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FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA

CURSO DE ENFERMAGEM

PROJETO FAMAZ VAI À PRAÇA

HIGIENE PESSOAL NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

AUTORES: Adelaide Baia

Almir Santos

Almiro Monteiro

Cleidiani Coelho

Belém,Pará,Brasil

2009
Adelaide Baia

Almir Santos

Almiro Monteiro

Cleidiani Coelho

PROJETO FAMAZ VAI À PRAÇA

HIGIENE PESSOAL NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

Trabalho apresentado como requisito


parcial e avaliação à obtenção de nota
no Programa de Graduação de
Bacharel em Enfermagem da
Faculdade Metropolitana da Amazônia-
FAMAZ.

Orientadora: Profª Lauzelee Ferreira

Belém,Pará,Brasil

2009
AUTORES: Adelaide Baia

Almir Santos

Almiro Monteiro

Cleidiani Coelho

Famaz vai à praça

Higiene pessoal na manipulação de alimentos

Trabalho apresentado como


requisito parcial e avaliação à
obtenção de nota (__________) no
Programa de Graduação de
Bacharel em Enfermagem da
Faculdade Metropolitana da
Amazônia-FAMAZ, pela Banca
Examinadora formada pelos
seguintes Professores:

Ass. _______________________________________________________

1º Exam.: Lauze Lee Alves – Msc.– Faculdade Metropolitana da Amazônia

Belém,Pará,Brasil

2009
SUMÁRIO

1. Objetivo Geral..................................................................................................4

2. Lavagem das mãos..........................................................................................4

3. Pêlos e Cabelos...............................................................................................6

4. Luvas...............................................................................................................8

5. Avental.............................................................................................................9

6. Máscara.........................................................................................................10

7. Unhas.............................................................................................................12

8. Machucado, Corte, Ferida, Lesões................................................................13

9. Gripe..............................................................................................................15

10. Tosse: Mecanismo Fisiológico.....................................................................16

11. Manipulação do dinheiro..............................................................................17

Metodologia.......................................................................................................18

Resultados.........................................................................................................19

Discussão..........................................................................................................21

Conclusão..........................................................................................................23

Referência Bibliográfica.....................................................................................24
HIGIENE PESSOAL NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

1. OBJETIVO GERAL

O objetivo geral do trabalho foi avaliar o perfil e condições higiênico-


sanitária dos ambulantes que atuam na manipulação de alimentos na área da
Praça da República na cidade de Belém – PÁ.

2. LAVAGEM DAS MÃOS

É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para


prevenir a propagação das infecções relacionadas à manipulação alimentar
(ANVISA, 2002).

As mãos constituem a principal via de transmissão de


microrganismos durante a manipulação dos alimentos, pois a pele é um
possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de
uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou
indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. A
higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades: remoção de sujeira,
suor, oleosidade, pêlos, lesões de células descamativas causada pelo
patogeno dermatófitos e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão
de infecções veiculadas ao contato, prevenção e redução das infecções
causadas pelas transmissões cruzadas e a lavagem das mãos pode ser
visualizada na figura 1 (ANVISA, 2002).

Fig. 1 – Lavagem das mãos

De certa forma, a camada córnea da epiderme apresenta-se


constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica e outra porção
tecido conjuntivo frouxo de origem mesodérmica, a derme. A função da pele é
revestimento em diversos órgãos do corpo humano, proteção contra o frio – a
gordura funciona como bom isolante térmico e aos tecidos subjacentes contra
abrasões e lesões, transporte transcelular de moléculas através das
camadas epiteliais, secreção de muco, hormônios, enzimas, e assim por
diante, por várias glândulas, absorção de material de uma luz (p. ex., trato
intestinal, ou alguns túbulos renais), controle do movimento de materiais entre
os compartimentos do corpo através de permeabilidade seletiva de junções
intercelulares entre células epiteliais, percepção de sensações através dos
corpúsculos gustativos, retina do olho e células pilosas especializadas do
ouvido (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004).

A pele das mãos alberga, principalmente, duas populações de


microrganismos: os pertencentes à microbiota residente e à microbiota
transitória. A microbiota residente é constituída por microrganismo de baixa
virulência, como estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados
às infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela
higienização das mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas
mais internas da pele (ANVISA, 2007).

A microbiota transitória coloniza a camada mais superficial da pele, o


que permite sua remoção mecânica pela higienização das mãos com água e
sabão, utilizada como uma solução anti-séptica. É representada, tipicamente,
pelas bactérias Gram-negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia Coli),
bactérias não fermentadas (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e
vírus (ANVISA, 2007).

