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Caderno Principal Pesquisa nos últimos 7 dias 30 Abr 2008


Caderno P2

Protestos contra políticas


educativas juntam uma centena
de professores em Lisboa
Caderno Principal
29.04.2008, Isabel Leiria
PRIMEIRA PÁGINA
Fraca adesão não preocupa secretário-geral da
DESTAQUE
Fenprof, que considera que o problema da
PORTUGAL
avaliação
mais imediato foi resolvido

À terceira segunda-feira de protesto contra as políticas


educativas, convocada pelos sindicatos de docentes, a
adesão dos professores à contestação nas ruas parece
ser cada vez menor. Ontem, em Lisboa, trinta minutos
após a hora marcada para a concentração em frente ao
Ministério da Educação (ME), apenas cerca de uma
centena marcou presença.
Mas o cenário não preocupava Má-
rio Nogueira, secretário-geral da Fen-
prof: "É normal. Tem a ver com o facto de aquilo que
mais preocupa-
va os professores no imediato - as consequências da
aplicação da avaliação a mês e meio do final das aulas -
estar resolvido. Este ano, a nenhum docente se aplica o
modelo de avaliação do ME", responde o sindicalista,
referindo-se ao acordo alcançado entre a plataforma
sindical e a tutela. E para o ano, garante, o mesmo
sistema estará em "experimentação". "Ficaram
inclusivamente definidos os meses das negociações para
a al-
teração do diploma."
Para Mário Nogueira, a própria aplicação das novas
regras de avaliação a todos os professores, ao longo do
próximo ano lectivo, mostrará que o sistema é "absurdo,
incoerente e inaplicável em muitos aspectos."
Vestida de t-shirt preta, com a fra-
se "Venham às escolas" inscrita, Manuela Guedes,
educadora de infância há 26 anos, explica que é contra
um modelo de avaliação que "não é formativo" e contra
um estatuto da carreira docente que dividiu os
professores em duas categorias. No seu caso, a
contestação é levada até às últimas consequências.
Apesar de ter direito, não se apresentou ao concurso
para titular - "nunca vou concorrer, não sou mais do que
uma professora" -, ficando assim impedida de continuar
a progredir na carreira.
O novo modelo de gestão escolar, que prevê a
concentração de muitos poderes na figura de um
director, é outra das grandes lutas dos professores. E,
em 2009, ano de eleições legislativas, a altura para os
docentes voltarem a sair à rua ainda será "mais
apropriada", lembra Mário Nogueira.

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