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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIME
<
Peregrinado, jejum e oracáo
ID
m O Porqué do Sofrimento
oo A Inquisicao Espanhola?
<
O
ce
Q.
m«im):^
PERGUNTE E RESPONDEREMOS FEVEREIRO- 1987
Publicacao mensal N9 297
SUMARIO
Direto r- Responsável:
Composlcflo e Impre&iao
Muitos ¡ndagam:
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PARA QUE TER RELIGlAO?
há pessoas que nem concebem o problema religioso; por isto nem com-
batem a religiSo; esta, segundo elas, nao merece atencfo. Por isto há
quem diga que vivemos numa época "pos-religiosa"; esta expressáb é
exagerada ou mesmo falsa, pois há sinais eloqüentes de retorno á reli-
giáo em nossos dias, como se verá no decorrer deste artigo.
1. O sentido da vida
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... Para esse amigo, a ciencia era urna fonte de verdades e, como
os dentistas nao sao suficientemente loucos ao ponto de negar verda
des, todo o edificio das ciencias seria um conjunto de proposicóes cer
tas sobre as quais ninguem ousaria depositar a mais tenue das dúvidas:
a agua ferve a 100°C; a gravidade tudo atrai para o centro da térra;
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PARA QUE TER RELIGlAO?
a lúa nao cai de sua órbita por causa da interacáo de forjas gravitado-
nais com a inercia; a velocidade da luz é de 300.000km por segundo; a
molécula de agua tem dois átomos de hidrogSnio e um de oxigonio; pa
ra formar um novo ser, é preciso que um espermatozoide fecunde um
óvulo; o coracio é o órgáo central da circulácáo sanguínea; pensa-se
com o cerebro e nao com o ffgado; as plantas absorvem gas carbónico e
liberam oxigénio (e isto se chama fotosslntese ou funcio clorofi(iana); a
tuberculose é produzida pelo bacilo de Koch (a lepra, pelo de Hansen);
os antibióticos e a sulfamida matam microbios; a'asma é urna doenca
alérgica, etc. Todas essas 'verdades' (nem sempre verdadeiras ou ape
nas 'meias verdades') seriam 'cient íf¡cas'e, por isto, nao poderiam ser
. postas em dúvida. Por este motivo é que os anuncios de pasta dental
usam, muitas vezes, como prova da eficacia de urna marca, a fórmula
mágica: 'A ciencia comprovou'. Se a ciencia comprovou. é verdade...
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PARA QUE TER RELIGlAO? 11
Oirá alguém: mas há pessoas que afirmam ser felizes sem religiáo.
Perguntamos: será realmente assim? Há momentos em que a vida mos-
tra seu rosto dramático mediante urna doenga grave, urna desgrana, um
revés financeiro, um luto, a dissolucáb do casamento, um serio insucesso
na carreira... Em tais momentos parece que os sonhos se dissipam como
um castelo de cartas, caem as certezas que pareciam inabaláveis, tudo dá
a ¡mpressao de ser vazio e sem sentido. É entáo que surge a questáo: que
significado tem a vida? Na verdade, o homem toma consciéncia de que é
mesquinho e volúvel tudo o que Ihe acarretava seguranca e bem-estar; é
amarga a condicáo do homem. Faz-se entáo sentir a necessidade de algo
que, em meio a volubilidade geral, %e]a estável, ou entre as incertezas
seja verdade firme. Em última análise, esta é a necessidade de Deus, que
por definido é o Bem Absoluto e Imutável.
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(continuapao da p. 96)
CONCLUSÓES:
Assinam: Pe. JoSo Drexel (OMI), Antoninho Tatto, José Qeraldo, José
Antonio Fonseca, Arthur Miranda
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Aínda o debate sobre
0 porqué do sofrimento
Um dos temas que mais vém á tona nos círculos filosóficos e reli
giosos de nossos días, é o do sofrimento. Quanto mais se alastra e inten
sifica a dor dos homens provocada pela fome, o terrorismo, as guerras...,
tanto mais indagam a respeito do sentido do sofrimento. Freqüente-
mente nasce daf a objecdo; se Deus existe, como pode permitir tanta des-
graca, especialmente quando afeta pessoas inocentes? Se tanto mal
acontece, ou Deus nao pode ou nSo quer evitá-lo. No primeiro caso, Ele
nao é todo-poderoso (entáo nao é Deus); no segundo caso. Ele nao ama
seus filhos, pois nenhum pai assiste indiferente ao sofrimento dos seus
filhos. Em conseqüéncia de tais raciocinios, parece lógico a muitos negar
a existencia do próprio Deus.
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Parece que ñas atuais dificuldades Deus nos quer ensinar mais
profundamente o valor, a importancia e a centratidade da Cruz de Je
sús Cristo" (D, n? 1 e 2).
