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NOSSA HERANÇA

EM CRISTO
MALDIÇÕES EM
CRENTES Aula 01
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 Uma pergunta que as pessoas frequentemente fazem é se ainda existe
maldições nesse tempo da graça.
 Será que um crente ainda pode sofrer com maldições?
 Em Gálatas 1 Paulo diz claramente que qualquer um, inclusive ele
mesmo, se vier a perverter o evangelho sofrerá maldição, anátema.
 Como as pessoas estavam pervertendo o evangelho?
 Introduzindo a lei com fim de se tornarem santos.

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Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de
Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos
perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo
um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado,
seja anátema. Gl. 1:6-8
 Sendo assim podemos afirmar que ainda existem maldições no Novo
Testamento.
 Paulo diz que a maldição poderia vir sobre ele mesmo caso mudasse o
evangelho.

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1. UM CRENTE SOFRENDO A MALDIÇÃO
Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios,
preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. De
modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Gl. 3:8-9
 Paulo diz que a bênção é guardada exclusivamente para aqueles que
possuem a mesma fé de Abraão.
 Os da fé é que são abençoados. Mas o que é ser da fé?
 No contexto de Gálatas ser da fé é crer que a justificação vem da fé.

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 Ter a bênção e o favor de Deus é a coisa mais importante na vida. A
vontade de Deus é que sejamos abençoados, mas se deliberadamente
resolvemos ainda viver segundo o padrão da lei, então a maldição vem
sobre nós.
 Se decidimos viver pela lei devemos cumprir todos os mandamentos,
caso contrário a maldição virá.
 Tiago diz que aquele que quebrar um único mandamento da lei é
culpado de todos eles (Tg. 2:10).
Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado
de todos.
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Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está
escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro
da lei, para praticá-las. Gl. 3:10
 Assim os que são da fé são abençoados, mas os que são das obras da lei
estão debaixo de maldição.
 Se queremos viver pela lei devemos cumprir todos os mandamentos,
caso contrário caímos em maldição.

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2. FOMOS LIBERTOS DA MALDIÇÃO
 Escolher viver pela graça ou pela lei é escolher viver debaixo da
bênção ou debaixo de maldição.
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso
lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro). Gl.
3:13
 Cristo nos resgatou da maldição da lei e nos deu todas as bênçãos da
lei.
 Em Deuteronômio 28 temos a lista de bênçãos e maldições da lei.

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 São 14 versículos para as bênçãos, mas são 54 para as maldições.
 Vamos ler algumas:
Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo. Dt 28:3
 Isso significa que a bênção está sobre nós e não sobre o lugar onde
estamos.
Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo. Dt 28:3
 Isso significa que a bênção está sobre nós e não sobre o lugar onde
estamos.

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Bendito o fruto do teu ventre... Dt. 28:4
 Todo o seu corpo é abençoado com saúde e fertilidade. A nossa bênção
também se estende aos filhos.
O SENHOR fará que sejam derrotados na tua presença os inimigos que se
levantarem contra ti... v. 7
O SENHOR determinará que a bênção esteja ... em tudo o que colocares a mão. v. 8
O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu..., emprestarás a muitas gentes,
porém tu não tomarás emprestado. v. 12
 Ser abençoado é emprestar. Tomar emprestado é maldição.

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3. O SENHOR TE PORÁ POR CABEÇA E NÃO POR CAUDA
(DT 28:13)

 As maldições incluem áreas como a sua saúde, sua família, sua provisão
e sua paz.
O SENHOR te ferirá com a tísica, e a febre, e a inflamação, e com o calor ardente, e
a secura, e com o crestamento, e a ferrugem; e isto te perseguirá até que pereças. v.
22
O SENHOR te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores, com sarna e com
prurido de que não possas curar-te.. V. 27... então, o SENHOR fará terríveis as tuas
pragas e as pragas de tua descendência, grandes e duradouras pragas, e
enfermidades graves e duradouras. v. 59
11
 A respeito dos filhos se diz que eles serão levados cativos.
Gerarás filhos e filhas, porém não ficarão contigo, porque serão levados ao
cativeiro. v. 41
 Com respeito a provisão também havia maldições na lei.
O estrangeiro que está no meio de ti se elevará mais e mais, e tu mais e mais
descerás. Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe emprestarás a ele; ele será por
cabeça, e tu serás por cauda. Dt. 28:43-44
O SENHOR te fará voltar ao Egito em navios, pelo caminho de que te disse: Nunca
jamais o verás; sereis ali oferecidos para venda como escravos e escravas aos vossos
inimigos, mas não haverá quem vos compre. Dt 28:68

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 Essa é a suprema humilhação. Além de serem vendidos como escravos
não haveria ninguém interessado em comprá-los
 Certamente você foi redimidos da pobreza e da miséria.
Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre
por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos ( II Cor. 8:9).
 A palavra resgatar significa comprar. Ninguém se interessou em pagar o
preço por nós, mas Cristo veio e nos comprou.
 Ele nos resgatou e redimiu da maldição da lei (Gl. 3:13).

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 Todas as vezes que resolvemos nos relacionar com Deus com base em
nossas obras ou obediência nós decaímos para a lei e nos separamos da
graça de Deus.
 E uma vez que nos separamos da graça nos sujeitamos novamente às
maldições da lei.
 Só existe duas possibilidades: ou vivemos pela graça ou confiamos na
lei.
E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. Rm.
11:6

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 Não podemos viver pela fé e pelas obras ao mesmo tempo. Esses dois
princípios de vida não podem se misturar.
E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo
viverá pela fé. Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus
preceitos por eles viverá. Gl. 3:11-12

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4. O JUSTO VIVE PELA FÉ
 Todos os milagres do Senhor foram feitos exclusivamente pela fé. Em
nenhum momento o Senhor exigiu das pessoas uma bom
comportamento antes de fazer o milagre.
 Em nenhum momento o Senhor faz os milagres com base no
merecimento das pessoas, mas sempre com base na fé.
 Todas as pessoas que vieram a Jesus foram curadas. Será que todas elas
cumpriam a lei perfeitamente?
 Claro que não. Eles somente recebiam pela fé.
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 O exemplo da cura de dois cegos. A única condição do Senhor foi a fé.
Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós,
Filho de Davi! Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes
perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor! Então,
lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé. Mt. 9:27-29
 O Senhor falou a mesma coisa para a mulher siro-fenícia, apenas a fé foi
necessária.
Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres.
E, desde aquele momento, sua filha ficou sã. Mt. 15:28

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 Essas pessoas não eram perfeitas. Elas certamente tinham pecados.
 Elas não receberam o milagre com base em quão santas elas.
 Falando do leproso curado que voltou para agradecer:
E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou. Lc. 17:19
 O Senhor também curou o paralítico unicamente por causa da sua fé.
Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.
Mc. 2:5

18
 Dirigindo-se para a mulher hemorrágica o Senhor disse que foi a fé dela
que a salvou.
Então, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz. Lc. 8:48
 Diante da importância da fé os discípulos pediram a Jesus que lhes
aumentasse a fé.
Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé. Respondeu-lhes o
Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-
te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá. Lc. 17:5-6
 O Senhor torna as coisas ainda mais fáceis para nós.

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 Não precisamos de uma grande fé. Precisamos apenas usar a fé que
temos.
 Que tipo de vida você deseja? Uma vida de performance ou uma vida de
fé?

