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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIME
"Antropología do Prazer"
As Frustracdes do Aborto
Notas
Oiretor-Responsável: SUMARIO
Estéváo Bettencourt OSB Máe de Deus, Má"e dos Homens 337
Autor e Redator de toda a materia
publicada nesie periódico Em foco:
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"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
Em foco:
"Antropología do Prazer"
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"ANTROPOLOGÍA DO PRAZER'
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4 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 315/1988
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•antropología do prazer"
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2. Reflexoes
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"ANTROPOLOGÍA DO PRAZER'
Por ¡sto o cristao exercita a alegría como virtude e como dom do Espi
rito Santo (cf. Gl 5,22), a ponto de se dizer que "um santo triste é um triste
santo". Urna das expressoes de tal alegría, entre outras, é o cultivo do teatro
religioso, dos autos paralitúrgicos, dos jogos, das festas de familia nos ám
bitos católicos desde a Idade Media até os nossos dias (coisa que Lepargneur
reconhece á p. 64). - Donde se vé que o prazer espiritual nao "destrona
Deus nem faz de Deus um meio para f¡ns humanos", como afirma Lepagneur,
citando o autor protestante G.W. Forell (pp. 125s). De resto, sao insepará-
veis um do outro o amor de Deus e o gozo pessoal do cristao que ama; dan
do gloria a Deus, o cristao nao se aniquila, mas, ao contrario, se auto-realiza.
"Nao sabéis que aqueles que correm no estadio, correm todos, mas um
só ganha o premio? Correi, portanto, de maneira a consegui-lo. Os atletas
se abstém de tudo; eles, para ganhar urna coma perecível; nos, porém, para
ganhar urna coroa imperecível. Quanto a mim, é assim que corro, nao ao in-
certo; é assim que pratico o pugilato, mas nao como quem fere o ar. Trato
duramente o meu corpo e reduzo-o á servidio, a fim de que nao aconteca
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que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser repro-
vado" (1 Cor 9,24-27).
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'ANTROPOLOGÍA DO PRAZER"
De modo geral, é lícito dizer que a sociedade moderna tem por normal
o gozo e o prazer, ao passo que foge indistintamente do sofrímento, do
sacrificio, da renuncia..., como se fossem formas de castracao, ¡ncompreen-
síveis num programa de auto-realizacao. Principalmente Sigmund Freud, o
pai da Psicanálise materialista, disseminou a concepcao de que a felicidade
consiste no prazer. Eis o que tal mestre diz, após perguntar qual o objetivo
da vida:
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"Nem o antigo código moral nem o novo código amoral, a ética do di-
vertimento, traz uma resposta significativa ao problema do comportamento
sexual no mundo atual. Obviamente nao há resposta... Embora eu tenha en-
fatizado o prazer, nao posso admitir que a sua busca exclusiva se/a o objeti
vo da vida. Por sua própria natureza, quanto mais o procuramos, mais se es
quiva... Há uma antírese entre prazer e realizacio, oriunda do fato da reali-
zagao exigir autodisciplina. O compromisso com o objetivo ou uma tarefa
envolve necessariamente o sacrificio de alguns prazeres ¡mediatos. Se a
pessoa é incapaz de adiar a gratificaqao ¡mediata de seus desejos, será como
uma crianca cujas realizacoes nada sao e cujos prazeres só tém sentido para
si, como crianca" (A. Lowen, Prazer. Uma abordagem criativa da vida, Sao
Paulo 1984. citado as pp. 5Js de Lepargneur, obra em foco).
0 ser humano foi feito por Deus para a vida e a vida plena. Tal é o oti-
mismo cristao.
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"ANTROPOLOGÍA DO PRAZER" U.
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"ANTROPOLOGÍA DO PRAZER" 13
"Os trabalhadores na ropa tinham o visgo do cacau mole preso aos pés,
virava urna casca grossa que nenhuma agua lavava ¡amáis. E eles todos, tra
balhadores, jaguncos, coronéis, adyogados, médicos, comerciantes e exporta
dores, tinham o visgo do cacau preso na alma, lá dentro no mais profundo
do coracao. Nao havia educacio, cultura e sentimento que o lavassem. Cacau
era dinheiro, era poder, era a vida toda, estava lá dentro deles, nao apenas
plantado sobre a térra negra e poderosa deseiva. Nascia dentro de cada um,
lanqava sobre cada um urna sombra má, apagava os bons sentimentos" (Tér
ras do Sem Fim, 1957, p. 245).
