Mas por que, necessariamente, a Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra As condições para o desenvolvimento da indústria estavam nesse país. A começar pela sofisticada manufatura têxtil que os ingleses detinham desde a época da colonização da América – elemento que seria o modelo para a criação da máquina de fiar tecido movida a vapor. Outros fatores importantes foram as transformações políticas ocorridas no século XVII a partir da Revolução Gloriosa (1688-1689), como a política dos cercamentos aplicada à agricultura, que forçou a migração da população camponesa para as cidades, e a institucionalização do direito de propriedade privada, que seria uma das bases principais para o desenvolvimento pleno do capitalismo industrial inglês. Além disso, as reservas minerais de ferro e carvão em território inglês foram fundamentais para a construção do maquinário fabril.
A radicalidade das transformações tecnológicas trazidas com a Revolução Industrial pôde ser observada também na mudança de mentalidade da época, como destacou o historiador Francisco Iglésias
Do século XV ao XVIII verificou-se verdadeira mudança de mentalidade. A mecânica e a técnica, de menosprezadas, passaram a supervalorizadas. Não é generalizada essa aceitação, pois os preconceitos têm raízes fundas, dificilmente removíveis. Ainda no século XVIII e mesmo nos seguintes, até o atual, encontra-se certa atitude de suspeita ante o manual ou mecânico, enquanto se realça o ócio, o lazer, a condição de nobreza, que não trabalha ou só trabalha com a inteligência e exerce o comando. Daí a desconsideração com tarefas como as agrícolas - revolver as terras com as mãos - as artesanais ou manufatureira, ou mesmo as comerciais (...). Curioso lembrar como os médicos, forrados de humanismo, não tinham respeito pelos cirurgiões, pois exerciam labor mecânico. Até 1743 - repare-se a data - eram vistos como espécie de barbeiros. (Iglésias, Francisco. A Revolução Industrial. São Paulo Brasiliense, 1981, p. 40-41).
Como consequências da Revolução Industrial, podemos apontar o desenvolvimento tecnológico acelerado, que caracterizou uma sucessão de etapas evolutivas, como a Segunda Revolução Industrial (desenvolvida no século XIX, seu principal aspecto foi a criação dos motores de combustão interna movidos a combustíveis derivados do petróleo) e a Terceira Revolução Industrial (desenvolvida no século XX e ainda em expansão, seu aspecto principal são os ramos da microeletrônica, engenharia genética, nanotecnologia, entre outros). Além disso, a formação da sociedade de massas constituiu também uma das consequências da Revolução Industrial, haja vista que o crescimento das cidades e a grande quantidade de trabalhadores (que formaram a classe operária) que passaram a habitar os centros urbanos geraram as massas, isto é, o grande fluxo de pessoas em uma só região.
Mas por que, necessariamente, a Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra As condições para o desenvolvimento da indústria estavam nesse país. A começar pela sofisticada manufatura têxtil que os ingleses detinham desde a época da colonização da América – elemento que seria o modelo para a criação da máquina de fiar tecido movida a vapor. Outros fatores importantes foram as transformações políticas ocorridas no século XVII a partir da Revolução Gloriosa (1688-1689), como a política dos cercamentos aplicada à agricultura, que forçou a migração da população camponesa para as cidades, e a institucionalização do direito de propriedade privada, que seria uma das bases principais para o desenvolvimento pleno do capitalismo industrial inglês. Além disso, as reservas minerais de ferro e carvão em território inglês foram fundamentais para a construção do maquinário fabril.