3. PÊLOS E CABELOS

São estruturas delgadas e queratinizadas, que se desenvolvem a


partir de uma invaginação de epiderme. Sua cor, tamanho e disposição variam
de acordo com a raça e a região do corpo. Os pêlos são estruturas que
crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de
crescimento. A duração das fases de repouso e crescimento é variável de
região para região. No couro cabeludo, por exemplo, a fase de crescimento é
muito longa, durando vários anos, enquanto a fase de repouso é da ordem de
três meses. As características dos pêlos de certas regiões do corpo (face e
região pubiana) são influenciadas por hormônios, principalmente os hormônios
sexuais (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004).

Cada pêlo se origina de uma invaginação da epiderme, as células


que recobrem a papila dérmica formam a raiz do pêlo, de onde emerge o eixo
do pêlo. Sua cor depende dos melanócitos localizados entre a papila e o
epitélio da raiz do pêlo, que fornecem melanina ás células do córtex e da
medula do pêlo, por processo semelhante ao que ocorre na epiderme
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004).

No couro cabeludo, existe um número normal de fungos e bactérias


que convivem bem sem causar problemas; são chamados de flora normal e
podem ser encontrados em diversas regiões do corpo. Dentre estes está o
fungo pityrosporum ovale, que quando presente em grande quantidade causa
caspa e dermatite seborréica observado na figura 2 (SITEMEDICO, 2008).

Fig. 2-Staphylococcus aureus provoca


inflamação no couro cabeludo e queda.

O cabelo cai de uma forma natural e por este motivo constitui uma
potencial fonte de contaminação de produtos alimentares. Mas o risco de
contaminação de produtos alimentares associados a cabelos não se reduz a
perigos físicos. É possível encontrar no couro cabeludo microrganismos
patogênicos, tais como o Staphylococcus aureus(micose que infecta o cabelo
provocando queda). Por forma a prevenir a contaminação dos alimentos a
partir desta fonte, os cabelos devem ser lavados regularmente com shampoo e
devem ser utilizadas toucas/barretes de modo a cobrir todo o cabelo, não
deixando pontas de fora. Para segurar a touca não se devem usar ganchos ou
molas. A touca deve ser presa com a ajuda do elástico que deve fazer parte da
sua estrutura. Nunca devem ser utilizados ganchos para segurar os cabelos.
Os cabelos devem apresentar-se lavados e penteados. A colocação da touca
ou o rearranjo da sua posição deve ser exclusivamente efetuado nos vestiários
(SITEMEDICO, 2008).

Embora não seja aconselhável que os trabalhadores do sexo


masculino usem barba e/ou bigode, caso usem, o uniforme deve incluir
proteção adequada para a barba e bigode.

4. LUVAS

O objetivo da utilização de luvas durante a manipulação dos


alimentos é a proteção alimentar, servindo ainda para melhorar as condições
sanitárias do processamento dos alimentos, evitando a transmissão de
microrganismo oriundo das mãos dos manipuladores alimentares e ajudando a
reduzir a contaminação de patógenos visualizado na figura 3. Entretanto, elas
podem ter micro-furos e perderem sua integridade sem que o profissional
perceba, possibilitando contato direto das mãos nos alimentos. (ANVISA,
2007).

Fig. 3 – Alimentos contaminado com possiveis


microrganismo
O material obtido na produção das luvas é o látex de qualquer cor
produzido por algumas plantas como a papoula e a seringueira associada a
exploração descontrolada dos recursos gerando alto impacto ambiental e
social, uma vez, analisando o ciclo de vida do produto em relação a sua
decomposição num período indeterminado.

5. AVENTAL

O avental é um acessório importante na proteção dos alimentos,


contra as fontes externas de contaminação. Usar uniformes (roupas e aventais)
de cor clara que são mais perceptíveis para identificar manchas de resíduos
alimentares e trocá-las quando necessário (SESC, 2008)

Quanto ao tecido a ser usado, o resultado melhor que se chegou é


de uma mistura entre o algodão natural e fibras de poliéster. Para roupa
pessoal, 67% de poliéster e 33% de algodão. São mais leves, permitem
melhor ventilação e os 33% de algodão permitem boa absorção de suor.
Quanto mais elevada a porcentagem de fibras sintéticas na composição da
roupa, menos conforto apresenta pela não absorção do suor. Não se desgasta
com facilidade e não descora(PARAISO, 2008).

