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ISCED-UÍGE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS
SECÇÃO DE ENSINO DE QUÍMICA
Por:
AFONSO MAKETE JORGE AUGUSTO
UÍGE, 2022
ESTRUTURA DO TRABALHO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DA PESQUISA
CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
SUGESTÕES
BIBLIOGRAFIA
APÊNDICES
ENQUADRAMENTO
A partir do levantamento do nível de conhecimentos aos alunos da 12ª Classe da
Escola do Liceu do Kilamba, situada na centralidade do Kilamba-Luanda,
constatou-se deficiências na determinação e nomenclatura dos enantiómeros por
parte destes alunos. Muitos deles tinham dificuldades em:
OBJECTO E CAMPO DE
ACÇÃO
Esta abordagem foca-se de forma nítida ao processo de ensino-aprendizagem da
Química nos Liceus, constituindo-se, para tal, o seu objecto de estudo. Ademais,
apresenta como campo de acção, o ensino sobre a determinação e nomenclatura
dos isómeros ópticos (enantiómeros) aos alunos da 12a classe do Liceu do Kilamba-
Luanda, especificamente para os compostos que possuem um ou mais carbonos
quirais.
TAREFAS DE INVESTIGAÇÃO
Para o êxito dos objectivos definidos na elaboração desse trabalho foram
realizadas as seguintes tarefas de investigação:
Contacto com os gestores e professores da escola onde se realizou a
investigação;
Consulta bibliográfica nos manuais e outros documentos que tratam deste
tema, para a elaboração do referencial teórico do tema em pesquisa;
Elaboração e aplicação do teste diagnóstico (pré-teste);
Elaboração da proposta metodológica e sua aplicação;
Elaboração e aplicação do pós-teste;
Tratamento dos dados recolhidos nos testes aplicados;
Elaboração e estruturação do trabalho (redacção do relatório final da pesquisa).
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para a nomenclatura D/L Para a nomenclatura R/S
1º - Contar o nº
de C* presentes na estrutura da molécula; 1º - Representar a estrutura da molécula usando a projecção de Fischer;
2º - Determinar o nº de isómeros opticamente activos (IOAl) e inactivos (IOI) em função ao nº 2º - Se existir mais de um C* na estrutura, numerar estes carbonos de 1 a
de C* presentes na estrutura de acordo com as condições: n;
Para um C*, tem-se 3 isómeros ópticos: 2 IOA (d e l) e 1 IOI (dl); 3º - Determinar a ordem de prioridade dos ligantes de cada C* aplicando
Para 2 C* iguais, tem-se 4 isómeros ópticos: 2 IOA (d e l) e 2 IOI (dl e meso); as regras de C.I.P:
Para 2 ou mais C* diferentes, aplica-se a fórmula de Le Bel e Van´t Hoff: IOA = e IOI = Maior Z, tem maior prioridade e menor Z, possui menor prioridade;
3º - Representar a estrutura da molécula usando a projecção de Fischer Se os átomos ligados ao C* forem iguais passa-se a determinar a
4º - Dar o nome dos IOA e IOI seguindo os procedimentos de cada caso: prioridade pelo próximo átomo, até que se encontre a diferença mas,
Caso 1: Composto com um C* ou 2 C* iguais: nesta 2ª ordem, caso existir uma dupla ligação, esta ligação conta-se 2
Atribuir d ou sinal (+) ao isómero dextrógiro; vezes;
Atribuir l ou sinal (-) ao isómero levógiro; No caso de isótopos, o de maior massa atómica tem maior prioridade
Atribuir dl ou (±) ou r ao isómero racêmico e m ou meso ao isómero mesógiro; sobre o outro de menor massa;
Antepor estes símbolos ao nome oficial do composto separado por hífen. 4º - Colocar o ligante de menor prioridade no topo da projecção de
Fischer;
Caso 2: Compostos com dois ou mais C* diferentes: 5º - Observar a direção do sentido em que a prioridade dos ligantes do C*
Numerar os C* de 1 a n; decrescem (de 1 a 3), desprezando o ligante menos prioritário;
6º - Atribuir a configuração R ou S do C* em análise:
Numerar de d1 até dn todos os isómeros dextrógiros; Se o decréscimo dos ligantes do C* for no sentido horário, ter-se-á a
configuração R ou R1 a Rn;
Numerar de l1 até ln todos os isómeros dextrógiros; Se o decréscimo dos ligantes do C* for no sentido anti-horário ter-se-á a
Numerar de d1l1 até dnln todos os isómeros racêmicos; configuração S ou S1 a Sn.
7º - Antepor ao nome oficial do composto, as letras R ou S separado por hífen.
Antepor esses símbolos ao nome oficial do composto separado por hífen
Exemplo 1: Dado o composto a seguir. Verifique se forma isomeria óptica e se for,
determine e nomeie os isómeros ópticos, usando as nomenclaturas D/L e R/S.
OH
CH3 C CH2 C H3
H
Resolução
CH3 C* CH2 C H3
Passo 2: Dar o H
nome oficial do composto seguindo as regras da IUPAC
De acordo com a nomenclatura oficial, este composto recebe o nome de: Butan-2-ol
ou Butanol-2.
Passo 3: Seguir os procedimentos para a cada tipo de nomenclatura.
Usando a nomenclatura D/L ter-se-á:
1º - Contar o nº de C* presentes na estrutura da molécula;
Há um (1) carbono quiral (C*) na estrutura da molécula;
2º - Determinar o nº isómeros opticamente activos (IOAl) e inactivos (IOI) em função
ao nº de C* presentes na estrutura.
Como na estrutura da molécula há apenas um (1) carbono quiral (C*), o composto
forma três (3) isómeros, dois (2) isómeros opticamente activos (IOA) e um (1)
isómeros opticamente inactivos (IOA).
3o - Representar a estrutura da molécula usando a projecção de Fischer.
CH3 de Fischer, o composto apresenta a estrutura abaixo.
Na projecção
H OH
CH2 CH3
CH2 CH3
CH2 CH3
CH3 OH
CH2 CH3
6º - Atribuir a configuração R ou S do C* em análise:
50
40
Frequências (Fi)
30
Pré-teste
Pós-teste
20
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Notas dos alunos no Pré e Pós-teste (Xi e Yi)
Comparação das variáveis estatísticas medidas no pré e pós-teste
Parâmetros Pré-teste Pós-teste
Média 1 12
Mediana 1 12
Moda 0 12
Variança 2 4
Desvio padrão 1,3 2,0
Máximo 7 15
Mínimo 0 7
CONCLUSÃO
Com base ao ttrabalho desenvolvido sobre a determinação e nomenclatura dos
enantiómeros, chegou-se as seguintes conclusões:
A partir dos dados do pré-teste, notou-se que os alunos deste nível, na verdade
apresentam enormes dificuldades na determinação e nomenclatura dos
enantiómeros, nos 2 tipos de nomenclatura;
Que os professores ensinem estes conteúdos para evitar com que os alunos transitem
em uma classe desconhecendo conteúdos da classe anterior;
Que sejam trabalhados os conteúdos de forma inovadora, fazendo com que o discente
consiga relacionar objectos presentes em sua vivência com o conhecimento científico.
Assim, a reflexão poderá contribuir para que o aluno interfira sobre o objecto de estudo
de forma mais consciente e sistematizada, e, através do conhecimento seja capaz de
tomar decisão mais assertivas;
UÍGE, 2022