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A magia do teatro

Em sessenta minutos faz-se a representação da peça de teatro.


Ao longo de efémeros sessenta minutos, o elenco dá vida a um texto, para, logo, tudo acabar! As
luzes apagam-se, o palco fica vazio.
Porquê então tanto trabalho, apenas para sessenta minutos? Tanto tempo a ensaiar, a parar, a repetir,
a dar ideias, a fazer e desfazer!? Tanta dedicação para sessenta minutos! Tanto tempo para uma
plateia de algumas dezenas de espectadores, quando o cinema chega a milhares de espectadores sem
limites de tempo e de espaço.

Afinal que magia é esta que nos prende ao teatro?

Talvez porque fazer teatro é sentir-se vivo, é estar conectado à vida de corpo e alma:

Imaginar, fugir ao real,


Experimentar ser outro, para se encontrar.
O corpo que precisa de descansar, mas o cérebro teimoso noite e dia a pensar!
Como comunicar?
Finalmente o pavor do palco que seduz! O medo de falhar contra a vontade de avançar!

Subitamente a confiança na equipa.


O sangue parece correr com mais força nas veias, o coração pula desenfreadamente:
Agora? É a minha vez de entrar? Já não sei o que vou dizer! Onde é que eu fui me meter? Será
que o público está a gostar?

Eis que entram e têm presença, até o Ponto e o Sonoplasta, apreciando a representação, se
distraem da sua função.
Os aplausos finais enchem a sala de calor humano. O medo desfaz-se. Neste momento sentimos se
valeu a pena todo o esforço para aqueles sessenta minutos. E é tão gratificante quando sentimos que
valeu!

Depois a vida retoma o seu curso, voltamos à rotina. Mas a vida agora tem outro sentido:
enriquecida pela bonita relação que floresce entre todos os elementos do grupo; iluminada pela
simpatia de muitos e fortalecida pela certeza da amizade e da confiança daqueles que, sem interesse
ou lucro, estão sempre presentes, prontos a apoiar nos momentos mais difíceis e que não nos
deixam desanimar.

Em sessenta minutos, acontece!

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O espectáculo: Lagoa de Uno da autoria de Bernardino Corte (professor da nossa escola) conta com
um elenco de vinte e dois elementos: vinte alunos e dois professores.
A peça foi representada na escola Jaime Moniz e no Centro John dos Passos no âmbito do Festival e
do Encontro de grupos de teatro escolar.

Prevemos representar a peça no mês de Junho na escola, no John dos Passos, no dia 12 pelas 21.00h
e em data a combinar no auditório - casa das Mudas, na Calheta. Se outras oportunidades surgirem,
desde que todos possam, é com todo o gosto que apresentamos a peça.

O teatro é uma actividade que me permite libertar tudo o que está cá dentro de mau. No momento
em que subo ao palco todos os meus problemas desaparecem e nesse momento só consigo sentir o
batimento do meu coração muito acelerado, mas conforme se vai desenrolando, o batimento vai
ficando estável e no final já me sinto tranquila. Representar é óptimo para mim, é uma forma de me
libertar.
Tânia Carina 11º F
Embora o teatro seja uma arte milenar e apreciada em todo o mundo, na nossa escola
continua a ser em parte desvalorizada pela maioria dos alunos que vêm no teatro um desperdício de
tempo. Com a minha experiência de teatro, aprendi que se deve levar a sério a arte de representar,
pois, ao “vestir” caras diferentes, aprendemos a agir moderadamente nas nossas situações diárias.
João David, 12ºB

Este é o meu primeiro ano no teatro e tem sido uma boa experiência pelos bons momentos
que o grupo passa nos ensaios e em palco. Logo que entrei, apercebi-me que o grupo é muito unido,
o que é muito bom. Quanto à peça em si, acho que a receptividade do público tem sido bastante
positiva, embora as condições de trabalho de que dispomos não sejam as melhores.
Pedro Estanqueiro, 12ºB

