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XX Congresso Brasileiro da Citnca das Plantas Donnas 03 406 de junho de 2000 ~ Foe do Iguau,Paran, Bras CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS AQUATICAS EDIVALDO DOMINGUES VELINI ~ Prof. Dr. FCA / UNESP ~ Botucatu - SP 1. Introdugéo No Brasil, lagos e rios so importantes para 0 fornecimento de agua para dar suporte a sistemas de produgdo agricola e industrial, para consumo humano, recreagao, navegag&o, irrigagao, pesca e geragéo de energia elétrica, Décadas de desmatamento indiscriminado e uso inadequado da terra estimularam o carregamento de nutrientes para o leito de ros e reservatérios. O carregamento de parte dos fertlizantes utilzados em culturas agricolas, além da grande carga de esgotos residenciais e industriais t8m levado cursos e reservatbrios de gua, naturais ou artifciais, a uma condigdo de desequilbrio, caracterizada pela grande disponibilidade de nutrientes, que acelera 0 crescimento de vegetagao aquatica indesejavel Embora uma quantidade minima de vegetagao aquatica nativa seja necessaria como fonte de ,, alimento e abrigo para a vida aquatica, grandes massas destes vegetais podem dificultar a navegagao, pesca, recreagao e entupir a tomada de agua de turbinas de usinas hidroelétricas. Uma vegetagao densa sobre a superficie pode tomar praticamente nula a concentragao de O; dissolvido em funcdo da n8o penetrago de luz em quantidades suficientes para suportar 0 crescimento de organismos fotossintetizantes na coluna de agua. Mesmo comunidades de plantas, imersas, que produzem grandes quantidades de ©, durante o dia, em fungo da pequena capacidade de armazenamento da agua, podem exaurir, durante a noite, 0 estoque de O; 137 XXII Congreso Brasileiro da Citncia das Pants Dannhas 03406 de junho de 2000 — Foz do Iguagu,Paran, Brasil dissolvido. Nas duas situag6es, espécies mais exigentes em O, dissolvido, ‘como peixes, podem ser eliminadas do local Deve ser destacado que algumas das espécies de plantas que tém causado problemas no Estado de Sao Paulo (Ex.: Egeria densa e Egeria najas), so nativas do Brasil, mas originarias de outras bacias hidrograficas, sendo classificadas, portanto, como exéticas. Citamos a seguir, alguns exemplos de problemas que estdo associados @ alta prolifieragao de plantas aquaticas, no Brasil Nos reservatrios e canais da Light (Estado do Rio de Janeiro), a ocorréncia de plantas ‘aquaticas marginals ou flutuantes tem obrigado a utllizagao constante de programas mecanicos de controle destas espécies. Esta empresa tem contratado a remog&o anual de 120,000 m° de plantas aquaticas a um custo aproximado de R$ 7,00 / m*, O trabalho 6 feito por empreiteiras, com equipamentos adaptados e sem que se tenha feito uma analise adequada da eficiéncia e dos problemas ambientais decorrentes desta pratica. A nao execugo destas praticas de controle aumenta a acumulagdo de material vegetal nas grades que protegem as tomadas de agua de unidades de bombeamento da usinas elevatérias. Previamente & gerago, com um desnivel de 305m, a agua 6 bombeada em estacdes elevat6rias para transpor 0 cume da Serra do Mar. Na regido de Ribeirao Preto, a queda recente de duas pontes esta associada a ocorréncia de chuvas fortes a altas infestagdes de Brachiaria mutica e Brachiaria arrecta nas margens de rios. Estas plantas podem apresentar caules muito longos que, durante as cheias, se prendem aos pilares das pontes, reduzindo a vazo de agua e a estabilidade das mesmas. A redugio da qualidade de agua e o aumento da incidéncia de vetores de doengas tém sido verificados em uma grande nimero de reservatérios de diferentes tamanhos, infestados com plantas aquaticas marginais, imersas ou flutuantes. 