Vimos quanto é ilusorio crer que amor é apenas prazer ou que alguém
possa chegar á auto-realizacao evitando o sofrimento. Acrescentemos que,
muito paradoxalmente, o sofrimento está ligado á grandeza ou á perfeicao
do ser humano.
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Está claro, porém, que urna pessoa de fé sabe superar a dor natural
que a afeta, olhando para o modelo do Cristo Jesús; Este, diante da perspec
tiva da sua Paixlo e Morte, orava: "Pai, se possível, que este cálice passe sem
que eu o beba; faca-se, porém, a tua vontade e nao a minha" (Mt 26,39).
Ácima de tudo, importa ao cristáo identificar-se com o designio do Pai,
que certamente é mais sabio que os planos dos homens.
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"ANTROPOLOGÍA DO PRAZER" 15
ficou para os cristaos) ou, aínda, pontos que a lei natural, incutida a todo
homem pelo Criador, recomendava tanto a pagaos como a cristaos; neste rol
estáo os que M. Foucault menciona: "a monogamia procriadora, a condena-
pao das relacoes homossexuais, a exaltacio da continencia". Assim há, por
vezes, semelhancas entre Cristianismo e correntes nao cristas, semelhancas
que nao sao devidas a algum empréstimo, mas simplesmente decorrem do
fato de que a natureza humana é a mesma em todos os individuos, ccm suas
aspiracoes éticas e religiosas congénitas.
3. Conclusáo
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cao psicológica. Esta verdade nao é nova no Catolicismo, pois já foi vivencia-
da pelo Apostólo Sao Paulo e os primeiros cristaos. Todavía o ponto nevrál-
gico da questao consiste em definir o que é o prazer integrante da grandeza
humana: será o prazer no sentido freudiano (erotizante, sexual) ou o prazer
em acepcao mais elevada? - O que diferencia o cristao do hedonismo
moderno, é a opcáo por este segundo sentido de prazer: é subordinado á ple
na realizacao e á perfeicao do homem, a qual nao pode deixar de incluir pri
va pao e renuncia assumidas em vista de urna finalidade superior.
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Prazer ou Perfeipüo?
Os exercicios de penitencia nSo sao fins, mas sao meios. Sao meios
que outrora assumiam características lioje talvez menos praticáveis (severos
jejuns, tongas vigilias noturnas, peregrinacdes a pé...); mas, como quer que
se/a, hSo de ser exercicios significativos e eficazes, aptos a corroborar a von
tade na demanda da virtude e na fuga do pecado. — Aséese significa origina
riamente o treinamento que o atleta espontáneamente empreendia (mesmo
sem ter adversario) para que, no día da competicio, pudesse estar adestrado
e vencer o pareo. Sem treinamento previo e habitual, nio pode haver espe-
ranca de vitaría no estadio. Assim também, sem aséese ou penitencia nao
pode haver progresso na vida espiritual do cristao.
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fiéis que Ihes queiram dar atencao. Eis por que, neste artigo, consideraremos
a Constituicao Apostólica Paenitemini de Paulo VI, emanada logo após o
Concilio do Vaticano II (17/02/66) e assumida pelo atual Código de Oireito
Canónico, além de alguns documentos congéneres da Igreja que orientam o
povo de Deus em materia penitencial.1 Para facilitar a exposicáo do assunto,
procederemos por perguntas e respostas.
1. A doutrina da Igreja
"Nao consigo entender o quefaco, pois nao pratico o que quero e facó
o que detesto... O querer o bem está ao meu alcance, nao, porém, o praticá-
lo... Eu me comprazo na lei de Deus segundo o homem interior, mas peres-
bo outra lei nos meus membros, que peleja contra a lei da minha razSo e me
acorrenta á lei do pecado, que existe em meus membros. Infeliz de mim!"
(Rm 7,15-24). Ver também Gl 5,16-26.
