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N E W| SBOLETIM
N¼01 L E T T EINFORMATIVO
R A R H D O DA
T EARH
J O ,DO
I.P . -I.P.F|EFEVEREIRO
TEJO, V E R E I R O2010
2010 w w w. a rh te jo. p t
EDITORIAL
UM TEJO VIVO E VIVIDO
UM LITORAL DE EXCELæNCIA
Com a publicao do primeiro nmero do
INFOTEJO, a ARH do Tejo, I.P. cria mais uma
importante via de comunicao com a enorme
comunidade da maior Regio Hidrogrfica do
pas. A par das reunies do Conselho de Regio
Hidrogrfica, das sesses de debate sobre vrias
temticas, das publicaes editadas, nomea-
damente a coleco Tgides, da pgina da inter-
net, recentemente renovada, das plataformas
comunicacionais e de participao pblica no
mbito dos planos, e de um boletim hidrolgico
em fase de preparao, com a edio mensal
do INFOTEJO queremos reafirmar a ARH do
Tejo, I.P. como uma instituio aberta partici-
LICENCIAMENTO
pao de todos. Uma instituio que, desde a
primeira hora, privilegia o estabelecimento de
parcerias, baseadas em princpios de actuao
e objectivos muito claros e, naturalmente, parti-
lhados, como so exemplos inequvocos, entre
outros, os acordos e estratgias estabelecidas
AO ALCANCE DE UM CLIQUE
com Cmaras Municipais, incluindo delegaes
de competncias em matria de gesto do litoral,
O licenciamento das utilizaes da gua no cativo no estado das guas s podem ser
protocolos para a valorizao de linhas de gua
uma actividade recente, muito pelo contrrio. desenvolvidas desde que ao abrigo de um ttulo
e para apoio na regularizao de ttulos de utili-
Desde o sculo XIX que o Regulamento dos de utilizao emitido nos termos e condies
zao dos recursos hdricos. So ainda de referir
Servios Hidrulicos contemplava essa obri- nela previstos.
os protocolos estabelecidos com a Confederao
gao. A ARH do Tejo, I.P. a mais recente Tradicionalmente, esta tem tambm uma das
de Agricultores de Portugal (CAP) e com a Confe-
herdeira dessa responsabilidade, agora regu- reas mais geradoras de reclamaes por parte
derao Nacional de Cooperativas Agrcolas
lamentada pela Lei da çgua (Lei n.¼ 58/2005, dos utilizadores contra a entidade gestora,
(Confagri), tambm com vista ao apoio na regu-
de 29 de Dezembro) e legislao comple- sobretudo devido a atrasos no andamento dos
larizao de ttulos de utilizao, bem como os
mentar. De acordo com esta Lei, ao abrigo do processos e, por vezes, na dificuldade em obter
trabalhos conducentes criao da Associao
princpio da precauo e da preveno, as informao sobre o estado dos mesmos.
de Utilizadores do Mdio Tejo e Sorraia englo-
actividades que tenham um impacte signifi- >>> PAG.3
bando vrias Associaes de Agricultores e de
Beneficirios e Regantes. Trata-se de mais uma
aposta clara na valorizao e proteco dos
recursos hdricos das bacias hidrogrficas do rio Ministra do Ambiente Entrevista de Abrantes:
Tejo e das ribeiras do Oeste, com vista concre- Gesto dos Recursos Pedro Serra Muito mais do que
tizao de UM TEJO VIVO E VIVIDO e de UM Hdricos: Um sinal CADC: Um clima dois rios
LITORAL DE EXCELæNCIA, pela via da partici- de mudana de confiana
pao que queremos cada vez mais alargada. >>> PAG.2 >>> PAG.4-5 >>> PAG.7
Manuel Lacerda
Presidente da ARH do Tejo, I.P.
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OPINIÌO
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ACTUALIDADE
LICENCIAMENTO
AO ALCANCE DE UM CLIQUE
A ARH do Tejo, I.P. est a trabalhar para, com a maior brevidade O mdulo de gesto do licenciamento encontra-se integrado com
possvel, disponibilizar um modelo de gesto do licenciamento on um mdulo de gesto de dados de autocontrolo que visa:
line, visando:
a) Disponibilizar uma interface para carregamento de informao
a) Permitir a gesto dos processos de licenciamento, cumprindo de autocontrolo aos utilizadores, atravs do Portal da ARH do
os requisitos decorrentes do Decreto-Lei n.¼ 226-A/2007, de 31 Tejo, I.P.;
de Maio, que estabeleceu o novo regime sobre as utilizaes dos
recursos hdricos e os respectivos ttulos (autorizaes, licenas b) Permitir a gesto dos dados de autocontrolo bem como a utilizao
e concesses), devendo os pedidos de emisso de ttulos de da informao no contexto do mdulo de licenciamento, da aplicao
utilizao dos recursos hdricos ser instrudos de acordo com o da taxa de recursos hdricos e dos processos de monitorizao e
regulamentado na Portaria n.¼ 1450/2007, de 12 de Novembro; fiscalizao levados a cabo pela ARH do Tejo, I.P.;
b) Permitir que os processos de licenciamento sejam iniciados e c) Permitir a definio de alertas de activao de mecanismos de
geridos de forma electrnica entre a ARH do Tejo e os utilizadores, fiscalizao e auditoria mediante a comparao dos dados de auto-
atravs do Portal da ARH do Tejo, I.P., definindo reas reservadas controlo com os termos do ttulo de utilizao de recursos hdricos.
