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Belo horizonte

Belo Horizonte é um município brasileiro e a capital do estado de Minas Gerais.


Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi
a primeira capital planejada do Brasil. A cidade é uma mistura de tradição e
modernidade e destaca-se pela beleza de seus conjuntos arquitetônicos e uma rica
produção artística e cultural.
De acordo com estimativas de 2007, sua população é de 2.412.937 habitantes[5], sendo a
sexta cidade mais populosa do país. Belo Horizonte já foi indicada pelo Population
Crisis Commitee, da ONU, como a metrópole com melhor qualidade de vida na
América Latina e a 45ª entre as 100 melhores cidades do mundo[6]. De acordo com o
recente estudo do IBGE, Belo Horizonte é o quinto maior PIB brasileiro representando
1,32% do total das riquezas produzidas no país[7].
A Região Metropolitana de Belo Horizonte, formada por 34 municípios, possui uma
população estimada em 4.939.053 habitantes[8][9], sendo a terceira maior aglomeração
populacional brasileira e a terceira em importância econômica da indústria nacional (em
2007).
Demografia
Belo Horizonte atualmente é o sexto município mais populoso do Brasil com 2.412.937
habitantes, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e, mais recentemente,
Brasília. Isso não se deve à área do município mas à saturação das áreas disponíveis, o
que tem incentivado fortemente a verticalização das construções no município e a
especulação imobiliária nas cidades da região metropolitana mais próximas da capital
como Nova Lima, Santa Luzia e Contagem entre outras, pois em área urbana o
município é superior a Salvador e Fortaleza. Entretanto, a Região Metropolitana de Belo
Horizonte, composta por 34 municípios e uma população estimada em 4.939.053
habitantes, é a terceira maior aglomeração urbana do Brasil atrás apenas de São Paulo e
Rio de Janeiro. A região metropolitana da cidade é o 48º maior aglomerado urbano do
mundo e o sétimo da América Latina (atrás da Cidade do México, São Paulo, Rio de
Janeiro, Buenos Aires, Bogotá e Lima, respectivamente).

Desporto
Belo Horizonte é sede de dois grandes clubes brasileiros de futebol: Atlético Mineiro e
o Cruzeiro. Há outras duas agremiações futebolísticas profissionais: o América e o
Venda Nova. Belo Horizonte abriga importantes e tradicionais clubes sociais onde se
praticam os esportes especializados como o Iate Tênis Clube, o Clube Belo Horizonte, o
Mackenzie Esporte Clube, o Pampulha Iate Clube, o Ginástico Esporte Clube e o Minas
Tênis Clube.
A cidade conta com dois grandes estádios:
• Mineirão, é o maior estádio de futebol de Minas Gerais e segundo maior do
Brasil. Tem capacidade para 76.500 espectadores;[25]
• Independência, do América, com capacidade para 18.000 pessoas;
Além desses, Belo Horizonte sedia três grandes ginásios:
• Mineirinho, com capacidade para cerca de 25 mil pessoas;
• Arena Vivo, arena multiuso do Minas Tênis Clube, com capacidade para 4.000
pessoas;
• Chevrolet/Marista Hall, do Instituto Marista, é uma arena multiuso com
capacidade para 3.700 pessoas. Atualmente, o espaço é utilizado para shows e
eventos culturais e artísticos.
No atletismo, é realizado anualmente desde 1999 a Volta Internacional da Pampulha,
prova pedestre disputada de 17.800m de percurso, em comemoração ao aniversário de
capital.

