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Txi De repente, na altura da Volta da Jurema, avisto, quase sem querer, um pivete (pastor de carros e de meus pensamentos) correndo

sobre a areia. E a idia do tempo feito criana, brincando com seus pies na praia, me sacode. E o motorista, atento a um explcito e interior sinal, comea a acelerar o motor das lembranas. E o Txi logo dispara na pista imaginria, at me sentir balouante, sim, num velho Prefect, descendo a Rua Costa Barros, l longe, a caminho do Centro. Vejo tudo outra vez, corao enfermo, mquina veloz da recordao!... ...Papai ao lado do motorista, traando o roteiro de nossa viagem provincianamente urbana. Atrs, a me, eu e mais trs irmos apertados/apartados, por entre pernascotoveladasvises: a meninice trepidando a 50km/h. Ao passar por ali um amigo vi girando na escola da calada um pio. Dei um salto,que ria a outra janela, acenar-lhe para que tambm me visse (havia uma sensao qualquer d e vitria) naquele Prefect. (Tento hoje recordar seu nome. Qual seria? Eco longnquo ressoando no abismo verbal da infncia. Comeava com K. Kleiton? No. Kelvin? No. Klson? Isso! Klson!) No sei se me ouviu. Sei que rasguei, no atropelo, as meias da me, que ficou furios a. Desolado, soquei-me debaixo do trinco da porta e da culpa, enquanto o carro d e aluguel prosseguia, sacolejante, para seu destino destino destino... Tenho agora mpetos de chamar o tempo pela janela do Txi. Gritar seu nome. (Qual seria? Deus? Respirao-da-matria? Substncia-de-todas-as-coisas? Com que letra comearia?...

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