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VIDA CRISTA E PENITENCIA 19
rior. Que é mais fácil: mudanca interior ou mudanca exterior? é mais fácil,
por exemplo, renunciar a alguma coisa que de fora cerca a nossa vida ou
transformar o coracao, nossos pensamentos, instintos, idéias, aquele tesouro
de interioridade que todos obstinadamente guardam no íntimo, dizendo:
'Eu sou assim; safo estes os meus principios, o meu modo de pensar, a mi-
nha educacao e - a grande palavra - a minha personalidade'?"
Continua o S. Padre:
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ne e o espirito tém desejos contrarios entre si. Tal exercícto de mortif icacffo
do corpo — bem longe de qualquer forma de estoicismo - nao implica urna
condenacio da carne, carne que o Filho de Deus se dignou de assumir; an
tes, a mortrficapao visa á libertacao do homem, que, em razao da concupis
cencia, freqüentemente se acha como que agrilhoado pela parte sensitiva do
seu ser; através do jejum corporal, o homem readquire vigor, e o ferimento
infligido pela intemperanpa á dignidade da nossa natureza ó curado pela me
dicina de urna salutar abstinencia" (Const. Paenitemini n° 20).
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VIDA CRISTA E PENITENCIA
Por lei divina... Isto quer dizer, que se trata de um preceito do pro-
prio Deus. Com efeito; somos todos chamados, antes do mais, a ver Deus
face-a-face; esta é a razao pela qual fomos criados. Devemos, pois, prepa
rar-nos a esse encontró final e supremo com o Senhor Deus. Ora ninguém
pode ver a Deus face-a-face se traz em si resquicios de pecado (Deus é tres
vezes santo; cf. Is 6,3). Daí o imperativo — decorrente da nossa vocapao
mais fundamental - de nos corrigirmos ou de nos libertarmos das sombras
do pecado para poder ver a Deus. E — notemos bem — a ocasiao normal de
realizarmos essa purificacao é a vida presente, e nao o purgatorio postumo
(este é urna concessao extraordinaria de Deus feita á fragilidade das criatu
ras).
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"Conservando - onde quer que ele pos» ser oportunamente mam ¡do
- o costume (observado por tantos séculos com normas canónicas) de exer-
cer a penitencia mediante a abstinencia de carne e o jejum, a Igreja tenciona
corroborar também, com suas prescricoes, os outros modos de fazer peniten
cia" (n°32).
41° A Lei de jejum obriga a fazer urna única refeicao durante o dia,
mas nao proibe tomar um pouco de alimento pela manha e á noite, atendo-
se _ no qUe respeita á quantidade e a qualidade — aos costumes locáis apro-
vados.
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2. Conclusáo
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Tese-antítese:
Em Nome do Diabo"
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seu livro "Em Nome de Deus" (1984) comeca a ficar indigesta. As vítimas
do venenoso coquetel sao muitas, pois a inverosst'mil historia do assassinato
de Joao Paulo I já foi traduzida em 11 línguas e ainda hoje se encontra ñas
listas de livros mais vendidos. A revista alema Der Spiegel de 5 de outubro
deste ano coloca-o em nono lugar entre os best-sallers.
Tres anos depois, aparece no mercado editorial urna nova obra sobre
esse tema. Traz o título bastante polémico de "Im Ñamen des Teufels"
(Em nome do diabo) e seu autor, o jornalista suíco Víctor Willi, correspon
dente da Radio Suíca em Roma desde 1967, a apresenta como "a primeira
tomada de posicao indireta do Vaticano" sobre o delicado assunto, urna vez
que "esta exposiclo foi apresentada ao Vaticano em novembro de 1986 pa
ra urna veríficacáo e obteve, algumas semanas depois, a aprovapao da Sala
de Imprensa do Vaticano através de seu diretor, Joaquim Navarro", é a pri
meira vez — constata Willi — que a Santa Sé entra no mérito da questao do
suposto envenenamento do Papa Joao Paulo I e adverte, um pouco miste
riosamente, que a suatese é num certo sentido "mais grave" que a de Yailop,
que, como se sabe, atribuí a paternidade do compló a seis personagens: o
arcebíspo Paúl Marcinkus, o entao Secretario de Estado Jean Villot, o
ex-cardeal de Chicago John Cody, os falecidos banqueiros M¡chele Sindona e
Roberto Calvi e o "empresario" Licio Gelli.
