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E.

E Arlindo de Andrade Gomes

Platão

Filosofia

Professor: José

Aluna Aimée Sousa Calepso

1º Ano A
Biografia

Platão, cujo verdadeiro nome era Aristócles (em homenagem ao seu avô), nasceu em 428-7 a.C. e morreu em
348-7 a.C. Estas datas são bastante significativas: o nascimento ocorreu no ano seguinte ao da morte de
Péricles; a morte, dez anos antes da batalha de Queronéia que assegurou a Filipe da Macedônia a conquista do
mundo grego.
Platão é um nome que, segundo alguns, traduz a largura dos ombros de Platão (platos significa largura) cujo
vigor físico fez com que fosse homenageado pelos seus feitos atléticos na juventude.
Filho de Ariston e de Perictione, Platão pertencia a uma família tradicional de Atenas e estava ligado, pelo
lado materno, a figuras importantes do mundo político. Sua mãe descendia de Sólon, o grande legislador, era
irmã de Cármides e prima de Crítias.

Além disso, num segundo casamento, sua mãe Perictone casa-se com Pirilampo, personagem de destaque da
época de Péricles. O pai de Platão era descendente do rei Codro, o último rei de Atenas. O local de
nascimento de Platão é incerto. A grande maioria dos autores defende que o seu nascimento terá ocorrido em
Atenas, mas poderá ter sido na ilha de Égina, como defendeu Diógenes Laércio, havendo ainda quem o
considere tebano.
A possibilidade de ter nascido na ilha de Égina é reforçada pelo fato de seu pai, Ariston, ter liderado a
colonização desta ilha pelos atenienses em 432/1 a.C.
Embora se saiba pouco sobre a infância de Platão, pensa-se que, pertencendo a uma família aristocrática, a
sua educação seguiu os moldes educacionais gregos que então vigoravam seguramente preenchida com as
atividades físicas e musicais que eram apanágio da antiga paideia.
Platão estudou no gymnasium do gramatista Dionísios, e na palestra de Aristão de Argos. Aprendeu música
com Drakon, aluno de Damon, o famoso instrutor de música de Péricles, e com Metellos de Akragas. Os
professores de Platão eram unânimes em louvar a sua destreza de pensamento, a sua modéstia, o seu gosto
pelo trabalho e interesse pelo estudo. Platão estudou também desenho e pintura e ter-se-á iniciado, ainda
jovem, na filosofia com Crátilo, discípulo de Heraclito.

A poesia e a política despertaram desde cedo o interesse de Platão. Consta que, depois de ter conhecido
pessoalmente Sócrates, Platão terá queimado publicamente os seus poemas. Alguns autores entendem que a
influência de Sócrates terá sido determinante nesta sua atitude, mas outros consideram que essa atitude
representou para Platão a ruptura com a poesia e a dedicação à filosofia.

Platão encontrou Sócrates pessoalmente quando tinha vinte anos (e Sócrates sessenta
e três). Após este encontro, e durante os oito anos seguintes, foi um fiel seguidor de
Sócrates, assistindo às discussões em que Sócrates constantemente se envolvia, às
acusação de que foi alvo e à sua condenação à morte. 
Platão acompanhou de perto todos os passos do julgamento de seu mestre. O  fim
trágico do julgamento marcou-o profundamente, deixando sequelas para o resto da sua
vida. 

Depois da condenação à morte de Sócrates, em 399 a.C., desiludido com a democracia


ateniense, Platão abandona Atenas durante doze anos. Refugiou-se em Mégara com
alguns amigos, num círculo de estudos em torno de Euclides, discípulo socrático e o pai
da geometria, e aí permaneceu cerca de três anos. 
Aproveitou, então, para efetuar outras viagens, nomeadamente a Cirene, onde estudou matemáticas com
Teodoro; a Itália, onde terá feito contato com os pitagóricos; e ao Egipto, onde teria sido iniciado nos
mistérios de Isis. Comunicou-se com o regime de educação de Esparta, onde os meninos eram retirados
aos seus pais para viverem uma vida dura nas montanhas, em exposição aos elementos naturais. Há quem
afirme que terá estado em Creta onde teria estudado a legislação de Minos; na Judeia, onde teria contatado
com a tradição dos profetas e até nas margens do Ganges, onde teria aprendido a meditação mística dos
hindus.

Aos quarenta anos, Platão vai para Siracusa, cidade luxuosa, onde viveu na corte de Dionísio I (o antigo).
Aí conquista a amizade e a inteira confiança de Dion, cunhado do tirano Dionísio. Essa ligação com Dion,
talvez o laço afetivo mais forte da vida de Platão, representa também o início de reiteradas tentativas para
interferir na vida política de Siracusa, procurando pôr em prática o seu modelo de sociedade ideal, em que
os governantes eram os filósofos.

A filosofia passa a ser para Platão uma oportunidade de organizar e realizar uma comunidade humana
fundada na justiça. Não tendo êxito na sua primeira investida de converter o tirano Dionísio às suas idéias
filosóficas, regressou a Atenas, em 387, onde nos jardins de Academo, junto dum templo consagrado às
Musas fundou uma escola, denominada, por este fato, Academia.
Esta rapidamente se tornou no maior centro intelectual da Antiga Grécia, tendo por ela passado filósofos e
políticos, como Aristóteles, Eudoxo de Cnido, Xenócrates, Demóstenes e outros. À entrada uma legenda
proibia o acesso a todos aqueles que não soubessem geometria.
Platão ficou em Atenas, cerca de vinte anos, até que, em 367, voltou à Sicília, com a idéia de converter o
novo monarca-Dionísio (o Moço), num filósofo-rei. Mais uma vez, os resultados não foram brilhantes, o
que não impediu de voltar à ilha em 361, com idênticos propósitos. O resultado desta última viagem foi
terrível: suspeito pelas suas idéias políticas, foi perseguido e feito escravo, sendo como tal vendido no
mercado de Egina, acabando por ser comprado por um dos seus amigos. Voltou a Atenas onde morreu em
347, numa altura em que a cidade lutava contra Filipe da Macedônia, e cujo desfecho lhe foi fatal.

Platão pode ser considerado o mestre da filosofia grega, seu modo de escrever e o
domínio que tinha das palavras faz desse filósofo um imortal. Suas obras são até
hoje de grande importância para a literatura universal, de modo que é fundamental
conhecer a vida e obra desse personagem histórico.
Platão em suas obras sempre estava em busca da verdade, sempre contestando o
comportamento dos indivíduos e a sociedade em que vivia.
Ele escreveu diversas obras conhecidas até hoje, sendo necessário citá-las:

·Apologia de Sócrates ·Protágoras

·Críton ·Parménides
·Cármides ·Sofista
·Banquete ·Timeu
·Fedro
·Hípias menos
·Górgias
Em cada obra escrita esse poeta demonstra de uma forma magnífica uma sabedoria incomum e uma coragem
para falar sobre tudo o que estava ao seu redor, principalmente quando se referia ao modo como a sociedade
agia.
Platão por muitos séculos continuará sendo um exemplo de filósofo e as suas jóias literárias serão lembradas
toda vez que citarem o nome filosofia.
 
Fontes:

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/academia

http://guiadicas.net/obras-de-platao/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o
 
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090422101439AAOQ6Z

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