A radicalidade das transformações tecnológicas trazidas com a Revolução Industrial pôde ser observada também na mudança de mentalidade da época, como destacou o historiador Francisco Iglésias
Do século XV ao XVIII verificou-se verdadeira mudança de mentalidade. A mecânica e a técnica, de menosprezadas, passaram a supervalorizadas. Não é generalizada essa aceitação, pois os preconceitos têm raízes fundas, dificilmente removíveis. Ainda no século XVIII e mesmo nos seguintes, até o atual, encontra-se certa atitude de suspeita ante o manual ou mecânico, enquanto se realça o ócio, o lazer, a condição de nobreza, que não trabalha ou só trabalha com a inteligência e exerce o comando. Daí a desconsideração com tarefas como as agrícolas - revolver as terras com as mãos - as artesanais ou manufatureira, ou mesmo as comerciais (...). Curioso lembrar como os médicos, forrados de humanismo, não tinham respeito pelos cirurgiões, pois exerciam labor mecânico. Até 1743 - repare-se a data - eram vistos como espécie de barbeiros. (Iglésias, Francisco. A Revolução Industrial. São Paulo Brasiliense, 1981, p. 40-41).
Como consequências da Revolução Industrial, podemos apontar o desenvolvimento tecnológico acelerado, que caracterizou uma sucessão de etapas evolutivas, como a Segunda Revolução Industrial (desenvolvida no século XIX, seu principal aspecto foi a criação dos motores de combustão interna movidos a combustíveis derivados do petróleo) e a Terceira Revolução Industrial (desenvolvida no século XX e ainda em expansão, seu aspecto principal são os ramos da microeletrônica, engenharia genética, nanotecnologia, entre outros). Além disso, a formação da sociedade de massas constituiu também uma das consequências da Revolução Industrial, haja vista que o crescimento das cidades e a grande quantidade de trabalhadores (que formaram a classe operária) que passaram a habitar os centros urbanos geraram as massas, isto é, o grande fluxo de pessoas em uma só região.
Mas por que, necessariamente, a Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra As condições para o desenvolvimento da indústria estavam nesse país. A começar pela sofisticada manufatura têxtil que os ingleses detinham desde a época da colonização da América – elemento que seria o modelo para a criação da máquina de fiar tecido movida a vapor. Outros fatores importantes foram as transformações políticas ocorridas no século XVII a partir da Revolução Gloriosa (1688-1689), como a política dos cercamentos aplicada à agricultura, que forçou a migração da população camponesa para as cidades, e a institucionalização do direito de propriedade privada, que seria uma das bases principais para o desenvolvimento pleno do capitalismo industrial inglês. Além disso, as reservas minerais de ferro e carvão em território inglês foram fundamentais para a construção do maquinário fabril.
A radicalidade das transformações tecnológicas trazidas com a Revolução Industrial pôde ser observada também na mudança de mentalidade da época, como destacou o historiador Francisco Iglésias
Do século XV ao XVIII verificou-se verdadeira mudança de mentalidade. A mecânica e a técnica, de menosprezadas, passaram a supervalorizadas. Não é generalizada essa aceitação, pois os preconceitos têm raízes fundas, dificilmente removíveis. Ainda no século XVIII e mesmo nos seguintes, até o atual, encontra-se certa atitude de suspeita ante o manual ou mecânico, enquanto se realça o ócio, o lazer, a condição de nobreza, que não trabalha ou só trabalha com a inteligência e exerce o comando. Daí a desconsideração com tarefas como as agrícolas - revolver as terras com as mãos - as artesanais ou manufatureira, ou mesmo as comerciais (...). Curioso lembrar como os médicos, forrados de humanismo, não tinham respeito pelos cirurgiões, pois exerciam labor mecânico. Até 1743 - repare-se a data - eram vistos como espécie de barbeiros. (Iglésias, Francisco. A Revolução Industrial. São Paulo Brasiliense, 1981, p. 40-41).
Como consequências da Revolução Industrial, podemos apontar o desenvolvimento tecnológico acelerado, que caracterizou uma sucessão de etapas evolutivas, como a Segunda Revolução Industrial (desenvolvida no século XIX, seu principal aspecto foi a criação dos motores de combustão interna movidos a combustíveis derivados do petróleo) e a Terceira Revolução Industrial (desenvolvida no século XX e ainda em expansão, seu aspecto principal são os ramos da microeletrônica, engenharia genética, nanotecnologia, entre outros). Além disso, a formação da sociedade de massas constituiu também uma das consequências da Revolução Industrial, haja vista que o crescimento das cidades e a grande quantidade de trabalhadores (que formaram a classe operária) que passaram a habitar os centros urbanos geraram as massas, isto é, o grande fluxo de pessoas em uma só região.
