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O “EU” E A IDENTIDADE

_ QUEM SOU EU?


− cada um de nós tem respostas próprias p/ esta questão e que refletem um auto esquema ou auto
conceito, uma estrutura de pensamento que temos a respeito de nós mesmos.
− Esse auto conhecimento é constituído de percepções próprias sobre nossa identidade social e
nossas qualidades pessoais a respeito do “eu” baseado na experiência
− nosso comportamento em relação às outras pessoas é variado; podemos motivar a outra pessoa a
agir, tentar controlá-la, etc. Podemos agir sobre nós mesmos e dessa mesma forma = realizar
uma atividade de auto percepção, de auto avaliação, de auto comunicação, de auto motivação e
auto controle, chamado de comportamento reflexivo: quando eu sou capaz de auto controlar-me,
por ex., em uma compra (processo de de auto controle reflexivo)
− possuir um “eu” significa ser dotado da capacidade de executar ações reflexivas de planejar,
observar, guiar seu próprio comportamento e a ele reagir.
− autodiferenciação: para nos tornarmos o “eu” devemos ser capazes de nos reconhecermos, de
distinguir nossos próprios rostos, rostos e corpos alheios
− os bebês não nascem com essa capacidade; no início de suas vidas eles nem sequer conseguem
distinguir entre seu próprio corpo e o ambiente. Somente aos 18 meses é que a criança consegue
distinguir sua imagem no espelho
− aprender o próprio nome é uma das primeiras e mais importantes aquisições do “eu”
− a percepção madura do “eu” envolve o reconhecimento de que nossos pensamentos e
sentimentos são propriedades íntimas, exclusivamente nossas.
− A construção da identidade leva em conta o processo histórico, os vários personagens atores que
contribuem para a construção dos cenários nos quais se constrói a identidade
− ela se constitui a partir da cotidianidade da vida de cada um e do grupo do qual fazem parte
− a identidade é analisada levando em conta a visão de transformação =metamorfose: que é o
movimento e a procura articulada entre a subjetividade e a objetividade
− no processo de construção da identidade há um inter-jogo que combina a igualdade e a diferença
do sujeito em relação a si próprio em seus diferentes personagens e as demais que o cercam
− por meio do nosso nome temos a indicação do singular (indicado pelo primeiro nome) e do
geral ( indicado pelo nome da família)
− o nome nos diferencia dentro do contexto familiar e o sobrenome é o que nos inclui e nos
reconhece como membro dessa família
− a identidade é um movimento e a medida em que os papéis sociais vão sofrendo transformações
há um processo contínuo de metamorfose da identidade
− a identificação profissional é a identificação com papéis que correspondem a uma predicação e
que colocam o sucesso como personagem de uma história
− a medida que o sujeito assume papéis sociais e profissionais, adquire uma maior autonomia em
relação aos outros modelos e com isso vai adquirindo a identidade do “eu”, vai construindo sua
personagem
− a identidade social de uma pessoa é consequência de suas posições sociais validadas, o que
ocorre na aceitação do papel desempenhado
− a construção da identidade social acontece durante toda a vida do indivíduo

− CRISE DE INDENTIDADE
− a formação da identidade emprega um processo de reflexão e observação simultâneas, que
ocorre em todos os níveis em que o indivíduo julga a si próprio e à luz daquilo que percebe ser a
maneira como os outros o julgam
− -portanto, a construção da identidade é pessoal e social, acontecendo de forma interativa e em
constante desenvolvimento
− IDENTIDADE= são significados atribuídos para o “eu” pelo meu “eu” ou pelo “eu” de alguém
ou de outros