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guntava aos estudantes onde eles tinham lido aquetas "heresias" ("ñas apos-
tilas", respondiam os estupefatos alunos). Além do mais, nao seria lícito
falar em "reorganizacao em estilo progressista" a propósito das nomeacoes
que o Papa Luciani desejava fazer, entre as quais se destacava a do Cardeal
Benelli como Secretario de Estado. Gennari, que aparece na lista das pessoas
a quem Yallop agradece pela colaborado ("de fato, Yallop me procurou di-
zendo que queria escrever urna biografía de Joao Paulo I e eu infelizmente
confiei e contei-lhe o que sabia"), elaborou urna minuciosa análise textual
da edicao italiana de "Em Nome de Deus", encontrando urna quantidade ¡n-
crível de erros. Por exemplo: Giovanni Benelli é apresentado como Vice
secretario de Estado (cargo que nao existe) e como Secretario de Estado
(cargo que nunca ocupou); "depois da Humarme Vitae nao foram publica
das outras Encíclicas papáis" (ora vejam-se Octogésima Adveniens, Marialis
Cultus, Quinqué iam annos); na página 163, lé-se que com a e leí cao de Lu
ciani "toda a Curia teria sofrido urna derrota", ao passo que um pouco mais
adiante sustenta que Luciani "tinha provavelmente menos ¡nimigos na Curia
que qualquer outro Cardeal". O cárdeal Hamer é definido como "Prefeito"
da Congregapao para a Doutrina da Fé (nunca o foi): "pela primeira vez um
Papa (Joao Paulo I, ndr) falava ao povo de um modo e como um estilo que
todos compreendiam" (o que foi feito de Joao XXIII?); "Um dos novos tí
tulos que Luciani tinha adquirido, era o de bispo de Roma. Antes a cidade
nao tinha um bispo, ao contrario de Milao, Florenca, Veneza e Ñapóles, des
de um século" (como esquecer o relacionamento de Pió XII com Roma?).
Yallop elenca entre os gestos "revolucionarios" de Joao Paulo I a abolicao
da tiara (já estabelecida por Paulo VI); "como decano do Sacro Colegio, Fe-
lici conheciaas tramas da Curia melhor do que qualquer um" (o decano era
Confalonieri). Erros como estes, que denotam um desleixo e umadesinfor-
macao notáveis, existem as dezenas no livro.
2. A tese de V. Wlli
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Joáo Paulo I..." Naturalmente, como explica mais adiante o professor, a re-
lapao stress-enfarte nao é obrigatória.
E.B.
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Fala a experiencia:
As Frustrares do Aborto
1. Na Franca
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"Sra. Ministra,
Jádiziamosem 1979:
Podemos, pois, evitar que o uso do RU.486 se torne urna prática con
traceptiva e contribua um pouco mais para a anestesia das consciéncias?
Multas pessoas perguntam: 'Um pequeño atraso das regras... que importa
isto?'
2. Na Italia
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AS FRUSTRACOES DO ABORTO 33
R.M.: "Doutor Garsia, por que nao quis continuar a realizar aborta
mentos?"
Dr. Garsia: "Urna atitude como a que tomei, é algo de muito pessoal.
Diversos motivos podem influir, prevalecendo uns ou outros segundo os in-
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"Sra. Ministra,
Já dinamos em 1979:
Podemos, pois, evitar que o uso do RU.486 se torne urna plática con
traceptiva e contribua um pouco mais para a anestesia das consciéncias?
Multas pessoas perguntam: 'Um pequeño atraso das regras... que importa
isto?'
2. Na Italia
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AS FRUSTRAQOES DO ABORTO 33
R.M.: "Doutor Garsia, por que nao quis continuar a realizar aborta
mentos?"
Dr. Garsia: "Urna atitude como a que tomei, é algo de muito pessoal.