O Clube de Teatro tem oferecido uma experiência diferente. A cada apresentação da peça é
uma nova oportunidade de conhecer uma outra experiencia: a experiência por detrás da cortina.
Essa experiência proporciona conhecer outras pessoas ao longo das apresentações da peça e adquirir
novas experiências para o nosso dia a dia.
Emanuel Rodrigues, 12ºB

Voo à Fantasia. Um nome que nunca irei esquecer! Pelas diversas sensações que me
proporcionou há já sete anos. É por esta e por outras razões que não poderia deixar de fazer uma
homenagem um clube que me viu crescer. E como não poderia deixar de o fazer, um MUITO
OBRIGADO a Profª Lília Por tudo o que me ensinou e fez por mim ao longo destes anos; porque
muitas vezes não foi fácil, e existiu algumas vezes uma vontade de desistir , mas a Profª Lília esteva
sempre lá para me apoiar, não só a mim como aos meus colegas, e deu-nos sempre força suficiente
para continuar o nosso voo à fantasia!
MUITO OBRIGADA por tudo, Profª Lília!
Luísa Carlota Gonçalves, 12ºB

Todas as experiências que passei no Voo à Fantasia foram experiências gratificantes.


Conheci lugares e pessoas de renome. Aprendi a representar e a estar em palco.
Fui outras gentes: desde uma Advogada a uma Princesa; desde um Anjo a um Zezé Pouvão;
vivi a fantasia.
Mas o que ficará realmente sempre na memória será as amizades que fiz no clube e os
momentos de peripécias pelas quais passamos.
Tudo o que aprendi até hoje sobre o teatro, e não só, tenho de agradecer ao meu grupo, por
tudo o que me ensinaram. Mas tenho de agradecer especialmente à Professora Lília Pereira por
ensinar-nos a arte de representar e a sua grande paciência para conosco (porque fomos realmente
uns diabinhos). Agradeço também ao Professor Bernardino por produzir textos que tanto fizeram rir
o público e que nos fizeram viver de tudo e mais um pouco. Agradeço também a todos os outros
professores, e não só, que colaboraram connosco. A todos agradeço o ombro amigo e a confiança
que em nós depositaram.
Nídia Laranjeiras, 12ºB

Na minha opinião, o grupo de teatro Voo à Fantasia, antes de mais nada, é um clube que nos
permite demonstrar as nossas características como pessoas. Como todos nós sabemos, o teatro
permite-nos exprimir sem receios, permite-nos perder a timidez. Na minha experiência como actriz,
recentemente, como figurante na peça de teatro A LAGOA DE UNO, permite-me dizer que estar
em palco é uma sensação espectacular, que só quem a vive é que sabe o que é sentir na pele a
sensação de ter todas as pessoas a olhar para nós.
Adorei contracenar com todos os actores presentes na peça A LAGOA DE UNO, uma vez
que são pessoas que sabem se relacionar umas com as outras, e acima de tudo sabem se divertir.
Tânia Silva, 12ºB

De que serve uma palavra se não existe uma voz para a proferir e um gesto para a expressar.
De que serve uma personagem inventada e materializada no vazio e frio papel se não existe uma
ser, uma alma, para lhe dar vida. Ver personagens criadas a saltarem, a falarem e a gritarem em
palco e realmente uma coisa espantosa. A todos os alunos e professores que deram vida as
personagens de O CAVERNÍCOLA (texto da autoria de Professor Martinho Macedo, Professor
Miguel Carvalho, Professora Lília Pereira, Professor Bernardino Côrte e o grupo Voo à Fantasia), A
XAVELHA DO PURGATÓRIO e A LAGOA DE UNO, um muito obrigado sincero do fundo do
meu coração. Realmente não há dinheiro neste mundo que pague a gratificação que agora estou
sentindo e a lágrima que me corre agora pelo rosto abaixo. OBRIGADO!
Bernardino Côrte

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