Os Lusíadas

de Luís de Camões

Ilha dos Amores

Pré-leitura

htPtp://www.youtube.com/watch?v=AwAJVQrFd9c

Ouve a canção intitulada “Ilha dos Amores” da banda

Pólo Norte e responde às questões:

1. Identifica o apelo contido no refrão.

2. Como é descrito o espaço invocado?
3. Que sentimentos desperta no sujeito poético?
1. No refrão, o sujeito poético pede que o levem para a
ilha dos amores, a terra das mil cores.

2. O espaço invocado é descrito como sendo um lugar

paradisíaco, com um vulcão adormecido.

3. Este espaço desperta saudade e nostalgia / tristeza /

melancolia no sujeito poético.
 Estâncias 18 a 24
• Seguindo a sua vontade e as ordens de Júpiter, Vénus
quer oferecer aos Portugueses um prémio.
• Vénus pretende dar aos Portugueses algum descanso e
prazer, para os compensar das duras provações que
enfrentaram – para além de premiar a coragem dos
navegadores portugueses, Vénus pretende recompensá-
los pelo desgaste e pelos anos de vida perdidos (“Do
trabalho que incurta a breve idade.” – est. 20, v. 4).
• Para concretizar o plano em que há muito pensava,
recorre à ajuda do seu filho Cupido.
• Vénus prepara para os navegadores uma ilha divina e
verdejante.
• Os Lusitanos serão recebidos pelas belas ninfas do
mar, as Nereidas.
• Para despertar a paixão das ninfas, conta com a
ajuda de Cupido.
• Nos locais por onde passa Vénus, ouvem-se beijos
apaixonados , o ar e o vento serenam.
Quando procura o filho, Vénus encontra-o ocupado a
preparar uma "famosa expedição".Cupido pretende
corrigir os "erros grandes" que observa nos Homens,
pois vê que ninguém ama o que deve, apenas idolatra o
que deseja.

Cupido observa o mundo e vê uma sociedade sem

amor, sem caridade, onde impera a corrupção e a
adulação / bajulação / lisonja.
Resolve, por isso, organizar essa expedição para
restabelecer a ordem, de acordo com as leis do Amor.
 Estância 25
- Cupido prepara uma expedição que pretende
emendar paixões erradas.

 Estância 26
- Censura-se os que se apaixonam por coisas fúteis
como a caça e desaproveitam o amor.

 Estância 27
- Reprovam-se os homens poderosos que só sentem
amor-próprio e vaidade, em vez de defenderem o bem
comum.
 Estância 28
- Criticam-se os que deveriam ser justos e praticar a
caridade, mas apenas buscam o poder e a riqueza.

 Estância 29
- Cupido chega à conclusão que ninguém ama o que
devia amar. Por isso, resolve aplicar um castigo duro e
justo aos que desobedeceram às suas leis.
Através do olhar de Cupido, Camões critica a falta de
valores, os vícios e os defeitos da sociedade e dos seus
contemporâneos.
Críticas feitas por Cupido.
est. 27, vv. 1 a 4

“E vê do mundo todo os principais

Que nenhum no bem pubrico imagina;
Vê neles que não tem amor a mais
Que a si somente, e a quem Filáucia insina;“

Crítica aos homens do poder, vaidosos e egoístas, nada

preocupados com o bem comum.
est. 27, vv. 5 a 8
"Vê que esses que frequentam os reais
Paços, por verdadeira e sã doctrina
Vendem adulação, que mal consente
Mondar-se o novo trigo florecente.“

Aos palacianos bajuladores, que nada fazem para que o

rei governe melhor.
est. 28, vv. 1 a 4
"Vê que aqueles que devem à pobreza
Amor divino, e ao povo caridade,
Amam somente mandos e riqueza,
Simulando justiça e integridade.“

Ao clero que ama mais o poder e a riqueza do que a Deus

e ao povo.
est. 28, vv. 5 a 8
"Da feia tirania e de aspereza
Fazem direito e vã severidade;
Leis em favor do Rei se estabelecem,
As em favor do povo só perecem.“

Aos legisladores, que esquecem o povo e favorecem os

poderosos nas suas leis.
est. 29, vv. 1 e 2

"Vê, enfim, que ninguém ama o que deve,

Senão o que somente mal deseja.“

Aos Homens em geral, que amam o que não devem.

Recursos expressivos
 Figuras

Antítese: “Dar-lhe nos mares tristes, alegria” (est. 18)

- põe-se em relevo o contraste entre a dureza e
sofrimento da vida no mar e o prémio que Vénus
pretende dar aos marinheiros como recompensa pelas
dificuldades passadas
Paradoxo: “Os deuses faz descer ao vil terreno / e os
humanos subir ao Céu sereno” (est. 20)
- alusão ao poder de Cupido, aliado à força do amor,
que é capaz de vencer todas as barreiras.

Perífrase: “as aves que na vida / Vão da morte as

exéquias celebrando” (est. 24)
= cisnes; a descrição aponta para o facto de se afirmar que
os cisnes cantam mais suavemente quando estão
próximos da morte.
 Transforma cada par de frases simples numa frase complexa, utilizando
conjunções e locuções conjuncionais das subclasses indicadas entre
parêntesis. Faz apenas as alterações necessárias.

1. Os marinheiros eram corajosos. Vénus pretendia recompensar os

marinheiros portugueses. (locução conjuncional subordinativa
causal)
2. Os nautas regressaram à pátria. Os nautas encontraram uma ilha
encantada. (locução conjuncional subordinativa temporal)
3. Eles merecem ser recompensados. Os portugueses descobriram o
caminho marítimo para a Índia. (conjunção coordenativa conclusiva)
 Os marinheiros eram corajosos. Vénus pretendia recompensar os
marinheiros portugueses. (locução conjuncional subordinativa causal)
 Vénus pretendia recompensar os marinheiros portugueses visto que (já
que) eles eram corajosos.

 Os nautas regressaram à pátria. Os nautas encontraram uma ilha

encantada. (locução conjuncional subordinativa temporal)
 Logo que (Assim que) os nautas regressaram à pátria, encontraram
uma ilha encantada.

 Eles merecem ser recompensados. Os portugueses descobriram o

caminho marítimo para a Índia. (conjunção coordenativa conclusiva)
 Os portugueses descobriram o caminho marítimo para a Índia, logo
merecem ser recompensados.
http://oslusiadas.no.sapo.pt/cantos.html

http://pt.slideshare.net/vandabarreto/ilha-dos-amore
s