Espaços destacados
Pampulha
Distante 8,5 km do centro de Belo Horizonte está a Região da Pampulha,
com uma grande lagoa artificial, com belas e modernas residências. Ali há
um conjunto arquitetônico de importantes obras: a Capela de São Francisco
de Assis, localizada na beira do lago, projetada por Oscar Niemeyer e
decorada com pinturas de Candido Portinari, recebeu jardins do paisagista
Roberto Burle Marx. É também na Pampulha que se encontra o estádio
Governador Magalhães Pinto, conhecido como o Mineirão, o segundo maior
estádio de futebol do país; o Mineirinho, recorde de público mundial em uma
partida de vôlei (aproximadamente 24 mil pessoas), a Casa do Baile, o
Museu de Arte da Pampulha (MAP), o Parque Ecológico da Pampulha, o
Jardim Botânico de Belo Horizonte, Parque Guanabara e o Jardim Zoológico
da cidade.
Alto das Mangabeiras
Subindo a avenida Afonso Pena, encontra-se o bairro das Mangabeiras, um dos bairros
mais altos e mais nobres de Belo Horizonte. Entre as grandes mansões e a serra do
Curral estão o Palácio das Mangabeiras (residência oficial do governador), a Praça da
Bandeira e a Praça Governador Israel Pinheiro, conhecida popularmente como Praça do
Papa: em 1980, durante a visita do Papa João Paulo II, ele exclamou: "... e que belo
horizonte!". O fato acabou batizando a praça, que é um dos melhores locais para se
avistar toda a cidade. Há também a Rua do Amendoim, que devido a uma ilusão de
ótica, parece fazer os carros andarem contra o sentido da gravidade. Subindo além da
Praça do Papa chega-se ao pé da Serra do Curral e seguindo pela Avenida José do
Patrocínio Pontes chega-se à entrada principal do Parque das Mangabeiras, criado em
1983 pela Prefeitura de Belo Horizonte, grande reserva natural e local de entretenimento
ao pé da serra acima citada. O bairro das Mangabeiras é o ponto mais alto e mais belo
da capital mineira.
Savassi

Um prédio moderno no bairro Savassi


O italiano Amilcare Savassi estabeleceu-se na região nos anos 30 e montou uma padaria
com o seu sobrenome, que se tornou famosa pela reunião de jovens em torno do
estabelecimento na Praça Diogo de Vasconcelos, a Turma da Savassi. O local ganhou o
apelido de Praça da Savassi. Atualmente a padaria não existe mais mas o seu nome ficou
no bairro e na praça onde se localizava. Mais que um bairro, a Savassi é uma região
tradicional de comércio na cidade e de vida noturna, com muitos clubes, restaurantes,
casas de shows e boates. Engloba a Praça da Liberdade, um grande shopping (o Pátio
Savassi), parte da avenida do Contorno e o início da Avenida Nossa Senhora do Carmo.

Centro
A diversidade de estilos arquitetônicos é a marca do centro de Belo Horizonte. A
avenida Afonso Pena, seu principal corredor viário, contém vários exemplos de
edificações que marcaram época na capital mineira, por exemplo: o prédio do Tribunal
de Justiça, inaugurado em 1911; o luxuoso prédio do Automóvel Clube, da década de
1920; a sede da Prefeitura da cidade, em art déco, da década de 1940; Edifício Acaiaca,
inaugurado em 1943, estilo art-déco e influência Marajoara; e o Palácio das Artes,
dentre outros. O centro abriga, ainda, o Parque Municipal (Américo Reneé Giannetti), o
Mercado Central, Edifício JK (o mais alto da cidade), a famosa Praça Sete de Setembro,
mais conhecida como Praça Sete, que possui um obelisco, construído em 1922, o qual
comemora os cem anos de independência do Brasil, a Praça Afonso Arinos, onde
localiza-se a faculdade de direito da UFMG, a Praça Rio Branco (Praça da Rodoviária)
e a Praça Rui Barbosa (conhecida como Praça da Estação), a qual possui um
monumento com o brasão e partes da história do Estado de Minas Gerais retratadas em
placas de metal em suas quatro faces e é também sede do Museu de Artes e Ofícios e da
estação central de metrô. Em 2004 teve início o processo de revitalização do hipercentro
de Belo Horizonte, a fim de recuperar sua vitalidade econômica e qualidade ambiental.

Praça da Estação e o monumento ao estado de Minas Gerais.


