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Logística
Uma coisa muito comum no meio operacional é a confusão da definição
de Logística, O que é logística? Ela está relacionada a quê? A maioria das
pessoas relaciona logística ao transporte, mas a definição de logística vai
muito mais além, podemos dizer que logística é a área da Administração
responsável por providenciar recursos, equipamentos, informações e
tecnologias para a execução de todas as atividades de uma empresa.
A logística é composta pelo Transporte, Movimentação de
Materiais, Armazenagem, Processamento de Pedidos e Gerenciamento de
informações, ainda podemos ver a definição de logística do ponto de vista
formal segundo Council of Supply Chain Management Professionals,
"Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que
planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e
econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos
acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências
dos clientes" (Carvalho, 2002, p. 31).
Uma das principais ferramentas da logística é o WMS, Warehouse
Management System, em português - literalmente: Sistema de Automação e
Gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. O WMS é uma
parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a
rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking (O picking,
também conhecido por order picking (separação e preparação de pedidos),
consiste na recolha em armazém de certos produtos (podendo ser diferentes
em categoria e quantidades), face a pedido de um cliente, de forma a
satisfazer o mesmo (Rodrigues, 2007).), consolidação automática e cross-
docking (O cross docking é um processo de distribuição onde a mercadoria
recebida é redirecionada sem uma armazenagem prévia. Tudo isto faz
diminuir o tempo e o throughput time tem tendência a ser diminuído. ) para
maximizar o uso do valioso espaço do armazéns. Iremos encontrar em
logística, muitas palavras em inglês, porém não se preocupe, com o tempo
você irá se acostumar com tais termos, e melhor ainda irá usá-los em uma
linguagem bem mais fácil e acessível, mas isto não quer dizer que um bom
profissional não deve conhecer os termos, muito menos não estudar inglês,
pois hoje é imprescindível sabermos ao menos o básico de inglês e espanhol,
pois num mercado competitivo e cheio de oportunidades como encontramos
hoje estes conhecimentos são diferenciais na concorrência a uma ótima vaga
no mercado de trabalho.
História
Desde os tempos bíblicos, os líderes militares já se utilizavam da
logística. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram necessários
grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas,
armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram
necessários o planejamento, organização e execução de tarefas logísticas,
que envolviam a definição de uma rota; nem sempre a mais curta, pois era
necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem
e distribuição de equipamentos e suprimentos. Na antiga Grécia, Roma e no
Império Bizantino, os militares com o título de Logistikas eram os
responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra. Carl Von
Clausewitz dividia a Arte da Guerra em dois ramos: a tática e a estratégia.
Não falava especificamente da logística, porém reconheceu que "em nossos
dias, existe na guerra um grande número de atividades que a sustentam, que
devem ser consideradas como uma preparação para esta".
É a Antoine-Henri Jomini, ou Jomini, contemporâneo de Clausewitz, que
se deve, pela primeira vez, o uso da palavra "logística", definindo-a como "a
ação que conduz à preparação e sustentação das campanhas", enquadrando-
a como "a ciência dos detalhes dentro dos Estados-Maiores".
Em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na
Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou
algum tempo para que estes conceitos se desenvolvessem na
literatura militar. A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial, raramente
aparecia a palavra Logística, empregando-se normalmente termos tais
como Administração,Organização e Economia de Guerra. A verdadeira
tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias
criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros
Navais dos Estados Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro
"Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra". Segundo Thorpe,
a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das operações
militares, enquanto a logística proporciona os meios". Assim, pela primeira
vez, a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da
Arte da Guerra. O Almirante Henry Eccles, em 1945, ao encontrar a obra de
Thorpe empoeirada nas estantes da biblioteca da Escola de Guerra Naval,
em Newport, comentou que, se os EUA seguissem seus ensinamentos teriam
economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra Mundial. Eccles,
Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do
Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logística Militar, sendo
considerado como o "pai da logística moderna" Até o fim da Segunda Guerra
Mundial a Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após
este período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais
destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas
organizações e empresas civis.
