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EuGénio – Português – 5.

º ano Teste de avaliação · Unidade 3

Teste de avaliação · Unidade 3


GRUPO I

Texto A

Lê o texto e, se necessário, consulta o vocabulário apresentado.

D. Pedro I - Cognominado “o Justiceiro”, foi o oitavo rei de


Portugal. Quarto filho de D. Afonso IV e de D. Beatriz de
Castela, nasceu em Coimbra, a 8 de abril de 1320, e morreu
em Estremoz a 18 de janeiro de 1367. Casou por procuração,
5 em 1336, com D. Constança Manuel, filha do fidalgo
castelhano D. João Manuel e de D. Constança de Aragão.
Contudo, a bênção nupcial1 apenas lhes foi dada em 1340,
na Sé de Lisboa, depois de D. Afonso XI de Castela ter
deixado D. Constança sair do reino. Com ela veio também
10 para Portugal D. Inês de Castro, cuja ligação amorosa com o
infante viria a provocar forte conflito entre ele e D. Afonso
IV. Após o assassínio de D. Inês de Castro, D. Pedro
revoltou-se contra o seu pai, assolou2 diversas terras a
norte do Douro e chegou mesmo a tentar tomar o Porto. O acordo de paz entre D.
15 Pedro e seu pai foi firmado em Canaveses em agosto de 1355, tendo desde logo D.
Afonso IV delegado em3 D. Pedro grande parte do poder. Ficou o infante desde
esta altura incumbido4 de, com certas reservas, exercer justiça em todo o reino.
[…] Subiu ao trono em 28 de maio de 1357, com 37 anos de idade. […] D. Pedro
reinou durante dez anos, conseguindo ser extremamente popular, ao ponto de
20 dizerem as gentes “que taaes dez annos nunca ouve em Purtugal como estes que
reinara elRei Dom Pedro”. Os seus restos mortais encontram-se na capela-mor da
igreja do mosteiro de Alcobaça ao lado dos de D. Inês de Castro. Os seus dois
túmulos representam duas das mais belas peças da escultura portuguesa do século
XIV.

in https://www.infopedia.pt/$d.-pedro-i,3 (consult. 2017-01-10)

1. nupcial: de casamento; 2. assolou: destruiu; 3. delegado em: dado a; 4. incumbido: encarregue.

1 Seleciona, de 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase, de acordo com o sentido do
texto.
1.1. Este texto de enciclopédia tem como principal objetivo apresentar informação sobre
a. uma figura política da atualidade.
b. monumentos portugueses.
c. um elemento da monarquia portuguesa.

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d. os conflitos que Portugal travou com Castela.


1.2. Segundo o texto, o casamento “por procuração” e a cerimónia oficial de D. Pedro e D.
Constança
a. realizaram-se no mesmo dia.
b. aconteceram com uma diferença de poucos dias.
c. foram feitos com um intervalo de cerca de dois anos.
d. foram feitos com uma distância de tempo muito grande.

1.3. Através do texto, podemos concluir que o conflito entre D. Afonso IV e D. Pedro
aconteceu porque
a. D. Afonso VI terá estado envolvido no assassínio de D. Inês de Castro.
b. o infante queria mais poder de governação.
c. D. Pedro queria substituir o pai e ser o rei de Portugal.
d. o infante queria ser o governador da cidade do Porto.

1.4. Com este texto, ficamos a saber que D. Pedro


a. foi um rei odiado pelo povo.
b. governou com o apoio da população.
c. recebeu muitas críticas à forma como governava.
d. se preocupava com o povo.

2 Seleciona a opção que não completa de forma verdadeira a frase que se segue.
Através deste texto de enciclopédia, ficamos a saber
a. de um conflito que opôs pai e filho.
b. o número de filhos de D. Pedro.
c. o período de governação de D. Pedro.
d. onde se encontra sepultado D. Pedro.

3 Atenta no último parágrafo e explica por que razão são utilizadas aspas.

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Texto B

Lê o texto e, se necessário, consulta o vocabulário apresentado.