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OPORQUÉDOSOFRIMENTO 15
1) O mal nao é uma entidade positiva; mas uma carencia do ser (ou
do bem) devido. Assim a cegueira é a falta de olhos (é um mal ñas cria
turas ás quais a natureza concede olhos); o pecado é a falta de concor
dancia do ato humano com o Fim Supremo da moralidade, que é Deus.
2) Ora o nao ser ou a carencia como tal nao tem causa. Só pode ser
¡ndiretamente causado por um agente faltvel ou uma criatura que, ao
agir, seja capaz de produzir um efeito incompleto, carente de sua perfei-
Qáo.
5) NSo raro é-nos dado perceber os bens que se seguem aos males
decorrentes da acáo das criaturas. Com efeito, sabemos que muitas e
muitas pessoas se transformaram e nobilitaram em conseqüéncia de uma
molestia grave, de um baque ou insucesso na vida. Em outros casos nao
nos é possível indicar os frutos positivos procedentes de algum mal; mas
o cristáo tem a certeza de que, no final dos tempos, Ihe será concedido
contemplar o plano de Deus e as ligacóes existentes entre os fatos que
ele abrange.
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1.2. lnsistindo_
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O PORQUÉ DO SOFRIMENTO V7
A respeito ponderamos:
Dirá alguém: "Se o sofrimento tem suas vantagens, é para desejar que
nao se tome excessivo. Deus deveria saber moderá-lo".
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2. A resposta crista
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O PORQUÉ DO SOFRIMENTO 19
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O PORQUÉ DO SOFRIMENTO
Quem sofre, faz tudo, desde que unido a Cristo, pois toma parte
íntima na PaixSo Redentora do Senhor, fonte de salvacSo para o mundo
inteiro.
3. Conclusao
A propósito citamos:
John M. McDeimott SJ., II senso della sofferenza, em La Civihtá Cat-
tolica nP 3272, 18/10/1986, pp. 112-126.
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Que sabemos?
1. O ensino
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Do que foi exposto, segue-se que tudo que dizia respe¡to ao saber, era
estimado na Idade Media. Rezava um proverbio: "Com desonra morra mere
cidamente quem nao gosta de livros". Estes fatos suscitam a pergunta: era o
povo tSo ignorante na Idade Media como geralmente se supSe?
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2. A vida cotidiana
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das muralhas, que por sua vez dependiam da configurapao do terreno. Este
fato nao excluia certo plañejamen to das cidades: em Marselha, por exemplo.
as vias principáis sa*o estritamente paralelas as margens do porto, onde vao
desembocar as rúas transversais.
Estes traeos ná*o devem dar a impressSo de que "as casas medievais
eram pocilgas fedorentas e as rúas eram cloacas", como já se dísse. - Os do
cumentos nos dSo noticias de cautelas tomadas para garantir a limpeza e o
asseio das cidades: em muitas destas, as rúas eram pavimentadas com pedras.
Havia esgotos, geralmente cobertos: em París foram encontrados os respecti
vos cañáis debaixo do terreno do Louvre e do antigo Palacio da Trémoille,
datando do sáculo XIII. Onde ná*o existiam tubos de esgoto, criavam-se va-
zadouros públicos, cujos detritos eram despejados nos rios ou queimados. A
policía se encarregava de fazer respeitar as leis da higiene pública. Existiam
regulamentos particulares para garantir a limpeza de lugares mais ameaca-
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cía os banhos e fazia largo uso deles. Mais urna vez: foi o século XVI que
rompeu com a tradipSo medieval neste particular. A Idade Media foi urna
época de higiene e limpeza.
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sido até entao mais importante do que a trapao animal. Doravante, porém,
foi possível inverter a ordem - o que tornou possível pensar mais seriamen
te na abolicao da escravatura (ligada ás condicSes económicas da antigüida-
de). A Igreja vinha lutando para que o servo fosse reconhecido como pessoa
humana dotada de todos os seus di reí tos; a sua voz pode ressoar com mais
probabilidade de éxito depois que cávalos e burros assumiram o seu lugar no
transporte de cargas.
Os medie vais conseguí ram também fazer que urna viatura pudesse girar
sobre si própria, tendo as duas rodas da frente independentes das rodas de
tras. Este progresso acabou com os problemas que ocorriam quando um
grande vefculo carregado de cereais devia virar na estrada.