É este tecido o mais favorável para evitar a proliferação de agentes


patogeno e fixação da sujeira, pois o poliéster é liso e não permite a adesão de
bactérias. As fibras de poliéster têm uma resistência 100% superior às de
algodão puro, e durando mais, exigem menor capital de giro e poder ser
reciclável voltado para proteção e/ou diminuição do impacto ambiental
(MEZZOMO, 1992).
Os uniformes devem ser mantidos limpos, bem passados e trocados
diariamente, conservados em bom estado, sem rasgos, encontrado na figura 4,
quando o trabalho propiciar que o uniforme se suje rapidamente, recomenda-se
o uso de avental plástico para aumentar a proteção contra a contaminação do
produto, não utilizar panos ou sacos plásticos para proteção do uniforme, não é
permitido carregar no uniforme canetas, lápis, espelhos, pinças, presilhas etc.
especialmente da cintura para cima, impedir que os funcionários uniformizados
sentem-se ou deitem-se no chão, sacarias ou outros locais impróprios (SESC,
2008).

Fig. 4 – Importância dos aventais limpos.

6. Máscara

A boca é um ecossistema de alta complexidade. Esse é o tema de


uma revisão publicada num dos últimos números da revista Science. A primeira
descrição de que na boca humana havia seres estranhos, foi feita no final do
século 17, na Holanda, por Antony van Leeuwenhoek - um dono de armarinho,
hoje considerado o pai da bacteriologia - cuja distração principal era explorar os
recursos de uma engenhoca recém-descoberta: o microscópio. As novas
técnicas identificaram mais de 700 espécies diferentes de germes vivendo em
estilo comunitário na cavidade oral humana. Os microorganismos que
colonizam a boca mostram predileção clara por determinadas regiões: alguns
preferem à superfície da língua, outros, a das gengivas e dos dentes.
(DRÁUZIO VARELLA, 2005).

O uso de máscaras naso-bocais, que devem ser colocadas tapando


simultaneamente a boca e o nariz dos operadores, deverá ser igualmente
seguida sempre que estejam a serem realizadas tarefas que necessitem de um
nível superior de higiene, é recomendável para os casos de manipulação direta
dos alimentos sensíveis à contaminação. Não sendo, o uso de máscara,
recomendado como um mecanismo de prevenção de contaminação por via da
respiração do operador sobre o produto, Visto que após cerca de 20 minutos
de uso, a máscara se torna úmida, reunindo as fibras e permitindo a passagem
de uma quantidade grande de microorganismos (ver fig. 5).

Além de se tornar desconfortável e provocar prurido, gerando mais


possibilidade de contaminação pela coceira. No caso de adoção do uso de
máscaras, as mesmas devem ser descartáveis e devem ser trocadas, no
máximo, a cada 30 minutos. Sendo necessário um intensivo treinamento e
conscientização do funcionário quanto à utilidade e uso correto de máscaras,
por forma a minimizar a probabilidade de contaminação dos alimentos
(PARAISO, 2008).

Fig. 5 – Máscara de proteção alimentar


7. UNHAS

As unhas são placas de células queratinizadas localizada na


superfície dorsal das falanges terminais dos dedos. A unha é constituída
essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente aderidas umas às
outras. Elas crescem deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica
de pele são mostrada na figura 6. A transparência da unha e a pequena
espessura de epitélio do leito ungueal permitem observar a cor do sangue dos
vasos da derme, constituindo uma maneira de avaliar a oxigenação do sangue
(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004).

As unhas raramente são examinadas com atenção durante os


exames fisicos. Entretanto é importante examiná-las cuidadosamente para
verificar presença de doenças multissistêsmica, como unheiro ou paroníquia
(POLICLIN, 2008).

Paroníquia é uma infecção da pele que fica ao redor das unhas dos
dedos das mãos ou dos pés. Há dois tipos diferentes de paroníquia, aguda e
crônica:

Paroníquia aguda — Normalmente aparece subitamente como uma


área muito dolorosa de inchaço, calor e vermelhidão ao redor da unha,
normalmente depois de uma lesão nesta área. Uma paroníquia aguda é
causada tipicamente por uma infecção por bactérias que invadem a pele onde
há um ferimento. O dano pode ser causado pelo mal cuidado de
manicure/podólogo (cortando a cutícula), pela mania de morder as
extremidades das unhas ou a pele ao redor das unhas, ou chupando a ponta
dos dedos (POLICLIN, 2008)