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5. A JUSTIÇA PRÓPRIA FOI AMALDIÇOADA
 Não escolha viver um tipo de vida que foi amaldiçoado pelo Senhor
Jesus.
No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma
figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa.
Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos.
Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos
ouviram isto. Mc. 11:12-14

21
 Nós estamos debaixo da bênção, mas se decidirmos confiar em nossos
méritos e obras da lei estaremos nos posicionando segundo um estilo de
vida que foi amaldiçoado por Jesus.
 Não faça isso. Permaneça na posição da bênção.
 A bênção e a maldição estão relacionadas ao nosso entendimento da lei
e da graça.

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LIVRES DE TODA
MALDIÇÃO Aula 02
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 A Palavra de Deus nos ensina que há dois princípios de vida pelos quais
o crente pode viver.
 O princípio da lei e o princípio da graça.
 Lei significa favor merecido e graça significa o oposto, o favor
imerecido.
 Sempre que agimos confiados em algum merecimento como a
obediência aos mandamentos, nós estamos na lei.
 A lei exige que façamos algo, mas a graça exige que apenas creiamos.

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 Se vivemos confiados em algo que fazemos e não no que cremos,
estamos na lei.
E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo
viverá pela fé. Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus
preceitos por eles viverá. Gl. 3:11-12

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1. DOIS PRINCÍPIOS DE VIDA
 A ideia do religioso é que ele será justificado se ele obedecer os
mandamentos da lei.
 Quando ele julga ter obedecido ele se enche de justiça própria, mas
quando cai em algum ponto, ele então se enche de condenação e culpa.
 Em oposição a esse estilo de vida temos aquele que simplesmente crê
na obra de Cristo. Ele sabe que não possui mérito algum, por isso ele
descansa na graça da obra consuma de Jesus.

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2. DOIS RESULTADOS
 Esses dois princípios de vida vão conduzir o homem para dois
resultados distintos: a bênção ou a maldição (versos 10 e 14).
 A bênção é ser colocado debaixo da graça de Deus.
 A maldição é o oposto disso, é ficar debaixo da lei e consequentemente
da maldição e do juízo de Deus.
 Quando confiamos que somos justos por causa da obra da cruz e
descansamos na graça então somos abençoados.

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 Mas se resolvemos que seremos ser justos baseados em nossa
obediência caímos na lei, então a maldição da lei nos alcança.
 Essa é a razão porque ainda existem crentes debaixo de maldição, eles
confiam na sua justiça própria.

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3. SE VIVEMOS PELA LEI ESTAMOS DEBAIXO
DE MALDIÇÃO
Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está
escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no
Livro da lei, para praticá-las” (Gl. 3:10).
 Há muitos crentes que dependem da graça de Jesus para a salvação,
mas depois disso eles acham que é responsabilidade deles a vitória
sobre o pecado, o diabo e o mundo.

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 Todos os crentes já foram redimidos da maldição da lei, pois o Senhor
Jesus se fez maldição em nosso lugar.
 Contudo quando um crente rejeita a graça de Deus e depende de suas
próprias obras para ser abençoado, ele volta a ficar sujeito à maldição da
lei.
 Quando você volta a depender de suas próprias obras para ser
abençoado por Deus, está retornando aos sistema da lei e caindo
novamente debaixo da maldição da lei.
De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.
Gl. 5:4
30
 Ao contrário do que muitos imaginam, isso não significa cair no pecado.
Decair da graça é voltar a depender de obras para agradar a Deus.
 Decair da graça é voltar a confiar em suas próprias obras para ser
abençoado por Deus.
Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está
escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro
da lei, para praticá-las. Gl. 3:10
 A maioria dos crentes acredita que é amaldiçoado quando peca, mas a
Palavra de Deus afirma que já fomos redimidos da maldição da lei.

31
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso
lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro).”
(Gl. 3:13-14).
 O pecado já não é mais problema, pois o Senhor Jesus já pagou nossa
dívida, o problema é a insistência do homem em confiar nos seus
próprios esforços e méritos pessoais.
 A única maneira de fugir à maldição é descansando na obra de Cristo.
Ele já nos redimiu da maldição da lei (v. 13)

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4. TRÊS ASPECTOS DA MALDIÇÃO
 Gostaria de mostrar três aspectos da maldição.
1. A maldição da lei
2. A maldição de homens
3. A maldição hereditária

1. A maldição da lei
 Quando vivemos pela fé no favor imerecido de Deus nós somos
resgatados da maldição da lei.

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 O que é a maldição da lei?
 Ela está descrita no capítulo 28 de Deuteronômio e envolve basicamente
quatro coisas:
 miséria,
 enfermidade,
 condenação e
 morte.

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 A maldição da lei inclui os seguintes aspectos:
 Maldito no seu corpo
 Fome (17, 33)
 Pestilência, tumores, sarna, prurido (21, 27)
 Cegueira (28, 29, 35)
 Toda enfermidade conhecida pelo homem (61)
 Maldito na sua família
 Filhos doentes ou que não servem a Deus (18, 32, 41)
 Infidelidade no casamento, ou o casamento destruído (30)

35
 Maldito na sua mente
 Confusão (28)
 Perturbação de espírito (28, 33, 65)
 Loucura (28)
 Medo de perder a vida (66, 67)

 Maldito na sua capacidade de sustentar a família


 Fracasso das colheitas (vv. 18, 30, 40)
 Seca (v. 24)
 Ataques por insetos (vv. 21, 38, 39, 42)
36
 Fracasso nos negócios (vv. 16, 30)
 Animais domésticos estéreis (v. 28)
 Falta de alimento e de bens materiais (vv. 17, 18)
 Ladrões que roubam (vv. 31, 33

 Maldito na sua própria existência


 “Todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão,
até que sejas destruído...” (V. 45)
 ... “Assim com fome, com sede e com falta de tudo, servirás aos teus
inimigos... (v. 48)
37
 Maldito na guerra
 Derrota na guerra, os inimigos tomarão tudo (vv. 36, 43, 49, 50, 51)

 Sobre quem vinha essas maldições?


 Sobre todo aquele que quebrava algum mandamento da lei.
 Em Cristo, porém, somos libertos da maldição porque não estamos mais
debaixo da lei e recebemos a justiça de Cristo.

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 Mas quando um crente resolve viver novamente debaixo da lei, o
resultado é que a maldição da lei poderá vir sobre ele.
 E por que alguém em sã consciência iria querer voltar a viver debaixo
da lei? Por causa do engano do diabo de que não basta crer em Cristo
para ser justo.
 A única forma de um crente voltar a sofrer debaixo da maldição da lei é
quando ele decide viver com base no merecimento da lei.
Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está
escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro
da lei, para praticá-las. Gl. 3:10

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 É difícil para um crente admitir quando vem a maldição. Por isso eles
mudaram a palavra de Deus dizendo que a maldição virou bênção.

2. A maldição de homens
 Quando o povo de Israel peregrinava no deserto eles tiveram de passar
pela terra de Moabe.
 Balaque, o rei de Moabe, estava com muito medo de Israel, então ele
contratou um profeta chamado Balaão para amaldiçoar o povo de Deus.