138 XXII Congresto Brasileiro da Cina das Plantas Dainhas 03 8.06 de juno de 2000 — Foe do Iguayu,Parand, Brasil "= Talvez 0 maior de todos os problemas refira-se a infestagao do reservatério da usina hidroelétrica de Jupid, com as espécies Egeria densa, Egeria najas e Ceratophyllum demersum. Nos meses de maior precipitagdo pluviométrica (jameiro a margo) as cheias desiocam grandes massas de plantas que caminham a deriva e podem alcangar as grades de protecdo das unidades geradoras da Usina hidroelétrica de Jupia. Caso a limpeza nao seja feita em tempo, a obstrugso das grades pode gerar cavitagdo das turbinas e a ruptura ou sucgo de paineis da grade de protego. Todo trabalho de manutengao e limpeza das grades deve ser feito com as turbinas paradas, implicando na n&o gerago de energia elétrica. De 1989 até o agora, jé foram substituidos mais de 1.000 painéis de grade com custo unitario médio da ordem de R$3.000,00, sem considerar os custos do trabalho de substituigso, Em muitas situagbes, varias turbinas de Jupia séo simultaneamente paralizadas; cada turbina de jupia produz energia equivalente a toda uma hidroelétrica do complexo gerador do Tieté (Ex: Barra-bonita e Trés Irmios). Este mesmo grupo de espécies também jé causa grandes problemas @ geracdo de energia em Paulo Afonso (tio S8o Francisco) e esta presente em varios outros grandes reservatérios brasileiros, 2. Principais espécies de plantas aquaticas S80 escassas, no Brasil, publicagbes com a descri¢ao de espécies de plantas aquaticas com informag6es sobre 0 comportamento ecofisiolégico das mesmas. Devem ser destacadas as publicagbes de LORENZ! (1991) e KISSMANN (1991) As plantas daninhas de ambientes aquaticos podem ser classificadas em diferentes grupos em fungo de sua localidade e mobilidade no corpo hidrico (habito de: crescimento). As plantas XXII Congreso Brasileiro da Cltnca das Plantas Daninhas~ 03806 de juno de 2000 Fs do Iguacu, Parand, marginais s80 espécies de terra seca ou terrestres, que ocorrem nas bordas ou margens de canais, lagos, represas ou rios, aproveitando-se das condigdes de umidade. As sementes das espécies que ocorrem nessas localidades podem disseminar-se facilmente e com isto atingir grandes Gistancias pelo curso d’4gua, S40 exemplos: Cyperus spp e Brachiaria purpurascens. Algumas espécies, denominadas de fiutuantes, ocorrem livremente na superficie das aguas de lagos, apresentando suas ralzes submersas e as folhas fora da agua. As plantas flutuantes so faciimente arrastadas pelos ventos, sendo também levadas pelas correntezas dos rios, riachos e canais. Causam problemas @ navegago, aumentam as perdas de Agua por evapotranspiracéo, reduzem a oxigenagao da agua e podem inviablizar 0 uso de lagos e represas. Sdo exemplos: ‘aguapé (Eichhornia crassipes); alface d’agua (Pistia stratiotes); musgo d’égua (Azolla caroliniana) e salvinias (Salvinia auriculata, S, molesta e S. rotundifolia). Quando as plantas vivem inteiramente abaixo do nivel da dgua, s80 denominadas de imersas ou submersas. Algumas espécies tem suas raizes dentro da dgua e s8o chamads livres ou n&o- ancoradas; s40 completamente dependentes da agua para o seu suplemento nutricional. Outras ‘espécies deste grupo sfo enraizadas no fundo d’agua e so as ancoradas ou presas. Séo ‘exemplos: Egeria densa e E. najas, denominadas elodeas; Ceratophyllum demersum e hydra verticilata, Esta dtima é uma expécie de controle extremamente difil que no ocorre no Brasil Outras espécies de grande importancia no Brasil so as taboas (Typha spp), 0 aguapé-de- cordao (Eichornia azurea), mururé ou pontederia (Pontederia Cordata), Principais métodos de controle de plantas aquaticas XXII Congresto Brasileiro da Cignca das Plantas Dainhas-03 4 06 de juno de 2000 — For do Iguasu, Parad, Brasil Controle mecanico ‘Como qualquer outra técnica de controle de plantas aquaticas, 0 controle mecanico tem vantagens e limitagbes. No Brasil, vem sendo utlizado, com sucesso, em varias situagdes. ‘As operagées relacionadas ao controle mecanico podem ser divididas em quatro etapas: a retirada das plantas dos rios, canais ou lagos; o transporte das plantas ainda no corpo hidrico: a transferéncia deste material para o ambiente terrestre; eo transporte e descarte do material coletado. Em alguns sistemas de controle mecanico utlizados no exterior, mas