Diversos motivos podem influir, prevatecendo uns ou outros segundo os in-
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Dr. G.: "Quero dizer que em alguns colegas meus, mais do que em
mim mesmo, houve o desejo de contestar uma leí que foi mal elaborada, mal
aplicada e também desfigurada, pois, do conceito de extrema solucao de um
mal extremo, passaram a consideré-la como instrumento acessível a todos,
mesmo em casos que nao sempre ou quase nunca sao dramáticos. O aborto
tornou-se um meto anticoncepcional como é o DIU, que, segundo bem sabe
mos, provoca miniabortos".
R.M.: "0 Sr. disse que nSo foi a desilusao decorrente da apiicacao da
leí que o levou a mudar de atitude. Também nao creio que aquilo que o Sr.
chama 'conviccao religiosa'possa originarse repentinamente...".
Dr.G: "Nao, nao creio que seja assim. Com efeito; quem traba/ha de
tal maneira num Hospital tem sempre uma tarefa pesada".
R.M.: "O Sr. deu o exemplo do soldado que mata um inimigo, isto é,
um ser humano. Os médicos que praticam o aborto, como era o Sr., diriam
que nao se trata de uma pessoa, mas de um aglomerado de células".
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AS F RUSTRAgOES DO ABORTO 35
Dr. G.: "Nao esquecerei, por ceno, os semblantes das numerosas moci-
nhas que se apresentavam para abortar, sendo para algumas a segunda ou a
terceira vez..."
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co'm seriedade, pederemos apontar apenas duas razoes: grave daño para a
crianza recám-nascida ou grave daño para a mié. Examinemos o primeiro
caso, fazendo urna observafio previa:
Or. N. Natale: "Está claro que um estado de psiquismo frágil e urna si-
tuagao de marginalizagio social sio traeos característicos dos toxicode-pen-
dentes; ninguém o pode negar. Mas o fato de que essas pessoas se acham
em tais condiedes n§o invalida o que dizia hápouco: sabemos que muitas de-
las querem abortar e levamos isto em consideracio, mas nem por isto deve-
mos consentir no aborto. A sotucao que se deve tentar com todo o afinco, é
a de procurar recuperar os dependentes de tóxicos".
Até aquí o Dr. N. Natale, que se revela milito sensível ao valor da vida
humana e reconhece que a Medicina existe para defendé-la e nunca para ex-
terminá-la.
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3. Na Inglaterra
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AS FRUSTRACOES DO ABORTO 39
5. ConclusSo .
Urna dona de casa com 35 anos de idade, casada: "Nao creio que cer
tas recordacóes se apaguem só porque o queremos. Parece-me ter perdido
urna crianca minha, destruindo-a com as minhas ma*os".
Urna dona de casa, com vinte e sete anos de idade, casada: "Sinto raí-
va de mim, raiva também de quem nao me explicou suficientemente as coi
sas quando pedi o aborto. Eu devia saber melhor o que era, como o pratica-
vam e principalmente o ambiente no qual eu me encontraría!"
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Um Santo leigo em nosso século:
* * *
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1. Dados biográficos
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JOSÉ MOSCATI, O MÉDICO SANTO 43
2. A figura do médico
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"Recorda-te de que te deves ocupar nSo apenas com o corpo, mas tam-
bém com as almas".
Com estas palavras, Moscati revelava seu zelo pela pessoa do enfermo,
que freqüentemente deseja encontrar no médico mais do que um profissio-
nal ou um técnico, e sim também um estímulo e reconforto. É o que apare
ce em outro escrito de Moscati:
0 seu amor pelos doentes nao Ihe deixava treguas: durante o dia estava
nos Hospitais, na cátedra universitaria, em visita aos doentes, especialmente
aos mais miseráveis; e de noite dedicava bom espapo de tempo ao estudo, a
f im de sempre oferecer aos pacientes e alunos o melhor que pudesse saber e
adquirir. Mesmo durante o dia, quando o Prof. Moscati voltava dos Hospitais
para casa, encontrava a sua residencia cheia de pacientes á espera.
3. O homem de Deus
380
JOSÉ MOSCATI, 0 MÉDICO SANTO 45
Como se vé, Giuseppe Moscati abracou, a luz da fé, "a sublime pro-
fissáo de médico", que ele considerava um servico de amor apostólico e um
culto prestado a Deus na pessoa dos irmSos sofredores. Durante a sua breve
existencia terrestre, cuidou de milhares de pessoas, para as quais foi instru
mento de recuperacao da saúde; os seus contemporáneos pareciam entrever
em sua pessoa e em seu modo de agir um aceno a bondade do própno Deus.