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 Apesar de todos os erros de Israel no deserto eles ainda eram povo de
Deus e Deus não permitiu que Balaão os amaldiçoasse.
 Balaão tentou por três vezes amaldiçoar, mas ele só conseguiu abençoar.
Então, proferiu a sua palavra e disse: Balaque me fez vir de Arã, o rei de Moabe,
dos montes do Oriente; vem, amaldiçoa-me a Jacó, e vem, denuncia a Israel. Como
posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso denunciar a quem o
SENHOR não denunciou? Nm. 23:7-8
 Ele pergunta: “como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou?”

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Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se
arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo
falado, não o cumprirá? Eis que para abençoar recebi ordem; ele
abençoou, não o posso revogar. Não viu iniquidade em Jacó, nem
contemplou desventura em Israel; o SENHOR, seu Deus, está com ele, no
meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei. Deus os tirou do Egito; as
forças deles são como as do boi selvagem. Pois contra Jacó não vale
encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer de
Jacó e de Israel: Que coisas tem feito Deus! Nm. 23:18-23

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 Balaão diz que Deus já abençoou a Israel e isso não pode ser revogado,
pois Deus não é homem para que minta e nem filho de homem para que
se arrependa.
 A bênção de Deus sobre a sua vida não pode mais ser revertida. Ele
decidiu nos abençoar, por isso toda língua que se levantar contra nós em
juízo, nós a condenaremos (Is. 54:17). Já somos abençoados e isso não
pode ser revogado (Tt. 1:2).
 O verso 21 declara que o Senhor não viu iniquidade em Israel. Essa é a
bênção de Deus sobre nós, pois ele disse: “das suas iniquidades jamais
me lembrarei” (Hb. 8:12).
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 Deus não diz que não há pecado em nós, ele apenas não vê.
 No final tem a afirmação de que “contra Jacó não vale encantamento,
feitiçaria”. Você não precisa mais temer qualquer maldição que vem de
homens (Is. 54:17).
 Em Números 24 Balaão tenta pela terceira vez amaldiçoar a Israel. A
escritura diz que ele novamente subiu a um monte e viu a Israel
acampado segundo as suas tribos. Quando ele viu o acampamento o
Espírito veio sobre ele.
Levantando Balaão os olhos e vendo Israel acampado segundo as suas tribos, veio
sobre ele o Espírito de Deus. Nm. 24:2
44
 No acampamento de Israel no deserto as doze tribos estavam agrupadas
em forma de cruz com o Tabernáculo no centro.
 Balaão viu a cruz no deserto. Na cruz Deus Pai não pode ver o nosso
pecado.

3. A maldição hereditária
 II Coríntios 5:17 diz que se alguém está em Cristo, é nova criatura; as
coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. Essas coisas
antigas que passaram incluem as maldições hereditárias.
45
 Mas muitos crentes creem que ainda estão debaixo de maldição e por
isso vivem sob uma constante expectativa de castigo e tribulação porque
nunca sabem quando o pecado de seus avós e pais vai alcançá-los.
 Eles sempre estão aguardando uma colheita de pecados que outros e eles
mesmos cometeram no passado.
Naqueles dias, já não dirão: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é
que se embotaram. Cada um, porém, será morto pela sua iniqüidade; de todo
homem que comer uvas verdes os dentes se embotarão. Jr. 31:29-30

46
 Esse era um ditado falado em Israel por causa de Êxodo 20.
Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais
nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. Ex. 20:5
 Essa era a condição na Velha Aliança, mas louvamos a Deus porque
agora estamos sob a Nova Aliança.
 Todavia, alguns crentes ainda se colocam na Velha Aliança e por isso
sofrem perda espiritual.

47
 Hoje nossos pecados e os pecados de nossos pais e os pecados dos pais
de nossos pais foram cravados na cruz e por isso não sofremos mais
nenhuma maldição.
 A principal cláusula da Nova Aliança é que Deus não se lembra mais de
nossos pecados. Isso significa que Ele não nos trata mais com base em
nossos pecados.
Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados
jamais me lembrarei. Hb. 8:12
 Há muitos crentes que vivem hoje na Nova Aliança com a mentalidade
da Velha Aliança.
48
 Eles vivem com a expectativa de juízo e condenação, com medo da
maldição por causa de seus pecados e dos de seus antepassados.
 A profecia de Jeremias era de que chegaria o dia em que não mais
haveria aquele ditado em Israel, e esse dia já chegou, nós hoje vivemos
os dias em que a maldição foi quebrada. Há dois mil anos o Senhor
quebrou a maldição na cruz.

49
Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura,
disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma
esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois,
Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o
espírito. Jo. 19:28-30
 Na Cruz o Senhor viu que tudo já estava consumado, mas nesse
momento ele disse que tinha sede. Deram-lhe então vinagre para beber.
A profecia de Jeremias fala de uvas verdes que embotam os dentes e na
cruz lhe deram o vinagre que também embota os dentes. Ao beber o
vinagre ele estava cumprindo a profecia de Jeremias 31

50
 Quando ele bebeu do vinagre ele tomou sobre si a maldição que
pertencia aos filhos por causa dos pecados dos pais.
 Diante de tudo isso vemos que você é irreversivelmente abençoado em
Cristo.
 As maldições e pragas que outros possam proferir contra você não
podem mais atingi-lo e as maldições que vieram sobre seus
antepassados não têm mais nenhuma legalidade na sua vida.
 Aproprie-se dessa verdade e viva cheio de uma santa expectativa da
bênção do Pai.

51
POBREZA, PROSPERIDADE E
Aula 03
O CAMINHO DO VENCEDOR
52
 Uma pergunta que as pessoas me fazem frequentemente é se cremos na
teologia da prosperidade.
 Na verdade, nós cremos em prosperidade, mas não na teologia da
prosperidade.
 Você pode achar que é a mesma coisa, mas há um mundo de diferenças.

53
1. O QUE É BIBLICAMENTE CORRETO?
PROSPERIDADE OU POBREZA?
 Com respeito ao assunto do dinheiro, existem basicamente, três
posições no meio evangélico:

a. Teologia da pobreza
 A primeira posição nós chamamos de teologia da pobreza. A pessoa
que tem essa convicção desdenha das posses materiais.

54
 Eles consideram as posses como um tipo de maldição.
 O seu texto favorito na Palavra de Deus é Lucas 18:22, onde o Senhor
mandou o jovem rico vender tudo o que tinha e dar aos pobres.
Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um
rico no reino de Deus (Lc. 18:25).
 Eles não se preocupam em prosperar, porque buscam o reino de Deus
em primeiro lugar.
 Eles acreditam que a pobreza é a vontade de Deus para a igreja hoje.

55
 O reino é para os pobres e os que se tornam pobres se apoderam dele.

b. Teologia da prosperidade
 Eles creem que a prosperidade é uma recompensa para os justos. Eles
consideram as posses uma bênção de Deus. Sua escritura favorita é
Lucas 6:38.
Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente
vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também (Lc.
6:38).

56
 Basicamente, eles seguem o princípio da semeadura e da colheita.
 Ensinam que se temos uma necessidade, devemos semear e Deus nos
suprirá em abundância.
 Para eles, a pobreza não é a vontade de Deus, antes se trata de uma
maldição.

c. Teologia da mordomia
 É um equilíbrio entre as duas visões.

