Rachel de Queiroz foi uma escritora brasileira que buscava incorporar a linguagem nativa do Ceará em seus escritos. Seu romance Memorial de Maria Moura conta a história de uma mulher que perde sua família e terras no século 19 no Nordeste, mas se recusa a aceitar um papel submisso e enfrenta desafios em busca de justiça. O livro explora temas como honra, terra e o papel da mulher na sociedade patriarcal da época.
Rachel de Queiroz foi uma escritora brasileira que buscava incorporar a linguagem nativa do Ceará em seus escritos. Seu romance Memorial de Maria Moura conta a história de uma mulher que perde sua família e terras no século 19 no Nordeste, mas se recusa a aceitar um papel submisso e enfrenta desafios em busca de justiça. O livro explora temas como honra, terra e o papel da mulher na sociedade patriarcal da época.
Rachel de Queiroz foi uma escritora brasileira que buscava incorporar a linguagem nativa do Ceará em seus escritos. Seu romance Memorial de Maria Moura conta a história de uma mulher que perde sua família e terras no século 19 no Nordeste, mas se recusa a aceitar um papel submisso e enfrenta desafios em busca de justiça. O livro explora temas como honra, terra e o papel da mulher na sociedade patriarcal da época.
"[...] tento, com a maior insistncia, embora com to
precrio resultado (como se tornou evidente), incorporar a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo lngua com que ganho a vida nas folhas impressas. No que o faa por novidade, apenas por necessidade. Meu parente Jos de Alencar quase um sculo atrs vivia brigando por isso e fez escola."
Rachel de Queiroz (1910-2003) foi uma escritora brasileira. A primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, eleita para a cadeira n 5, em 1977. Foi tambm jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatrloga. Integrou o quadro de Scios Efetivos da Academia Cearense de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze", ganhou o premio da Fundao Graa Aranha. O "Memorial de Maria Moura" foi transformado em minissrie para televiso e apresentado em vrios pases. Rachel de Queiroz (1910-2003) nasceu, em Fortaleza, capital do Cear, em 17 de novembro de 1910. Filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da famlia de Jos de Alencar. Em 1917, foi para o Rio de Janeiro, junto com a famlia, que procurava fugir da seca que desde 1915 atingia a regio. Mais tarde a romancista iria aproveitar o tema para escrever seu primeiro livro "O Quinze". Pouco tempo depois, seguiram para Belm do Par, onde passaram dois anos. De volta Fortaleza, ingressou no Colgio Imaculada Conceio, diplomando-se professora, em 1925. Estreou no jornalismo em 1927, no Jornal "O Cear", com o pseudnimo de Rita de Queluz, publicando uma carta ironizando o concurso Rainha dos Estudantes. Escreveu poemas modernistas, e crnicas. Em fins de 1930, com vinte anos apenas, projetava-se na vida literria do pas, atravs da publicao do romance "O Quinze", uma obra de fundo social, profundamente realista na sua dramtica exposio da luta secular de um povo contra a misria e a seca. O livro, editado s expensas da autora, apareceu em modesta edio de mil exemplares, recebendo crtica de Augusto Frederico Schmidt, Graa Aranha, Agripino Grieco e Gasto Cruls. A consagrao veio com o Prmio da Fundao Graa Aranha, que lhe foi concedido em 1931, ano de sua primeira distribuio oficial. Em 1932, publicou um novo romance, intitulado "Joo Miguel". Em 1937, retornou com "Caminho de Pedras". Dois anos depois, conquistou o prmio da Sociedade Felipe d'Oliveira, com o romance "As Trs Marias". No Rio, onde residia desde 1939, colaborou no "Dirio de Notcias", na revista "O Cruzeiro" e no "O Jornal". Cronista, publicou mais de duas mil crnicas, que resultou na edio dos livros: "A Donzela e a Moura Torta", "100 Crnicas Escolhidas", "O Brasileiro Perplexo" e "O Caador de Tatu". Em 1950, publicou em folhetins, na revista O Cruzeiro, o romance "O Galo de Ouro". Tem duas peas de teatro, "Lampio", escrita em 1953, e "A Beata Maria do Egito", de 1958, laureada com o prmio de teatro do Instituto Nacional do Livro. No campo da literatura infantil, escreveu o livro "O Menino Mgico", a pedido de Lcia Benedetti. O livro surgiu, entretanto, das histrias que inventava para os netos. Rachel de Queiroz traduziu para o portugus