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 Desenvolveu uma teoria acerca das relações interpessoais:

Entende que as atitudes que uma pessoa desenvolve,


relativamente a outras, são reguladas por um princípio de
equilíbrio influência do equilíbrio cognitivo da gestalt;
Gostar de uma pessoa é, em si mesmo, uma configuração,
que tem de ser mantida em equilíbrio cognitivo;
Se existirem mudanças na percepção, isso implica
mudanças em todo o sistema, modificando o sentimento
relativo a essa pessoa. Isto implica que a totalidade do
sistema tem de ser reequilibrada.
 Os indivíduos procuram construir e manter
um sistema coerente e equilibrado de
relações com os outros e a sociedade.
 Deste sistema fazem parte 3 elementos:

P – cognições relativas ao próprio sujeito;


O – cognições relativas ao outro;
X – cognições relativas a objectos, questões,
acontecimentos ou indivíduos exteriores.
 No sistema distinguem-se dois tipos de
relações:
1. Relações de unidade (cognições que
percebem dois elementos como fazendo
parte da mesma unidade funcional);
2. Relações de sentimento (cognições
avaliativas e afectivas a respeito da relação,
i.e., gostar/não gostar;
agradável/desagradável).
 Conclui que:
 Se considerarmos apenas a ligação entre P e
O sempre que as relações de unidade
e de sentimento são de sinal semelhante,
existe equilíbrio. Se forem de sinal oposto,
existe desequilíbrio;
 Exemplo se P e O são casados e se amam há
equilíbrio. Se P e O são casados, mas P não
ama O não há equilíbrio.
 Se considerarmos os três elementos:
 Há equilíbrio quando não há incompatibilidades
na relação entre todos. Exemplo: P ama O e
ambos gostam de teatro; ou P ama O e ambos
detestam futebol.

 Há desequilíbrio quando existem duas relações


de sinal positivo e uma de sinal negativo.
Exemplo: P e O amam-se, mas P detesta o
partido político em que milita O; ou quando há
três relações de sinal negativo.
O O O O
- - -
Equilíbrio + + +
- +

P + X P + X P - X X
P -

O O O O
+ + - + +
- - -

P - X P + X P + X P - X

Desequilíbrio
 Assenta na ideologia de Freud, que elaborou
3 teorias:
 1. sobre a estrutura da personalidade;
 2. sobre as fases do desenvolvimento

psicossexual;
 3. sobre as ideias psicanalíticas relativas à

sociedade.
 Conclui:
 - transposição do complexo de Édipo para a

coesão grupal;
 - elementos que tendem a explicar o

desenvolvimento da guerra: (1) motivos


inconscientes; (2) mecanismos de defesa do
ego; (3) agressividade inata do sujeito.
 Define alguns mecanismos, que operam a
nível do inconsciente, e que explicam as
causas da guerra:
 1. mecanismo da racionalização:
 argumentação de que a decisão de entrar na

guerra é uma atitude defensiva, o. s., para se


proteger de um acto ofensivo do inimigo, que
é visto sempre como injusto e irracional;
 2. mecanismo da projecção: os motivos
inconscientes e agressivos tendem a ser
projectados para o inimigo. Por isso, em situação
de guerra, é raro ouvir-se dizer “eu odeio o
inimigo”, ouve-se sim “o inimigo odeia-nos”;
 3. mecanismo de deslocamento: o ódio
inconsciente pelo pai, resultado do complexo de
Édipo mal resolvido, tende a ser transferido para
figuras de autoridade;
 4. mecanismo de negação: tendência para recusar
ideias e sentimentos ameaçadores para o ego;
 5. mecanismo de identificação: presente em
indivíduos com sentimentos patrióticos
exagerados.

 Alguns psicanalistas modernos defendem que a


guerra ocorre pela necessidade de descarga
periódica de tensões, que carecem de libertação.

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