57
 A perspectiva da mordomia, é que a prosperidade é um privilégio.
 A parábola dos talentos é a melhor base para aqueles que creem na
teologia da mordomia
 Para eles, o ponto central não é o que renunciamos e nem “o que
receberemos”, mas “o que temos recebido”.
 Eles se veem como mordomos de Deus e não se consideram donos
daquilo que possuem.
 Eles basicamente buscam, por sabedoria e procuram ser encontrados fiéis
diante de Deus
58
 Agora, qual dessas posições é a correta?
 Primeiro gostaria de mostrar quatro problemas, tanto com a teologia da
pobreza, quanto com a teologia da prosperidade.

59
2. O PROBLEMA COM A TEOLOGIA DA
POBREZA
a. Eles presumem que qualquer pessoa bem sucedida
financeiramente deve ser desonesta
 Na verdade, quando veem um irmão rico, eles presumem que a riqueza
foi adquirida de forma desonesta, ou eles julgam a pessoa dizendo que:
“se ele realmente amasse a Deus, teria dado o dinheiro para missões”.
 Eles procuram sempre fazer com que as pessoas bem sucedidas se
sintam culpadas pela sua prosperidade.

60
 Para tais pessoas, o dinheiro nunca poderia ser usado para o prazer e
conforto pessoal.

b. Exageram na questão da obra sacrificial


 Essas pessoas, normalmente, fazem grandes sacrifícios ministeriais. Eles
pensam que quanto mais renunciarem, mais espirituais serão.
 Mas a verdade é que não nos tornamos mais espirituais porque somos
pobres

61
c. São extremamente ingênuos
 Normalmente quem segue a teologia da pobreza são missionários. Tais
pessoas são ingênuas, porque não percebem que se todos renunciassem
a tudo, não haveria ninguém para sustentá-los.

d. Pode se tornar um estilo de vida manipulativo


 Como os que creem na teologia da pobreza, não têm recursos, estão
sempre prontos a falar das suas necessidades pessoais e da obra.

62
 Pedem oração por suas necessidades, mas na esperança de que alguém
ouça e os ajude.
 Tornam-se dependentes e eventualmente, se transformam num peso para
os amigos.

63
3. O PROBLEMA COM A TEOLOGIA DA
PROSPERIDADE
a. Veem a prosperidade como um sinal da aprovação de Deus
 Essas pessoas pensam que se você tem prosperado é porque Deus tem
aprovado você.
 Eles são arrogantes a respeito da bênção, do mesmo modo que os da
teologia da pobreza são arrogantes, por terem renunciado tudo. Ambos
se apoiam na justiça própria.

64
b. É uma teologia que produz culpa
 Nada produz mais culpa do que dizer para alguém: “se você realmente
cresse em Deus, você seria próspero e rico”.
 Quem faz barganha com Deus vive debaixo de medo e condenação.

c. Estimula motivações erradas


 Precisamos ser cuidadosos com a nossa motivação, porque podemos
acabar tentando fazer negócios com Deus.

65
 É possível que alguém sirva a Deus porque alguém lhe fez a promessa
de que ele o faria rico, ou que receberia cem vezes mais a oferta que
deu.

d. Nega a soberania de Deus


 O pensamento é que depois de algum tipo de transação com Deus, ele
será obrigado a abençoá-lo, porque lhe deve alguma coisa.
 Mas, o Senhor não deve nada a ninguém. Tudo o que ele faz é baseado
na sua graça.

66
 A teologia da pobreza diz para cuidar do pobre e do necessitado. Isto é
maravilhoso.
 A teologia da prosperidade diz: “seja um canal das bênçãos de Deus” e
semeia na vida de outros. Isso é bom!
 Não podemos dizer que a teologia da pobreza está errada, quando diz
que o discípulo do Senhor precisa renunciar a tudo quanto tem para
segui-lo.
 Também precisamos concordar com a teologia da prosperidade, que é
melhor ser rico do que ser pobre, e que se semearmos, certamente
colheremos numa medida muito maior.
67
 Mas, a teologia da mordomia toma o melhor dos dois. Ela não pergunta
o que renunciamos e nem pergunta o que receberemos, ela
simplesmente, pergunta o que temos feito com o que recebemos de
Deus.
 Aquele que é mordomo sabe que o Senhor pode requerer dele, dez por
cento, ou tudo. Ele é generoso por amor e obediência, não por desejar
receber algo em troca de Deus.
 Tanto a teologia da pobreza, quanto a da prosperidade, está baseada no
orgulho de ter ou não o dinheiro.

68
 O orgulho da justiça própria é que nos impede de desfrutar da bênção do
Senhor.
 O orgulho tem dois lados: a arrogância e a autocomiseração.
 A teologia da prosperidade sempre soa arrogante, mas a teologia da
pobreza soa sacrificial.
 O arrogante se orgulha do sucesso, mas a autocomiseração é a resposta
do orgulho ao sofrimento.
 O arrogante diz: “eu mereço admiração, veja o quanto prosperei”.

69
 A autocomiseração diz: “eu mereço admiração, olha o quanto eu sofro
pelo que renunciei”.
 O arrogante soa auto-suficiente, mas a autocomiseração soa sacrificial.
 O arrogante acredita que a sua prosperidade é fruto da sua fidelidade, e
que portanto, ele merece o reconhecimento.
 Mas, os que defendem a teologia da pobreza, estão cheios de
autocomiseração e a autocomiseração também é orgulhoso. É a resposta
do orgulho que não foi aplaudido.

70
4. PRINCÍPIOS DA TEOLOGIA DA MORDOMIA
a. Deus é o dono de tudo
 O fato é que não temos de fato coisa alguma, mas tudo pertence ao
Senhor.
 Ele somente nos pede que administremos os seus bens.
 O primeiro princípio que precisamos aprender como discípulos, é que
temos um Senhor.

71
 A Bíblia afirma, categoricamente, que Deus é o dono de tudo.
“Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele
habitam”. (Sl. 24:1).
 A Bíblia revela até mesmo os itens específicos possuídos por Deus: em
Levítico 25 diz:
“Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é Minha.” Lv.
25:23.
 Se você sabe que Jesus é o Senhor, então você deve reconhecer que Ele
é o dono da sua vida, da sua casa, dos seus filhos e dos seus bens.

72
 Tudo que nós temos, tudo que nós somos, pertence a Ele.
 Por que pertence a Ele?
 Primeiro porque foi Ele quem criou.
 Segundo, porque Ele, depois de ter criado, ainda comprou de volta pela
redenção da cruz.
 E terceiro, é Dele, porque você lhe entregou a sua vida um dia.

 Quando nós temos revelação de que Deus é o dono de tudo, então


reconhecemos que Ele tem o direito de fazer o que quiser com aquilo
que ele tem me dado.
73
E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o
SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR! Jó 1:21.
 O proprietário tem o direito, o mordomo ou servo tem a
responsabilidade.
 O proprietário define quanto deseja dar a cada um dos seus servos, e os
servos devem prestar contas ao Senhor.
 Quando nós temos revelação de que Deus é o dono de tudo, então
reconhecemos que os recursos de Deus são para atingir os propósitos
dele.

74
 Mordomia é o uso dos recursos de Deus para o cumprimento dos seus
propósitos.
 A teologia da pobreza não tem para dar, a teologia da prosperidade dá
para ganhar mais, mas os mordomos dão porque entendem o propósito
porque receberam de Deus.

b. Toda decisão financeira é uma decisão espiritual


 Alguns imaginam que são submissos ao Senhor por que dão o dízimo.