Paroníquia crônica — É uma infecção que normalmente se


desenvolve lentamente, causando inchaço progressivo, aumento da
sensibilidade e vermelhidão da pele ao redor das unhas. Normalmente é
causada por Candida ou outras espécies de fungo (micose). Afeta
freqüentemente vários dedos na mesma mão. As pessoas que tem maior
chance de adquirir esta infecção são as que têm diabetes ou aquelas cujo
trabalho constantemente expõe suas mãos à água ou a solventes químicos.
Tais trabalhos incluem lavadeiras de roupas, garçons, empregadas domésticas,
jardineiros, dentistas, babás, cozinheiras, lavadores de prato e cabeleireiros
(as) (POLICLIN, 2008).

Fig. 6 - camadas da unha: ungueal,


cutícula, matriz e outras.

8. MACHUCADO, CORTE, FERIDA E LACERAÇÃO

São lesões físicas causadas por abertura ou escoriações da pele,


causando a interrupção da continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou
em menor extensão, causada por qualquer tipo de trauma físico, químico,
mecânico ou desencadeada por uma afecção clínica, que aciona as frentes de
defesa orgânica para o contra ataque (BAPTISTA, 2008).
As lesões influenciam na aderência, multiplicação, crescimento
bacteriano e possível transmissão de microorganismo através da pele
provocando intoxicação alimentar estafilocócica é uma das mais frequentes. É
decorrente da ingestão de enterotoxinas pré-formadas no alimento
contaminado pela bactéria, a qual pode continuar viável ou não (BAPTISTA,
2008).
Os alimentos que são contaminados com maior frequência são as
carnes processadas, cremes de leite, saladas de batata e sorvetes. Uma vez
contaminado, se o alimento permanecer sem refrigeração (à temperatura
ambiente ou estufa), ocorrerá o crescimento da bactéria (LUIS TRABULSI &
FLAVIO ALTERHUM, 2005).
As amostras de S. Aureus (ver fig. 7) que contaminam os alimentos
são geralmente provenientes de indivíduos que manuseiam esses alimentos
podendo ser portadores assintomáticos ou indivíduos que apresentam algum
tipo de infecção. Os sintomas da intoxicacão alimentar estafilocócica consistem
de náuseas, vômitos diarréia e dores abdominais. Geralmente, têm início em
torno de quatro horas após a ingestão do alimento e duram em média 12 horas.
Como as enterotoxinas são termoestáveis, a cocção dos alimentos não as
destrói (LUIS TRABULSI & FLAVIO ALTERHUM, 2005).
O diagnóstico da intoxicação alimentar é realizado pela pesquisa das
enterotoxinas nos alimentos ingeridos e no material oriundo do vômito do
paciente. De modo geral, o Staphylococcus aureus pode ser encontrado em
grande quantidade no alimento que contém a enterotoxina responsável pelas
manifestações clínicas (LUIS TRABULSI & FLAVIO ALTERHUM, 2005).

Fig. 7 – Colônias beta-hemolíticas de


Staphylococcus aureus em Agar sangue.
Portanto, uma infecção de pele deve ser mantida limpa e seca com
proteção, ou se a ferida for agrave e a pessoa trabalhar diretamente com
manipulação alimentar deverá afastar-se da atividade para que não ocorram
intoxicações alimentares nos consumidores (Fig. 8).

Fig. 8 - lesão

9. GRIPE

As partículas virais podem ser inaladas após transmissão aérea de


gotículas de saliva contaminadas expelidas a alta velocidade, como no espirro
ou na tosse, ou por contato direto, como no beijo, ou pelas mãos ou objetos e
alimentos contaminados. Alguns vírus, como os rinovírus, ocasionam quadros
de resfriado comum, nos quais a infecção é localizada nos primeiros
segmentos da árvore respiratória (LUIS TRABULSI & FLAVIO ALTERHUM,
2005).
O consumidor, por sua vez, não consegue avaliar visualmente todos
os atributos de segurança no momento da compra. Os níveis de contaminação
microbiológica são invisíveis e só podem ser determinados por meio de testes
laboratoriais. Dessa forma, ações preventivas devem ser adotadas para
minimizar a contaminação dos produtos em toda a cadeia produtiva

