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PerCeBer Informes da Revolução

Partido Comunista Brasileiro www.pcb.org.br


N° 171 – 19.08.2010
.

Amadeu Felipe em Cascavel


Candidato do PCB ao governo De hoje até domingo, o candidato
do Paraná percorre o Estado do PCB ao governo do Paraná,
Amadeu Felipe, estará na região
em defesa da unidade popular Oeste. Ele vai ser sabatinado na
quinta-feira (18h30min) na Acic e
para alcançar o socialismo na sexta-feira cumprirá uma
agenda de contatos com dirigentes
municipais do PCB de Cascavel,
visitas agendadas e entrevistas à
imprensa.
Amadeu Felipe, 74 anos, militar do
Exército reformado, foi o líder dos
sargentos que se rebelaram contra a
ditadura e iniciaram um movimento
guerrilheiro na Serra do Caparaó.
A guerrilha foi desmobilizada e seus
integrantes, presos. Prevaleceu
desde então a posição do PCB de
formar uma Frente Antiditatorial
para fortalecer os setores
democráticos, estratégia que acabou
vitoriosa. Hoje, nossa proposta é a
Frente Anticapitalista, rumo ao
Socialismo. Aí está o futuro!

Dalva do Nascimento, 92 Com 77 anos só de militância, Dalva


anos candidata a suplente entrou no Partidão com 15 anos e jamais
de senador pelo PCB no DF traiu sua causa. Hoje, ela concorre a
suplente de senador na chapa do PCB
no Distrito Federal, com Rosana Chaib.
Mora em Guará 1, cidade-satélite de
Dalva,
sempre fiel Brasília, com uma filha adotiva, de 58
à sua anos, uma irmã, de 94, e dois sobrinhos.
opção pelo “Só estudei, trabalhei, e fui ajudar a
povo
brasileiro, família. Éramos oito irmãos”, diz.
expressa
na Em seu registro do Tribunal Superior
bandeira
de seu Eleitoral (TSE), a candidata comunista
Partido informou ter como ocupação o cargo de
histórico “capitalista de ativos financeiros”. Na
prática, diz, é contadora e tesoureira do
partido, formada em Uberlândia (MG),
onde se criou, e aposentada em 1971. elogiar o aumento concedido aos
Desde então, viu o poder de compra aposentados no início deste ano. Só
diminuir, diminuir, até chegar a um votou no atual presidente, conta ela, no
salário e meio, ou exatos R$ 836,20. segundo turno das eleições que
“Antes era uma importância de mil, disputou; mas só porque o partido
quinhentos e pouco cruzeiros...”, mandou.
lamenta.
Revolta maior mesmo, diz, só com os Dalva guarda devoção também aos
estrangeirismos, a multiplicação de clássicos da literatura comunista –
escolas de inglês pelo País, o fim das guarda “O Capital”, de Karl Marx,
aulas de civismo ou dos coros para o como livro de cabeceira, e se queixa da
hino nacional antes da aula. Diz detestar dificuldade de ler, um pouco a cada dia,
estereótipos sobre comunistas – “é uma o livro “O Socialismo Traído – Por Trás
falsidade falar que comunista não tem do Colapso da União Soviética”, de
religião” e não gosta de falar sobre os Roger Keeran e Thomas Kenny.
adversários que debandaram do (Ver entrevista dos dois nesta edição)
comunismo ao longo do século 20.
“Estou lendo devagar. Bem
O PC do B, aliado de primeira ordem do devagarzinho. Nessa noite mesmo eu
Partido dos Trabalhadores, “foi uma perdi o sono e li”, diz a candidata, que
desmoralização”, afirma Dalva; o PPS, cita partes da leitura para emendar o
Partido Popular Socialista, virou primeiro torpedo contra “o safado do
qualquer coisa, menos socialista. “Hoje (Mikhail) Gorbachev”, líder soviético
todo mundo é oportunista, quer ganhar responsável pela transisão da URSS
qualquer coisa.” para a economia de mercado. “Foi ele
que criou as medidas anticomunistas e
A eleição de Lula, em 2002, foi uma difamou o (Joseph) Stálin”.
“boa vitória”, avalia, porque só com ele
o Brasil teve reconhecimento Dalva não teme expor seu pensamento,
internacional. Só que Lula, ressalta ela, é inteiramente fiel ao seu compromisso
hoje é “mais patrão que operário” e com o povo brasileiro, expresso através
passou a maior parte do governo “em da militância comunista, e é um
cima do muro” – diz isso apesar de exemplo e um orgulho para todos nós