75
 O que fazemos com os dez por cento é importante, mas também é
importante saber o que fazemos com os outros noventa por cento
restantes
 A verdade é que não é só o dízimo que pertence a Deus: tudo é Dele!
Todo o seu salário é do Senhor.
 Se você tem casa, sua casa é de Deus; o seu carro é de Deus; a sua vida
é de Deus; os seus filhos são de Deus; tudo pertence a Ele! Você precisa
da direção dele para administrar os outros 90 por cento.

76
 Isso significa que eu tenho que dar para a igreja cem por cento?” Claro
que não!
 Você não precisa dar cem por cento da sua renda. Deus quer que você a
mantenha consigo, mas ele deseja que você seja um mordomo fiel.
 Um crente pode fingir orar, ler a Bíblia, pode fingir em seus
relacionamentos e tudo o mais.
 Mas tem uma coisa que não dá para disfarçar: nossa generosidade no
dar. Talvez por isso, muitos são tão sigilosos sobre suas ofertas.

77
 Na parábola dos talentos os servos que multiplicaram seus talentos,
receberam mais do Senhor (Mt. 25:14-30). O Senhor olha como lidamos
com o dinheiro para nos confiar mais recursos.

c. A quantidade não é o mais importante


 Não importa se temos muitos talentos ou poucos, o que Deus olha é
como lidamos com o que temos recebido.
 O rico não dá, porque pensa que o valor é alto demais, e o pobre não dá,
porque pensa que vai lhe faltar. Deus olha a fidelidade, não o valor.

78
d. Mordomia requer ação
 Alguns dizem: “mordomia é mais que dinheiro. A verdade é que
mordomia é mais do que dinheiro, mas nunca menos.
 Servir a Deus implica mais do que dar dinheiro, mas nunca menos.
 Servir a Deus implica em muitas coisas, mas nunca menos do que
ofertar.
 Quem diz que serve a Deus e não oferta está, na verdade, se enganando.

79
O DÍZIMO TEM GRAÇA? Aula 04
80
 Uma pergunta que sempre me fazem é se no Novo Testamento nós ainda
precisamos entregar o nosso dízimo a Deus.
 Eu sempre respondo com outra pergunta: O pão e o vinho da Ceia
permanecem?
 Se o pão e o vinho permanecem, então o dízimo é para hoje também.
 A primeira menção do dízimo vem junto com o pão e o vinho.
 Está em Gênesis 14 quando Abraão se encontrou com Melquisedeque.

81
 A Nova Aliança é uma continuação da aliança abraâmica. Hoje somos
filhos de Abraão.
 Muito antes de haver sacerdotes em Israel havia um sumo-sacerdote em
Jerusalém chamado Melquisedeque (Gn. 14:17-20).
Como em outro lugar também diz: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de
Melquisedeque. Hb. 5:6
Tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
Hb. 5:10

82
 Eu creio que esse Melquisedeque era uma teofania, uma manifestação
de Cristo em forma humana no Velho Testamento.
Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao
encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual
também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça,
depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz; sem pai, sem mãe, sem
genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito
semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente. Considerai,
pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos
melhores despojos. Hb. 7:1-4

83
 Abraão entregou o dízimo de tudo o que possuía a Melquisedeque. Esse
Melquisedeque, que é o próprio Cristo, trouxe a Abraão pão e vinho
representando a comunhão.
 Nós ainda hoje praticamos a comunhão com o pão e o vinho porque
estamos debaixo do sacerdócio de Melquisedeque.
 Não somos abençoados com a bênção de Davi ou com a bênção de
Daniel, mas somos abençoados com a bênção de Abraão.
 Nós somos filhos de Abraão e Abraão chegou diante de Melquisedeque
com a mãos cheias.

84
 A salvação é chegar diante de Deus com as mãos vazias para receber,
mas adoração é chegar com as mãos cheias para ofertar.
 Para ilustrar como Melquisedeque era grande a palavra de Deus diz que
ele entregou o dízimo de tudo o que tinha para ele.
Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo
tirado dos melhores despojos. Hb. 7:4
 O objetivo primário do dízimo não é nos fazer prosperar, ainda que
certamente isso acontecerá, mas é proclamar quão grande é o Senhor
Jesus.

85
 O argumento de Hebreus é se o sacerdócio de Melquisedeque é eterno,
então o pão e o vinho e o dízimo também são.
Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem
se testifica que vive. Hb. 7:8
 O pão e o vinho são para testemunhar da morte do Senhor, mas o dízimo
é para testificar que ele vive eternamente.
 A fim de mostrar quão grande é o sacerdócio de Melquisedeque, o autor
de Hebreus diz que o sacerdócio de Levi pagou o dízimo a
Melquisedeque na pessoa de Abraão.

86
E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na
pessoa de Abraão. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu
pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste. Hb. 7:9-10

87
1. O SIGNIFICADO DA DÉCIMA PARTE
 Muitos gostam de dizer que o dízimo é parte da lei, mas a verdade é
que Abraão e Melquisedeque nunca estiveram debaixo da lei.
 Por que Abraão deu o dízimo? Por que dez? O que há de tão profundo
a respeito da décima parte?
 Quando Abraão mandou que seu servo fosse buscar uma noiva para
Isaque. O servo então tomou dez camelos do qual se diz que era de
todos os bens de Abraão.

88
 Aqueles dez representavam toda a riqueza de Abraão. Para Deus dez
representa o todo.
Tomou o servo dez dos camelos do seu senhor e, levando consigo de todos os bens
dele, levantou-se e partiu, rumo da Mesopotâmia, para a cidade de Naor. Gn. 24:10
 O Senhor diz que se dermos dez por cento ele receberá como se fosse
todos os nossos bens.
 Por que há dez mandamentos? Simplesmente porque esses dez
representam toda a lei. Se você cumprir esses dez estará cumprindo toda
a lei.

89
 Quando Faraó quis abençoar a Jacó mandou que se enviasse dez
jumentos carregados com o melhor do Egito.
 Aqueles dez jumentos eram uma representação do melhor de todo o
Egito (Gn. 45:19-23).
 Não basta dizer para o Senhor que tudo o que temos é dele, mas dê a ele
o dízimo para representar essa verdade
 Esse é o princípio dos dez na Palavra de Deus. Se você der o dízimo os
outros noventa por cento serão santificados e Deus o abençoará como se
você tivesse dado tudo.

90
2. O DÍZIMO REMOVE A MALDIÇÃO DO
DINHEIRO
 Hoje os crentes são completamente livres de toda maldição, mas a terra
ainda sofre com a maldição.
 Em Malaquias 3:9 o Senhor não disse que se não devolvêssemos o
dízimo ele nos amaldiçoaria.
 Ele apenas disse que o resultado disso seria maldição. O dízimo tem o
poder de tirar a maldição do dinheiro.
Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Ml.
3:9
91
 O motivo de alguns ainda experimentarem maldição é porque não
santificaram seu dinheiro com o dízimo.
 Não entregaram a Deus o que pertence a ele.
 Todo dinheiro que recebemos está associado com a iniquidade porque
esse mundo é maligno.
 Como podemos fazer para que o nosso dinheiro seja puro? Paulo nos dá
a resposta em Romanos 11.
E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for
santa a raiz, também os ramos o serão. Rm. 11:16

92
 Quando entregamos o dízimo nós abençoamos todo o nosso dinheiro.
Paulo diz que se as primícias forem santas assim será toda a massa.
 E aquilo que é santo o diabo não toca. Ele é imundo, não pode tocar no
que é santo.
 Depois de dar o dízimo seu dinheiro é santificado. Aquilo que é santo é
multiplicado e abençoado.
 O dinheiro, em si mesmo, é algo moralmente neutro. Se um homem
bom usa o dinheiro ele se torna bom, mas se um homem mal usa o
dinheiro para a sua perversidade, então o dinheiro se torna mal.

