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Camões e o seu tempo

Introdução ao estudo de “Os Lusíadas”


Quem foi Camões?
• Luís de Camões
» Nasce por volta de 1525
» Sem documentação da educação (presumivelmente em Coimbra)
» 1549-1551: expedição ao Norte de África, onde perde o olho direito
» Na sequência de uma briga é preso. Pede perdão ao Rei, é libertado e
enviado para serviço militar na Índia
» Preso na Índia por dívidas
» Teve um naufrágio, salvando-se a nado com o manuscrito d’Os Lusíadas
» Vasta obra lírica: canções, sonetos e redondilhas. Três comédias
» Morre a 10 Junho 1580. No terceiro centenário é-lhe erguida estátua em
Lisboa
•  
• Renascimento
» Séculos XV e XVI
» Época de mudança ao nível da Europa
» Nasce na Itália do séc. XV, com a riqueza proveniente do comércio
» Investimento em arte como mostra de riqueza
» Os artistas e intelectuais criaram uma rede através de viagens e troca
Como era »
de correspondência
Humanismo; antropocentrismo (o Homem mentaliza-se das suas
capacidades), contrariando o teocentrismo medieval

a época em »
»
Valorização da razão e da experiência para certificação da verdade
Descobrimentos; repensar da relação do Homem com o mundo;
valorização da Natureza

que viveu » Abalo das crenças: aparecimento do Protestantismo e teoria


heliocêntrica de Copérnico
» Invenção da imprensa e maior facilidade de divulgação dos livros
Camões? » Valorização da antiguidade clássica greco-romana. Representam
equilíbrio, proporção e regularidade
» Imitar os clássicos, imitar a Natureza

» Visualizar o vídeo seguinte: https://youtu.be/A1WRr9E5c4g


Vídeos
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• https://youtu.be/A1WRr9E5c4g
• https://www.youtube.com/watch?v=sECD3XFVcnA
Remonta à Antiguidade grega e latina

Tem como expoentes máximos a Ilíada e Odisseia (Homero)


e Eneida (Virgílio)

Normas:
Características • Grandeza e solenidade, expressão do heroísmo
• Protagonista: alta estirpe social e grande valor moral
da epopeia • Início da narração in medias res
• Unidade de acção, com recurso a episódios retrospectivos e proféticos
(analepse e prolepse)
• Os episódios dão extensão e riqueza à acção, sem lhe quebrar a unidade
• Maravilhoso: Os deuses devem intervir na acção
• Modo narrativo: o poeta narra em seu nome ou assumindo personalidades
diversas
• Intervenção do poeta: reduzidas reflexões em seu nome
• Estilo solene e grandioso, com verso decassilábico
Externa:

• Verso decassilábico, maioritariamente heróico


(acentuação nas 6.ª e 10.ª sílabas) ou sáfico
(acentos nas 4.ª, 8.ª e 10.ª sílabas)
Estrutur • Estrofes de oito versos com esquema abababcc
(oitava heróica)

a d’Os • 10 Cantos.

Interna:
Lusíadas • Proposição: o poeta anuncia o que vai cantar (I,
1-3)
• Invocação: pedido às divindades inspiradoras (I,
4-5; III, 1-2; VII, 78-82; X, 8)
• Dedicatória: oferecimento a personalidade
importante (facultativa)
• Narração: acções do protagonista
• Narração Histórica:
- Viagem de Vasco da Gama (plano fulcral)
- História de Portugal (plano encaixado)

• Narração mitológica:
- Plano mitológico: Intervenção dos deuses
Planos (plano paralelo)

• Plano do poeta:
- Intervenções e reflexões do poeta
Mar: I, II (Índico) V, VI
(Lisboa-Calecut)

Alternância
Terra: III, IV (Melinde)
Mar/Terra VII, VIII (Calecut)

IX, X: Mar e Terra (viagem de


regresso e ilha dos amores)
Tempo

Discurso: Viagem, de África à Índia e regresso

História: Desde Viriato até ao tempo de Camões

As ligações são feitas por analepses e prolepses/profecias


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• https://www.rtp.pt/play/estudoemcasa/p7129/portugues-9-ano
• https://www.youtube.com/watch?v=6IZ89rXpUKQ

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