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No quero Rosas 1935 No quero rosas, desde que haja rosas. Quero-as s quando no as possa haver.

Que hei-de fazer das coisas Que qualquer mo pode colher? No quero a noite seno quando a aurora A fez em ouro e azul se diluir. O que a minha alma ignora isso que quero possuir. Para qu?... Se o soubesse, no faria Versos para dizer que inda o no sei. Tenho a alma pobre e fria... Ah, com que esmola a aquecerei?... Fernando Pessoa, 7-1-1935.

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