mais de quarenta obras. O presidente da Repblica, Jnio Quadros, a convidou para ocupar o cargo de Ministra da Educao, que foi recusado. Na poca, justificando sua deciso, teria dito: "Sou apenas jornalista e gostaria de continuar sendo apenas jornalista." Foi membro do Conselho Estadual de Cultura do Cear. Participou da 21 Sesso da Assembleia Geral da ONU, em 1966, onde serviu como delegada do Brasil, trabalhando especialmente na Comisso dos Direitos do Homem. Foi membro do Conselho Federal de Cultura desde a sua fundao em 1967, at sua extino em 1989. Foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira n 5, em 4 de agosto de 1977. Integrou o quadro de scios Efetivos da Academia Cearense de Letras. Foi scia honorria da Academia Sobralense de Estudos e Letras e da Academia Municipalista do Estado do Cear. Em 1985, foi inaugurada em Ramat-Gau, Tel Aviv (Israel), a creche "Casa de Rachel de Queiroz", sendo Rachel de Queiroz, a nica escritora brasileira a contar com essa honraria naquele Pas. Colaborou semanalmente no jornal O Povo, de Fortaleza e desde 1988, iniciou colaborao semanal no jornal O Estado de So Paulo e no Dirio de Pernambuco. Rachel de Queiroz faleceu em sua casa no Rio de Janeiro, de um ataque cardaco, no dia 4 de novembro de 2003. Obras: - Romances: - O quinze (1930) - Joo Miguel (1932) - Caminho de pedras (1937) - As trs Marias (1939) - Dra, Doralina (1975) - O galo de ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950) - Obra reunida (1989) - Memorial de Maria Moura (1992) - Literatura Infanto-Juvenil:
- O menino mgico (1969) - Cafute & Pena-de-Prata (1986) - Andira (1992) - Cenas brasileiras - Para gostar de ler 17. - Teatro:
- Lampio (1953) - A beata Maria do Egito (1958) - Teatro (1995) - O padrezinho santo (indita) - A sereia voadora (indita) - Crnica:
- A donzela e a moura torta (1948); - 100 Crnicas escolhidas (1958) - O brasileiro perplexo (1964) - O caador de tatu (1967) - As menininhas e outras crnicas (1976) - Entre outras
Memorial De Maria Moura Famlia, honra, terra. Estas eram as trs nicas justificativas para uma mulher brasileira viver no sculo XIX e Maria Moura tinha apenas 17 anos quando perdeu, uma a uma, as razes da sua existncia. Primeiro, encontrou sua me morta. Depois, foi seduzida pelo padrasto e provvel assassino da sua me. Finalmente, teve a posse de suas terras ameaadas por primos gananciosos. Se Maria Moura fosse uma mulher comum, sua vida teria terminado. Mas ela no gostava de tragdias. Pelo contrrio, amava tanto a vida que foi capaz de transform-la em uma grande aventura, rompendo as regras da sua poca.
Maria Moura foi uma menina apaixonada pelo pai perdido na infncia, seduzida pelo padrasto e enganada pelo amante. Mesmo diante desta situao, ela se recusou a aceitar o papel submisso, reservado mulher na sociedade patriarcal e opressora do Nordeste brasileiro do sculo passado. Ela passou, ento, a fazer o jogo violento dos homens, no sendo perfeita nem estando sempre do lado certo.
Maria Moura enfrenta uma jornada at a Serra dos Padres para repelir a invaso do seu stio pelos seus primos Tonho, Irineu e Firma, pessoas extremamente inescrupulosas. Entre os homens que encontra pelo caminho e que se juntam ao seu bando, est o galante Cirino, por quem ela se apaixona e descobre ser um mau-carter. Nessa altura, Maria Moura fraqueja e por um momento recupera a ingenuidade que julgava perdida. Mas ela tornou-se uma mulher extraordinria, uma herona, porque, apesar de ter perdido tudo, no permitiu que o mundo interferisse nas sua vontade e suas leis.
Entre as tramas paralelas, tem destaque a paixo do padre Jos Maria por Bela, uma mulher casada e me de um filho. Pecando contra a castidade, Jos Maria passa por um pecado de culpa ao se deixar seduzir por Bela, mas acaba vivendo ao lado dela uma intensa histria de amor que termina em tragdia. Grvida, Bela assassinada pelo marido, Anacleto. Embrutecido, Jos Maria no demonstra por nenhuma outra mulher. Para fugir do prprio destino, ele busca abrigo na fortaleza de Maria Moura e acaba integrando o seu bando. Em outra trama, Marinalva, prima e herdeira de Maria Moura, encontra ao lado do artista de circo Valentim uma possibilidade de escapar do duro convvio com os irmos Tonho e Irineu. Colgio Disciplina: Professora: Serie: Turma: Turno: Aluno: