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A Castro, de António Ferreira

Resumo da obra:
As narrações dos cronistas Pero Lopes d'Ayala e Rui de Pina mostravam que o
casamento do Infante D. Pedro com D. Inês de Castro (dama castelhana que viera para
Lisboa no séquito de D. Constança) não era possível sem a dispensa, por parte da Santa
Sé, de dois impedimentos (o Príncipe era primo do pai de Inês e esta era sua comadre),
dispensa que não aconteceu.
Quando D. Constança, esposa de D. Pedro, morreu, aquele fez entrar Inês de Castro no
reino contra a vontade do rei de Portugal, D. Afonso IV, que a tinha exilado. D. Pedro
instalou-a em Coimbra, no Paço de Santa Clara, perante o escândalo dos nobres e do
clero.

Os irmãos de Inês exerciam grande influência sobre D. Pedro, futuro herdeiro do trono.
Além disso, os filhos de Inês punham em perigo a sucessão do legítimo herdeiro, D.
Fernando e a independência de Portugal. Perante tais factos, D. Afonso IV reuniu o
Conselho da Coroa em Montemor-o-Velho e decidiu-se mandar matar Inês.

A peça está dividida em cinco atos, como mandavam as normas aristotélicas. No ato I,
surge de imediato o elemento gerador da ação: o amor de D. Pedro e D. Inês que põe em
perigo a independência nacional. O coro e o anticoro intervêm na ação, segundo as
normas greco-latinas, pronunciando-se sobre os benefícios e os malefícios causados
pelo amor.

No ato II, D. Afonso IV discute com os conselheiros; dilacerado entre o seu coração de
pai e a sua função de rei, lava as mãos e deixa que aqueles prendam D. Inês. No ato III,
D. Inês conta à Ama um sonho cruel e o coro anuncia a sua morte. No ato IV, o conflito
atinge o clímax com o emocionante espetáculo de Inês implorando a clemência do rei
para si e para seus filhos. O rei hesita e a tragédia consuma-se. No ato V, D. Pedro sabe
do sucedido por um mensageiro e promete vingança.
Durante toda a peça podemos notar marcas de pessimismo e de amor-morte, como por
exemplo: o antagonismo entre a paixão de D. Inês e D. Pedro e os altos interesses do
estado, representados pelos Conselheiros do Rei; D. Inês: a revelação de uma alma
apaixonada e segura do seu príncipe, embora atormentada por angustiosos receios, por
previsões (sonhos) e avisos; D. Pedro: a obstinação em pospor os interesses do estado
aos do seu coração face a atitudes de moderação aconselhadas; D. Afonso IV: a luta
psicológica entre os imperativos da razão e os chamamentos do coração, exacerbados
por D. Inês, no discurso em prol da sua defesa; Conselheiros: a representação do
veredicto do destino, pelo desafio lançado a leis de ordem superior - origem da
fatalidade que vai imperar sobre Inês e Pedro e determinar a morte de um e a dor
irreparável de outro.
Apresentação oral
1ª parte: descrição do objeto
2ªparte: aspetos positivos e negativos da obra
3ª parte: opinião pessoal da obra do que mais gostei

Introdução: bom dia a todos hoje vou fazer uma a apreciação critica sobre da
obra A Castro de António ferreira. Inicialmente irei começar por vos fazer uma breve
descrição do livro, de seguida irei falar-vos um pouco sobre o assunto da obra, irei
também apresentar os aspetos positivos e negativos do livro e para concluir irei dar a
minha opinião pessoal sobre o mesmo.
1ª parte: A obra que hoje vos vou apresentar tem o título A Catro e foi escrita pelo poeta
e dramaturgo António Ferreira, que nasceu em lisboa em 1528 e faleceu em 1569 (com
49 anos) devido à peste negra. A obra foi publicada em 1587 e foi editada por Manuel
de Lira. Esta obra tem 111 páginas e é dividida em 5 atos. A Castro foi a obra que
inaugurou a tragedia clássica em Portugal e tem por base a vida e a morte. O aspeto
mais importante da obra é a tentativa de introdução do teatro clássico e da tragédia na
língua portuguesa assim obra foi uma das mais importantes obras para a tentativa da
ressurreição da tragédia grega. As personagens são: Castro, Ama, Choros das moças de
Coimbra, Infante D.Pedro, Secretario, Rei D.Afonso III, Pedro coelho, Diogo Pacheco,
Mensageiro.