Inês de Castro
No século catorze, vivia, na Galiza, uma donzela de uma grande beleza. O seu nome
era Inês de Castro.
A sua família, de linhagem1 nobre, era composta por homens aguerridos2 em
batalhas e escaramuças3, mas também por homens e mulheres de grande cultura.
5 Assim viveu Inês, na primeira parte da sua vida, feliz e alegre, descobrindo e
aprendendo... Inocente, a sua beleza e maneiras doces atraíam olhares insistentes e
demorados.
Era época de aventuras e lendas, de castelos com muralhas protetoras...
Era a época dos camponeses, do trabalho no ferro, na pedra, na madeira...
10 Também era a época dos senhores, dos príncipes, das princesas, dos reis e rainhas, dos
monges, de ricos e pobres, de viajantes, de forasteiros, de soldados e de bandidos nos
caminhos; tempo das feiticeiras no fundo de florestas encantadas e impenetráveis, dos
gnomos e dos lobos. […]
O príncipe Pedro, herdeiro do trono do reino de Portugal, espera, na
15 inconstância4 da sua juventude, que os anos passem e o destino se realize. Um dia, o
rei Afonso IV, seu pai, decidiu casá-lo com Dona Constança, filha do rei de Castela.
Com esta aliança, os dois países garantiriam a paz, o progresso e a amizade.
Um pouco mais tarde, na capital, tudo estava preparado para acolher, como era
devido a uma dama da sua estirpe5, Dona Constança e a sua comitiva, constituída por
20 guardas, diplomatas e damas de companhia, entre as quais sobressaía Inês de Castro.
As portas monumentais da sala do trono abriram-se e Dona Constança e Inês de
Castro prostraram-se6 diante do rei; presente também a fina-flor da nobreza,
representantes do clero, ministros, guarda real e outros dignitários do reino. […]
Afonso IV quis apresentar oficialmente o filho a Dona Constança. A princesa
25 cruzou vagamente o olhar com o do príncipe; este, no entanto, olhou fixamente para
Inês de Castro. Inês, admirada, manteve o olhar, mas depressa o baixou,
impressionada, como se tivesse medo. Constança, surpreendida, suportou mal a cena.
Um murmúrio impercetível7 percorreu, então, a grande sala do trono. O rei anunciou
que o banquete ia ser servido, interrompendo assim aquela situação delicada.

Ângelo da Silva, 2009. A História de Inês de Castro.


Leça da Palmeira: Letras e Coisas (pp. 15-18)

1. linhagem: origem; 2. aguerridos: corajosos; 3. escaramuças: pequenos combates; 4.


inconstância: instabilidade; 5. estirpe: origem; 6. prostraram-se: ajoelharam-se; 7. impercetível:
discreto, que escapa à atenção.

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4 Divide o texto em três partes e apresenta o assunto de cada uma.


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5 Refere as características de Inês de Castro destacadas no terceiro parágrafo, relacionando-


as com o efeito das mesmas nas outras pessoas.
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6 D. Pedro é descrito como sendo alguém imprevisível.


6.1. Comprova que a afirmação é verdadeira com base num comportamento seu referido
no texto.
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7 Relê o quinto parágrafo e identifica o recurso expressivo aí presente.


7.1. Relaciona o uso desse recurso com o que se pretende transmitir.
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8 Atenta na expressão “a fina-flor da nobreza” (l. 22).


Seleciona a opção com contém uma expressão com sentido idêntico.
a. a nobreza mais asseada
b. a nobreza mais importante
c. a nobreza mais frágil
d. a nobreza mais bela

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9 D. Afonso IV deparou-se com uma situação embaraçosa.


9.1. Identifica-a e explica de que forma tentou ele resolver o problema.
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GRUPO II

1 Atenta nas palavras seguintes.


rei ● reinado ● real ● reino ● reinante ● reitor ● reinar
1.1. Indica as que pertencem à mesma família.
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2 Seleciona a única frase que contém um advérbio interrogativo.


a. O reinado de D. Pedro correu bem.
b. D. Pedro era um rei muito popular.
c. Onde está sepultado D. Pedro?
d. O rei gostava de aplicar justiça de forma severa?

3 Reescreve a frase seguinte, substituindo a expressão sublinhada pelo pronome pessoal


adequado. Faz apenas as alterações necessárias.
O rei não apoiava as atitudes do filho.

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4 Completa cada uma das frases com a forma do verbo apresentada entre parênteses, no
tempo e/ou modo indicados.

Pretérito perfeito simples do indicativo


a. D. Pedro _________________ (pôr) o coração à frente da razão.

Imperativo
b. Pedro, _________________ (fazer) aquilo que o teu pai te pede.

Pretérito imperfeito do indicativo


c. D. Afonso IV _________________ (desaprovar) o comportamento do filho.

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5 Identifica a função sintática da expressão sublinhada em cada frase.


a. D. Inês de Castro acompanhava D. Constança.
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b. Os nobres admiravam a sua beleza.
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c. D. Constança, não se aborreça comigo!
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GRUPO III

A História de Portugal é rica em personagens e acontecimentos que podemos conhecer


através de uma pesquisa em diferentes suportes de informação (livros, manuais escolares,
enciclopédias, Internet, …).
Escreve um texto de opinião, com 140 a 200 palavras, em que reflitas sobre a importância do
conhecimento da História de Portugal. Toma em atenção as seguintes instruções:
 escreve uma introdução em que identifiques o tema que vais abordar;
 apresenta a tua opinião sobre essa temática;
 inclui duas razões que justifiquem a tua tomada de posição;
 redige uma conclusão, em que resumas a tua perspetiva.

No final, revê o teu texto, de modo a corrigires erros ortográficos e eliminares possíveis
repetições.

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