93
 Como não existe nenhum homem bom a escritura trata sempre do
dinheiro e do lucro como algo ligado com a iniquidade.
E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que,
quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos.
Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também
é injusto no muito. Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de
origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza? Lc. 16:9-11
 Nesse texto o Senhor Jesus diz duas vezes que as riquezas são de origem
injusta. Não significa que você ganhou o seu dinheiro de forma ilegal,
mas significa que todo o sistema financeiro é iníquo.

94
 Muitos acham que se forem fiéis nas coisas espirituais o Senhor lhes
dará dinheiro, mas o Senhor diz exatamente o contrário: se formos fiéis
com o dinheiro Deus nos dará as coisas espirituais.
 O dinheiro em si mesmo é neutro, mas nas mãos de pessoas perversas o
dinheiro torna-se mal.
 Como você pode santificá-lo? Você já é abençoado, mas seu dinheiro
não é.
 Você precisa entregar o dízimo para santificar o seu dinheiro.

95
3. O DÍZIMO ESTÁ NO NOVO TESTAMENTO
Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as
hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas
coisas, sem omitir aquelas. Lc. 11:42
 O Senhor não disse que não devemos entregar o dízimo, mas ele disse
que deveríamos fazer isso com o amor de Deus.
 Devemos focalizar a justiça e o amor de Deus, mas não deveríamos
omitir o dízimo.
 O Senhor nunca disse que por estarmos debaixo da graça não
precisamos mais dar o dízimo.
96
4. A REVELAÇÃO DO DÍZIMO
 Somente aqueles que receberam a revelação sobre o dízimo é que
deveriam entregá-lo. Não é uma questão de cumprir uma lei, mas de
ser abençoado nesse tempo da graça.
 Muitos entregam o dízimo porque têm medo da maldição, outros
querem merecer uma bênção e muitos o fazem apenas porque é um
mandamento.
 Se sua esposa se sente ultrajada com um beijo dado com essas
motivações, imagine o que Deus sente.
97
 Nesse tempo da graça nós entregamos o dízimo, mas como resultado de
revelação da graça. Abraão teve uma revelação que todos nós
precisamos ter também.
Após voltar Abrão de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe
ao encontro o rei de Sodoma no vale de Savé, que é o vale do Rei. Melquisedeque,
rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a
Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra;
e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E
de tudo lhe deu Abrão o dízimo. Então, disse o rei de Sodoma a Abrão: Dá-me as
pessoas, e os bens ficarão contigo.

98
Mas Abrão lhe respondeu: Levanto a mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o que
possui os céus e a terra, e juro que nada tomarei de tudo o que te pertence, nem um
fio, nem uma correia de sandália, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão. Gn.
14:17-23
 Foi nesse momento que dois reis vieram ao seu encontro: o rei de
Sodoma e Melquisedeque rei de Salém.
 Era essa a hora que Abraão necessitava da ministração de
Melquisedeque. Ele trouxe pão e vinho para nutrir a Abraão.
 Depois de uma grande batalha Abraão estava cansado e fraco. Nesse
momento o rei de Sodoma veio para tentar a Abraão.
99
 Abraão rejeitou a oferta do rei de Sodoma.
 Não é que Abraão não queria ser rico, ele apenas não queria se
enriquecer da maneira do rei de Sodoma, ele preferiu entregar o dízimo
de tudo o que possuía.
 Isso mostra que nós enriquecemos entregando o dízimo.
 A palavra de Deus diz que Ló seguiu o rei de Sodoma em vez de seguir
a Malquisedeque.
 Ele foi morar em Sodoma e depois que Deus destruiu a cidade ele
perdeu tudo o que possuía (Gn. 19).

100
 Não se menciona que Melquisedeque tenha oferecido pão e vinho a Ló.
Isso nos mostra que Ló não tinha a revelação da ceia do Senhor.
 A comunhão não é oferecida a todos. É somente para aqueles que
possuem a fé do tipo de Abraão. O dízimo não é para todos, é somente
para os crente do tipo de Abraão.
 Eu creio que o dízimo não é para toda a igreja, mas somente para
aqueles que têm entendido a graça de Deus.
 Entregar o dízimo é a resposta espontânea daquele que entendeu o pão e
o vinho.

101
A VONTADE DE DEUS
É CURAR Aula 05
102
 O fundamento da nossa fé é o conhecimento da vontade de Deus.
 Quando temos convicção e clareza a respeito da vontade de Deus sobre
alguma coisa nós temos fé para entrar na posse dela.
 Esta é a razão porque muitas pessoas não recebem a cura, elas não têm
certeza de que a vontade de Deus é curá-las.
 A mesma Bíblia que diz que os nossos pecados foram perdoados,
também que diz que pelas pisaduras de Jesus nós somos sarados. É a
mesma Bíblia e a mesma cruz.

103
 Faz parte da nossa herança a cura da toda enfermidade.
 É da vontade de Deus que vivamos uma vida plena e saudável.
 Mas ainda vivemos em um mundo caído e estamos sujeitos a
enfermidades e a ataques do maligno, mas podemos ter certeza de que a
vontade de Deus é sempre a cura.
 Eu gosto de ler a respeito do milagre onde um leproso disse a Jesus: “Se
quiseres, podes purificar-me.”
 A palavra de Deus diz que “Jesus, profundamente compadecido,
estendeu a mão, tocou-o, e disse-lhe: Quero, fica limpo!” (Marcos 1.41).

104
 Essa é a sua resposta para todas as eras. Jesus quer curar. Ele não
mudou.
“E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa
SEGUNDO A SUA VONTADE, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto
ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos
feito...”1 João 5.14,15
 Examine o seu próprio coração para ver se em você existe alguma
resistência para receber a cura.
 Para que a sua fé seja fortalecida, gostaria de enumerar algumas razões
bíblicas porque é a vontade de Deus curar os enfermos.
105
1. A CURA DEMONSTRA O AMOR DO PAI
 Tudo o que Jesus fez foi para demonstrar o amor e a natureza do Pai.
 A vontade do Pai não mudou, ele continua desejando curar a todos. Ele
é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
“O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai;
porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.” João 5.19
“E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.” João 12.45

106
 Jesus apenas curou, ele nunca fez pessoa alguma adoecer para lhe
ensinar uma lição de moral, para trazê-la para mais perto dEle, ou para
ela aprender a paciência. Nem castigou alguém com enfermidades, em
ocasião alguma.
 A intenção de Deus não é a destruição dos pecadores. A intenção do Pai
nunca é mandar enfermidades, mas curá-las; nunca é oprimir, mas
libertar o cativo.
 Apesar disso, há aqueles que têm medo que a ira de Deus os atingirá
nessa área. É “o ladrão quem vem para roubar, matar, e destruir”; e não
Deus!
107
 A cura é proclamada pelo Pai em Êxodo 15.26: “Eu sou o SENHOR que
te sara.”
 Esse único texto bíblico nos conta quem é Deus: Ele é aquele que cura.
 Também nos mostra quem Deus curará: a ti, e
 nos revela quando Deus curará: agora!