de insero, edio e consulta de dados;
Prev-se que o mdulo de licenciamento entre em funcionamento
c) Permitir a definio das condies a que esto sujeitos os Ttulos
de forma faseada, devendo estar disponvel a partir de Maro e estar
de Utilizao, ao abrigo do Regime Econmico e Financeiro e a
concludo at Setembro de 2010.
gesto da cobrana da taxa de recursos hdricos por utilizador;
Esta plataforma de licenciamento possibilitar aos requerentes enormes
d) Permitir que os dados necessrios ao clculo da taxa de recursos
benefcios, desde logo a facilidade de acesso sem necessidade de
hdricos sejam introduzidos pelos utilizadores directamente no
deslocao aos servios da ARH do Tejo, I.P.. Maior grau de simplicidade
Portal da ARH do Tejo, I.P.;
e rapidez na anlise, com a possibilidade de seguimento por parte
e) Permitir a exportao de informao necessria para entidades do utilizador dos avanos do processo, so outros atributos que
terceiras, designadamente para o Instituto da çgua, bem como desejamos garantir, em oposio a procedimentos assentes em pesados
implementar servios que permitam um acesso estruturado suportes administrativos, com uma excessiva carga documental em
quela informao. papel. Com o suporte digital vamos ganhar tempo e eficcia.
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ENTREVISTA
Pedro Serra*
COM A CONVENÌO
DE ALBUFEIRA FOI CRIADO
UM CLIMA DE CONFIANA
PARA A DISCUSSÌO DE
TODOS OS ASSUNTOS
DE INTERESSE COMUM
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incumbem os Estados de coordenarem as Pode estar em causa a intensificao da critrios foram os da verificao dos registos
aces de promoo e proteco do bom explorao dos recursos do Tejo para alm do passado, anteriores construo das
estado das guas superficiais e subterrneas, do razovel. E digo Òpode estarÓ, porque grandes barragens na bacia do Tejo, de
as aces de aproveitamento sustentvel dessas no so ainda conhecidos os contornos modo a acautelar condies de caudal
guas e as aces que contribuam para mitigar destes projectos de que fala regularmente ecolgico prximas das naturais em perodos
os efeitos das cheias e das situaes de seca a imprensa espanhola. Regista-se neste de seca, contrariando a tendncia para a
e escassez. momento em Espanha uma disputa muito artificializao do regime fluvial.
intensa pela gua, de fortes contornos
polticos, que tem a ver com a afirmao
Por comparao com outras regies
ÒTANTO A CONVENÌO das Autonomias face ao governo central e
hidrogrficas, que questo considera mais
que transcende o quadro da gesto da gua,
COMO A DIRECTIVA na qual no queremos nem devemos intervir.
crtica do ponto de vista da proteco e
TæM COMO OBJECTO Aguardamos serenamente que Espanha
valorizao dos recursos hdricos na regio
hidrogrfica do Tejo?
PRIMEIRO A PROTECÌO enuncie as suas pretenses para, ento, as
H objectivos comuns a todas as bacias
E O APROVEITAMENTO analisarmos.
(reduo da poluio e da sobre-explorao
SUSTENTçVEL DAS Na ltima Conferncia das Partes foram
e tendncia artificializao do regime
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NOTêCIAS
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MUNICêPIOS
CARACTERIZAÌO ABRANTES: DOIS RIOS,
DO CONCELHO UM POTENCIAL
Situado na rota das grandes acessibilidades, TURêSTICO
Abrantes um concelho que se estende por
cerca de 713,46 km2, com 42 436 habitantes, Abrantes , cada vez mais, um concelho com
distribudos por 19 freguesias. Para alm de forte potencial turstico. procurado pelo
ser atravessado pelo rio Tejo, localiza-se ainda seu clima e pela enorme oferta de turismo
no concelho a albufeira de Castelo do Bode. activo e actividades nuticas.