Bares e restaurantes
Nacionalmente conhecida como a "capital nacional do boteco", existem na cidade cerca
de 14.000 estabelecimentos, mais bares per capita do que qualquer outra grande cidade
do Brasil. O lazer da cidade ocorre em seus milhares de restaurantes, bares e botecos. A
culinária mineira é uma atração concomitante que acompanha bem a cerveja, o chope, o
vinho ou a famosa cachaça mineira.
As opções para ir são inúmeras. É possível frequentar desde o tradicional boteco-copo-
sujo até sofisticados restaurantes, adegas, choperias, pubs e cafés.
As motivações para frequentar os bares também são variadas: há estabelecimentos
especializados no happy hour, no fim-de-noite, em negócios, em paquera, em música e
outros.
Todos os anos no mês de abril é realizado o festival Comida di Buteco, competição
anual de bares que serve de pretexto para visitar diversos bares e botecos de BH todas as
noite durante um mês em busca dos melhores petiscos ou tira-gostos, como dizem os
mineiros. Alguns dos 40 melhores bares disputam em categorias como higiene,
temperatura da cerveja, serviço e principalmente, o melhor tira-gosto. Os vencedores
são decididos não só pelos jurados mas também por votação popular[52].

Viaduto Santa Teresa

Viaduto Santa Teresa

Um dos principais cartões-postais da cidade, o viaduto tem sido uma referência urbana
para várias gerações de escritores e artistas:
“Subíamos o mesmo caminho,/ Ele com um peso nas costas/ Eu leve como
passarinho...”. Carlos Drummond de Andrade
Assim, como quem passa debaixo do arco-íris se encanta, o arco-íris figurativo do
viaduto, encantou o poeta e outros que vieram depois dele, passariam pelo mesmo
“batismo literário” dos arcos do Santa Tereza, como: Fernando Sabino, Otto Lara
Resende, Paulo Mendes Campos, Murilo Rubião, Alphonsus Guimarães Filho."

Feira da Afonso Pena


A Feira de Artes e Artesanato de Belo Horizonte é a maior do gênero em espaço aberto
da América Latina. Reunindo aproximadamente 50 mil visitantes por semana, conta
com mais de 2.500 expositores que expõem e vendem trabalhos artesanais[53]. Os
produtos chegam de diversas regiões do estado: das peças artesanais do Vale do
Jequitinhonha até as roupas de frio do Sul de Minas, incluindo quinquilharias, bijuterias,
sapatos e alimentos. Ocorre sempre aos domingos, das 6 às 14 horas na Avenida Afonso
Pena (que é fechada para o trânsito de veículos) entre a Rua da Bahia e Rua dos
Guajajaras, numa distância de cerca de 700 metros nos dois sentidos da avenida.
Surgiu em 1969 na Praça da Liberdade, no auge do movimento hippie, onde os artesãos
(chamados hippies) expunham seus produtos artesanais. Daí a alcunha carinhosa de
Feira Hippie dada pelos belo-horizontinos ao evento. Em 1991, a Prefeitura a transferiu
para a Avenida Afonso Pena, dada a necessidade de preservação do conjunto
arquitetônico da Praça da Liberdade, que já não podia abrigar o grande número de
expositores.
Consolidou-se assim como um patrimônio cultural e turístico da capital, ampliando suas
atividades e crescendo em diversidade, se tornando nos dias atuais um dos maiores
pontos de produtos artesanais do país, recebendo milhões de visitantes de todos os
cantos do Brasil e até do exterior. O turista tem na feira um autêntico encontro com o
artesanato e a culinária típica, expressões da grande riqueza cultural verificada no
Estado.

Mercado Central

A vista de Belo Horizonte.

No centro de Belo Horizonte está o Mercado Central, centro de comércio e grande


atração turística de Belo Horizonte. O mercado foi criado em 7 de setembro de 1929
com o intuito de reunir num só local os produtos destinados ao abastecimento dos então
47.000 habitantes da cidade. Ao longo dos anos foi ampliando suas atividades e hoje
além de produtos alimentícios pode-se encontrar lá desde artesanato a animais de
estimação, de artigos religiosos a relojoaria, dentre várias outras especialidades em suas
400 lojas. Essa diversidade fez do Mercado Central um centro popular da cultura
mineira, onde há o convívio de realidades sociais diversas que o tornam ainda mais
interessante. No Mercado Central se encontra desde animais, flores, artesanatos, frutas,
queijos de todos os tipos e comidas. Um prato famoso de "tira-gosto" é fígado com jiló.

