampla divulgação ao Código de


Defesa dos Usuários do SUS
PACTO PELA VIDA - MACROPRIORIDADES

Melhorar o acesso, o acolhimento e a qualidade dos


serviços prestados no SUS:
Promoção, informação e educação em saúde - “Pratique
Saúde”
Mobilização pelo Desarmamento
Implementação de política voltada para o idoso
Redução da mortalidade materna e infantil
Promoção da saúde do homem
Buscar a garantia de acesso a medicamentos no SUS
PACTO PELA VIDA - MACROPRIORIDADES

Ataque às principais causas de morte:

Ações de controle do câncer de mama e de colo

Combate às doenças cardiovasculares

Prevenção e atenção à situações de acidentes e violências

Vigilância, prevenção e controle de doenças

Dengue, infuenza, malária, hansen,TB, DST/AIDS e extensão


das vacinas com rotavirus
PACTO PELA VIDA - MACROPRIORIDADES

Implementar os programas especiais:

SAMU

Brasil Sorridente

Farmácia Popular
PACTO DE GESTÃO - MACROPRIORIDADES

 Descentralização
 Regionalização
 Financiamento
 Planejamento
 Programação
 Regulação
 Participação e Controle Social
 Gestão do Trabalho
 Educação em Saúde
PROMOÇÃO DA SAÚDE

Processo de capacitação da comunidade para atuar na


melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma
maior participação no controle deste processo.

A saúde deve ser vista como um recurso para a vida e


não como um objetivo de viver.

Carta de Ottawa, 1986


PROMOÇÃO DA SAÚDE

Campos de ação

 Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis;


 Criação de ambientes favoráveis à saúde;
 Reforço da ação comunitária;
 Desenvolvimento de habilidades pessoais;
 Reorientação dos sistemas e serviços de saúde.
Carta de Ottawa, 1986
PROMOÇÃO DA SAÚDE

Não é de responsabilidade exclusiva do


setor de saúde, sendo necessária uma
atuação intersetorial e interdisciplinar.
“ Cabe ao setor saúde contribuir para que a
educação se vincule ao mundo do trabalho e às
práticas sociais em saúde, por isso, propõe-se
firmar uma política pública, intersetorial que
estimule e favoreça a mudança na graduação –
para que as diretrizes e princípios do SUS e as
Diretrizes Curriculares Nacionais pertençam à
obediência às normas gerais da União e à
observância às diretrizes gerais pertinentes ou
atinentes, segundo a LDB.” (Brasil, 2004)
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Resultado de muita luta e mobilização da sociedade, a


CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA reconheceu a saúde como
um direito de cidadania e instituiu um sistema de saúde que
precisa ser implementado.

Com base na CONSTITUIÇÃO FEDERAL; na LEI 8080/90,


a LEI ORGÂNICA DA SAÚDE; na LEI 8142/90, que trata da
participação da sociedade e do financiamento da saúde;
nas demais leis que de alguma forma relacionam-se com o
tema e nas recomendações internacionais dos direitos dos
pacientes, recordemos os principais direitos dos usuários
de ações e serviços de saúde.
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

São direitos dos usuários do SUS:


Ter acesso ao conjunto de ações e serviços necessários para
a promoção, a proteção e a recuperação da sua saúde.

Ter acesso gratuito, mediante financiamento público, aos


medicamentos necessários para tratar e restabelecer sua
saúde.

Ter acesso ao atendimento ambulatorial em tempo razoável


para não prejudicar sua saúde. Ter à disposição mecanismos
ágeis que facilitem a marcação de consultas ambulatoriais e
exames, seja por telefone, meios eletrônicos ou
pessoalmente.
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Ter acesso a centrais de vagas ou a outro mecanismo que


facilite a internação hospitalar, sempre que houver indicação,
evitando que, no caso de doença ou gravidez, você tenha que
percorrer os estabelecimentos de saúde à procura de um leito.

Ter direito, em caso de risco de vida ou lesão grave, a


transporte e atendimento adequado em estabelecimento de
saúde capaz de receber o caso, independente de seus
recursos financeiros. Se necessária, a transferência somente
poderá ocorrer quando seu quadro de saúde tiver estabilizado
e houver segurança para você.

Ser atendido, com atenção e respeito, de forma personalizada


e com continuidade, em local e ambiente digno, limpo, seguro
e adequado para o atendimento.
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Ser identificado e tratado pelo nome ou sobrenome e não por


números, códigos ou de modo genérico, desrespeitoso ou
preconceituoso.

Ser acompanhado por pessoa indicada por você, se assim


desejar, nas consultas e exames, durante trabalho de parto e
no parto. As crianças e os adolescentes têm direito de estar
acompanhados, por tempo integral, inclusive durante a
internação.

Identificar as pessoas responsáveis direta e indiretamente por


sua assistência, por meio de crachás visíveis, legíveis e que
contenham o nome completo, a profissão e o cargo
profissional, assim como o nome da instituição.
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Ter autonomia e liberdade para tomar as decisões


relacionadas à sua saúde e à sua vida; consentir ou recusar,
de forma livre, voluntária e com adequada informação prévia,
procedimentos diagnósticos, terapêuticos ou outros atos
médicos a serem realizados.