10. TOSSE: MECANISMO FISIOLÓGICO

Através dos brônquios e traquéia são tão sensíveis ao mais leve


toque que uma quantidade excessiva de qualquer material estranho ou outra
causa de irritação desencadeia o reflexo da tosse. A laringe e a carina (local
onde a traquéia se divide em brônquios) são especialmente sensíveis.
Impulsos aferentes passam das vias respiratórias para o bulbo, principalmente
pelos nervos vagos. Em seguida, uma sequência automática de eventos é
desencadeada pelos circuitos neuronais do bulbo (GUYTON, 2004).
Na produção alimentar algumas bactérias que estão no pulmão
podem vim a superficie com a tosse, por exemplo a bactéria chamada
Pneumococo conhecida também como pneumonia, contaminando o alimento
implicando em riscos à saúde humana, tornando um problema de saúde
pública atingindo camadas menos favorecidas da população são as mais
afetadas pela contaminação alimentar, pelos hábitos culturais da alimentação e
necessidade de optar por produtos com menor preço, geralmente de pior
qualidade e maior contaminação.

11. MANIPULAÇÃO DE DINHEIRO


As cédulas monetárias podem ser vistas como um grande veículo-
disseminador de agentes pertencentes à microbiota normal das mãos e do
ambiente, que podem ser patogênicos para os indivíduos, principalmente
porque ainda não existe dinheiro isento da possibilidade de contaminação por
germes durante a sua manipulação e circulação. Os cuidados higiênicos,
portanto, são necessários, particularmente no convívio com profissionais na
área da manipulação alimentar (PARANA-ONLINE, 2008).
Mesmo que imundo, o dinheiro não seria um perigo tão grande à
saúde pública se os vendedores realmente se preocupassem em lavar as mãos
corretamente depois de manuseá-lo, particularmente quando estão vendendo
alimentos, evitaria a disseminação dos microrganismos que podem ser
veiculados para os alimentos contaminando-os e assim desencadeando
diarréias, náuseas ou vômitos, doenças respiratórias e de pele em decorrência
de infecções bacterianas (PARANA-ONLINE, 2008).
Portanto, verifica-se a necessidade de uma boa higiene das mãos
após a manipulação de dinheiro, principalmente em áreas que trabalham com
praças alimentares e implantação de investimentos em educação higiênico-
sanitária para os vendedores.
METODOLOGIA

Trata-se de estudo de coorte, descritivo, uma vez que se pretendeu


com essa investigação foi descrever o perfil e condições higiênico-sanitária na
produção alimentar e os hábitos relacionado à manipulação do alimento, e as
conseqüências desse hábito dos ambulantes da área da Praça da República no
município de Belém.

Para identificar e estratificar o perfil dos trabalhadores foi aplicado


um questionário. Esse questionário foi elaborado por Lauze Lee, docente e
orientadora deste estudo, e foi baseado de acordo com a realidade dos
ambulantes, instrumento de auto-relato desenvolvido para identificar vários
padrões de higiênico-sanitária, de fácil aplicação e correção com validação
transcultural.
As respostas dadas ao questionário foram analisadas e as
informações obtidas foram submetidas à análise do conteúdo temático. Os
resultados aqui descritos estão apresentados em forma de gráfico e são
discutidos posteriormente, permitindo a compreensão dos mesmos.
RESULTADOS

Constatou-se que a freqüência com que os sujeitos fazem uso da


lavagem das mãos é bem alta, conforme ilustrado no gráfico 1. Cem por cento
utilizam os cabelos presos durante atividade de produção e venda do alimento,
sendo este resultado de significado positivo, quanto à freqüência de unhas
cortadas 89,47% dos sujeitos, entrevistados afirmaram ter o hábito constituindo
um fator primordial no bloqueio da transmissão de agentes patogenos.

Gráfico 1 – Cuidados: lavagem das mãos, cabelos


presos, uso de máscara, luvas, avental, unhas cortadas

O gráfico 2 resume a preocupação dos sujeitos quanto ao


acometimento de alguma doença relacionada a falta da higienização adequada
das mãos, após a manipulação do dinheiro e devido a falta de lavatório
destinado a está finalidade provocando a disseminação cruzada de alimento e
superfície contaminada.
Gráfico 2 – Cuidados: gripe, machucado, tosse,
lavagem das mãos após a manipulação de dinheiro,
local, local destinado à lavagem das mãos.
DISCUSSÃO

Entre os entrevistados, 78,95% garantem lavar as mãos, mas será


que lavam adequadamente? Sabendo-se que a mão é uma das maiores vias
de transmissão de microorganismos, a importância da lavagem das mesmas é
muito grande, previnindo assim, a propagação de infecções relacionadas a
manipulação alimentar; 100% mencionam usar cabelos presos, sendo um bom
sinal, pois, como já foi citado no trabalho, o couro cabeludo possui uma flora
normal, com bactérias e fungos ali viventes. A queda de cabelos nos alimentos
os contamina, sendo o principal causador da mesma o Staphylococcus aureus
- micose que infecta o cabelo provocando queda (LUIS TRABULSI & FLAVIO
ALTERHUM, 2005).