Daí a palavra que de boca em boca se propagava, quando faleceu aos 47 anos
de idade: "Morreu o professor santo!"
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Correspondencia Miúda
"Sobre a encomendacao dos suicidas, sei que houve modif¡cacao...
Nada achei no novo Código de Direito Canónico... Que é permitido hoje?"
J.P. (RS)
382
NOTAS 47
E.B.
NOTAS
FILME SOBRE A VIDA SEXUAL DE JESÚS?
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48 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 315/1988
dos aos Estados Unidos á guisa de protesto contra um projeto que na reali-
dade nao existia. A intencao de quem assim se empenhou em prol do respei-
to a Boa Causa, é louvável. Mas deve-se outrossim evitar exacerbar situapoes
que nao fundamentam alarme.
384
EDIpÓES LUMEN CHRISTI
2? Edicao de:
DIÁLOGO ECUMÉNINO, Temas controvertidos.
Seu Autor. D. Estéváfo Bettencourt, considera os principáis
pontos da clássica controversia entre Católicos e Protestantes,
procurando mostrar que a discussSo no plano teológico perdeu
muito de sua razáo, de ser, pois, n2o raro, versa mais sobre
. patavras do que sobre conceitos ou proposicdes — 380 páginas.
SUMARIO: 1. O catálogo bíblico: livros canónicos e livros
apócrifos - 2. Somente a Escritura? - 3. Somente a fé? NSo as
obras? - 4. A SS. Trindade. Fórmula paga? - 5. O primado de
Pedro - 6. Eucaristía: Sacrificio e Sacramento — 7. A Confis-
sao dos pecados. - 8. O Purgatorio — 9. As indulgencias — 10.
Maria, Virgem e Mae -11. Jesús teve ¡rmffoí? 12. O Culto aos
Santos - 13. E as imagens sagrados? - 14. Alterado o Decálo
go? - 15. Sábado ou Domingo? - 16. 666 (Ap. 13.18) - 17.
Vocé sabe quando? - 18. Seita e Espirito sectario - 19.
Apéndice geral. - 304 págs Ci» 1.000.00
LITURGIA E VIDA
Continuadora da REVISTA GREGORIANA, direcSo e redacao
de D. JoSo Evangelista Enout OSB. Há 35 anos sai regularmen
te. ..
EM COMUNHAO
Revista bimestral, editada pelo Mosteiro de SSo Bento destina
se aos Oblatos e ás pessoas interessadas em assuntos de espiri-
tualidado monástica. Além da conferencia mensal de D. Esté-
váo Bettencourt para os Oblatos, contém traducfies de comen
tarios sobre a_regra beneditina e outros assuntos monásticos. —
Assinatura anual em 1988: Cz$ 800,00
LIVROS DE PORTUGAL:
- Dicionário Grego - Portugués e Portugués -
Grego (Isidro Pereira, S.JL) 63 edicáo. 1060 p. 1985.
Liv. Apostolado da Imprensa CzS 5.250,00
- Filosofía Tomista - Manuel Correia de Barros - 23-
edicáo revista 445p.
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- O Livre Arbitrio (Santo Agostinho) - Traducáo do
original latino com introdugáo e notas por Antonio
Soares Pinheiro/ Professor de Filosofía. Faculdade de
Filosofía (Braga). 270p. 1986 CrS 2.000,00
- Confissóes de Santo Agostinho- 11? edicáo.410p.
1984. Liv. Apostolado da Imprensa CzS 2.000,00
- O Meu Cristo Partido- Ramón Cué, S.J.289 edicáo.
1986.160p. Editora Perpetuo Socorro CrS 1.050,00
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com introducáo, Oragóes Sálmicas euso Litúrgico. Se
cretariado Nacional de Liturgia.
(Ed. da Gráfica de Coimbra) 1984, 545p CrS 1.500,00
- Novo Dicionário Latino - Portugués - Francisco
Antonio de Sousa - Edicáo actualizada e aumentada
por José Lello e Edgar Lello. 1984,1115p. - LelloS Ir-
máo - Editores CrS 3.450,00