Gilberto Carlos 211 estar com 3% no DataFolha não é um acaso: ele está dando
sangue, honrando com luta o título de Comunista

10 Estratégias de Manipulação
Midiática
Avram Noam Chomsky*

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em


desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas
pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de
contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é
igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos
conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.
“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância
real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros
animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema,


uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja
o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se
desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados
sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas
em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar
como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos
serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la
gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que
condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas
durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade,
flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos
decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem
sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como


sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma
aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício
imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida,
porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que
“tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá
mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la
com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos,


personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à
debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente
mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a
adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela
tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela
tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de
um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver
“Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito
na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a
utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para
implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir
comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE


Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos
utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às
classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a
distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais
superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver
‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça,
por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus
esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se
auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus
efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado


crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas
pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o
“sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma
física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo
comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos,
o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os
indivíduos a si mesmos

*Avram Noam Chomsky – professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de


Massachusetts, um de seus textos mais difundidos é esse curto ensaio com a lista das
10 estratégias de manipulação executadas pela mídia

Cidade, emprego, ambiente, juventude:


por um programa revolucionário
Nenhum direito a menos,
só direitos a mais
Ajude um desempregado: reduza a
jornada de trabalho para 40 horas

Um escândalo com madeiras? A suspeita dos computadores


Madeiras doadas ao Provopar são envolvidas Além de uma confusa e nada transparente
em um novo caso suspeito na Prefeitura de história envolvendo um contrato para
Cascavel. Várias gestões aprontaram tantas lavagem de veículos, ainda fica a ser
tramóias e foram envolvidas em tantos golpes checada a compra de 184 computadores.
por “amigos do rei” que só uma coisa se exige: A julgar pelas denúncias, o elevado preço
que tudo seja passado devidamente a limpo. das máquinas só teria justificativa se
Justamente porque a mentira mil vezes fossem feitos de ouro. Superfaturamento?
repetida acaba sendo tomada por verdade, a Explicações mais detalhadas são
verdade precisa ser apurada, sempre. necessárias.
Senador - 211 RUDOLF
Por todo o Brasil, eles Gilberto Carlos Araujo SCHURMANN - 2121
levam o programa PCB
Presidente – Ivan
Pinheiro (sindicalista,
advogado) 21

1º Suplente
Adriana Aparecida de
Oliveira
Deputados Estaduais
Vice-presidente – FABIO GONÇALVES
Edmilson Costa DOS ANJOS – 21021
(economista, escritor)

No Paraná: 2º Suplente
Elísio Eduardo Marques
Governador - 21 JORGE LUIS
Amadeu Felipe da Luz FAGUNDES CHAVES
Ferreira – 21789

Deputados Federais
SEBASTIÃO ALVES
Vice – Governador PEREIRA – 2145
Gilberto Oliveira Gomes ROBERTO PALHARE,
o Galo di Ouro – 21456
CHRISTOFER (governo), Wladimir (governo), Rafael
BANNACH – 21000 Mutt (Senado) Pimenta (Senado)
Alagoas – Tony Clóvis Goiás – Marta Jane
(governo), (governo),
Diógenes Paes (Senado) Bernardo Bispo
Santa Catarina – (Senado)
Amadeu Hercílio da Bahia – Sandro Santa
Luz (governo) Bárbara
Piauí – José Rodrigues (governo), Carlos
(governo), Sampaio (Senado)
Antonio de Deus Amazonas – Luiz
(Senado) Navarro (governo),
Sergipe – Leonardo Maranhão – Marcos
MARCO ANTONIO Victor Dias Igreja (governo),
DA SILVA - 21888
(governo), Professor Josivaldo Correa
Lula (Senado) (Senado)
Pernambuco – Roberto Paraíba – Chico
Numeriano Oliveira (governo),
(governo), Délio Mendes Vital Farias e Maria das
(Senado) Dores (Senado)
Rio Grande do Sul – Ceará – Maria da
Humberto Natividade, a Nati
Carvalho (governo), (governo), Benedito
Luis Carlos Drehmer Oliveira e Tarcísio
(Senado) Leitão (Senado)
Distrito Federal – Rio Grande do Norte – São Paulo – Igor
Frank Svensson José Walter Xavier, o Grabois (governo),
(governo), Rosana Chaib Camarada Leto Antonio Carlos Mazzeo
(Senado) (governo) e Ernesto Pichler
Rio de Janeiro – Minas Gerais – Fábio (Senado)
Eduardo Serra Bezerra