A principal caracterstica da Revoluo Industrial foi a criao do sistema
fabril mecanizado, isto , as fbricas passaram da simples produo manufaturada para a complexa substituio do trabalho manual por mquinas. Essa substituio implicou na acelerao da produo de mercadorias, que passaram a ser produzidas em larga escala. Essa produo em larga escala, por sua vez, exigiu uma demanda cada vez mais alta por matria-prima, mo de obra especializada para as fbricas e mercado consumidor. Tal exigncia implicou, por sua vez, tambm na acelerao dos meios de transporte de pessoas e mercadorias. Era necessrio o encurtamento do tempo que se percorria de uma regio outra para escoar os produtos.
Nesse sentido, a Revoluo Industrial estimulou o desenvolvimento das
cidades que tiveram que se adaptar ao grande contingente de pessoas que migrava do meio rural em busca de emprego nas fbricas , bem como a criao de transportes, como a locomotiva a vapor (ou trem de ferro), que exigia uma malha ferroviria, isto , linhas de trem feitas de ferro para estabelecer a ligao entre as regies. Mas por que, necessariamente, a Revoluo Industrial ocorreu na Inglaterra? As condies para o desenvolvimento da indstria estavam nesse pas. A comear pela sofisticada manufatura txtil que os ingleses detinham desde a poca da colonizao da Amrica elemento que seria o modelo para a criao da mquina de fiar tecido movida a vapor. Outros fatores importantes foram as transformaes polticas ocorridas no sculo XVII a partir da Revoluo Gloriosa (1688-1689), como a poltica dos cercamentos aplicada agricultura, que forou a migrao da populao camponesa para as cidades, e a institucionalizao do direito de propriedade privada, que seria uma das bases principais para o desenvolvimento pleno do capitalismo industrial ingls. Alm disso, as reservas minerais de ferro e carvo em territrio ingls foram fundamentais para a construo do maquinrio fabril.
A radicalidade das transformaes tecnolgicas trazidas com a Revoluo
Industrial pde ser observada tambm na mudana de mentalidade da poca, como destacou o historiador Francisco Iglsias:
"Do sculo XV ao XVIII verificou-se verdadeira mudana de mentalidade. A
mecnica e a tcnica, de menosprezadas, passaram a supervalorizadas. No
generalizada essa aceitao, pois os preconceitos tm razes fundas,
dificilmente removveis. Ainda no sculo XVIII e mesmo nos seguintes, at o atual, encontra-se certa atitude de suspeita ante o manual ou mecnico, enquanto se reala o cio, o lazer, a condio de nobreza, que no trabalha ou s trabalha com a inteligncia e exerce o comando. Da a desconsiderao com tarefas como as agrcolas - revolver as terras com as mos - as artesanais ou manufatureira, ou mesmo as comerciais (...). Curioso lembrar como os mdicos, forrados de humanismo, no tinham respeito pelos cirurgies, pois exerciam labor mecnico. At 1743 - repare-se a data - eram vistos como espcie de barbeiros." (Iglsias, Francisco. A Revoluo Industrial. So Paulo: Brasiliense, 1981, p. 40-41).
Como consequncias da Revoluo Industrial, podemos apontar o
desenvolvimento tecnolgico acelerado, que caracterizou uma sucesso de etapas evolutivas, como a Segunda Revoluo Industrial (desenvolvida no sculo XIX, seu principal aspecto foi a criao dos motores de combusto interna movidos a combustveis derivados do petrleo) e a Terceira Revoluo Industrial (desenvolvida no sculo XX e ainda em expanso, seu aspecto principal so os ramos da microeletrnica, engenharia gentica, nanotecnologia, entre outros). Alm disso, a formao da sociedade de massas constituiu tambm uma das consequncias da Revoluo Industrial, haja vista que o crescimento das cidades e a grande quantidade de trabalhadores (que formaram a classe operria) que passaram a habitar os centros urbanos geraram as massas, isto , o grande fluxo de pessoas em uma s regio.