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A história favorita do Pai Natal

Num dia frio de dezembro, uma raposa passeava pela


floresta.
Quando olhou para as árvores cobertas de neve,
lembrou-se de que o Natal se aproximava. De repente, ouviu
um ruído. Cheirou o ar e olhou em volta.
Era o Pai Natal, que, encostado a uma árvore, ressonava
profundamente adormecido.
“Vejam só!” pensou a raposa. “O Pai Natal chegou mais
cedo este ano. É melhor ir avisar toda a gente.”
E o bichinho foi procurar todos quantos viviam na
floresta.
Mal ouviram a notícia, os animais foram todos
colocar-se junto da árvore. A conversa excitada de um
esquilo acordou o Pai Natal, que se pôs a espreguiçar e a
bocejar. Quando, finalmente, abriu os olhos, deparou com
uma dúzia de pequenas criaturas.
— O que fazes aqui? — perguntaram-lhe em
uníssono.
— O Natal vai ser mais cedo este ano? — perguntou a raposa.
— Peço desculpa se vos preocupei, amigos — disse o Pai
Natal. — Fui dar um belo passeio esta manhã para estar em forma
na véspera de Natal, mas acho que me cansei em demasia. Talvez
nem tenha forças para entregar os presentes todos este ano.
Os animais ficaram alarmados.
— Isso significa que não vai haver Natal este ano? —
perguntou a raposa.
— De maneira alguma — disse o velhinho num tom gentil.
— O Natal não tem nada a ver comigo. Se quiserem, posso contar-vos a história do primeiro Natal.

Tudo se passou há muito, muito tempo, num lugar longínquo chamado Belém.
Nos campos fora da cidade, alguns pastores tomavam conta das ovelhas.
Tudo estava silencioso e tranquilo.
Foi então que uma estrela bela e brilhante apareceu no firmamento e os pastores ouviram uma
voz que dizia “Não tenham medo. Trago-vos uma boa nova. Hoje, na cidade de Belém, nasceu o
Menino Jesus. Deus mandou-nos o Seu Filho para nos mostrar o quanto nos ama. Sigam a estrela e
ela levar-vos-á ao estábulo.”
Os pastores atravessaram colinas e vales, pontes e aldeias.
A estrela ia brilhando cada vez mais.
De repente, parou sobre um pequeno estábulo, onde um bebé jazia deitado numa manjedoura.
Como os pastores sabiam que se tratava do Filho de Deus, ajoelharam-se e oraram.

— E foi isto que se passou em Belém, quando Jesus nasceu. Esta é a minha história favorita
porque me recorda por que razão nos sentimos mais felizes nesta época do ano. O amor foi a
prenda que Deus nos deu no primeiro Natal, e o amor continua a ser uma verdadeira dádiva para
todos nós. Um presente muito melhor do que qualquer prenda que eu possa entregar!
Com um sorriso bondoso e feliz, o Pai Natal olhou em volta.
— Temos sido bem pouco inteligentes ao pensar que o Natal são só presentes — disse a
raposa.
— É verdade. Mas isso não nos dispensa de fazer alguns preparativos — lembrou o Pai Natal,
que conduziu os animaizinhos todos até sua casa.
E foi lá que todos ficaram até ao
Dia de Natal para ajudar no que
podiam. Claro que a tarefa das renas
foi conduzir o trenó na véspera.

Depois do jantar, o Pai Natal


deu um pequeno presente a cada um
e, quando se sentaram em redor da
lareira, pediram-lhe que contasse a
sua história favorita de novo.
Foi um dia muito especial para todos.
E o Pai Natal soube, no seu coração, que a maior felicidade é sentir que o melhor presente
que podemos receber é o próprio Natal!

Hisako Aoki
Santa’s Favorite Story
New York, Simon& Schuster Books, 1982
(Tradução e adaptação)

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