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Como Escolher o Melhor Curso de Inglês

Luiz Otávio Barros


luizotaviobarros@gmail.com

1. Um dos fatores mais importantes


para o seu sucesso, acredite ou não,
será o seu relacionamento com os
colegas. Se você se sentir à vontade
na sala, irá tentar mais, falar mais,
errar mais. E quanto mais você se
expuser e menos tenso estiver, mais
irá aprender. Tudo isso não depende
da escola! Ou seja, o problema em
escolher o “melhor curso” começa aí.

2. Outro fator crucial é o seu


relacionamento com o professor.
Treino professores há um bom tempo
e sei que, obviamente, é importante para o profissional ter ótimo
domínio do idioma (que nem sempre se adquire morando fora do país,
diga-se de passagem),"didática”, dinamismo etc. Mas, na hora H, é
aquele professor por quem você se sente amparado, escutado e
encorajado que acaba facilitando o processo. Repito: Técnica é
importante, mas empatia é essencial e isso não depende do nome da
escola.

3. Em termos de "método", há dois tipos de escola: escolas


“mainstream” e escolas com “método próprio”. O primeiro grupo tem
um jeito de ensinar até que parecido: ênfase na comunicação em
situações do dia a dia, prática das quatro habilidades, equilíbrio entre
conversação, vocabulário e gramática e bastante ecletismo no que se
faz em sala de aula. O que muda, na prática, é só o nome do livro que,
por sinal, costuma ser importado e utilizado em vários outros países.
As escolas com “método próprio”, por outro lado, costumam escrever
seus livros didáticos e têm uma abordagem menos ortodoxa, digamos
assim. Nessas escolas, costuma-se, por exemplo, incentivar/banir
(dependendo da escola) completamente o uso da tradução como
ferramenta pedagógica. Outras práticas comuns são o uso de exercícios
mecânicos (que para muita gente funciona muitíssimo bem),
apresentação da parte oral sempre antes da escrita ou, por exemplo, a
prática de se esperar até níveis mais avançados para enfatizar
conversação.

©Luiz Otávio Barros. All rights reserved.


"Qual tipo de escola é melhor?", você deve, com razão, estar se
perguntando. Depende. Explico abaixo.

4. Cada pessoa se identifica e aprende melhor com uma abordagem


diferente. Já conheci alunos que se tornaram fluentes em escolas de
ambos os tipos. Além disso, é impossível (e cientificamente
irresponsável) dizer que método X gera resultados melhores de que
método Y. Depende da habilidade do aluno, de quanta exposição à
língua ele tem fora da sala de aula, da empatia com o professor e com
os colegas, de como o professor interpreta e conduz o método e de
inúmeras outras variáveis. Ou seja, mesmo que um “método” seja, de
fato, superior a outro, jamais poderemos provar.

5. Para escolher a melhor escola, então, você deve observar o seguinte:

a. Qual é a escola mais perto da sua casa? Quanto mais fácil for chegar,
menos aulas você perderá.
b. Qual cabe melhor no seu bolso?
c. Você fará um teste de classificação. Verifique o quão minucioso é esse
teste. O processo leva algum tempo e transmite credibilidade? Ou a
coordenadora conversa com você por dois minutos e diz que você vai
para o nível X?
d. Por melhor, mais hábil, mais dinâmico, mais humano e carismático
que o professor seja, com muitos alunos na mesma classe, seu
aprendizado fica comprometido. Se você gostar de, digamos, duas
escolas, opte por aquela com menos alunos por sala.
e. Se a escola em questão misturar crianças com adolescentes, fuja. Se
misturar crianças com adultos, fuja mais rápido ainda.
f. Desconfie de promessas ("Você estará fluente no final do nível X"),
dogmas ("No nosso método NUNCA se usa português") e outros
chamarizes de venda ("Haverá poucas tarefas para casa"). Profissionais
sérios sabem que o processo de aprendizado é relativamente longo,
falível, variável e, de certa forma, penoso.
g.Nem precisa dizer que inglês fluente em um ano é uma grande ilusão,
né?

Boa sorte e lembre-se do seguinte: você NÃO precisa morar fora para
falar inglês. Ponto. Simples assim.

©Luiz Otávio Barros. All rights reserved.

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