Uma pequena minoria dos manipuladores usam máscara, apenas


21,05%, o uso de máscaras é importante para proteger os alimentos da
contaminação pela flora bucal; Luvas e aventais respectivamente 42,10% e
47,36%, a importância da luva, proteção alimentar, e melhorar as condições
sanitárias do processamento dos alimentos.

O avental é importante para proteger o alimento de possiveis


microorganismos presentes na roupa dos manipuladores; 89,47% disseram
manter as unhas cortadas, como nem sempre o manipulador usam luvas, o
corte das unhas é importante porque embaixo delas fica um acumulo de
sujeira, além de alguns fungos que podem vir ocasionar lesões na unhas, e
posteriormente podem contaminar os alimentos; 84,21% afastam-se do
trabalho quando gripados, na gripe há um risco inerente de contaminação dos
alimentos pelo ar, mesmo pessoas que usam máscaras, têm que saber usá-
las; 73,68% se afastam do trabalho quando machucados,como foi dito
anteriormente, as feridas, corte e machucados devem ser mantidos longe de
alimentos, pelo perigo de contaminação que oferecem; 78,95% se afastam
quando apresentam tosse, como vimos a contaminação pela boca é muito
grande. Outros tipos de doenças podem ser tranmitidas pelo ar (GUYTON,
2004).
Lavagem das mão após manipular dinheiro é indispensável, porém,
somente 36,84% dos vendedores têm essa preocupação, nas cédulas há
muitas bactérias, fungos e etc.; Apenas 15,78% têm acesso a lavagem das
mãos em lugares com esta finalidade, com isso propriciando um meio de
veiculação de microorganismo entre o ambulante e seu produto de consumo
alimentar que esta sendo exposto a venda.
CONCLUSÃO

A pesquisa teoricamente demonstrou resultado satisfatório, porém,


na prática observa-se que não é esta a realidade, por não haver uma boa
condição de higiene no local de trabalho desses vendedores.
Devido ao fato de a inocuidade dos alimentos serem relevantes para
a saúde pública, sugere então, implementação de ações de educação em
higiene alimentar para os vendedores da praça da República, como, palestras,
cursos e outros, com finalidade de conscientizá-los do uso de materiais de
proteção, para a não contaminação dos alimentos.

O grupo sugere a realização de outros estudos e ações


governamentais que possam colaborar na prevenção de doenças por
transmissão alimentar. Faz-se necessário a atuação conjunta com órgãos de
fiscalização, promovendo constantemente a promoção de educação em higiene
de alimentos para os manipuladores e proprietários. na busca constante de
educação em segurança alimentar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GUYTON & HALL, Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças 10ª ed.
Rio de Janeiro, 1996, 284 p.

JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10ª ed. Rio Janeiro,


2004, p. 361- 370.

TRABULSI, Luis Rachid. ALTERHUM, Flavio. Microbiologia 4ª ed. São Paulo.


2005, 539 p.

<http://www.anvisa.gov.br> acesso em: 24/08/2005.

<http://www.baptista.com/feridas_leila.pdf> acesso em: 05/09/2008

<http:www.adam.sertaoggi.com.br> acesso em: 05/09/2008

<http://www.sitemedico.com.br> acesso em: 05/09/2008

<http://www.lincx.com.br> acesso em: 04/09/2008

<http://www.livronline.com.br> acesso em: 04/09/2008

<http://www.parana-online.com.br> acesso em: 02/09/2008

<http://clipping.planejamento.gov.br> acesso em: 02/09/2008

<http://www.newslab.com.br> acesso em: 02/09/2008

<http://www.policlin.com.br/drpoli/129/> acesso em: 11/09/2008

<http://pt.wikipedia.org/wiki/látex > acesso em 24/04/2009

<http://www.ambientebrasil.com.br> acesso em 24/04/2009

<www.mesabrasil.sesc.com.br> acesso em 24/04/2009

<http://paraiso.etfto.gov.br/docente/admin/upload/docs_upload/material_f3c35b
ea82.pdf

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