Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MÓDULO XVI
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
Direito Econômico e Financeiro
Direito Eleitoral
Direito Internacional
Direito Previdenciário
Direitos Humanos
Medicina Legal
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Agentes Públicos
1. CLASSIFICAÇÃO
Agentes públicos é denominação genérica que designa aqueles que servem ao Poder
Público. Esses servidores subdividem-se em:
• agentes políticos;
• servidores públicos;
• funcionário público;
• empregado público;
Agentes políticos, definidos por Celso Antonio Bandeira de Melo, “são os titulares
dos cargos estruturais à organização política do País (...), Presidente da República,
Governadores, Prefeitos e respectivos vices, os auxiliares imediatos dos chefes de
Executivo, isto é, Ministros e Secretários das diversas pastas, bem como os Senadores,
Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores”.
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
• Presidente do Senado;
• Carreira diplomática;
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
Para os cargos em comissão também não se exige concurso público (art. 37, inc. V),
desde que as atribuições sejam de direção, chefia e assessoramento. Esses devem ser
preenchidos nas condições e nos percentuais mínimos previstos em lei.
O art. 37, inc. IV, assegura ao aprovado o direito adquirido de não ser preterido por
novos concursados.
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
2.3.1. Fases
• Concurso
• ressarcimento do erário.
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
2.9. Estabilidade
É a prerrogativa atribuída ao servidor que preencher os requisitos estabelecidos na
Constituição Federal, que lhe garante a permanência no serviço.
P.: O servidor estabilizado, que tiver seu cargo extinto, estará fora da Administração
Pública?
R.: Não, porque a Constituição Federal lhe garante estabilidade no serviço e não no
cargo. O servidor é colocado em disponibilidade remunerada, seguindo o disposto no art.
41, § 3.º, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional n. 19 – a
remuneração é proporcional ao tempo de serviço. Antes da emenda, a remuneração era
integral.
5
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
Critérios subjetivos que podem ser utilizados para justificar a escolha da dispensa de
determinado servidor:
• maior remuneração;
• menor idade;
2.10. Remuneração
A partir da Emenda Constitucional n. 19, passaram a existir dois regimes jurídicos
de remuneração dentro da Administração Pública:
O instrumento pelo qual será fixado o subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, segundo o art. 37, inc. X, da Constituição Federal, é lei ordinária específica da
matéria. Essa lei, segundo o art. 48, inc. XV, da Constituição Federal, é de iniciativa
conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do
STF.
O objetivo dos dispositivos é evitar que uma pessoa exerça várias funções sem que
possa desempenhá-las com eficiência e receba os respectivos vencimentos, integralmente,
ensejando manifesto prejuízo à Administração Pública.
7
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
O rol apresentado é taxativo, pois restringe direitos, não podendo ser interpretado
de forma ampliada. Nada impede, porém, a cumulação de cargos, empregos ou funções
públicas, desde que o servidor seja remunerado por apenas um deles.
R.: Art. 37, § 10: regra geral não, ressalvados os cargos acumuláveis na forma da
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração.
8
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
O servidor, ocupante de cargo em comissão, por exemplo, não faz parte dessa regra.
O art. 40, § 13, da Constituição Federal dispõe que ao servidor ocupante, exclusivamente,
de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, bem como de
outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência
social.
• compulsória;
• voluntária.
a) Invalidez
A invalidez permanente (art. 40, § 1.º, I, da Constituição Federal) deve impedir que
a pessoa continue exercendo suas atribuições. Ex.: digitador, que em acidente perde o pé,
não está impossibilitado de exercer a sua atividade.
b) Compulsória
c) Voluntária
O art. 40, § 1.º, inc. III, dispõe ser pré-requisito da aposentadoria voluntária o
cumprimento do tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público, sendo 5
anos no cargo em que se dará a aposentadoria.
10
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
Pedágio: consiste no exercício da atividade por 20% ou 40% a mais do tempo que
faltava para aposentadoria pelo regime anterior. Ex.: faltavam 10 anos para aposentar-se;
assim terá de trabalhar 2 ou 4 anos a mais.
11
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
O regime jurídico dos servidores públicos civis é disciplinado pela Lei n. 8.112/90.
A seguir, analisaremos alguns pontos relevantes.
3.1. Penalidades
As penas estão previstas no art. 127 da Lei. A relação é exaustiva, somente podendo
ser ampliado por outra lei, nunca pelo administrador:
• advertência;
• suspensão;
• demissão;
A aplicação da pena deve vir acompanhada das razões que a originaram. Trata-se da
motivação que consiste em mencionar o dispositivo legal e relacionar os fatos que
concretamente levaram à aplicação daquele dispositivo de lei (art. 140).
A pena deve ser proporcional à infração. O art. 128 do Estatuto do Servidor traz os
elementos que o administrador deve levar em consideração quando da aplicação da pena:
• sua gravidade;
• antecedentes funcionais.
12
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
3.2.1. Princípios
Nenhuma pena poderá ser aplicada senão por sindicância ou processo administrativo
disciplinar, assegurando-se o contraditório e a ampla defesa.
O art. 5.º, inc. LV, da Constituição Federal garante o contraditório e a ampla defesa
em processo judicial ou administrativo, não mencionando a sindicância, mas a esta se
estende porque dela pode resultar a aplicação de uma pena.
Não bastasse esse fundamento, a Lei n. 8.112/90, em seu art. 143, assegura ao
acusado a ampla defesa.
Meio sumário de apuração de infrações que possam ser apenadas somente com
advertência ou suspensão por até 30 dias (art. 145, inc. II).
O prazo de duração de uma sindicância é de 30 dias, prorrogável uma vez por igual
período.
b) Processo disciplinar
13
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
1.ª Fase – Abertura ou instauração: dá-se por portaria que deve conter:
Não é feito pela comissão julgadora, que apenas dirige o processo (art. 167).
Proferirá a decisão final uma das pessoas relacionadas no art. 141, dependendo da natureza
da infração cometida. Para a aplicação da pena devem ser levadas em conta as regras do
art. 128.
Não há prazo para se ingressar com o pedido, podendo ser feito a qualquer tempo.
− fato novo que influencie sobre a decisão anterior (não existente ou não
conhecido);
3.3. Vantagens
Os servidores que recebem subsídios são os que constam do art. 39, § 4.º, da
Constituição Federal, quais sejam:
3. membros de poder;
5. Ministros de Estado;
6. secretários estaduais;
7. secretários municipais.
R.: Art. 37, XV, da Constituição Federal: subsídio e vencimentos são irredutíveis. O
art. 41, § 3.º, da Lei n. 8.112/90 dispõe que o vencimento acrescido das vantagens de
caráter permanente é irredutível.
R.: Regra geral não. A exceção vem descrita no art. 46 da Lei para reposições e
indenizações ao erário.
15
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
b) Gratificações
c) Adicional
Exemplos:
O fato gerador vem previsto no art. 83, em que o servidor deve demonstrar que seu
auxílio é imprescindível e que não consegue acumulá-lo com o exercício de suas
atividades.
Não haverá prejuízo da remuneração por até 30 dias, período prorrogável por mais
30. Excedendo, não haverá remuneração por até 90 dias (art. 83, § 2.º).
O servidor não pode estar em estágio probatório. Possui prazo máximo de 3 anos e a
remuneração fica prejudicada.
17
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO ADMINISTRATIVO
• demissão (sanção);
• exoneração.
O cargo pode vagar também pela saída do servidor de um cargo para outro:
• aposentadoria;
• falecimento.
18
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
DIREITO CIVIL
1. PROPRIEDADE RESOLÚVEL
1.1. Introdução
A propriedade é absoluta, perpétua, não tendo termo final nem condição resolutiva
(irrevogável).
Condição Resolutiva
P. Irrevogabilidade P. Temporária
(ad tempus) Termo final
1.2. Conceito
É a que implica na perda da titularidade em decorrência de causa anterior ou
superveniente à sua constituição.
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
1.4. Efeitos
• Dominium revogabilie ex tunc.
1.5. Hipóteses
• Fideicomisso
• Retrovenda
Prop. Aparente
- Boa-fé
+
- Erro invencível
Segurança jurídica.
Casos:
• transcrição indevida;
• herdeiro aparente.
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
2. DIREITOS DE AUTOR
O atual Código Civil nem fez menção aos Direitos de Autor pois,
independentemente de sua natureza jurídica, a matéria é tratada e deve continuar a sê-lo
por lei especial, em virtude de autonomia que ganhou o tema dentro do rol dos Direitos
Reais.
Produto do Meio: outros autores, questionados por MALAPLATE, afirmam que a obra
artística ou científica é mero produto do meio em que surgiu.
