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Cai amplo o frio e eu durmo na tardana De adormecer.

Sou, sem lar, nem conforto, nem esperana, Nem desejo de os ter. E um choro por meu ser me inunda A imaginao. Saudade vaga, annima, profunda, Nusea da indeciso. Frio do Inverno duro, no te tira Agasalho ou amor. Dentro em meus ossos teu tremor delira. Cessa, seja eu quem for! Fernando Pessoa, 19-1-1931.

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