Desenvolvimento
As novas exigências para a atividade logística no mundo passam pelo
maior controle e identificação de oportunidades de redução de custos,
redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do
prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas,
facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de
longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias
de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e adequação
dos negócios. Apesar dessa evolução, até a década de 40 havia poucos
estudos e publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas
começaram a se preocupar com a satisfação do cliente. Foi então que surgiu
o conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude do
consumidor. Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP
(Material Requirements Planning).
Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento
revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização,
pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na
administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas
passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local,
sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para
moldes mundiais de operação.
Atividades Envolvidas
A logística é dividida em dois tipos de atividades - as principais e as
secundárias (Carvalho, 2002, p. 37):
Principais: Transportes, Manutenção de Estoques,
Processamento de Pedidos.
Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais,
Embalagem, Suprimentos, Planejamento e Sistema de informação.
Lavoura Corte e
Carregamento
Indústria
Descarregamento
Manutenção e
Equipamentos
Logo pró atividade é uma virtude que deve estar presente no dia a dia
de todo funcionário que almeja chegar à posição gerencial e administrativa de
uma empresa, a pró atividade deve ser pré requisito na seleção e contratação
de funcionários, depois de ler todo este parágrafo pense e pergunte para si
mesmo: Eu sou Pró Ativo? Consigo melhorar? Posso chegar mais longe?
Podemos agora retomar o assunto da reposição da mangueira da
colheitadeira, como vimos se o funcionário tiver uma excelente comunicação
ele irá saber receber e passar informações com precisão, se ele tiver também
conhecimento e for pró ativo ele irá contatar a pessoa certa e resolver o
problema da manutenção agilizando o envio da mesma para a lavoura, mas e
o trabalho dele neste meio tempo? Se for um controlador de tráfego como
estará a frota nestes 10 minutos perdidos para resolver o problema? Ele
saberá quantos caminhões chegaram? Quantos saíram? Para onde foram?
Além de todas as qualidades o funcionário deverá ser RESPONSÁVEL e
EFICIENTE pois de nada adianta resolvermos trabalho dos outros e não
fazermos o nosso com a mesma dedicação e afinco, isto ocorre com uma
freqüência enorme em uma gama de empresas e as vezes faz com que a
chefia ao invés de enxergar qualidade, venha a perceber um defeito horrível
de se encontrar em um colaborador, logo como conceituado pelo professor
Msc Alexandre Portela Barbosa Eficiência significa fazer um trabalho
correto, sem erros e de boa qualidade. Eficácia é fazer um trabalho que atinja
totalmente um resultado esperado, Eficiência é fazer alguma coisa correta,
Eficácia é fazer um trabalho que atinja plenamente um resultado que se
espera. É fazer "a coisa certa", ou seja, a coisa que leve ao resultado
almejado.
Retomando o que vimos até aqui: Todo o Processo de transporte
depende diretamente do bom gerenciamento e administração da manutenção,
também depende da capacidade dos colaboradores envolvidos que devem ter
qualidade, ou melhor, virtudes como: Boa Comunicação, Conhecimento da
Empresa, Pró Atividade, Eficiência e Responsabilidade, e isto deve ser
expandido a todos os colaboradores envolvidos no transporte a exemplo de
motoristas, auxiliares, controladores, encarregados, operadores, e não vou
deixar passa em branco os Coordenadores, Gerentes e Administradores.
Caminhão Trucado
Treminhão
Rodotrem
Bitrem
CUSTOS DO TRANSPORTE
Estudos realizados sobre colheita de cana-de-açúcar na comparação de
subsistemas de corte, que o corte mecanizado possui uma vantagem
diferencial (custo/t) em relação ao corte manual para áreas com produtividade
acima de 50t/ha. Saber os cálculos dos valores horários das máquinas é
fundamental no planejamento das operações e no dimensionamento do
transporte no sistema mecanizado. As despesas do conjunto por unidade de
tempo é chamada de Custo-hora ou Custo Horário Total (Cht) e é
composto pelos custos fixos (Chf) e custos variáveis (Chv) .