Se você não estiver em condições de expressar sua vontade,


apenas as intervenções de urgência, necessárias para a
preservação da vida ou prevenção de lesões irreparáveis,
poderão ser realizadas sem que seja consultada sua família
ou pessoa próxima de confiança. Se, antes, você tiver
manifestado por escrito sua vontade de aceitar ou recusar
tratamento médico essa decisão deverá ser respeitada.
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Ter, se desejar, uma segunda opinião ou parecer de outro


profissional ou serviço sobre seu estado de saúde ou sobre
procedimentos recomendados, em qualquer fase do
tratamento, podendo, inclusive, trocar de médico, hospital ou
instituição de saúde.

Participar das reuniões dos conselhos de saúde; das plenárias


das conferências de saúde; dos conselhos gestores das
unidades e serviços de saúde e outras instâncias de controle
social que discutem ou deliberam sobre diretrizes e políticas
de saúde gerais e específicas.
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Ter acesso a informações claras e completas sobre os serviços


de saúde, existentes no seu município. Os dados devem incluir
endereços, telefones, horários de funcionamento, mecanismos
de marcação de consultas, exames, cirurgias, profissionais,
especialidades médicas, equipamentos e ações disponíveis,
bem como as limitações de cada serviço.

Ter garantida a proteção de sua vida privada, o sigilo e a


confiabilidade de todas as informações sobre seu estado de
saúde, inclusive diagnóstico, prognóstico e tratamento, assim
como todos os dados pessoais que o identifiquem, seja no
armazenamento, registro e transmissão de informações,
inclusive sangue, tecidos e outras substâncias que possam
fornecer dados identificáveis. O sigilo deve ser mantido até
mesmo depois da morte. Excepcionalmente, poderá ser
quebrado após sua expressa autorização, por decisão judicial,
ou diante de risco à saúde dos seus descendentes ou de
terceiros.
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Ser informado claramente sobre os critérios de escolha e


seleção ou programação de pacientes, quando houver
limitação de capacidade de atendimento do serviço de saúde.
A prioridade deve ser baseada em critérios médicos e de
estado da saúde, sendo vetado o privilégio nas unidades do
SUS, a usuários particulares ou conveniados de planos e
seguros de saúde.

Receber informações claras, objetivas, completas e


compreensíveis sobre seu estado de saúde, hipóteses
diagnósticas, exames solicitados e realizados, tratamentos ou
procedimentos propostos, inclusive seus benefícios e riscos,
urgência, duração e alternativas de solução. Devem ser
detalhados os possíveis efeitos colaterais de medicamentos,
exames e tratamentos a que será submetido. Suas dúvidas
devem ser prontamente esclarecidas.
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Ter anotado no prontuário, em qualquer circunstância, todas


as informações relevantes sobre sua saúde, de forma legível,
clara e precisa, incluindo medicações com horários e
dosagens utilizadas, risco de alergias e outros efeitos
colaterais, registro de quantidade e procedência do sangue
recebido, exames e procedimentos efetuados. Cópia do
prontuário e quaisquer outras informações sobre o tratamento
devem estar disponíveis, caso você solicite.

Receber as receitas com o nome genérico dos medicamentos


prescritos, datilografadas, digitadas ou escritas em letra
legível, sem a utilização de códigos ou abreviaturas, com o
nome, assinatura do profissional e número de registro no
órgão de controle e regulamentação da profissão.
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Conhecer a procedência do sangue e dos hemoderivados e


poder verificar, antes de recebe-los, o atestado de origem,
sorologias efetuadas e prazo de validade.

Ser prévia e expressamente informado quando o tratamento


proposto for experimental ou fizer parte de pesquisa, o que
deve seguir rigorosamente as normas de experimentos com
seres humanos no país e ser aprovada pelo Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) do hospital ou instituição.

Não ser discriminado nem sofrer restrição ou negação de


atendimento, nas ações e serviços de saúde, em função da
idade, raça, gênero, orientação sexual, características
genéticas, condições sociais ou econômicas, convicções
culturais, políticas ou religiosas, do estado de saúde ou da
condição de portador de patologia, deficiência ou lesão
preexistente.
-
ESTÁ TUDO NA CONSTITUIÇÃO, SÓ FALTA
CUMPRIR!!!!!!!!!!!

Ter um mecanismo eficaz de apresentar sugestões,


reclamações e denúncias sobre prestação de serviços de
saúde inadequados e cobranças ilegais, por meio de
instrumentos apropriados, seja no sistema público,
conveniado ou privado.

Recorrer aos órgãos de classe e conselhos de fiscalização


profissional visando a denúncia e posterior instauração de
processo ético-disciplinar diante de possível erro, omissão
ou negligência de médicos e demais profissionais de saúde
durante qualquer etapa do atendimento ou tratamento.

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