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"Vigiai sobre a vossa vida; não deixai que vossas lâmpadas se apaguem, nem
afrouxai vossos cintos. Ao contrário, estai preparados porque não sabeis a
hora em que virá o Senhor. Reuni-vos frequentemente, procurando o que
convém a vossas almas; porque de nada vos servirá todo o tempo da vossa fé
se não fores perfeitos no último momento" (Didaqué 16,1-2).
Clemente fala como os profetas foram declarados justos não somente ao crer,
mas também ao obedecer:
"Unamo-nos, pois, àqueles a quem foi dada a graça da parte de Deus;
revistamo-nos da concórdia, mantendo-nos no espírito de humildade e
continência, justificados por nossas obras e não por nossas palavras" (1ª
Carta aos Coríntios 30,3).
"Abraão, que foi chamado 'amigo de Deus', foi achado fiel por ter sido
obediente às palavras do Deus" (1ª Carta aos Coríntios 9,1).
O homem se justifica pela fé, porém se salva sob a condição de que guarde os mandamentos e
cumpra de modo efetivo a vontade de Deus (as obras não são apenas produto da fé, mas
condição para se salvar). É isso que a igreja defende, segue a citação de clemente:
"De nossa parte, lutemos para nos encontrar no número dos que O esperam,
a fim de sermos também partícipes dos dons prometidos. Mas como
conseguir isto, caríssimos? Conseguiremos desde que a nossa mente esteja
fielmente afiançada em Deus; desde que busquemos aquilo que é agradável
e aceito por Ele; desde que, finalmente, cumpramos efetivamente aquilo que
condiz com seus desígnios irreprováveis e sigamos o caminho da verdade,
atirando para longe de nós toda injustiça e maldade, avareza, contendas,
malícia e fraude, fofocas e calúnias, ódio a Deus, soberba e jactância,
vanglória e inospitalidade. Porque os que praticam tais coisas são odiosos a
Deus; e não somente os que as praticam, como ainda os que as aprovam e
consentem. Diz, com efeito, a Escritura: 'Ao pecador, porém, disse Deus: Com
que fim explicas os meus mandamentos e pronuncias por tua boca a minha
aliança? Detestaste tu a disciplina e lançaste para trás as minhas palavras'"
(1ª Carta aos Coríntios 35,4-8)
"Pois bem: se o mau fosse salvo pelo fogo em razão apenas de sua fé e se
esta fosse a forma como a passagem do bem-aventurado Paulo deveria ser
entendida - 'Porém, o mesmo será salvo, mas como pelo fogo' - então a fé
sem obras seria suficiente para se salvar. No entanto, aquilo que o
Apóstolo Tiago disse seria falso. E também falso seria outra frase do mesmo
Paulo. Diz ele: 'Não se equivoquem: nem os fornicadores, nem os idólatras,
nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os homossexuais, nem os
ladrões, nem os que cobiçam, nem os ébrios, nem os vilipendiadores, nem os
extorsionários herdarão o reino de Deus'" (Da Fé, Esperança e Caridade 18,3).
(fonte: Traduzido de "Enchiridion of Faith, Hope, and Love", Chapter XVIII,
paragraph 3; NPNF 1, Vol. III
http://www.ccel.org/print/augustine/enchiridion/chapter18)
2 corintios 5:10 5. Aquele que nos formou para este destino é Deus
mesmo, que nos deu por penhor o seu Espírito.
6.Por isso, estamos sempre cheios de confiança. Sabemos que todo o
tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor.
7.Andamos na fé e não na visão.
8.Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste
corpo para ir habitar junto do Senhor.
9.É também por isso que, vivos ou mortos, nos esforçamos por agradar-
lhe.*
10.Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali cada
um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito
enquanto estava no corpo.
Colossenses 3:23-24
23.Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e
não para os homens,
24.certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do
Senhor. Servi a Cristo, Senhor. Aí recompensa e herança é obviamente a
salvação.
Tiago 2:21 (obviamente uma pergunta retórica, afirmando que ele foi
sim justificado pelas obras). E depois de usar tal exemplo, logo em
seguida tiago explica EXATAMENTE a doutrina católica, dizendo que
abraão além de ter sido justificado pela obras em genesis 22, foi
justificado pela fé em genesis 15. Tendo assim a justificação pela fé
precedendo a justificação pelas obras. Aí ele conclui tudo no
versículo 24: ²⁴ Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não
apenas pela fé.
Tiago 2:24
até porque não é a fé sozinha que salva, mas a fé que opera por
meio do amor.
1. Algo é dito como causa formal da justificação se formalmente é o que causa a justificação,
por isso o nome "causa formal".
É dito que Cristo teve que sofrer na cruz (ST III, Q. 46, A. 4.) não por uma necessidade, pois
bastaria uma única gota de Seu sangue para a remissão dos pecados (Quod. II, Q. 2, A. 2), mas
por amor (Jo 3,16-17). Ora, se a causa formal da salvação é Deus (Rm 1,17), ou melhor, a
justiça divina como afirma o Concílio de Trento (Sessão VI, cap. 7), e o meio pelo qual Deus
empregou para que isso ocorresse foi a morte na cruz (Fl 2,8), e Ele o fez por amor (Rm 5, 8);
portanto, pode-se concluir que a causa formal da salvação é o amor. Com efeito, diz-se que o
amor em Deus significa Caridade, *i.e*, Deus é a Caridade (*Deus Caritas Est,* como diz o Papa
Bento XVI em sua encíclica).
O que foi dito até agora foi apenas para elucidar. Pode-se defender esta tese de duas formas:
Primeira, pelo fato das obras serem necessárias para a salvação conjuntamente da fé (Tg 2,
17); ora, mas as boas obras são resultado da caridade, tanto que o próprio Cristo nos ensina:
"*Se vocês me amam, guardarão os meus mandamentos.*" (João 14,15).
Segunda, pois dentre as virtudes teologais (Fé, esperança e a caridade), sem a qual
nenhum alma pode ser salva, a caridade é a mais importante (I Cor 13, 13; Cl 3, 14).
Deus é como o sol que, com seus raios, dá à árvore a seiva, a vida
e a força, e o homem é como o agricultor que poda, enxerta e
protege a árvore, de modo que a árvore, com a ajuda do homem,
pode dar frutos, mas sem o sol ela não poderia sequer ter vida.
Do mesmo modo, a fé justifica o homem, mas o homem deve
cuidar dela para que possa crescer e dar frutos de boas obras,
sem as quais a fé é morta.