Temos outros autores que verificam uma natureza jurídica desse direito:
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
matéria pelas regras da propriedade sobre coisas materiais, não dispondo a lei de
maneira diversa. É uma relação jurídica de natureza pessoal-patrimonial. É
pessoal no sentido de a personalidade do autor formar um elemento constante do
seu regulamento jurídico e porque, sob certos aspectos, seu objeto constitui uma
exteriorização da personalidade do autor, de modo a manter, constantemente, sua
inerência ativa ao criador da obra. Representa, por outro lado, uma relação de
direito patrimonial, porquanto a obra do engenho é, concomitantemente, tratada
pela lei como um bem econômico. É, portanto, o direito de autor um poder de
senhoria de um bem intelectual que contém poderes de ordem pessoal e
patrimonial. Qualifica-se como um direito pessoal-patrimonial.
A Lei dos Direitos Autorais, no inciso XIII, inclui ainda “as coletâneas ou
compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por
sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação
intelectual”. O § 2.º faz uma ressalva, não protegendo os dados ou materiais em si mesmos
e, entende-se, sem prejuízo de quaisquer direitos autorais que subsistam a respeito dos
dados ou materiais contidos na obra.
2.2.2. Titularidade
Estabelece o artigo 14 da Lei dos Direitos Autorais que “é titular de direitos de autor
quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra caída no domínio público; todavia não
pode, quem assim age, opor-se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo
se for cópia da sua”. O artigo 652 do Código Civil de 1916, revogado, também protegia o
tradutor ou o escritor, afirmando que esses têm o mesmo Direito de Autor, tanto o tradutor
de obra já entregue ao domínio comum quanto o escritor de versões permitidas pelo autor
da obra originária. O tradutor, porém, não pode se opor à nova tradução.
5
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
2.2.3. Tradução
De acordo com o artigo 29, inciso IV, da Lei dos Direitos Autorais, para que se
possa traduzir uma obra é imprescindível a anuência do autor, salvo se a obra já for de
domínio público. A primazia na tradução não confere exclusividade a nenhum tradutor de
modo a impedir que outra pessoa traduza a mesma obra. O primeiro tradutor só pode
reclamar as perdas e danos quando houver tradução que não passe de mera reprodução da
sua. O mesmo ocorre quanto às adaptações, arranjos e orquestrações, que só serão livres
desde que a obra já tenha caído no domínio público, caso contrário, dependerá de
autorização do autor. O texto traduzido ou adaptado é que constitui Direito de Autor do
tradutor ou daquele que fez o arranjo musical.
Acrescenta o artigo 9.º que, à cópia de arte plástica feita pelo próprio autor, é
assegurada a mesma proteção de que goza seu original.
O artigo 10 e seu par. ún. também protegem o título das obras e ainda o de
publicações periódicas, inclusive jornais, durante um ano após a saída do último número,
salvo se forem anuais, caso em que esse prazo se elevará a dois anos.
O artigo 12 da Lei dos Direitos Autorais determina que “para identificar-se como
autor, poderá o criador da obra intelectual usar de seu nome civil, completo ou abreviado,
até de suas iniciais, de pseudônimo ou de qualquer sinal convencional”.
6
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
O próprio SILVIO RODRIGUES afirma que o direito moral do autor é uma prerrogativa
de caráter pessoal, sendo um direito personalíssimo do autor. Tal direito é inalienável e
perpétuo, enquanto o direito patrimonial é temporário e transmissível.
• ter o nome, pseudônimo ou qualquer sinal para caracterizar o titular como autor;
• ter acesso a exemplar único e raro da obra que se encontre legitimamente com
terceiros.
Não tem direito de autor o titular cuja obra foi retirada de circulação em virtude de
sentença judicial, por ser tida como imoral, pornográfica, obscena ou que fira os artigos 61
a 64 da Lei de Imprensa (n. 5.250/67).
7
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
Como já dissemos, o artigo 27 da Lei dos Direitos Autorais diz que os direitos
morais do autor são absolutos, inalienáveis, irrenunciáveis e perpétuos. O autor pode
manter a obra inédita ou arrepender-se de tê-la publicado e retirá-la de circulação. A obra é
intangível e impenhorável.
2.4.1. Incomunicabilidade
Os direitos patrimoniais do autor, exceto os rendimentos resultantes de sua
exploração, não se comunicam, salvo se ao contrário dispuser o pacto antenupcial (artigo
39 da Lei dos Direitos Autorais). Tal dispositivo está em confronto com o artigo 263, inciso
XIII, do Código Civil de 1916 .
• edição;
8
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
É necessária a autorização do autor para reproduzir qualquer obra que não esteja em
domínio público, para comentá-la ou melhorá-la (artigo 30 da Lei dos Direitos Autorais).
Também será de 70 anos o prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras
anônimas ou pseudônimas, contados a partir de 1.º de janeiro do ano imediatamente
posterior ao da primeira publicação (artigo 43). Se o autor, todavia, antes do decurso desse
prazo, se der a conhecer, aplicar-se-á o disposto no par. ún. do artigo 41.
Além das obras em relação às quais transcorreu o prazo de proteção dos direitos
patrimoniais, pertencem ao domínio comum: as de autores falecidos que não tenham
deixado sucessores; as de autor desconhecido, ressalvada a proteção legal aos
conhecimentos étnicos e tradicionais (artigo 45).
Não serão de domínio público da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios as obras por eles simplesmente subvencionadas (artigo 6.º).
Não há, portanto, é bom frisar uma vez mais, nenhuma contradição entre a
imposição legal desse interregno de 70 anos para o direito autoral e o caráter de
perpetuidade peculiar do domínio porque, na propriedade literária, artística e científica, há
aquelas duas relações distintas, que já mencionamos antes, em que uma, concernente à
paternidade da obra, é perene ou perpétua, e outra, relativa à exploração econômica
exclusiva, é temporária. O legislador pretendeu apenas disseminar a arte e a cultura,
permitindo amplamente a reprodução ou execução dessas obras a preço inferior. O domínio
público permitirá, ao mesmo tempo, a divulgação da cultura e o barateamento da obra pela
livre exploração.
Nos direitos reais sobre coisa própria há um único titular (dominus) que possui o
poder de usar, fruir e dispor de maneira global (princípio da exclusividade). Nos direitos
reais sobre coisas alheias, há dois titulares. Essa é a única diferença entre direitos reais
sobre coisa própria e direitos reais sobre coisa alheia.
Direito real sobre coisa alheia é aquele em que o titular (ou proprietário) confere a
terceiro fração ou prerrogativas de poder que lhe eram inerentes, ou seja, o titular transfere
parcela do direito que tem a um terceiro (exemplo: usufrutuário). Fala-se em direitos reais
sobre coisa alheia, tendo em vista que se enxerga o direito sob a ótica do terceiro.
O artigo 1.225 do Código Civil traz um rol taxativo dos direitos reais sobre coisa
alheia. O rol é taxativo, tendo em vista a reserva legal, pois não é possível que o particular
crie direitos erga omnes.
• superfície;
• usufruto (usufrutuário);
• uso (usuário);
• Hipoteca.
• Penhora.
• Anticrese.
O terceiro, nesse caso, tem uma única prerrogativa: execução da coisa; levar o bem
à hasta pública.
11
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
4. SERVIDÃO
4.1.1. Conceito
Servidão real é a limitação da propriedade na qual o titular do imóvel dominante
pode usar e fruir do imóvel serviente para os fins estabelecidos na relação jurídica. O
grande objetivo jurídico da servidão é a proteção do titular de um imóvel dominante. Tem
por natureza jurídica uma limitação real à propriedade.
4.1.2. Princípios
• Necessidade de se ter dois imóveis com dois titulares diferentes. Não basta os
dois imóveis diferentes, deve haver uma titularidade diferente. Se houver dois
titulares em condomínio, não há servidão.
12
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
• Servidão contínua ou não contínua: a contínua existe quando o seu exercício for
de ato material ininterrupto. A descontínua é aquela em que a prática dos atos
sofre interrupção (exemplo: servidão de passagem).
O artigo 1.213 do Código Civil dispõe que somente uma servidão aparente e
contínua poderá ter proteção possessória e gerar ação possessória e de usucapião. A
Súmula n. 415 do Supremo Tribunal Federal, entretanto, dispõe que há uma exceção a essa
regra, tratando-se da servidão de passagem, que é uma servidão aparente e descontínua,
mas, com proteção possessória.
13
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
5. USUFRUTO
5.1. Conceito
É o direito real limitado pelo qual o titular da coisa transfere a terceiro o direito de
usar e fruir ou o direito de dispor de forma temporária, remanescendo o titular com
prerrogativa real sobre a coisa.
5.3. Espécies
• Por vontade das partes: estabelece-se por ato unilateral (testamento etc.) ou por
ato bilateral (contrato). O usufruto por ato bilateral pode ser gratuito ou oneroso.
