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Eu queria ser Pai Natal

Eu queria ser Pai Natal

E ter carro com renas

Para pousar nos telhados

Mesmo ao pé das antenas.

Descia com o meu saco

Ao longo da chaminé,

Carregado de brinquedos

E roupas, pé ante pé.

Em cada casa trocava

Um sonho por um presente

Que profissão mais bonita

Fazer a gente contente!


Luísa Ducla Soares
Dia de Natal
Hoje é dia de Natal
Mas o menino Jesus
Nem sequer tem uma cama,
Dorme na palha onde o pus.

Recebi cinco brinquedos


Mais um casaco comprido.
Pobre menino Jesus,
Faz anos e está despido.

Comi bacalhau e bolos,


Peru, pinhões e pudim.
Só ele não comeu nada
Do que me deram a mim.

Os reis de longe trazem


Tesouros, incenso e mirra.
Se me dessem tais presentes,
Eu cá fazia uma birra.

Às escondidas de todos
Vou pegar-lhe pela mão
E sentá-lo no meu colo
Para ver televisão.
Luísa Ducla Soares
Os três reis do Oriente
Eram três reis do Oriente
E partiram mundo além,
À procura do Menino
No presépio de Belém!

Foram chamadas em sonho


Por um sagrado destino:
Guiados por uma estrela,
Lá foram dar com o Menino!

À entrada de Belém,
Logo a estrela se escondeu
Por detrás dessa cabana
Onde o Menino nasceu!

A cabana era pequena,


Não cabiam todos três,
Tiveram de ir adorá-Lo
Cada um por sua vez!

Os presentes que levaram


Mirra, incenso e muito ouro,
Eram p´ra que Ele ficasse
Dono de grande tesouro!

Puro engano, já se vê,


Desses reis orientais...
Pois p´ra Ele um bom tesouro
É o Amor… e pouco mais!
Alexandre Parafita
Natal
Entrai, pastores, entrai

Por este portal sagrado.

Vinde adorar o menino

Numas palhinhas deitado!

Pastorinhos do deserto,

Todos correm para o ver.

Trazem mil e um presentes

Para o Menino comer!


Maria Alberta Menéres (canção popular de Linhares)
NATAL AFRICANO

Não há pinheiros nem há neve,

Nada do que é convencional,

Nada daquilo que se escreve

Ou que se diz… Mas é Natal!

Que ar abafado! A chuva banha

A terra, morna e vertical.

Plantas da flora mais estranha,

Aves da fauna tropical.

Nem luzes, nem cores, nem lembranças

Da hora única e imortal.

Somente o riso das crianças

Que em toda a parte é sempre igual.

Não há pastores nem ovelhas,

Nada do que é tradicional.

As orações, porém, são velhas

E a noite é Noite de Natal.


Cabral do Nascimento

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