Desenvolvimento: como já referi no início da apresentação esta obra é


composta por 5 atos, divididos segundos as diferentes etapas da tragédia romântica e
segundo as normas aristotélias: No ato I, surge de imediato o elemento gerador da ação:
o amor de D. Pedro e D. Inês que põe em perigo a independência nacional.(Inês de
castro conheceu e apaixonou-se por D.Pedro quando esta veio como aia de Dona
Constança para Portugal para o casamento de Dona Constança com D.pedro) O coro e o
anticoro intervêm na ação, segundo as normas greco-latinas, pronunciando-se sobre os
benefícios(e belo amor vivido pelos dois era inigualável) e os malefícios( D.Pedro teve
filhos com Dona Constança mas também teve filhos com Dona Inês , o herdeiro
legitimo do trono apos a morte de D.Pedro seria o filho mais velho que este tinha com
Dona Constança mas como esta criança era muito frágil e estava múltiplas vezes doente
temia-se que não chegasse à idade adulta e assim o seguinte herdeiro ao trono seria o
filho mais velho de D.Pedro com Inês, como Inês tinha origem galega se o herdeiro do
trono fosse seu filho os portugueses pediam a independência para os espanhóis )
causados pelo amor.

No ato II, D. Afonso IV discute com os conselheiros; dilacerado entre o seu coração de
pai e a sua função de rei, lava as mãos e deixa que aqueles prendam D. Inês(neste ato o
rei de Portugal pai de D.Pedro apercebesse que a independência portuguesa pode se
perdida para os espanhóis e em conjunto com os seus conselheiros toma a decisão de
mandar prender Inês). No ato III, D. Inês conta à Ama um sonho cruel e o coro anuncia
a sua morte. No ato IV, o conflito atinge o clímax com o emocionante espetáculo de
Inês implorando a clemência do rei para si e para seus filhos (Inês de castro ajoelhada
sobre os pés do rei e com os filhos sobre os seus braços implora-lhe que não a mate). O
rei hesita e a tragédia consuma-se. No ato V, D. Pedro sabe do sucedido por um
mensageiro e promete vingança de seu pai e promete que tudo fara para que todos se
recordem da única mulher quem amou.

2ª parte:
Aspetos positivos: apesar da obra acabar de uma maneira trágica, toda a história
por traz do desfecho leva o leitor sempre a querer saber mais. A obra esta muito bem
conseguida em termos históricos pois apesenta com clareza os diversos momentos
vividos por figuras 3 figuras que marcaram a historia de Portugal- o rei D.Pedro, Dona
Inês de Castro e o Rei D.AfonsoIII . A obra consegue diferenciar as classes sociais
mostra se a diferença de poder entre as pessoas da sociedade. Esta obra desperta
bastante interesse a quem gosta de história e de romance. O facto da obra se
pormenorizada faz explicitar de forma clara toda a historia de D.Pedro com Dona Inês
Aspetos negativos: o facto da obra estar escrita num português arcaico dificulta a
interpretação da mesma. Por vezes as ideias mais importantes que o autor quer
transmitir estão pouco explicitas o que produz dificuldade de interpretação por parte do
leitor e por vezes o excesso de pormenores não é apresentado nos momentos mais
importantes da história. O primeiro ato explica o romance vivo entre Inês e .Pedro mas
este acaba por ter muita informação que por vezes não é crucial ao leitor para entender o
amor destes 2 fazendo com que o leitor acaba por se aborrecer ao ler o inicio da obra
pois a ação mais importante só começa quando aparece Afonso III. No segundo ato
como a tomada de decisão do Rei português já se saber qual será o destino de Dona Inês
e qual será o desfecho da obra tirando a curiosidade do leitor para ler os restantes 3 atos
do livro.
3ª parte: no meu ver apensar da interpretação da obra ser um pouco difícil de se fazer, o
conteúdo de António Ferreira quer transmitir é apresentado de uma forma intrigante que
leva o leitor a querer saber sempre mais. Esta obra chama muita á atenção pelo seu
conteúdo histórico e marcante na história portuguesa. Pois alem do conteúdo ser
extremamente marcante também a obra em si ficou marcada como a obra que inaugurou
o aparecimento da tragedia na língua portuguesa

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