15
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
• Vitalício: é aquele que vigora até a morte do usufrutuário ou, se for pessoa
jurídica, por 30 anos.
O usufruto, conforme a classificação pelo Direito Romano, usada pelo Código Civil
, é:
16
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
5.5.1. Usufrutuário
a) Direitos do usufrutuário
• Usar e fruir livremente da coisa, desde que não exista uma causa que limite essa
fruição.
b) Obrigações do usufrutuário
5.5.2. Nu-proprietário
São direitos do nu-proprietário:
• alienar a coisa (o nu-proprietário poderá alienar a coisa quando e para quem ele
quiser);
18
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
6.1. Conceito
O contrato de compra e venda gera um direito real limitado, pelo qual o promitente
vendedor aliena, por instrumento público ou particular, um bem imóvel mediante o
pagamento integral do preço pelo compromissário comprador que, nessa ocasião, adquire o
direito à escritura definitiva do imóvel ou à sua adjudicação compulsória (artigos 1.417 e
1418 do Código Civil). Há um direito real limitado, visto que há duas partes com
prerrogativas reais:
19
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
6.2. Histórico
O contrato de compra e venda nasce de um pré-contrato, que é um acordo de
vontades no qual as partes de obrigam a realizar um negócio definitivo, ou seja, obrigam-se
a realizar um outro contrato. Há uma obrigação de fazer (artigo 1.088 do Código Civil de
1916).
O pré-contrato era uma figura jurídica que causava insegurança, tendo em vista
haver a possibilidade de arrependimento das partes, e, por esse motivo, foi extinto do
Código Civil .
Opção é um pré-contrato unilateral em que somente uma das partes pode exigir a
realização do contrato definitivo.
6.3. Espécies
Existem hoje duas espécies diferentes de contrato de compra e venda:
20
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
6.5. Requisitos
Caso falte um dos requisitos, a relação jurídica passa de obrigação real para somente
relação obrigacional.
21
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
6.5.1. Irretratabilidade
Não pode haver, no compromisso de compra e venda, nenhuma cláusula contratual
que permita a alguma das partes o arrependimento. Apesar de irretratável, entretanto, o
contrato de compra e venda pode ser resilido bilateralmente ou rescindido por culpa do
compromissário comprador.
Resilição unilateral é a extinção do contrato por ato voluntário da parte não culposa.
Resilição bilateral é a hipótese em que nenhuma das partes quer continuar com o
contrato (distrato). Tem eficácia ex nunc. O distrato deve ter a mesma forma do contrato
Há a regra de que o ascendente não pode vender o bem para o descendente sem a
anuência dos demais. Se não houver anuência expressa de um dos descendentes, caberá
ação anulatória, que pode ser promovida pelo Ministério Público caso o descendente que
não anuiu seja menor. A ação anulatória pode ser proposta em 10 anos a partir da venda do
bem.
6.5.6. Registro
Deve haver o registro, visto que sem ele não há direito real. Todo direito real sobre
coisa alheia necessita de registro.
23
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
6.6.5. Cessibilidade
Apesar de o compromisso de compra e venda não poder ser alienado, ele pode ser
cedido. Tanto o compromissário comprador quanto o promitente vendedor podem ceder
seus direitos.
24
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
Por sua vez, o promitente vendedor poderá ceder seu crédito, entretanto terá,
obrigatoriamente, que notificar o compromissário comprador.
7.1. Introdução
Os Direitos Reais de Garantia surgiram no ano 326 a.C. com a lex poetelia, quando
os bens passaram a responder pelas obrigações. Anteriormente, as relações eram pessoais,
ou seja, a pessoa respondia pela sua obrigação com o próprio corpo (tornava-se escrava).
25
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
26
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CIVIL
A relação de garantia, quer a hipoteca, quer o penhor, quer a anticrese, não pode ser
autônoma.
7.3.2. Princípios
• Princípio da Acessoriedade: O direito de garantia (hipoteca, penhor ou
anticrese) decorre sempre de uma relação principal, de um outro contrato. É,
portanto, um contrato acessório que depende do contrato principal, não havendo
exceções. Em caso de nulidade ou prescrição da relação principal, haverá
também nulidade ou prescrição da relação acessória (direito de garantia).
• Princípio do Privilégio: O crédito real não está sujeito a rateio. Somente a hipoteca
autoriza a concessão de várias hipotecas sobre o mesmo bem (sub-hipoteca), visto que é
a única hipótese em que o bem remanesce com o devedor. Havendo várias hipotecas,
aplica-se o princípio cronológico, ou seja, aquele credor que prenotou primeiro terá o
privilégio sobre o bem.
O fato de se estabelecer um privilégio real não implica que o crédito real venha
a ser resgatado em primeiro lugar, visto que existem os créditos públicos que
preferem sobre todos os demais créditos, independentemente da data em que
foram prenotados.
7.4.1. Capacidade
Capacidade genérica tem o proprietário (aquele que tem o jus disponendi da coisa).
A lei estabelece uma capacidade específica quando o proprietário for casado, devendo,
necessariamente, haver a outorga do cônjuge, independentemente do regime de bens.
No direito de sucessão, somente por alvará um bem poderá ser gravado em garantia,
independentemente da anuência de todos os herdeiros.
7.4.2. Objeto
O bem deverá estar no comércio.
Não será possível hipotecar bem de família voluntário, entretanto, bem de família
compulsório poderá ser objeto de hipoteca (artigo 3.º da Lei n. 8.009/90). Nos casos de
bens compulsórios, se o bem for divisível, cada condômino pode gravar a sua parte; se for
indivisível, todos os condôminos devem dar o bem em garantia.
28
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
DIREITO COMERCIAL
Títulos de Crédito
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO COMERCIAL
DIREITO COMERCIAL
Títulos de Crédito
1. INTRODUÇÃO
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO COMERCIAL
2.1. Negociabilidade
O credor do título de crédito pode receber o valor nele mencionado antes da data do
vencimento, uma vez que o título pode ser transferido por endosso e, se for ao portador
(cheque com valor inferior a R$ 100,00), pela simples tradição.
2.2. Executividade
Os títulos de crédito, em geral, são títulos executivos extrajudiciais (art. 585 do
CPC).
3.1. Da Cartularidade
O exercício do direito de crédito fica condicionado à apresentação da cártula (título).
Tal princípio vem a confirmar o que dispõe o artigo 887, quando determina que o título de
crédito é documento necessário ao exercício do direito nele contido.
Na Lei de Duplicatas, podemos encontrar exceção a este princípio, uma vez que o
parágrafo 2º. do artigo 15 permite a execução judicial de crédito sem que seja apresentado
o título ao devedor.
3.2. Da Literalidade
Segundo este princípio só poderá ser oposto ao credor aquilo que estiver
expressamente mencionado no título de crédito. Assim, aquilo que não consta do corpo do
título de crédito não poderá ser exigido.
3.3. Da Autonomia
As disposições que constam na cártula (título de crédito) não se vinculam à causa
que as originou, adquirem autonomia à partir da expedição do título
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO COMERCIAL
Assim, a obrigação de pagar uma nota promissória não se vincula ao negócio que
deu causa à sua emissão.
4.1. Da Abstração
Via de regra, os títulos de crédito, são documentos abstratos, ou seja, não têm
ligação com a relação jurídica subjacente que lhes deu origem.
Saliente-se, entretanto, que as duplicatas, são títulos de crédito causais, uma vez que
a legislação prevê expressamente as causas que permitem as suas emissões.
A doutrina apresenta quatro critérios para classificação dos títulos. São eles:
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO COMERCIAL
Ao portador são títulos que não identificam seu credor podendo, por esse motivo,
ser transferidos mediante tradição. São títulos ao portador os cheques com valores abaixo
de R$100,00 (cem reais).
5
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO COMERCIAL
6
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
Poder Executivo
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. PODER EXECUTIVO
Forma de Governo, por sua vez, é referente à maneira como ocorre a instituição do
poder na sociedade e a relação entre o povo e seus governantes. As formas mais comuns de
governo são a Monarquia e a República.
Por fim, temos as chamadas Formas de Estado, ligadas à existência ou não de uma
divisão territorial do poder: o Estado pode ser unitário, com o poder concentrado em um
órgão central, ou federado, com poderes regionais que gozam da autonomia que lhes
confere a Constituição Federal, e um poder central soberano e aglutinador.
Caso nenhum dos candidatos alcance a maioria absoluta dos votos na primeira
votação, é realizada nova eleição, concorrendo os dois candidatos mais votados e
considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. No caso de empate
no segundo lugar, estará qualificado o mais idoso e, se algum dos dois concorrentes desistir
ou morrer, é chamado o seguinte, evitando-se assim conluios capazes de burlar a exigência
da maioria absoluta.