108
2. A ENFERMIDADE É UMA OBRA DO DIABO
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou
por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque
Deus era com ele.” Atos 10.38
“Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo.” 1 João
3.8
 O diabo oprime as pessoas com doenças, mas Jesus veio para curar os
oprimidos de satanás.
 A enfermidade é uma obra do diabo, mas o Filho de Deus se
manifestou para desfazer as obras do inferno.
109
 O ministério do Senhor foi movido pela Sua compaixão.
Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os
seus enfermos. Mt. 14:14
 A compaixão do Senhor permanece a mesma.

110
3. A CURA É POR CAUSA DO SACRIFÍCIO DE
CRISTO
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras
fomos sarados. Is 53.5
Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que
nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes
sarados. 1 Pe 2.24.
 Se o Senhor Jesus foi enviado para levar a suas doenças, por que agora
ele mandaria enfermidades para você?
111
 Se Ele fizesse isso ele seria completamente incoerente. Seria como um
laboratório que produz remédios, mas que também espalha
enfermidades. Mesmo nesse mundo caído isso seria uma aberração.
 Se o Senhor Jesus morreu por você quando você nem sequer se
lembrava dele e ainda era rebelde contra Deus, por que ele lhe negaria
agora apenas um toque de cura quando você está buscando a sua face?
 Aquele não nos negou seu próprio Filho, agora vai nos negar a cura?
Quem decidiu nos dar o próprio Filho não nos nega coisa alguma que
necessitamos.

112
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus
benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas
enfermidades. Sl. 103-2
 A verdade do perdão nos é apresentada juntamente com a verdade da
cura.
 Se não for da vontade de Deus curar algumas enfermidades ou algumas
pessoas, também não deve ser Sua vontade perdoar alguns pecados ou
algumas pessoas.
 Como escravos do pecado éramos oprimidos por todo tipo de maldição,
mas agora como servos de Cristo experimentamos a sua bênção.
113
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição
em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for
pendurado em madeiro).Gl. 3.13

114
4. A CURA É PARTE DA SALVAÇÃO
 A palavra grega traduzida por “salvar” é “sozo”, que significa “salvar,
libertar, proteger, curar, preservar, estar saudável, tornar saudável.”
 É a palavra empregada em quase todas as vezes que alguém é curado
nos evangelhos.
 Deus nunca quis que o homem separasse a cura da salvação.
 O Salvador era e continua sendo Aquele que Cura.

115
5. A CURA COMPROVA QUE JESUS CRISTO É
O FILHO DE DEUS
 Jesus disse que as curas que Ele fazia atestavam a Sua origem divina.
Ele disse que a cura dos enfermos era um sinal evidente de que Ele era
o Filho de Deus
“Então daquele a que o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas,
porque declarei: sou filho de Deus? Se não faço as obras de meu Pai, não me
acrediteis; mas, se faço, e não me credes, crede nas obras; para que possais saber e
compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai.” João 10.36-38

116
6. A CURA DEMONSTRA QUE JESUS CRISTO
VIVE
“Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará,
porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei,
a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu
nome, eu o farei.” Jo. 14.12-14
 Apenas argumentos teológicos não comprovarão diante dos homens
que Jesus Cristo ainda vive.
 Mas, os milagres operados em Seu nome oferecem provas.

117
Por que fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade o
tivéssemos feito andar?... tomai conhecimento vós todos e todo povo de Israel de
que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus
ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós.”
At. 3.12-16 e 4.10

Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje, e será para sempre. Hb 13.8

“Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda
parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com
ele”. At 10.38.

118
7. A CURA É UM SINAL DOS QUE CREEM
 Esta é a descrição que Deus fez de um crente bíblico que crê no poder
de Deus.
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome expelirão
demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa
mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles
ficarão curados.” Marcos 16.17,18

119
8. A CURA MOSTRA QUE O EVANGELHO É
VERDADEIRO
 A salvação é invisível, mas para comprovar a realidade dela, Deus, na
Sua misericórdia, mostra-lhes algo que podem ver.
“Mas, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para
perdoar pecados - disse ao paralítico: Eu te ordeno: Levantate, toma o teu leito, e
vai para casa.” Lucas 5.24
Disse-lhe Pedro: Enéias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te, e arruma o teu leito. Ele
imediatamente se levantou. Viram-no todos os habitantes de Lida e Sarona, os
quais se converteram ao Senhor.” Atos 9.34-35
120
 A cura atrai os pecadores para ouvirem o evangelho.
 Os descrentes ouvem falar no Seu amor através do Seu poder para
salvar.
“Seguia-o numerosa multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura
dos enfermos.” João 6.2

121
9. A CURA GLORIFICA A DEUS
 Depois de curado o paralítico...
“Imediatamente se levantou diante deles e, tomando o leito em que permanecera
deitado, voltou para casa, glorificando a Deus. Todos ficaram atônitos, davam
glória a Deus...” Lucas 5.25,26
 A verdadeira alegria é o júbilo depois de um milagre.
 O verdadeiro louvor e adoração procedem de um povo que tem
experimentado o poder de Deus na Igreja.

122
10. A CURA EDIFICA A FÉ DAS PESSOAS
 Ddito a respeito do leproso depois de ter sido milagrosamente curado...
“Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, ao
ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade...” Marcos
1.45
 Ninguém deve discordar que a vontade de Deus é curar.
 Não compreendemos porque nem todos são curados, mas sabemos com
certeza que todo o que pede recebe e quem busca acha.

123
 O Senhor Jesus veio para nos dar vida e vida em abundância.
 É inconcebível uma vida abundante cheia de enfermidade.

124
A CURA É PARA QUEM
NÃO MRERECE
Aula 06
125
 Vivemos num mundo caído que ainda está debaixo da maldição do
pecado.
 Por causa disso, podemos sofrer ainda com muitos tipos de ataques
espirituais, e a enfermidade certamente é o mais visível deles.

126
1. A CURA NÃO É POR MERECIMENTO
Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga,
segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então, lhe deram o livro do
profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito
do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres;
enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos
cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do
Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na
sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se
cumpriu a Escritura que acabais de ouvir. (Lucas 4.16-21)

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 Nesse texto, o Senhor Jesus está lendo a profecia de Isaías 61 numa
sinagoga em Nazaré, a cidade onde fora criado.
 A primeira coisa que Ele diz é que veio pregar boas novas aos
pobres.
 Qual é a boa notícia que o pobre deseja ouvir? E que a sua dívida
aumentou? Claro que não!
 O pobre quer ouvir que há esperança de prosperar.
 O Senhor foi enviado para dar libertação aos cativos e curar os
doentes.
128
 Foi para isso que Ele foi ungido, e Ele continua fazendo isso ainda
hoje.
 Entretanto, depois de dizer isso, o Senhor confronta a atitude do
povo com dois exemplos do Velho Testamento.
 Ele diz que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias e a
nenhuma delas foi Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de
Sidom.
 Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta
Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro (Lc
425-27).
129
 O que essas pessoas tinham em comum? Elas não eram de Israel.
 Quando os que estavam na sinagoga ouviram isso, encheram-se de
raiva, porque eram judeus e se julgavam merecedores das bênçãos de
Deus.
 Mas o Senhor faz questão de mostrar que Deus deseja toda glória e não
fará coisa alguma segundo o nosso suposto merecimento.
 Naamã e a viúva receberam sem merecer. A bênção de Deus não é
baseada na lei, num sistema de merecimento. Provisão e cura vêm pela
graça.

