Você está na página 1de 2

Lapinha J l vem quela esquina Uma preciosa dama Visitar o Deus Menino, Nascido em pobre cabana.

No foi por falta de casas Ou porque as no haveria, Feitas do mais puro ouro, Da mais fina pedraria; Foi para nos dar o exemplo Na pobreza de Maria.

Natal Africano No h pinheiros nem h neve, Nada do que convencional, Nada daquilo que se escreve Ou que se diz... Mas Natal. Que ar abafado! A chuva banha A terra, morna e vertical. Plantas da flora mais estranha, Aves da fauna tropical. Nem luz, nem cores, nem lembranas Da hora nica e imortal. Somente o riso das crianas Que em toda a parte sempre igual. No h pastores nem ovelhas, Nada do que tradicional. As oraes, porm, so velhas E a noite Noite de Natal. Cabral do Nascimento, Obra Potica

Natal 2011

Cantiga popular de Loul


Meu Menino Jesus Meu Menino Jesus boquinha de requeijo dai-me um bocadinho dele que a minha me no tem po. Meu Menino Jesus boquinha de marmelada dai-me um bocadinho dela que a minha me no tem nada. Meu Menino Jesus minha estrela do cu Tendes cabelinho de oiro Nem precisais de chapu.
(Poema Popular)

Neste Natal, surpreenda! Leia um poema!


B i b l i o t e c a E s c o l a r d o C a r a n d

Chegou o Natal
O Natal est a chegar E h tanto para fazer: Presentes para comprar E postais para escrever. J comprei muitas prendinhas E estou muito carregada Andei todo o dia na rua E agora estou muito cansada. J estou a fazer os arranjos Para a noite de Natal Quero tudo muito lindo Nada pode correr mal! Olhem s o que encontrei Arrumado num cantinho H velas, bolas, grinaldas, Fitinhas e azevinho. O pinheiro est to lindo! Todo ele a cintilar. J vesti o meu pijama E agora vou-me deitar. noite, na missa do galo, Ao som da Noite Feliz Vai haver um teatrinho E o anjo o Lus.

J est tudo preparado E as crianas esto contentes S falta o Pai Natal Deixar ficar os presentes. Mais tarde, p ante p, Quando est tudo a dormir, Aparece o Pai natal Para as prendas distribuir.
Sarah Kay

Natal dos pobres


Quando a mulher adormeceu naquela noite de Natal, o homem foi, p ante p, pr um sapato (dela, no seu) com um embrulho de jornal na lareirinha da chamin. Um casal pobreum ano mau era um pedao de bacalhau. Ora alta noite, pela janela,

Dezembro Dezembro entrou Em bicos de ps, Branquinho De arminho Espalhando a neve De ls a ls. Ouve-se ao longe Msica leve, Celestial Daqui a pouco Chega o Natal!...
Clara Abreu, O Meu Livro das Festas

com fome e frio, entrou um gato que, no escuro, cheirando aquela comida boa no sapato, rasgou o embrulho, comeu, comeu e, quente e farto, adormeceu. De manh cedo, ela acordou, foi cozinha e viu o gatinho adormecido no seu sapato. Voltando ao quarto feliz, feliz, falou para o seu homem: - Meu amorzinho, como soubeste que eu queria um gato?

Leonel Neves, O Menino e as Estrelas

Você também pode gostar