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
O mesmo critério do duplo turno de votação, caso nenhum dos candidatos obtenha a
maioria absoluta dos votos em primeiro turno, vale para a eleição dos governadores e dos
prefeitos dos Municípios com mais de 200.000 eleitores.
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
Qualquer cidadão é parte legítima para apresentar acusação perante a Câmara dos
Deputados, devendo a petição contar com a assinatura do denunciante (e firma
reconhecida) e observar as demais exigências do artigo 15 da Lei n. 1.079/50.
Conforme orientam os artigos 51, inciso I, 52, inciso I, e 86, todos da Constituição
Federal, o processo de impedimento por crime de responsabilidade tem duas fases.
Caso em 180 dias o julgamento junto ao Senado não esteja concluído, cessa o
afastamento do Presidente da República, sem prejuízo do seguimento do processo.
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
A condenação imposta pelo Senado implica a perda do cargo, com inabilitação por 8
anos para o exercício de funções públicas, sem prejuízo das demais sanções cabíveis
(artigo 52, parágrafo único, da Constituição Federal). Caso o ato ensejador do
impeachment seja um fato típico penal, a condenação pelo crime de responsabilidade não
afasta a possibilidade de condenação pelo crime comum, que reflexamente também impõe
a perda do cargo (artigo 15, inciso III).
Mesmo com a renúncia, o processo prossegue para que se julgue a inabilitação (caso
Collor).
Tendo início a segunda fase do processo por crime comum, a exemplo do que se
verifica quando iniciada no Senado Federal a segunda fase do processo por crime de
responsabilidade, o Presidente da República ficará provisoriamente suspenso de suas
funções.
5
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
Caso, em 180 dias, o julgamento junto ao Supremo Tribunal Federal não esteja
concluído, cessa o afastamento do Presidente da República, sem prejuízo do seguimento do
processo.
O Presidente da República somente está sujeito à prisão após ser proferida pelo
Supremo Tribunal Federal a sentença condenatória pela prática de infração penal comum.
Os membros do Ministério Público da União, que oficiam junto aos tribunais, por
crime comum ou de responsabilidade, são julgados pelo Superior Tribunal de Justiça. Os
que atuam perante os juízos federais de primeira instância são julgados pelos Tribunais
Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral (artigo 18 da Lei
Complementar n. 75/93).
Os governadores, quanto aos crimes comuns, são julgados pelo Superior Tribunal de
Justiça após a autorização da respectiva Assembléia Legislativa por 2/3 dos seus membros.
A imunidade quanto à prisão e à cláusula de irresponsabilidade relativa não beneficiam os
7
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
governadores, sendo que os §§ 5.º e 6.º da Constituição Estadual de São Paulo foram
suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (ADIn n. 1.021-2).
Compete à União (e não ao Estado) legislar sobre processo (artigo 22, inciso I, da
Constituição Federal) e, de acordo com a Lei Federal n. 1.079/50, o Tribunal Especial deve
ser composto por cinco deputados estaduais (eleitos dentre os seus pares) e cinco
desembargadores (sorteados pelo Presidente do Tribunal de Justiça). O Tribunal Especial é
presidido pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que somente votará se houver empate
(voto de minerva).
O processo deve ser concluído no prazo de 120 dias a contar da autorização pela
Assembléia Legislativa. A condenação depende do voto de 2/3 dos membros do Tribunal
Especial e implica a desinvestidura e a inabilitação do processado para exercer qualquer
função pública por até 5 anos.
Quanto aos crimes eleitorais, prevalece que os prefeitos devem ser julgados pelos
respectivos Tribunais Regionais Eleitorais (STF – HC n. 68.967, j. em 9.10.1991).
A ação penal fundada no artigo 1.º do Decreto-lei n. 201/67 poderá ser proposta
mesmo após o encerramento ou a perda do mandato (Súmula n. 164 do Superior Tribunal
de Justiça), quando então a competência será do juiz singular (a Súmula n. 394 do Supremo
Tribunal de Federal foi cancelada). Caso o prefeito esteja temporariamente afastado do
cargo (por exemplo, em razão de processo diverso), subsiste a competência do tribunal
para o julgamento (Informativo STF n. 186). A Lei n.10.628, de 24 de dezembro de 2002,
deu nova redação ao § 1.º do artigo 84 do Código de Processo Penal, estabelecendo que a
competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agente,
prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação da
função pública. A norma é de constitucionalidade dubitável, pois, indiretamente, uma lei
ordinária tratou da competência dos tribunais (matéria reservada à norma constitucional).
“O art. 1.º do Dec.-lei n. 201/67 tipifica que crimes comuns ou funcionais praticados
por Prefeitos Municipais, ainda que impropriamente nomeados como crimes de
10
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
responsabilidade, são julgados pelo Poder Judiciário...” (STF-RT 726/586). São os crimes
impróprios de responsabilidade.
O artigo 1.º da Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar n. 64/90) determina que
os governadores e prefeitos que perderem seus cargos por infringirem a Constituição
Estadual ou a Lei Orgânica Municipal ficam inelegíveis para as eleições que se realizarem
durante o período remanescente, bem como para as que se realizarem nos três anos
seguintes.
voto da maioria simples dos membros da Câmara dos Vereadores. O afastamento definitivo
do cargo ocorrerá se assim deliberar 2/3, pelo menos, dos membros da casa.
Há quem sustente, porém, que o quórum de admissão da denúncia deve ser aquele
previsto na Lei Orgânica Municipal e não o da Lei Federal n. 1.079/50. A Lei Orgânica
Municipal de São Paulo prevê que a acusação deve ser recebida por 3/5 dos vereadores e
que, ao final do processo, a perda do mandado dependerá do voto, neste sentido, de pelo
menos 2/3 dos vereadores (artigo 72, §§ 4.º e 5.º).
12
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO CONSTITUCIONAL
Planejamento. Nenhum dos conselheiros é eleito ou nomeado entre outros brasileiros natos,
ao contrário do que se verifica no Conselho da República.
Um oficial militar somente perde seu posto e a sua patente se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível por decisão de Tribunal Militar de caráter permanente,
em tempo de paz, ou por Tribunal Especial, em tempo de guerra.
Aos militares veda-se a sindicalização e a greve, regra que se aplica também aos
policiais e bombeiros militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (artigo 42
da Constituição Federal).
infrações penais (natureza repressiva, pois visa formar a prova para a punição dos
culpados), exceto as militares (há na esfera militar o, Inquérito Policial Militar, IPM)
Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Nunes Junior sustentam que nada
impede que lei estadual ou convênio com a polícia militar invista as guardas municipais de
competência administrativa para a realização do policiamento ostensivo.
5
Estudos de Direito Administrativo. 2.ª ed. São Paulo: RT, 1999. p. 118.
15
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
1. AUDIÊNCIA
Não se pode esquecer que a Consolidação das Leis do Trabalho fala em “Audiência
de Julgamento” (art. 843), porque a audiência é uma só, embora as fases postulatória,
instrutória e decisória nela aconteçam. Preferiu o legislador ordinário denominar essa única
audiência – às vezes dividida em seções – “Audiência de Julgamento”.
1.1. Comparecimento
Devem estar presentes reclamante e reclamado, independentemente de seus
representantes (jus postulandi).
O empregador pode ser representado pelo gerente ou por qualquer outro preposto. A
Consolidação das Leis do Trabalho fala em substituição, mas não se trata de substituição
(defesa de direito alheio em nome próprio), posto que o empregador é o legitimado
passivamente.
O preposto não fala em seu nome; é apenas mero representante do réu. Segundo a
lei, essa representação é exercida pelo gerente ou por qualquer outro preposto que tenha
conhecimento do fato. A jurisprudência e a doutrina não são unânimes quanto à condição
do preposto, se empregado ou não. Interpretamos que deva ser empregado, porque, de certa
forma, o legislador, ao se referir à figura do gerente ou outro preposto, vinculou tais
representantes ao contrato de trabalho. Ademais, se assim não fosse, criaríamos a figura do
preposto profissional, o que parece fugir um pouco da intenção legal, ainda mais quando se
objetiva que em algumas situações o preposto possua os poderes do jus postulandi.
Entendemos, ainda, que tais poderes são restritos aos atos de audiência. Outros dão
amplitude à atividade do preposto, até para assinar recursos.
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Por sua vez, o empregado deve comparecer à audiência, não podendo fazer-se
representar, salvo no estrito caso de doença ou outro motivo poderoso, devidamente
comprovado, só para não sofrer o arquivamento da reclamatória (extinção do processo sem
julgamento do mérito).
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
1.1.3. Conciliação
A tentativa de conciliação é obrigatória antes da entrega ou da leitura da defesa (art.
846 da CLT).
