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Em pleno meus 46 anos, acordo em um sobressalto do meu sono pesado (no pesado como o dos justos, pesado como

um grande fardo), a vida, remexendo-se dentro de mim e corroendo-me como um verme, um cncer benigno, e que pelo fato de ser begnino, na verdade maligno. Na verdade, os malignos deveriam se chamar benignos e vice versa. No venho para contar a desgraa de um homem, venho para afirmar a desgraa de todos. Por que tudo isso? E principalmente, por que toda essa dor? A vida no o nada, como alguns afirmam. A vida no um simples passeio pelo vazio como a trupe do absurdo prega. Afirmar isso seria negar a existncia da dor. A vida, na verdade o purgatrio (o prprio inferno)

Prazer? Does the sparks of joy really worth all this pain? A exploso de uma supernova libera uma enorme quantidade de calor, energia, e luz. Muita luz! Mas nos fim, quando a exploso acaba o que resta um universo escuro, gelado, silencioso e principalmente onipotente. O universo se trata dessa grande massa de solido com pontos dispersos a explodir por um breve momento, fadadas voltar ao glido frio do espao. No h sada. Essa a existncia, podendo ela ser definida como a maior condenao. Ser a maior condenao.

A nica paixo existente aquela que se tem pelo prprio ego. O que se chama de paixo por isso ou por aquilo so no seu fim simples caminhos para a glorificao do prprio ego. (rever a paixo por escrever). Mas ento por que escrevo? Para se ter uma simples admirao pela prpria obra? Para se sentir Deus? Se sentir um criador? Como O Criador? Todos queremos ser Deuses, essa a grande verdade. Queremos elevar nosso ego ao infinito.

Quem sou eu para falar da lucidez? O que o ser humano para falar da lucidez? Praticamente nada podemos falar dela pelo fato de sermos tao limitados quanta nossa prpria carcaa

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