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UMA HISTORIA

RECENTE
Num lindo dia em que o sol brilhava, um dos maiores
empresários de Portugal foi fazer o seu passeio habitual,
quando reparou numa linda rapariga, cabelo cor do ouro e
olhos cor do oceano.
Foi amor à 1ª vista!
Ela vendia jornais num quiosque, era bonita, simpática,
inteligente e muito humilde, trabalhava para sustentar a
família que passava dificuldades. Enquanto ele era filho de
boas famílias, casado e tinha dois filhos. Era casado com a
filha de um dos sócios do seu pai, mas não a amava. Foi
obrigado a casar com ela sem amor.
Quando ele viu aquela linda rapariga de olhos azuis não
resistiu em ir conhecê-la.
Mas, no momento que ele ia à sua beira, o seu telemóvel
tocou…
Era a sua mulher, pedindo-lhe que voltasse para casa. E ele lá
Durante esse dia Pedro (era assim o nome dele) não tirava a imagem
daquela bela rapariga que mexera consigo, jurou para si mesmo que
não descansaria enquanto não a conhecesse.
E assim foi…
Na manhã seguinte lá foi ele todo contente na esperança de conhecer a
rapariga mais bonita que alguma vez vira.
Lá chegou ele com um sorriso encantador que só ele tinha.
-Bom dia queria o jornal de hoje, por favor! – Disse Pedro.
A rapariga, encantada com o encanto e a simpatia daquele rapaz, disse:
-Bom dia! São 70 cêntimos, por favor!
Eles ficaram a olhar um para o outro por breves instantes, até que ele
disse:
-Desculpe o ousadia e o atrevimento mas você é a rapariga mais
encantadora que alguma vez vi. Posso saber o seu nome?
-Inês - Disse ela.
-Ah! Inês! Uma mulher encantadora só poderia ter um nome bonito. –
Disse ele.
Ela, tímida, disse:
-Obrigada! Você é um autêntico cavalheiro!
-Pedro, trate-me por Pedro. -Disse ele.
-Está bem Pedro! – Disse ela.
Ficaram a falar por algum tempo até que ele recebeu outro telefonema…
era o seu pai, pedindo-lhe que regressasse à empresa.
Eles despediram-se e ele voltou à empresa, desejando que chegasse o
próximo dia.
Naquela noite, Pedro não parava de pensar na Inês, sem que a sua mulher
desse conta.
Pensara na sua beleza infinita, no seu sorriso, nos seus olhos cor do
oceano, no seu cabelo loiro…
Sonhou a noite toda com Inês! O mesmo aconteceu com ela…
Na manhã seguinte, Pedro voltou ao quiosque, esperando encontra-la uma
outra vez.
Combinaram encontrar-se no próximo fim-de-semana.
E assim foi…
Era Sábado, uma tarde lindíssima, Pedro e Inês encontraram-se. Num
longo passeio decidiram ir à “Quinta das Lágrimas”.
-És a rapariga mais encantadora que alguma vez vi. Sabes, quando eu te vi
pela 1ª vez senti algo forte, o meu coração não parava de bater. Batia a
1000 à hora! – Disse Pedro.
Inês, já emocionada, baixou cara.
Pedro, com as suas mãos delicadas levantou a cara de Inês e beijou-a!
Foi o beijo mais doce que Pedro alguma vez teve.
Inês, ainda emocionada, não teve reacção.
Pedro disse:
-Foi o melhor beijo que alguma vez tive na vida!
-Não sei o que dizer! – Disse ela.
-Não digas nada e ouve-me. – Disse ele – eu tenho uma coisa para te
contar…
-Chiu! Não estragues este momento. – Disse ela, pondo a mão na boca de
Pedro.
Beijaram-se novamente!
Pedro perdera a coragem para contar a Inês que era casado!
Já noite, Pedro levou-a a casa e regressou à sua, mas juraram que daquele
dia em diante se iriam encontrar mais vezes.
Pedro sabia que aquele dia ia mudar a sua vida para sempre, mas não teve