Imprescindível que o juiz não deixe passar essa oportunidade do acordo e que isso
conste do termo, sob pena de nulidade processual.
3
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
DIREITO PENAL
Crimes Contra o Patrimônio
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PENAL
DIREITO PENAL
1.1.1. Elementos
a) Subtrair: tirar algo de alguém, desapossar alguém
Trata-se do elemento subjetivo do tipo. Não basta apenas a vontade de subtrair (dolo
geral): a norma exige a intenção específica de ter a coisa, para si ou para outrem, de forma
definitiva.
É esse elemento que distingue o crime de furto e o furto de uso (fato atípico). Para a
caracterização do furto de uso, que não é crime, é necessário que o agente tenha intenção
de uso momentâneo e que devolva a coisa no estado e no local em que se encontrava.
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PENAL
Coisa é toda substância material, corpórea, passível de subtração e que tenha valor
econômico.
Coisa móvel é aquela que pode ser transportada de um local para outro, sem
separação destrutiva do solo.
O Código Civil considera como imóvel alguns bens móveis, como aviões,
embarcações, o que para fins penais é irrelevante.
Os semoventes também podem ser objeto de furto, como, por exemplo, o abigeato,
ou seja, o furto de gado.
A coisa deve ser alheia (elemento normativo do furto). Nota-se que o furto é um tipo
anormal, porque contém elemento normativo que exige juízo de valor. Coisa alheia é
aquela que tem dono. Dessa forma, não constituem objeto de furto a res nullius (coisa de
ninguém, que nunca teve dono) e a res derelicta (coisa abandonada). Nessas hipóteses, o
fato será atípico porque a coisa não é alheia.
A coisa perdida (res desperdicta) tem dono, mas não pode ser objeto de furto porque
falta o requisito da subtração. Assim, quem a encontra e não a devolve não está subtraindo.
O agente responderá, nesse caso, por apropriação de coisa achada, tipificada no artigo 169,
parágrafo único, inciso II, do Código Penal. A coisa só é considerada perdida quando está
em local público ou aberto ao público. Coisa encontrada, por exemplo, dentro de casa,
dentro do carro, se não for restituída ao proprietário, caracterizará crime de furto.
Coisa de uso comum, tais como a água dos mares, o ar atmosférico, não pode ser
objeto de furto, exceto se estiver destacada de seu meio natural e for explorada por alguém.
Exemplo: água da Sabesp. Atenção: Não confundir com furto de coisa comum, definido no
artigo 156 do Código Penal, que ocorre quando o objeto pertence a duas ou mais pessoas
nas hipóteses de sociedade, condomínio de coisa móvel e co-herança. O crime do artigo
156 é de ação penal pública condicionada à representação.
O artigo 155, § 3.o, do Código Penal trata do furto de energia. Equipara-se à coisa
móvel a energia elétrica, bem como qualquer outra forma de energia com valor econômico.
Esse dispositivo é uma norma penal explicativa ou complementar (esclarece outras normas;
na hipótese, define como objeto material do furto a energia). A TV a cabo está sendo
equiparada. O sêmen é considerado energia genética e sua subtração caracteriza o delito de
furto.
Ser humano não pode ser objeto de furto, pois não é coisa.
Cortar o cabelo de alguém para vender, não configura furto, mas lesão corporal.
Se alguém, por erro, pegar um objeto alheio pensando que lhe pertence, não
responderá por furto em razão da incidência do erro de tipo.
O agente que furta um bem que já fora anteriormente furtado responde pelo delito,
que terá como vítima não o sujeito que cometeu o primeiro furto, mas o dono da coisa.
Pessoas jurídicas podem ser vítimas de furto, porque o seu patrimônio é distinto do
patrimônio dos sócios.
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PENAL
1.1.4. Consumação
O furto consuma-se mediante dois requisitos:
Se, na fuga, o agente se desfaz ou perde o objeto, que não venha a ser recuperado
pela vítima, consuma-se o delito, pois a vítima sofreu efetivo prejuízo. É exceção à
exigência de que o agente tenha posse tranqüila do bem.
Quando há concurso de agentes, se o crime está consumado para um, está também
consumado para todos – adoção da teoria unitária. Exemplo: dois ladrões furtam uma
carteira, um foge com o bem e o outro é preso no local: o crime está consumado para
ambos.
1.1.5. Tentativa
É possível, até mesmo na forma qualificada.
O fato de ter havido prisão em flagrante não implica, necessariamente, que o furto
seja tentado, como, por exemplo, o caso do flagrante ficto ou presumido (artigo 302, inciso
IV, do Código de Processo Penal), que permite a prisão do agente encontrado, logo depois
da prática do crime, com papéis, instrumentos, armas ou objetos que façam presumir ser
ele o autor do crime.
A violação de domicílio fica absorvida pelo furto praticado em residência por ser
crime-meio (princípio da consunção).
Se o agente, após a subtração, danifica o bem subtraído, responde apenas pelo furto,
sendo o dano um post factum impunível, pois a segunda conduta delituosa não traz novo
prejuízo à vítima.
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PENAL
O aumento não se aplica ao furto qualificado (§ 4.º), mas somente ao furto simples
(caput):
Para o Prof. Damásio de Jesus o aumento é cabível estando a casa habitada ou não,
bastando que o agente se aproveite da menor vigilância que decorre do “período do
sossego noturno”, conforme orientação da Exposição de Motivos do Código Penal, n. 56.
1.3.1. Requisitos
• Que o agente seja primário (todo aquele que não é reincidente). Se o réu for
primário e tiver maus antecedentes, fará jus ao privilégio, porque a lei não exige
bons antecedentes.
5
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PENAL
1.3.2. Conseqüências
Na aplicação da pena no furto privilegiado “... o juiz pode converter a reclusão em
detenção, podendo reduzir uma ou outra de um a dois terços, ou aplicar somente a multa. O
que não pode é reduzir a privativa e a multa” (JTACrimSP 76/363).
Apesar do § 2.º trazer a expressão “pode”, presentes os requisitos legais, o juiz deve
aplicar o privilégio, porque não há faculdade, e sim, direito subjetivo do réu.
Resposta: A doutrina diverge a respeito: uma corrente afirma que sim, pois não há
vedação legal; a outra, majoritária, não admite a aplicação e fundamenta que o privilégio
encontra-se no § 2.o, portanto, não poderia ser aplicado aos §§ 4.o e 5.o; ademais, a
gravidade do furto qualificado é incompatível com as conseqüências brandas (de redução
da pena) do privilégio. De qualquer forma, é possível a aplicação do privilégio ao furto
noturno (§ 1.º).
6
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PENAL
O obstáculo pode ser passivo (porta, janela, corrente, cadeado etc.) ou ativo (alarme,
armadilha).
O crime de dano fica absorvido pelo furto qualificado quando é meio para a
subtração, por ser uma qualificadora específica.
− Que a vítima, por algum motivo, deposite uma especial confiança em alguém:
amizade, namoro, relação de emprego etc. Saliente-se que a relação de
emprego deve ser analisada no caso concreto, pois, em determinados
empregos, patrão e empregado não possuem qualquer contato, inclusive para
os empregados domésticos a jurisprudência exige a demonstração da
confiança.
7
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PENAL
• Destreza: habilidade do agente que permite a prática do furto sem que a vítima
perceba. A vítima deve estar ao lado ou com o objeto para que a destreza tenha
relevância (uma bolsa, um colar etc.). Se a vítima está dormindo ou em avançado
estado de embriaguez não se aplica a qualificadora, pois não há necessidade de
habilidade para tal subtração. Se a vítima percebe a conduta do agente, não se
aplica a qualificadora. Se a vítima não perceber a conduta do agente, mas for
vista por terceiro, subsiste a qualificadora.
• qualquer objeto capaz de abrir uma fechadura. Exemplo: grampo, chave mixa,
gazua etc.
A chave falsa deve ser submetida à perícia para constatação de sua eficácia.
Para Nelson Hungria e Celso Delmanto a qualificadora será aplicada quando pelo
menos duas pessoas executarem a subtração, pois o crime seria cometido com maior
facilidade, dificultando a defesa da vítima. Para Damásio de Jesus e Heleno Fragoso a
qualificadora existirá ainda que uma só pessoa tenha praticado os atos executórios, porque
a lei exige o “concurso de duas ou mais pessoas”, não distinguindo co-autoria de
participação, sendo que nessa o agente não pratica atos executórios. Argumentam que a lei,
quando exige a execução por todos os envolvidos, é expressa nesse sentido, citando como
exemplo o artigo 146 do Código Penal que impõe “para execução do crime” a reunião de
mais de três pessoas.
1.4.2. Artigo 155, § 5.º, do Código Penal – Inserido pela Lei n. 9.426/96
A pena passa a ser de reclusão de 3 a 8 anos, se a subtração é de veículo automotor
“que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior”. A definição de veículo
automotor encontra-se no Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro.