Custos fixos (Chf) são aqueles que não dependem do tempo de uso,
nem do estado de conservação das máquinas, sendo assim as despesas
geradas pela compra da máquina (depreciação da mesma, juros sobre o
capital, seguro, impostos, taxas e alojamento).
Custos Variáveis(Chv) são aqueles dependentes do uso da máquina
assim como reparos e manutenções, combustível, salário dos operadores; isto
é variam de acordo com o uso da mesma.
Segundo Pereira (2003) o custo fixo pode ser calculado usando a
equação abaixo,
Logo podemos ver que em um ano, o custo de propriedade é fixo, mas
se considerarmos as horas de uso ele é variável porque depende do tempo de
uso anual do equipamento. Assim, o planejamento das operações agrícolas e
o dimensionamento do sistema mecanizado devem ser adequados não só em
número, mas também na capacidade buscado maximizar o tempo de uso
anual do equipamento. Uma máquina ou um conjunto subutilizado com
poucas horas de uso anual, pode representar um pesado ônus financeiro para
a empresa.
O valor final do equipamento (VF) varia por região, estado de
conservação, entre outros tantos fatores, mas notamos valores padrões entre
10% a 20% do valor inicial; o valor de alojamentos, seguros e taxas (Alst)
costumam ser 1% do valor inicial; o custo do combustível (Cc) é igual ao
produto do fator de consumo específico para motores diesel (Fce) pela
potência do motor do equipamento (Pm) pelo preço de custo do litro do óleo
diesel (Pc), logo Cc=Fce.Pm.Pc , onde Fce=0,12L/cv.h, Pm é medido em cv e
Pc é o valor do litro de diesel em R$, Segundo Pereira o custo de óleo
lubrificantes fica estabelecido em 15% do consumo de combustível, logo o
coeficiente 1,15 da equação II deve-se a soma do custo de combustível e de
óleo lubrificante.
O cálculo do custo variável foi realizado de acordo com a equação
abaixo.
FATOR DE REPARO E
EQUIPAMENTO
MANUTENÇÃO Frm
Trator Agrícola 2x4 TDA 1,00
Trator Agrícola 4x4 ou de Esteira 0,80
Semeadora 0,75
Pulverizador, Grade e Arado 0,60
Colhedora automotriz 0,40
O CTC tem por padrão a tabela acima descrita, porém cada empresa
adota metas pré estabelecidas no planejamento de safra.
Mas o que tem isto a ver com logística? Imagine que você saia de são
Paulo e vá para o Amazonas para buscar um carregamento de processadores
de computador Quad Core, chegando ao destino você é carregado e no
carregamento os funcionários deixam cair 8 processadores; “vocês sabem o
quanto a nova geração de processadores é pequena” no caminho cai mais
uns 5 processadores, e assim por diante. Tenho certeza que você deve estar
se questionando se eu sou louco! Jamais alguém deixaria isto acontecer! Pois
é, e por que teria que ser diferente com a Cana-de-açúcar? A cana necessita
ser colhida e deve ser levada ao local de produção, da mesma maneira que
não se deve transportar impurezas para a indústria, não se deve deixar
matéria prima na lavoura, jogada nos embarcadores ou mesmo nos
carreadores, mas uma vez coloco em primeiro lugar, acima do planejamento
de colheita está a manutenção, pois da mesma depende a redução de 1,5%±
0,3 nas perdas no processo de colheita, fazendo manutenções regulagens
adequada nos equipamentos, em segundo o que particularmente considero
essencial, o eficiente e eficaz preparo de solo pois, dele depende o bom
desempenho da colheita mecanizada.