Região Metropolitana de Belo Horizonte


Conurbadas com a capital mineira, encontram-se as cidades que integram a Região
Metropolitana de Belo Horizonte. Nas redondezas de BH, é possível conhecer as
montanhas de Nova Lima e da Serra do Cipó. Nesses locais há diversas opções de lazer,
tais como as cachoeiras, a escalada, o voo livre, as trilhas e as grutas. Há também
importantes cidades do ciclo do ouro na RMBH; destaque para Sabará e Santa Luzia.

A Avenida do Contorno, zona sul de Belo Horizonte.

A urbanização intensa fez com que a área urbana de Belo Horizonte se encontrasse com
a de outros municípios. Esse processo, denominado conurbação, tornou irrelevantes as
fronteiras políticas desses municípios. Atualmente, a Região Metropolitana de Belo
Horizonte, ou simplesmente "Grande BH", possui 4.939.053 habitantes[9][8], distribuídos
em 34 municípios. Integram a Região Metropolitana de Belo Horizonte os municípios
de Baldim, Belo Horizonte, Betim, Brumadinho, Caeté, Capim Branco, Confins,
Contagem, Esmeraldas, Florestal, Ibirité, Igarapé, Itaguara, Itatiaiuçu, Jaboticatubas,
Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Matozinhos, Nova Lima, Nova
União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio Manso, Sabará,
Santa Luzia, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo, Taquaraçu de Minas e
Vespasiano.

Flora
Apesar de sua área estar quase que completamente urbanizada, a cidade possui vários
parques urbanos e áreas verdes que abrigam mananciais e várias espécies de vegetais e
animais. Também são uma alternativa para a prática de atividades recreativas e
culturais.

Quaresmeira, árvore-símbolo da cidade[12].


A cidade está situada em uma linha de transição entre a mata atlântica e o cerrado.
Assim, observa-se em suas áreas verdes espécies dos dois biomas, como açoita-cavalo,
angico, aroeira, barbatimão, braúna, cabiúna, cambota, candeia, cássia, cedro, cipó-de-
são-joão, copaíba, coqueiro macaúba, embaúba, erva-de-bicho, fedegosa, gabiroba,
ingá, jacarandá, jatobá, vinhático, mangueira, paineira, pau-brasil, pau-santo, pimenta-
de-macaco, pau-ferro, quaresmeira, salsaparrilha, sangue-de-drago, sucupira, sucupira-
do-cerrado e outras.
De julho a agosto, as ruas de Belo Horizonte ficam ornamentadas pelos ipês-amarelos,
rosas e roxos. Outras árvores encontradas facilmente pelas ruas da cidade são os
jacarandás-paulistas, com suas delicadas flores lilás, as espatódeas, as bauinias e as
paineiras.
Fauna

Saí-bico-fino (Dacnis cayana).


Estima-se que habitam na cidade cerca de 100 espécies de aves. As espécies mais
comuns são sabiá-laranjeira, fi-fi-verdadeiro, tico-tico, saí-bico-fino, bem-te-vi e o
beija-flor.
Habitam os parques gaviões, sanhaços, corujas, gambás, micos-estrela (escolhido como
mamífero-símbolo de Belo Horizonte[14]), teiús, esquilos, marias-pretas, tatus, calangos,
bicos-de-lacre, almas-de-gato, pássaros-pretos, jacus, inhambus, sapos, rãs, pererecas,
caxinguelês e coelhos.
Espécies inéditas de rãs e um girino foram descobertas no Parque das Mangabeiras, na
década de 80. O girino é uma espécie de leptodactilídeo (Crossodactylus trachystomus).
As outras espécies também leptodactilídeas são do gênero Hylodes e do gênero
Eleutherodactylus

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