Abrantes soube converter as reas adjacentes
aos dois rios que aqui passam Ð Tejo e Zzere
Ð em recursos tursticos de qualidade com
çGUAS DE ABRANTES uma oferta diferenciadora nos desportos
RUMO AO SUL
nuticos e na canoagem.
O Aquapolis Ð Parque Urbano Ribeirinho veio
potenciar a utilizao do Tejo para o lazer.
Devido sua vasta extenso e com cerca de O espelho de gua criado no rio, em arti-
metade da populao fixada na sede do culao com o Parque Nutico da Aldeia do
concelho, a disperso de aglomerados Mato e com a Estao de Canoagem de
populacionais, separados por grandes Alvega, colocam Abrantes numa posio
distncias, condicionou o tipo de abaste- privilegiada para a prtica de desportos
cimento pblico de gua. Actualmente exis- nuticos. O Tejo hoje um rio com as margens
tem 27 sistemas, 10 deles com menos de organizadas e requalificadas, dispondo de A assumpo de uma gesto sustentvel
500 habitantes. um conjunto de equipamentos que permi- dos recursos hdricos, promovendo a sua
Este territrio rico em sistemas hdricos, tem desfrutar do rio. O Aquapolis tem como proteco e valorizao, estratgica para
desde logo porque atravessado pelo Tejo e elemento fundamental o Aude Insuflvel, o desenvolvimento sustentvel.
pelo seu afluente Zzere. A norte, situa-se a estrutura inovadora responsvel pela cria- O desenvolvimento sustentvel hoje o
albufeira de Castelo do Bode, que garante o o da enorme albufeira artificial que veio paradigma das sociedades que se querem
abastecimento pblico, em quantidade e reformular a paisagem urbana e transformar mais justas socialmente, economicamente
qualidade rea metropolitana de Lisboa e Abrantes num centro de vida estival. viveis, mas tambm ambientalmente
a Abrantes, servindo hoje cerca de 44 % da A norte do concelho, nas reas da barragem responsveis.
populao concelhia. de Castelo do Bode, a Cmara viu um po- A Lei da çgua vem garantir que as polticas
Mas a expanso deste sistema parou no Tejo. tencial turstico e, nos ltimos anos, investiu de gesto dos recursos hdricos promovam
Considerando que na outra margem vivem particularmente na vertente do turismo ligado padres de qualidade e quantidade de gua
mais de 18 000 habitantes, impunha-se a ex- gua, ao lazer e aventura. A Praia Fluvial adequadas.
panso do abastecimento para Sul, expanso de Aldeia do Mato, com Bandeiras Azul e A nossa responsabilidade enquanto autarcas
pensada desde a gnese da opo pelo Castelo ÒPraia Acessvel Ð Praia para Todos, para alm ao aplicarmos esse normativo valorizar
do Bode. O primeiro passo foi dado com a de estar reconhecida pela qualidade ÒOuroÓ este recurso, escasso, no seu valor social,
colocao de uma conduta no Aude do Tejo, da gua (reconhecimento da QUERCUS), tornando-o acessvel e introduzindo medidas
permitindo vencer esta barreira natural. Em com a interveno ali operada transformou- que levem sua poupana e que previnam
Maro de 2009 foi apresentado um estudo -se no lugar ideal para quem gosta de espa- fontes de poluio.
prvio que definia os principais sistemas a os naturais aliados ao lazer e com elevado A requalificao e valorizao das margens
abranger e estimava o investimento na or- potencial para a prtica de desportos nuti- ribeirinhas, criando infra-estruturas que pos-
dem dos 7,3 milhes de euros. Entretanto, cos, para alm de garantir alojamento em sibilitem a devoluo dos rios s populaes
foi lanado concurso para a execuo do bungalows, um novo conceito que combina para uma fruio desse patrimnio natural
projecto que dever estar concludo em com o espao envolvente rodeado de vege- desgnio de novos investimentos.
meados de 2010. tao e gua. Em Abrantes este o planeamento es-
tratgico que qualifica as intervenes
municipais e supra-municipais: o Centro de
Para mais informaes consultar o portal Interpretao do Tejo Ibrico, o Aquapolis,
de turismo do municpio em: o Centro Nutico, os percursos pedonais e
http://sic.cm-abrantes.pt/turismo/site/ ciclveis so projectos em curso para a
promoo do Tejo. A grande rota do Zzere
e a praia fluvial de Aldeia do Mato iro
contribuir decisivamente para a promoo
da albufeira de Castelo do Bode.
O Tejo e o Zzere:
Muito mais que dois rios.
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AGENDA CONTACTOS
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pelo seu patrimnio, pelas suas utilizaes e
pelas suas gentes.
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