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Com o alinhar do atual PS, cada vez mais às teorias “neo-liberais” (a definir
em próximo post) da direita e com o estranho anquilosamento do PCP,
arreigando-se cada vez mais a um centralismo estalinista extemporâneo,
torna-se dificil a quem ainda se revê politicamente nas teses da esquerda
socialista-comunista-anarquista, encontrar espaço político para continuar
a exercer a sua cidadania politicamente participativa.
E o Bloco foi um rio que foi crescendo e aglutinando cada vez mais
vontades e ideologias políticas de esquerda. No entanto, a meu ver, o
Bloco chegou a um ponto de impasse em que está a ser dificil
entendermos a sua linha de ação, chegou a um labirinto perante o qual os
seus principais dirigentes têm dificuldade em escolher o rumo.
É uma luta paulatina e demorada a que o Bloco tem que desenvolver para
virar a situação sindical a seu favor, para além dos trabalhadores afetos ao
Bloco nos vários setores de trabalho se organizarem e começarem a
disputar as direções sindicais ao atual “status quo” é também uma luta
que tem que passar pelas ruas, inexoravelmente.
Temos pois o Bloco perante o seu labirinto: ou age e põe este país a gritar
a sua sede de justiça, liberdade e democracia, de trabalho com direitos e
futuro, ou arrisca-se a morrer, mas de morte lenta.
Jaime Crespo