130
2. A LEI RESULTA EM DOENÇA E POBREZA
 A lei é santa e justa, mas ela não foi dada por Deus para nos fazer
justos.
 Aqueles que vivem pela lei precisam entender que somente serão
aceitos por Deus se cumprirem todos os mandamentos.
 Se quebrar apenas um, será culpado de todos.
 Como nenhum homem consegue cumprir a lei, o resultado é a
maldição da desobediência descrita em Deuteronômio 28.

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 Viver pela lei nos coloca debaixo de maldição. Paulo diz claramente, em
Gálatas 3.10, que “todos quan-tos, pois, são das obras da lei estão
debaixo de maldição”.
 Pare de procurar em si mesmo alguma virtude ou mérito para receber a
bênção de Deus.
 Apenas creia que você é justiça de Deus em Cristo.
 Todo o contexto do livro de Gálatas é que eles estavam voltando para a
lei.
 E, no capítulo 4, Paulo faz uma afirmação poderosa do que acontece
quando voltamos para a lei.
132
 Paulo diz que a lei é fraca e pobre.
Mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais
voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda
escravizar-vos? (G14.9)
 A palavra "fraco" usada aqui no grego é traduzida nos evangelhos como
"enfermo e doente".
 Em outras palavras, o sistema da lei vai produzir doença e pobreza.
 Se hoje você quer ser curado e restaurado, precisa deixar de lado todo
merecimento.
 Parece loucura, mas a bênção é apenas para quem não merece.

133
3. NUNCA PERGUNTE QUEM PECOU
 Quando você encontrar uma pessoa doente, nunca faça a pergunta:
“Quem pecou?”
Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram:
Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem
ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. (Jo 9.1-
3)
 Você foi chamado para trazer o suprimento de Deus sobre ele.
 Na velha aliança, a pergunta é sempre: “Quem pecou?”
 Mas, na Nova Aliança, a pergunta é: “Quem intentará acusação contra
nós?” 134
4. A CURA ESTÁ DISPONÍVEL PARA TODOS
Ora, aconteceu que, num daqueles dias, estava ele ensinando, e achavam-se ali assentados
fariseus e mestres da Lei, vindos de todas as aldeias da Galileia, da Judéia e de Jerusalém.
E o poder do Senhor estava com ele para curar. (Lc 5-17)
 A quarta coisa que você precisa saber sobre cura é que Deus está sempre
suprindo, nós é que não estamos recebendo.
 E não estamos recebendo porque muitas vezes ainda temos crenças erradas.
 Pensamos que o nosso pecado impede o Senhor de agir, ou o pecado de
nossos pais, ou ainda uma maldição hereditária.

135
Vieram, então, uns homens trazendo em um leito um paralítico; e procuravam introduzi-lo
e pô-lo diante de Jesus. E, não achando por onde introduzi-lo por causa da multidão,
subindo ao eirado, o desceram no leito, por entre os ladrilhos, para o meio, diante de Jesus.
Vendo- lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, estão perdoados os teus pecados. (Lc
5.18-20)
 A Palavra de Deus diz que o paralítico foi introduzido por um buraco no
telhado.
 Aquilo causou muita distração, mas o Senhor olhou para o homem e viu
a sua fé.
 Quando o Senhor olha para nós, Ele poderia ver o nosso pecado, porque
eles existem, mas, em vez disso, Ele olha a nossa fé.
136
 Aquele homem vivia na lei e, no seu conceito, ele tinha pecado, por isso
a maldição tinha vindo sobre ele na forma de uma enfermidade.
 Quando ouve que os seus pecados são perdoados, ele ganha fé para se
livrar da maldição.
 O fato de o homem ter sido curado era também a prova visível de que os
pecados dele haviam sido perdoados.
 No momento em que você crê que foi perdoado, você está pronto para
ser curado também.

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5. COMO O SENHOR VÊ O ENFERMO?
 Vamos ver três ocasiões em que o Senhor nos mostra como Ele via o homem
enfermo.
Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles. Achava-se ali um homem que tinha
uma das mãos ressequida; e eles, então, com o intuito de acusá-lo, perguntaram a Jesus:
E lícito curar no sábado? Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que,
tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a
dali? Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer
o bem. Então, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e ela ficou sã como a outra.
Retirando-se, porém, os fariseus, conspiravam contra ele, sobre como lhe tirariam a vida.
(Mt 12.9-14)

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 Os fariseus claramente criam que o Senhor podia curar o homem, mas
mesmo assim desafiaram-no a curar no sábado.
 O Senhor, então, mostra o coração de Deus para com eles.
 Se eles estavam dispostos a tirar uma ovelha que caiu numa cova num
dia de sábado, muito mais o Senhor tiraria o enfermo da sua cova,
porque valemos muito mais que uma ovelha.
 Esta é a maneira como o Senhor vê aqueles que estão doentes.
 Ele nunca os vê em seus erros. Ele os vê como ovelhas que caíram
numa cova.

139
 Não é fascinante como o Senhor gostava de fazer seus milagres no
sábado?
 Quando o homem descansa, Deus trabalha.
E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos;
andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e
disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e, impondo-lhe as mãos, ela
imediatamente se endireitou e dava glória a Deus. O chefe da sinagoga, indignado de ver
que Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde,
pois, nesses dias para serdes curados e não no sábado. Disse-lhe, porém, o Senhor:
Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu
jumento, para levá-lo a beber?

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 Não é fascinante como o Senhor gostava de fazer seus milagres no
sábado?
 Quando o homem descansa, Deus trabalha.
E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos;
andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e
disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e, impondo-lhe as mãos, ela
imediatamente se endireitou e dava glória a Deus. O chefe da sinagoga, indignado de ver
que Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde,
pois, nesses dias para serdes curados e não no sábado. Disse-lhe, porém, o Senhor:
Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu
jumento, para levá-lo a beber?

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Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a
quem Satanás trazia presa há dezoito anos? Tendo ele dito estas palavras, todos os seus
adversários se envergonharam. Entretanto, o povo se alegava por todos os gloriosos feitos
que Jesus realizava. (Lc 13.11-17)

 Aquela mulher estava oprimida por um demônio de enfermidade, no


entanto o Senhor a curou sem falar nada com o espírito imundo.
 Mesmo que não conheçamos tanto a respeito de demônios, ainda assim
podemos ser usados para libertar pessoas.
 Nunca devemos ignorar as obras do maligno.

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 Aquela mulher estava doente há dezoito anos.
 Todos a conheciam, ela agora estava curada, mas o chefe da Sinagoga
não ficou feliz, pois não estava preocupado com a ovelha.
 Ele disse: “Há seis dias em que o homem deve trabalhar”.
 O Senhor vê o doente como um sedento precisando ser suprido.
 A mulher estava presa com sede, mas agora foi desprendida para beber a
água da cura.

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