Gostei de ler o trabalho que apresentou e, apesar de me parecer que
lidamos com escolas e públicos diferentes, o certo é que há problemas idênticos. Daí a razão do meu comentário. Realmente uma questão que se nos põe a todos, é a enorme resistência dos nossos alunos à leitura. Como diz a Doutora Teresa Calçada o importante é conseguir que eles leiam... B.D., jornais, revistas, qualquer coisa, mas que comecem a ser leitores. Claro que o ideal é fazer deles LEITORES, mas isso é um processo mais trabalhoso e mais lento. Também alguém ligado a estas andanças, dizia há tempos que ler é um acto solitário e, por vezes, difícil. Concordo plenamente com estas ideias, daí que seja tão importante o nosso trabalho, pelo que qualquer pequena conquista, tem um sabor especial. A concorrência com o audiovisual é tremenda, todos sabemos... Outro aspecto que refere e que todos sentimos (e de que maneira!), prende- se com a multiplicidade de tarefas que o professor bibliotecário tem de assumir. Todos estamos empenhados em levar a bom porto esta tarefa, que é envolvente, mas o tempo nem sempre está a nosso favor. Outro ponto que apresenta no trabalho e que eu também procurei valorizar no meu, foi a necessidade de marcar com “firmeza”, digamos assim, a importância da BE no desenvolvimento de competências por parte dos nossos alunos. Assegurar essas competências, conseguir agilizar a capacidade de relacionar, de entrecruzar saberes, serão tarefas tão mais fáceis, quanto o acto de ler se tornar habitual. Esse é um dos nossos desafios. Voltando ao seu trabalho... concordo quando diz que o nosso plano de acção tem de ser partilhado. Temos igualmente que ter autonomia, mas com a necessária colaboração de todos os parceiros, porque toda a escola beneficiará ao fazer-se esta avaliação, cujos resultados são também, um pouco, o reflexo da escola em que nos movimentamos.