Não basta a intenção do agente de transportar o veículo para outro Estado ou para o
exterior. Deve ocorrer o efetivo transpasse da fronteira ou divisa para incidência da
qualificadora.
Se o agente for detido antes de cruzar a divisa ou a fronteira, haverá o crime de furto
simples consumado e a qualificadora não será aplicada.
9
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PENAL
tendo sequer a posse tranqüila da res – há tentativa de furto qualificado; este não se
consumou, mas houve a configuração da qualificadora.
10
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
Processo Cautelar
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Processo Cautelar
Por mais célere, por mais eficaz que seja o processo de conhecimento ou de
execução, sempre será necessário um lapso temporal para que a tutela jurisdicional seja
concedida. Esse lapso temporal entre a propositura da ação e a sentença pode colocar em
risco o provimento jurisdicional requerido. Assim, o processo cautelar nasce para evitar
que a tutela cognitiva ou a tutela satisfativa se tornem inúteis diante do perecimento do
processo.
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
O Livro III do Código de Processo Civil possui duas “falhas”. A primeira por
destacar, dar autonomia ao processo cautelar ao transportar a matéria que ora era regulada
dentro do processo de conhecimento e do processo de execução. Alguns dispositivos
permaneceram nesses, ficando como matéria de natureza cautelar, mas excluída do
processo cautelar, como, por exemplo, a caução exigida pelo juiz no processo de execução.
1.2. Características
• Instrumentalidade: no caso, instrumentalidade tem uma conceituação específica,
qual seja: as cautelares não têm um fim em si mesmas, ou seja, quando a parte
requerer uma cautelar, estará visando a preservação de um outro direito que
deverá ser reconhecido ou será objeto de um processo de conhecimento ou de
execução.
• Provisoriedade: as cautelares produzirão efeitos até que não mais exista o risco
de dano irreparável ou de difícil reparação.
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
1.3. Classificação
Uma primeira classificação, fundada no momento da propositura da cautelar, divide
as cautelares em:
•Inominadas: são aquelas fundadas no Poder Geral de Cautela do juiz. O Livro das
Cautelares no Código de Processo Civil é dividido em duas partes. A primeira é
dedicada ao Poder Geral de Cautela do juiz. O Código simplesmente determina que,
havendo risco ou ameaça de lesão, o juiz pode conceder a tutela cautelar e, a partir
daí, narra o procedimento para se conceder a tutela cautelar.
- assecuratórias de pessoas: cautelar para evitar que alguma das partes pereça no
decorrer do processo (ex.: cautelar de alimentos provisórios);
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Embora o Código de Processo Civil tenha criado o Poder Geral de Cautela, no qual
o juiz poderá tomar qualquer medida para que a decisão final não seja ineficaz, o mesmo
sofre limites em razão da própria tutela cautelar, quais sejam:
•Periculum in mora: é o risco de lesão grave ou de difícil reparação. Para que este
requisito esteja preenchido, serão necessários três elementos:
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
- risco fundado: o risco deve ser concreto, não podendo estar no campo da
mera hipótese (ex.: um título levado a protesto);
•Oposição: pela sua natureza, a oposição não é admitida, visto que a finalidade do
processo cautelar não é a certeza do direito.
1.8. Competência
O Código de Processo Civil não traz regras de caráter geral para a competência das
cautelares; assim, será competente para julgar a cautelar o juízo competente para julgar o
processo principal.
Algumas cautelares típicas têm regra especial, como, por exemplo, a cautelar de
atentado, que tem por competência sempre o juízo originário. Ainda que o processo
principal esteja no tribunal aguardando julgamento, a cautelar de atentado será proposta
perante o juízo que julgou o processo principal.
Admite-se que o juízo incompetente aprecie eventual cautelar, desde que a urgência
da medida justifique essa conduta.
• De modo normal quando atinge o seu objetivo, que é o de fazer com que a
decisão do processo principal não se torne inútil. No momento em que a decisão
principal não mais correr o risco de se tornar inútil, a cautelar se extingue,
perdendo sua eficácia.
6
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
•Como em qualquer procedimento, as cautelares terão início com uma petição inicial
e terão fim com uma sentença, da qual caberá recurso. O procedimento das
cautelares é o de conhecimento.
7
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
− especificação de provas, que deve ser genérica, pois não sendo contestada a
demanda, não se sabe quais os fatos controversos, e o que deve ser provado.
O Código de Processo Civil permite ao juiz, ao conceder uma liminar, que fixe uma
caução real ou fidejussória. A doutrina tradicional sempre foi no sentido de que compete ao
requerente indicar a caução, seja ela real ou fidejussória. Nos últimos três anos, entretanto,
a jurisprudência foi alterada e hoje o entendimento dominante é que o juiz tem o direito de
indicar a caução.
8
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
c) Citação do requerido
A citação será feita nos moldes da ação ordinária; entretanto, o Código de Processo
Civil dispõe que o prazo para apresentar contestação será de 5 dias, podendo, inclusive,
apresentar exceções, sendo vedada, porém, a reconvenção.
São dois os termos iniciais para a contagem do prazo de 5 dias para a apresentação
da contestação: a juntada do mandado de execução da liminar e, se a citação for feita
perante terceiros (ex.: sustação de protesto), o requerido deverá ser citado pessoalmente,
contando-se o prazo da juntada do mandado de citação.
d) Contestação
e) Réplica
O juiz poderá abrir prazo para o autor se manifestar acerca da contestação. O prazo
para o oferecimento da réplica será o mesmo da contestação, já que a lei não previu
o prazo nas cautelares.
f) Instrução probatória
g) Sentença
A sentença do processo cautelar, como regra, não pode produzir coisa julgada
material por não haver julgamento de mérito e ser a sentença sempre revogável, tendo,
9
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
portanto, natureza provisória. A sentença que julgar improcedente uma cautelar sob o
argumento de que ocorreu a decadência ou a prescrição da ação, fará coisa julgada
material, pois quando se decreta decadência ou prescrição, o juiz está, implicitamente,
afirmando que o autor sequer tem o direito alegado na cautelar, ou seja, o autor sequer
teria o direito de propor a ação principal.
h) Recursos
i) Execução
•não propuser a ação principal no prazo de 30 dias: neste caso, o requerente estará
sendo punido pela tentativa de eternizar a cautelar;
10
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
vai responder pelo dano nos casos em que a não-citação ocorreu em razão da
omissão do Estado ou de um de seus agentes;
• o processo principal for extinto com ou sem julgamento do mérito: houve uma
repetição, visto que, na primeira hipótese, já há disposição sobre isso;
•na cautelar reconhecer decadência ou prescrição: prevê a hipótese de, pelo fato de
a cautelar já não dar o direito da principal, o requerente responder pelo dano.
portanto, é objetiva nas cautelares, pois são tomadas com base em verossimilhança, e as
tutelas antecipadas também são tomadas com base em verossimilhança, a responsabilidade
deve ser também objetiva. Nesse caso, há uma pequena tendência de prevalecer a
responsabilidade objetiva.
2. ARRESTO
Para que se tenha uma boa compreensão desse instituto, faz-se importante uma visão
geral da obrigação de pagar, que é liquidada pela chamada execução por quantia certa
contra devedor solvente. Ingressa-se com a ação, faz-se a citação e posteriormente a
penhora. Como regra geral, o momento em que os bens sofrem constrição para garantir o
pagamento é a penhora. Do risco de o devedor não possuir bens para penhorar, quando
chegar esta fase, surge o arresto.
O arresto é, portanto, uma medida cautelar que tem por objetivo a constrição de
bens do devedor, de modo a garantir a satisfação de um crédito. Essa medida cautelar
poderá ser tanto preparatória quanto incidental. Para preservar o crédito, o credor poderá
valer-se do arresto, seja antes ou depois do ingresso da execução.
Não se pode confundir essa figura do arresto com o arresto executivo. O Código
prevê que se o executado não for encontrado para citação, seus bens serão arrestados. No
caso, os bens serão arrestados tão-somente pelo fato de que o executado não foi citado, não
havendo risco de dilapidação do patrimônio.
12
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Há, ainda, a possibilidade de o réu ingressar com uma cautelar de arresto em face de
outro réu, havendo a exclusão do credor. Por exemplo, nos casos de uma ação contra o
devedor principal e o fiador, esse último poderá entrar com uma cautelar de arresto para
preservar o seu direito de regresso.
O Ministério Público, como fiscal da lei, não poderá ingressar com ação de arresto.
Existe, entretanto, uma corrente minoritária que defende essa legitimidade, dependendo da
natureza da demanda.
Contra a Fazenda Pública não se pode, em regra, interpor uma cautelar de arresto.
Quando há o rompimento da ordem de pagamento dos precatórios, o Código prevê uma
cautelar de seqüestro que tem natureza de arresto.
“ausentar-se furtivamente”, está se referindo àquele que tenta se ausentar sem um motivo
aparente, de modo inesperado, sem dar a devida publicidade.
O devedor se submeterá ao arresto desde que ele onere ou aliene os seus bens, sem
deixar outros livres e desembargados de modo a garantir os demais credores.
Assim, quando cita certeza, significa que esse crédito deve ter uma forte
plausibilidade, uma forte possibilidade de existir.
− pagamento da dívida;
− apresentação de fiador.
- pagamento da dívida;
- novação;
- transação.
Com o pagamento da dívida, cessa a eficácia do arresto, não havendo que se falar
em suspensão. Parte da doutrina, com o objetivo de justificar o antagonismo desses dois
dispositivos, elaborou duas explicações.
15
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
O Código de Processo Civil não trata dentro do capítulo do arresto de todos os atos
processuais que comporão essa cautelar, visto que as regras gerais são as mesmas das
cautelares inominadas. Há, porém, algumas regras específicas aplicadas ao arresto.
Na petição inicial, nos fatos e fundamentos, o requerente deve provar que preenche
os requisitos para requerer o arresto. Em relação à liminar, esta poderá ser concedida após
a audiência de justificação, que será feita sem a presença do requerido, se houver
necessidade.
3. SEQÜESTRO
A medida cautelar não está obrigatoriamente vinculada a uma futura execução para
entrega de coisa certa. Pode haver execução lato sensu, como pode não haver qualquer
espécie de execução. No sistema processual brasileiro, dentro do Livro das Cautelares, o
seqüestro será uma medida cautelar, preparatória ou incidental, mas sempre de natureza
cautelar, não havendo hipótese de antecipação de tutela.
É admissível o seqüestro:
16
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Parte dominante da doutrina entende que sim, visto não haver motivo para não se
fazer uma interpretação mais extensa (ex.: seqüestro de quotas de empresa).
• sobre frutos e rendimentos do imóvel, reivindicando quando o réu, após ter sido
proferida sentença sujeita a recurso, os estiver dissipando. No caso, o Código
está gerando uma presunção de que se o réu já foi condenado, e a partir desse
instante pode continuar a receber esses frutos ou rendimentos, mas esses frutos
ou rendimentos não poderão ser utilizados sem garantia, ou seja, o réu perde a
livre disponibilidade dos frutos e rendimentos. O Código exige, entretanto, a
existência da sentença.
• nos casos de dilapidação de patrimônio por parte de um dos cônjuges nas ações
de separação ou anulação de casamento. O seqüestro, neste caso, será admissível
quando se tratar de bens do casal ou do requerente da cautelar. A dilapidação
abrange tanto onerar quanto destruir os bens. O seqüestro de bens não pode
impedir os atos de administração ou de gestão ordinária do patrimônio. A
dilapidação se refere a prejuízos intencionais à meação.
4. CAUÇÃO
18
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
Citação e Intimação
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Citação e Intimação
1. CITAÇÃO
1.1. Introdução
1.1.1. Conceito
A citação é o ato processual por meio do qual é oferecido ao acusado conhecimento
oficial acerca do teor da acusação, abrindo-se oportunidade para que ele produza sua
defesa. Assim, compõe-se a citação de dois elementos: a cientificação do inteiro teor da
acusação e o chamamento do acusado para vir apresentar a sua defesa. Se essas finalidades
não forem atingidas haverá vício no ato citatório.
1.1.2. Observações
A citação é determinada pelo juiz e cumprida pelo Oficial de Justiça.
1.1.3. Classificação
A citação, no processo penal, pode ser de duas espécies:
Essa distinção é dada pela doutrina. Muitas vezes, o Código de Processo Penal não
diferencia intimação e notificação, referindo-se a uma quando deveria aludir à outra.
Se a perturbação mental ainda não for conhecida do juízo, mas o Oficial de Justiça a
constata por ser aparente, deverá certificar a ocorrência no verso do mandado, a fim de que
o juiz possa determinar a instauração do incidente de insanidade mental.
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Uma vez citado, fica o réu vinculado à instância, com todos os ônus daí decorrentes.
Em decorrência desta vinculação, o acusado deverá comparecer quando citado, bem como
toda vez em que for intimado. Sua inércia em atender ao chamado denomina-se
contumácia, que significa ausência injustificada.
Por fim, ressalte-se que com o advento da Lei n. 9.271/96, o fenômeno da revelia
somente se verificará nas hipóteses de contumácia de réu citado pessoalmente ou por
edital, quando, neste último caso, tiver defensor constituído.
A citação válida no processo penal não torna prevento o juízo, não interrompe a
prescrição e não induz litispendência.
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL PENAL
A citação pode ser realizada a qualquer tempo, dia e hora, inclusive domingos e
feriados, durante o dia ou à noite. Não se deve, todavia, proceder à citação: de doente,
enquanto grave o seu estado; de noivos, nos três primeiros dias de bodas; de quem estiver
assistindo ato de culto religioso; de cônjuge ou outro parente de morto (consangüíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, em segundo grau) no dia do falecimento e nos sete dias
seguintes.
Uma característica da citação por precatória é o seu caráter itinerante (artigo 355, §
1.º, do Código de Processo Penal). Se o juiz deprecado verificar que o acusado se encontra
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL PENAL
em território sujeito à jurisdição de um outro juízo, a este remeterá a carta precatória para a
efetivação da citação, desde que haja tempo.
Anteriormente, o réu que estava no estrangeiro era citado por edital no caso de
infração afiançável. A Lei n. 9.271/96 uniformizou o tratamento para infrações afiançáveis
e inafiançáveis: a citação é pessoal, por meio de carta rogatória. Exceção: se o Estado
estrangeiro se recusar a cumprir a rogatória do Brasil, o acusado será citado por edital.
Nesse caso, considera-se que ele está em local inacessível (artigo 363, inciso I, do Código
de Processo Penal).
5
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL PENAL
• acusado que se oculta para não ser citado, com prazo de 5 dias;
Observação: Súmula 351 do Supremo Tribunal Federal: “É nula a citação por edital
de réu preso na mesma unidade da Federação em que o juiz exerce a sua jurisdição”.
O edital será afixado na porta do juízo e será publicado na imprensa, onde houver
(no Estado de São Paulo, por exemplo, o Diário Oficial circula em todas as comarcas). O
prazo é contado nos termos do artigo 798, § 1.º, do Código de Processo Penal,
considerando-se como primeiro dia o primeiro dia útil seguinte à publicação ou à fixação.
6
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL PENAL
O artigo 366 do Código de Processo Penal traz uma norma híbrida ou mista, isto é,
contém uma regra de direito processual (quando trata da suspensão do processo) e uma
regra de direito penal (quando trata da suspensão do prazo prescricional). Entendemos que
em normas híbridas, a parte penal deve prevalecer sobre a parte processual, determinando a
retroaplicação ou não do dispositivo, conforme seja mais ou menos benéfica ao réu. Essa
solução leva em conta que a parte que trata do direito material afeta o direito de punir do
Estado e, por isso, deve prevalecer sobre a parte que trata de direito processual. No caso do
artigo 366, como a norma penal estabelece uma situação pior para o réu (suspende o prazo
prescricional), o dispositivo não deve ser aplicado aos crimes praticados antes da entrada
em vigor da lei. Esse é o entendimento do Supremo Tribunal Federal.
Da decisão que aplica o artigo 366 do Código de Processo Penal cabe recurso em
sentido estrito por analogia ao artigo 581, inciso XVI, do Código de Processo Penal. Há
acórdãos entendendo que interposta a apelação, essa poderá ser recebida em razão do
princípio da fungibilidade.
2. INTIMAÇÃO
Conforme o artigo 370 do Código de Processo Penal, nas intimações dos acusados,
testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, serão
observadas as regras previstas para as citações. A intimação também pode ser feita pelo
escrivão – o que não é permitido nas citações – por despacho em petição que servirá de
mandado, por termos nos autos, pela publicação no órgão oficial e pelo correio.
7
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO PROCESSUAL PENAL
As intimações poderão ser realizadas no curso das férias forenses, pois os prazos
correm da data da intimação. Conforme a Súmula n. 310 do Supremo Tribunal Federal,
quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for
feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver
expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir.
8
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidades e Isenções Tributárias
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO
1.2. Imunidades
São hipóteses de não-incidência tributária constitucionalmente qualificada.
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO TRIBUTÁRIO
As pessoas políticas, no entanto, não são imunes a impostos quando praticam atos
empresariais – desempenho de atividades privadas. Exemplo: cantina dentro de uma
repartição pública.
• Imunidade dos templos de qualquer culto, artigo 150, inciso VI, alínea “b”, da
Constituição Federal: desde que não sejam ofensivos à moral, aos bons costumes
ou à segurança nacional. Cabe ao ente político provar que o culto é imoral ou
atentatório aos bons costumes ou à segurança nacional.
Não são imunes, por exemplo, o estacionamento oferecido pela igreja aos seus fiéis;
a produção de licores e vinhos fabricados pela igreja etc.
Se a igreja aluga o imóvel para realização de seus cultos, o proprietário deste não se
torna imune aos impostos incidentes.
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO TRIBUTÁRIO
Livros que não estão imunes: livro de ata, livro de bordo, livro de ouro, livro-diário
etc., porque não se destinam à propagação de pensamentos.
• Artigo 150, § 2.º, da Constituição Federal de 1988: são imunes a tributos por
meio de impostos as autarquias e as fundações públicas, pois descendem
diretamente das pessoas políticas.
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO TRIBUTÁRIO
• Artigo 153, § 2.º, inciso II, da Constituição Federal de 1988 (IR), revogado pela
Emenda Constitucional n. 20/98, dizia que: são imunes de IR os proventos de
aposentadoria recebidos por maiores de 65 anos que não tenham outra fonte de
rendimentos.
Há entendimento doutrinário de que este artigo é cláusula pétrea e não poderia ter
sido revogado pela Emenda Constitucional,permanecendo assim em vigor.
Estão imunes ao ITR os proprietários de pequenas glebas rurais, desde que não
tenham outro imóvel e dele extraiam a sua subsistência.
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO TRIBUTÁRIO
Surgiu, então, a Lei Complementar n. 87/96 (Lei Kandir), que em seu artigo 37,
inciso I, isenta de ICMS quaisquer outras exportações (produtos semi-elaborados ou
primários). Questiona-se a constitucionalidade dessa lei que retira dos Estados sua
competência tributária.
• Artigo 156, inciso II, in fine, da Constituição Federal de 1988 (ITBI - SISA): não
incide sobre direitos reais de garantias que recaem sobre imóveis (hipoteca e
anticrese). Hipoteca é o direito real de garantia incidente sobre o imóvel do
devedor ou de terceiro, sem transmissão de sua posse ao credor (artigo 1.473 e
seguintes do Código Civil). Anticrese é o direito real de garantia incidente sobre
o imóvel do devedor ou de terceiro, com transmissão de sua posse ao credor para
que este perceba e receba seus frutos, imputando-os ao débito (artigo 1.506 e
seguintes do Código Civil);
• Artigo 156, § 2.º, inciso I, da Constituição Federal de 1988 (ITBI) não incide
sobre transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrentes de fusão incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se,
nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda
desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
Onde está escrito isentas, deve-se ler imunes, pois tratado pela Constituição Federal.
5
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
DIREITO TRIBUTÁRIO
Essa lei só pode ser complementar, pois, nos termos do artigo 146, inciso II, só a lei
complementar pode regular restrições ao poder de tributar. Faz as vezes dessa lei o artigo
14 do Código Tributário Nacional, que prevê três requisitos para que haja aquela
imunidade.
6
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Entende-se que a execução penal tem natureza jurídica mista ou complexa, porque
nela são praticados atos de natureza administrativa e jurisdicional. Para se comprovar o
alegado basta o exame do art. 66 da Lei de Execução Penal, no qual estão as atribuições do
juiz das execuções. Nos incisos I a V do mencionado artigo estão os atos do juiz de
natureza jurisdicional, enquanto os incisos restantes (VI a IX) têm nítida natureza
administrativa (função judiciária em sentido estrito).
Embora não se negue que a execução penal desenvolva-se nos planos administrativo
e jurisdicional, a tutela tendente à efetivação da sanção penal é objeto do processo de
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XVI
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
O rito do agravo não está previsto na Lei de Execução Penal. Adota-se por
convenção o rito do recurso em sentido estrito (entendimento predominante).
4. COMPETÊNCIA
b) Nas comarcas onde houver mais de uma Vara Criminal, será a Lei de
Organização Judiciária que fixará a competência.
• A aplicação da lei mais benéfica, após o trânsito, é feita pelo juiz das execuções
e não por meio de revisão criminal ou habeas corpus.
5
___________________________________________________________________
MÓDULO VIII
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença
No dia 13.2.1991, na empresa SS S/A, situada na Rua Dez, n. 20, nesta Comarca,
NEURI DA SILVA SOUZA, MARCELO HENRIQUE DA SILVA e mais dois indivíduos
não- identificados, previamente ajustados e prestando-se mútuo auxílio, subtraíram a
quantia de R$ 8.000,00 em dinheiro, e mais aproximadamente R$ 3.150,00 em cheques de
clientes, bem como as folhas de cheques de ns. 520355 a 520391, do banco Itaú S/A,
agência Taquaral-Campinas, pertencentes à referida empresa de propriedade de João
Correia Fernandes, mediante grave ameaça de morte exercida com arma de fogo,
impossibilitando qualquer resistência da vítima e de seus empregados.
Consta dos autos que os quatro meliantes chegaram num automóvel, e que um dos
indivíduos, não-identificado, ficou aguardando no carro e, um outro, também não-
identificado, rendeu o porteiro da empresa, enquanto os dois indiciados adentraram e,
apontando armas de fogo, dominaram a vítima e alguns funcionários e, sempre sob ameaça
de morte, mandaram que a vítima abrisse o cofre de onde foi retirada a res furtiva já
descrita.
Foram denunciados por infração do art. 157, § 2.º, incs. I e II, na forma do art. 29,
caput, ambos do CP.
1
________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Nome
2
________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
3
________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
4
________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
5
________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
6
________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
7
___________________________________________________________________
MÓDULO VIII
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
Roberval Taylor foi surpreendido por policiais militares na direção de seu Fiat Uno
Mille, placas XPO 3000. No dia 15 de abril de 1999, realizou-se um policiamento na
Avenida 23 de Maio, em São Paulo. As viaturas policiais posicionaram-se nas
proximidades do Viaduto Pedroso. Por volta das 22:00h, o indiciado foi avistado
desenvolvendo ziguezagues na via pública e, por tal razão, foi abordado. Verificou-se não
ser habilitado à condução de veículos automotores. Realizado o teste do "bafômetro", ao
qual voluntariamente se submeteu, constatou-se que apresentava 0,8 miligramas de álcool
por litro de ar. Roberval Taylor foi condenado, nos autos do Processo n. 334/97, a um ano
de reclusão e ao pagamento de dez dias-multa, como incurso no art. 155, caput, do Código
Penal. A condenação transitou em julgado para o réu em julho de 1998.
1
_________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
Nome
2
_________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
3
_________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
4
_________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
5
_________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
6
_________________________________________________________________________MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
7
___________________________________________________________________
MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ADMINISTRATIVO
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
4. A que conseqüência sujeita-se o agente público que contratou alguém que estava
impedido de contratar com a Administração por imposição legal?
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CIVIL
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO COMERCIAL
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CONSTITUCIONAL
2. Que providência pode tomar o Poder Legislativo caso haja abuso de poder
regulamentar pelo Presidente da República?
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ELEITORAL
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO INTERNACIONAL
2. Por que se diz que a Lei Interna não se trata, efetivamente, de um Direito Internacional,
mas sim, de um Direito Privado?
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PENAL
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
1. Que é preciso para juntar o tempo de serviço público ao de serviço privado e o tempo
de serviço privado ao tempo de serviço público?
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1. O que são, qual a natureza jurídica e qual a função dos embargos do devedor?
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO TRIBUTÁRIO
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITOS HUMANOS
1. Qual o primeiro instrumento específico que surgiu, com real importância, dentro da
nova ordem internacional?
3. Como foram fixadas as condições para que a Convenção sobre os Direitos da Criança
entrasse em vigor?
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
MEDICINA LEGAL
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
2. Quais são as atividades exercidas pelo Conselho Tutelar? Pode emitir decisões? Quem
revê suas decisões?
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
ATENÇÃO
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XVI
GABARITO
Exercícios – Módulo XV
CURSO ANUAL – OPÇÃO 3
1 2 3 4 5
D. Administrativo D B B D A
D. Civil C B B D D
D. Comercial A D A A C
D. Constitucional B C B B B
D. do Trabalho D B A B D
D. Econ. e Financeiro D B C B B
D. Eleitoral A C B D D
D. Internacional B A D C C
D. Penal B A A B A
D. Previdenciário B B C A B
D. Proc. Civil C D A D E
D. Proc. Penal C A E B D
D. Tributário C A D C C
D. Humanos A A B C B
Leg. Penal Esp. B B A C A
Medicina Legal C C A C D
Tutela E B D A B