dúvidas que era com Inês que ele queria estar…
Chegou a casa e lá estava a sua mulher à sua espera, duvidando de onde
ele tinha estado a tarde toda, mas nem assim Pedro deixou que a sua
mulher estragasse a sua felicidade…
Era Domingo, o quiosque onde Inês trabalhava, estava fechado.
Pedro sentia-se feliz, mas ao mesmo tempo, a pessoa mais inútil.
-Porque não fui capaz de lhe contar que sou casado e tenho filhos?
Quando ela descobrir nunca me vai conseguir perdoar. – Pensava
Pedro.
Já na casa de Inês, todos pareciam muito felizes com a ideia dela ter
arranjado um namorado e de ela estar muito feliz.
Mas seria namorado? Seria Pedro o homem certo para Inês?
A mãe dela duvidava. Mas ninguém sabia, ainda, que Pedro era casado.
-Cuidado minha filha, as pessoas nem sempre são o que parecem. – Dizia
a mãe de Inês.
-Eu confio no Pedro mãe, ele é um homem encantador, tens que o
conhecer. – Dizia Inês.
Na manhã seguinte Pedro foi visitar Inês ao seu local de trabalho, jurando
que ia contar toda a verdade a Inês.
-Hoje conto-te tudo. – Pensava ele.
-Olá! – Disse Inês, correndo para os braços de Pedro.
Ia beijar Pedro mas ele virou a cara…
-Que tens Pedro? Já não gostas de mim? Que se passa? – Disse Inês.
-Ouve-me Inês, eu nunca fiz nada para te magoar. – Disse Pedro.
-Eu sei. Mas porque me estás a dizer isso agora? – Perguntou ela.
-Eu… Eu… - Dizia Pedro gaguejando.
-Sim, tu o quê? – Perguntava Inês já preocupada.
-Eu sou casado… - Disse Pedro.
-Mas… Tu ainda há dois dias beijaste-me. – Disse ela, já com uma lágrima
no canto do olho.
-Eu sei, mas acredita, eu não fiz nada para te magoar, eu amo-te a ti e não
à minha mulher. O meu casamento foi realizado sem amor, nós não nos
amamos. – Disse ele.
-Só podes estar a brincar comigo! – Exclamou ela.
-Não, eu amo-te, nunca falei tão sério em toda a minha vida – Disse Pedro.
Inês acreditou nele e decidiram encontrar-se às escondidas da mulher de
Pedro.
Foram-se encontrando até que a mãe de Inês descobriu que Pedro era
casado e mandou-a para outro país.
Mas mesmo assim não adiantou de nada e os dois apaixonados
continuaram a encontrar-se, quando ele ia em viagens de trabalho e
escreviam cartas.
Viveram um amor escondido muito tempo, até que a mulher de Pedro
morreu.
Aí Inês pensou que tinha o caminho livre e voltou para Portugal para junto
do seu amado, dali nasceram quatro filhos de ambos (Beatriz, João,
Dinis e Afonso), mas nem tudo era assim tão simples…
O pai de Pedro aterrorizado com a ideia de essas crianças poderem tirar
toda a sua fortuna e com medo que Pedro se casasse de novo, mandou
alguns dos seus homens matar Inês, enquanto Pedro estivesse numa
viagem de negócios. Mas algo correu mal…
Pedro voltou antes do tempo da sua viagem, e, apenas Inês sabia disso.
Inês e Pedro marcaram no local onde se beijaram pela 1ª vez (Quinta da
Lágrimas).
Inês quando viu Pedro correu para os seus braços e aí o pior aconteceu…
Dois homens, vestidos de preto, mandaram um tiro a cada um, e sem
querer assassinou Pedro.
Pedro antes de morrer, já caído no chão, disse:
-Inês, desculpa por tudo. Se sobreviveres diz aos meus seis filhos
que eu os amo. E a ti, minha amada, lembra-te de mim para
sempre, estejas onde estiveres.
-Vamos morrer juntos e felizes. – disse Inês.
-Amo-te! – disseram os dois.
Deram um beijo e morreram!

fim

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