A organizacá"o dos lazeres era de base religiosa: todo dia de festa come-
cava pelas cerimónias de culto; estas prolongavam-se em espetáculos, que
apresentavam cenas da vida de Cristo ou dos Santos. Havia também o teatro
inspirado por romances e crónicas. Depois do espetáculo, o divertimento
mais apreciado era a danca: danca dos donzeis nos castelos, ronda em torno
da árvore de maio ou ao redor da fogueira de SSo Joao... Havia os jogos do
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"A época das grandes descobertas é a Idade Media; foi entSo que se
aclimataram na nossa térra os frutos bizarros e magníficos: a laranja, o li-
máo, a roma", o péssego e o alperce; foi gracas aos cruzados que a Europa co-
nheceu o arroz, o algodáfo, a cana de acucar, que aprendeu a servir-se da bus-
sola, a fabricar o papel, e também, infelizmente, a pólvora dos canh5es;ao
mesmo tempo implantavam na Siria as nossas industrias: vidraria, tecelagem,
tinturaría; os nossos marcadores exploravam o continente africano, um ar-
quiteto europeu construía a grande mesquita de Tombuctu, e os etíopes fa-
ziam apelo aos nossos artífices de arte, pintores, cinzeladores, carpinteiros.
Viu-se na Idade Media um pacífico burgués de Tolosa, Anselme Ysalguier,
trazer para a sua cidade a princesa negra que havia desposado em Gao, ao
mesmo tempo que um médico vindo das margensdo Niger, ao qual recorría
o delfim, o futuro Carlos Vil. Residencia e peregrinacfo, realismo e fantasía,
tais sao os dois polos da vida medieval, entre os quais o homem evolui sem
o menor incómodo, unindo um e outro e passando de um ao outro com uma
facilidade que ná*o voltou a recuperar desde entáo.
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Que fo¡
A inquiskáo espanhola?
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1. Inquisicáo: generalidades
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INQUISigAO ESPANHOLA 37
severidade será louvada por todos aqueles que nesta térra sao anima
dos de verdadeira piedade. Se procederdes de outro modo, as queixas
nao se acalmaráo fácilmente e desencadeareis contra a Igreja Romana
as violentas recriminacdes da opiniáo pública" (Marténe, Amplissima
Colleclio II 683s).
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Estes dois episodios, que nao sao únicos no seu género, bem mos-
tram que o proceder violento contra os hereges, longe de ter sido sem-
pre inspirado pela suprema autoridade da Igreja, foi nao raro desenca-
deado independentemente desta, por poderes que estavam em confuto
com a própria Igreja. A Inquisicao, em toda a sua historia, se ressentiu
dessa usurpacáo de direitos ou da demasiada ingerencia das autoridades
civis em questóes que dependem primariamente do foro eclesiástico.
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2. Inquisicáo Espanhola
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INQUISIQAOESPANHOLA 45
mas pelos soberanos espanhóis (de acordó com criterios nem sempre
louváveis). Para Torquemada e sucessores, foi obtido da Santa Sé o di-
reito de nomearem os Inquisidores regionais, subordinados ao Inquisi
dor-Mor.
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O caso Neimar de Barros
O Instituto dos Misionarios para Evangelizado e Animado de Comu
nidades, ao qual pertencia Neimar de Barros, publicou a seguinte declarado:
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PRÓXIMO LANCAMENTO DAS EOICÓES "LUMEN CHRISTI":
EMCOMUNHÁO
Revista bimestral, editada pelo Mosteiro de Sño Remo, ri<!stin¡i-se
aos Oblatos e as pessoas interessadas em assuntos de espiritualidad»
monástica. Além da conferencia espiritual mensol de D. Estéváo Botten-
court para os Oblatos, contém traducócs de comentarios sobre a Rnqra
heneditina c outros assuntos monásticos. - Assinatura anual em 1987:
CzS 50,00. ..
2? Edicáo de:
DIÁLOGO ECUMÉNICO, Temas controvertidos.
Em 18 capítulos, ten do sido acrescentados nesta edicáo:
"Capitulo IV: A Santíssima Trindade: Fórmula paga?"
"Capitulo XVIII: Seita e espirito sectario".
(Cap. 1. O catálogo bíblico. 2. Sonriente a Escritura? 3. Somente a fé,
Nao as obras? 4. O Primado do Pedro. 5. Eucaristía: Sacrificio e Sacra
mento. 6. A confissáo dos pecados. 7. O purgatorio. 8. As indulgencias.
9. María, Virgem e Mae. 10. Jesús teve ¡rmáos? 11. O culto dos Santos.
12. As imagens sagradas. 13. Alterado o Decálogo? 14. Sábado ou Do
mingo? 15. 666 (Ap 13,18).
Seu Autor, D. Estéváo Bettencourt, considera os principáis pontos da
clássica controversia entre Católicos e Protestantes, procurando mostrar
que a discussao no plano teológico perdeu muito de sua razáo, de ser,
pois nao raro, versa mais sobre palavras do que sobre conceitos ou
proposicóes. - 380 páginas - CzS 120,00.