Lembre-se: em Cascavel, Na Internet, acompanhe o blog do


PCB de Cascavel:
nós somos a Revolução! http://pcbcascavel.wordpress.com

Veja também o blog de Gilberto


Carlos 211:
http://www.gilbertoaraujo.com.br
ORKUT:
PCB de Cascavel
http://www.orkut.com.br/Profile.a
spx?uid=15747947519423185415
Comunidade:
http://www.orkut.com.br/Commu
nity.aspx?cmm=54058996
Este espaço está sempre aberto para artigos
e manifestações da comunidade Twitter:
A seguir, um dos capítulos da cartilha de Marxismo
e uma página colecionável de O Capital em quadrinhos http://twitter.com/pcbparana
1

Curso Básico de Marxismo


A nação e o “nacionalismo”
11 Especialmente na formação capitalista, a
burguesia procura utilizar para seu interesse de
classe a propaganda do nacionalismo (que nada tem
a ver com patriotismo).
Lança a ideia da superioridade de uma nação
sobre outra (como fizeram a Inglaterra na Índia e
China e os EUA, atualmente, no Afeganistão e
Iraque).
Esforça-se para ofuscar as massas com o
nacionalismo para impedir a elevação da
consciência de classe dos trabalhadores, semeando
entre eles as discórdias e as guerras.

Hitler e o nazismo, frutos do nacionalismo


Na verdade, a exploração é internacional. Os operários são explorados
aqui, na Europa ou no Japão. O que varia é o grau de consciência e
resistência dos trabalhadores aqui ou ali. Quanto maior a consciência de
classe, mais direitos podem ser conquistados.
A classe operária enfrenta o nacionalismo burguês com o
internacionalismo proletário, que é a solidariedade de classe dos
trabalhadores de todas as nações e raças na luta contra o capital, para se
libertar de todas as formas de opressão social.
O famoso chamado de Karl Marx −
“Proletários de todos os países, uni-vos!” −
tornou-se a bandeira de combate e fraternidade
internacional dos operários.
O internacionalismo operário surge da própria
situação da classe trabalhadora na sociedade
capitalista.
O capital é uma força internacional que explora
os operários independentemente de sua
nacionalidade ou cor.

“Proletários de todos os países, uni-vos!”


2
Os lucros que chegam às toneladas aos cofres das grandes empresas
multinacionais são produto do trabalho dos operários dos mais diversos
países.
Para quebrar o poder do capital é necessária a aliança internacional da
classe operária e de todos os trabalhadores. A atividade do setor avançado
(revolucionário) da classe operária (o Partido Comunista) baseia-se no
princípio do internacionalismo proletário.
Não se trata de negar os interesses nacionais, mas de fazer com que esses
interesses concordem com os interesses gerais da classe operária.
Em nome do nacionalismo, Hitler ensanguentou o mundo na II Guerra
Mundial. Getúlio Vargas esmagou o movimento nacional-libertador de 1935
e em 1937 implantou uma ditadura fascista descarada.
Nas ditaduras nacionalistas, o herói nacional a serviço do capitalismo é o
ditador, que encarna a nação e comanda as guerras contra outros povos ou
contra partes de seu povo que são contra seu mandonismo opressivo.

Dividindo as nações e causando rivalidades entre


elas, o nacionalismo semeia o ódio e a hostilidade
entre os povos, provocando guerras.
Para os internacionalistas, a nação só será feliz
quando os trabalhadores não forem mais escravizados
e oprimidos pelo capital em todo o mundo.

O culto à personalidade do ditador Getúlio Vargas


Como a sociedade e a natureza se desenvolvem segundo leis objetivas – a
evolução sempre vem – pode-se colocar a seguinte questão: que papel
desempenham os homens no processo histórico, se a evolução sempre vem?
Não serão, nesse caso, um instrumento cego da necessidade histórica?
Para que lutar contra a opressão se ela, por ser injusta, um dia terá que ter
fim?
Acontece que, diferentemente das leis da natureza, as leis da história
atuam, obrigatoriamente, por meio da ação dos homens.
A necessidade histórica não resulta de nenhum processo milagroso, de
algum “deus” que dispensa a ação do homem.
Com o desenvolvimento da produção, amadurecem na sociedade as novas
necessidades materiais que movem grandes grupos de pessoas a atuar numa
determinada direção. E a necessidade, agora, é superar o estágio capitalista.
A seguir: O homem, agente da história
Lições de Comunismo
número 51

A cada edição do PerCeBer você terá uma nova


página colecionável de O Capital em quadrinhos

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