− EU, IDENTIDADE E AUTONOMIA

− Quem sou eu?
− Cada um de nós tem respostas próprias para essa questão e que refletem o auto conceito, uma
estrutura de pensamento que temos a respeito de nós mesmos
− esse auto conhecimento é constituído de percepções sobre nossa identidade social mais nossas
qualidades pessoais
− a construção da identidade leva em conta o processo histórico e um indefinido número de
pessoas que contribuem para que a construção dos cenários nos quais se constrói a identidade
− ela se constitui a partir do cotidiano das pessoas que compõem a história de vida de cada um e
do grupo do qual fazem parte
− desde o nascimento o homem inicia longa e perene interação com o meio em que está inserido, a
partir do qual construirá, não só a sua identidade, como sua capacidade inteligente, suas
emoções, seus medos, sua personalidade,etc
− apesar de alguns traços desenvolvimentais serem comuns a todas as pessoas independente do
meio e da cultura em que estejam inseridas, há determinadas características do desenvolvimento
que se diferenciam em grande escala quando há diferenças culturais
− a construção da identidade é um desses valores relacionados ao desenvolvimento que tem íntima
dependência da cultura e da sociedade
− a identidade é o conceito do qual faz parte a idéia de distinção – igualdade e diferença- entre as
pessoas, a começar pelo nome, características físicas, modos de agir e de pensar e a história
pessoal – ex: por meio do nosso nome temos a identificação de singular (indicado pelo primeiro
nome) e do geral (indicado pelo sobrenome da família)
− o nome nos diferencia dentro do contexto familiar e o sobrenome é o que nos inclui e nos
reconhece como membros dessa família
− a construção da identidade social acontece durante toda a vida do indivíduo
− sua construção é gradativa e de dá por meio das interações sociais estabelecidas a partir da
infância, nos momentos em que ela imita ou se funde com o outro, em alternâncias
− a fonte original da identidade está no círculo de pessoas com as quais a criança interage na vida:
− primeiro a família = matriz da socialização
− papel que desempenha na família
− características físicas
− temperamento
− relações pessoais
− outros universos sociais (clube, igreja, bairro, festas, etc) também determinam um repertório
de valores, crenças, conhecimentos de acordo com a região que a criança habita
− a adolescência é marcada por diversos fatores e o que é mais importante é a tomada de
consciência de um novo espaço no mundo e a entrada em uma nova realidade produz
confusão de conceitos e perda de certas referências
− a busca do “eu” nos outros na tentativa de obter uma identidade para o seu “ego” é chamada
de crise de identidade , que acarreta angústias, passividade ou revolta, dificuldades de
relacionamentos inter e intrapessoal, além de conflito de valores
− no adulto, a identificação profissional é a identificação com papéis que correspondem a uma
predicação e que colocam o sujeito como personagem de sua própria história
− o indivíduo vai construindo uma estrutura biográfica a partir dos momentos sucessivos de sua
experiência de vida mais os compartilhados com outras pessoas
− a medida que o sujeito assume papéis sociais e profissionais, adquire maior autonomia em
relação aos outros modelos e com isso vai adquirindo a identidade do “eu”, vai construindo-se
− a percepção madura do “eu” envolve o reconhecimento de que os nossos pensamentos e
sentimentos são propriedades íntimas exclusivamente de cada um
− AUTONOMIA- capacidade de conduzir-se e tomar as próprias decisões, levando em conta
regras, valores, perspectivas pessoais e de outros = é considerar o sujeito com vontade própria,
capaz, competente para direcionar sua vida dentro das possibilidades de interferir no meio em
que vive
− isso supõe recursos internos (afetivos e cognitivos) e externos (sociais e culturais)
− para o gerenciamento de suas própria ações e julgamentos conforme as regras impostas, é
também necessário: auto governo, gradativa independência, ter condições de escolher e tomar
decisões
CONCLUSÃO: a construção da identidade e da autonomia é um processo que depende das
interações socioculturais associadas com as vivências de algumas experiências aos momentos de
fusão e diferenciação e construção de vínculos
− portanto, a construção da identidade é pessoal e social, acontecendo de forma interativa e em
constante desenvolvimento

O AMOR
− pessoa adulta e madura tem sua própria personalidade que se caracteriza pela autonomia e
individualidade
− busca o estabelecimento de vínculos – o que parece paradoxal -
− um vínculo em que as pessoas não fiquem aprisionadas e não se dissolvam na união
− VÍNCULO E LIBERDADE
− o amor, que é o desejo de união com o outro, estabelecendo um tipo de vínculo paradoxal,
porque o amante cativa para ser amado livremente
− o fascínio é gerador de poder: o poder de atração sobre o outro
− o cativeiro não pode ser entendido como ausência de liberdade = a união é condição mais
enriquecedora da relação: duas pessoas escolhem livremente estar juntas (zelo)
− o amor imaturo é possessivo, egoísta e dominador; o ciúme: desejo do domínio integral
sobre o outro
− o amor implica cuidado e temor de perder o amado
− VÍNCULO E ALTERIDADE
− o amor deve ser uma união com a condição de cada um preservar sua própria integridade =
faz com que dois seres estejam unidos e, contudo, permaneçam separados
− ALTER (latim) significa “outro” - manter alteridade é permanecer outro, é evitar a fusão
− a alteridade exige o respeito = capacidade de ver a outra pessoa como tal, reconhecendo sua
individualidade singular = a pessoa deve ser como ela é e não como queremos que seja
− o amor maduro é livre e generoso = paradoxo da relação amorosa = desejo de união e
preservação da alteridade
− a fusão com o outro decorre da perda da individualidade
− AMOR E PERDA
− o risco do amor é a separação
− a separação é a vivência da morte numa situação vital (diversos tipos de mortes ou perdas
que permeiam a vida)
− a perda grave necessita de tempo para reestruturação porque, mesmo quando se mantêm a
individualidade, o tecido do seu ser passa inevitavelmente pelo ser do outro = período de
luto a ser superado após a separação em busca de um novo equilíbrio
− O AMOR NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
− na sociedade contemporânea fala-se e escreve-se muito sobre o sexo e quase nada sobre o
amor e o vazio conceitual se deve à dificuldade de expressão do amor
− falar sobre sexo é a tentativa de camuflar a impessoalidade fundamental das relações
amorosas, na medida em que o contato físico simula o encontro

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