ainda néo disponiveis no Brasil, plantas emersas séo coletadas, picadas e langadas novamente na agua, eliminando-se algumas das etapas mencionadas. A seqdéncia de etapas n&o precisa ser exatamente a citada. Em alguns sistemas de controle mecanico de plantas aquaticas em uso no Brasil, as plantas caminham naturalmente até grades de protegdo de turbinas ou tomadas de agua de bombas sendo retiradas mecanicamente por equipamentos de limpeza destas estruturas. Sistemas deste tipo encontram-se em operacao na CESP € Light ¢, provavelmente, em um grande nimero de usinas hidroelétricas em todo o Pals, tendo sido desenvolvidos com 0 objetivo de minimizar os efeitos das plantas aquaticas sobre a capacidade de geragéo e bombeamento e no exatamente para controlar as plantas aquéticas. Os mmaiores niveis de eficiéncia, em termos de controle, s80 alcangados quando grandes quantidades de plantas 40 desiocadas até as grades, aps chuvas ou praticas mecanicas auxiliares para desiocé-las; contudo, algumas destas situagses séo criticas em termos de geragéo e bombeamento, havendo necessidade de interromper as operacoes. Em um outro sistema em uso na Light, as plantas presentes nas margens, ou em pontos de enor profundidade em canais de condugéo de agua, s8o deslocadas mecanicamente e langadas no curso de agua. Préximo as tomadas de agua, uma barreira flutuante retém as plantas que so ‘etiradas e transferidas, mecanicamente para as margens. As plantas podem também ser retiradas 141 XXII Congress Braieito da Cincin das Paras Dannhas ~ 03806 de Junho de 2000 ~ Fox doIguagu, Parand, Brasil diretamente da Agua e langadas ao longo das margens dos canais e reservatérios. Uma vez fora da gua as plantas so mecanicamente carregadas em caminhées e transportadas até areas de descarte. © controle mecanico utiizando embarcagbes equipadas com sistemas de recolhimento de plantas 6 frequentemente observado no exterior, mas pouco utlizado no Brasil, embora existar, ‘aqui, algumas maquinas com estas caracteristicas. Esta opco de controle certamente apresenta grande potencial de uso em programas de manejo integrado de plantas daninhas, podendo ser utiizada em pontos com inicio de infestac&o de plantas daninhas marginais, imersas ou emersas. Estes equipamentos poderiam ainda ser utlizados para a limpeza emergencial de portos hidrovias e nas proximidades de pontos de tomada de agua de bombas e turbinas, como um sistema auxiliar, reduzindo 0 acumulo de plantas nas grades de protego. Quando o transporte das plantas coletadas & feito nas proprias embarcacées, hd a necessidade de que estas apresentem grande capacidade; se utlizado em embarcagdes pequenas, o rendimento operacional & extremamente baixo em fung8o da necessidade de um grande numero de desiocamentos até a margem para esvaziamento do compartimento de depésito © controle mecanico ter como vantagens, em relag8o a0 controle quimico e alguns tipos de controle biolégico, @ n&o contaminagdo da gua com compostos quimico de ago herbicida ou toxinas. Pode ser utilizado de modo pontual,limitando-se 0 controle aos locais de ocorréncia das plantas. As plantas so, geralmente, retiradas do melo aquatico, reduzindo os problemas resultantes da decomposi¢ao das mesmas (consumo de oxigénio além de odor e aparéncia desagradavel da agua). Pode ser utlizado no controle de plantas marginals, flutuantes e imersas. Como desvantagens destacam-se a inespecificidade e a possibilidade de segmentagéo das plantas com propagagao vegetativa, disseminando-as. Como a eficiéncia nao ¢ total, os programas de controle mec&nico t8m permitido a rapida recomposig&o das populagées de plantas aquaticas. A a2 XXII Congresso Brasileiro da Cigna das Plantas Dainhas 03 06 de juno de 2000 Fw do Iguasu, Parad, Brasil ecessidade de utlizagdo continua ou freqdente tem tornado © controle mecanico bastante ‘oneroso, superando amplamente, a médio e longo prazo, 0s custos do controle quimico e do Controle biolbgico. Embora néo gere contaminagso da Agua, a remogo das plantas pode causar ‘grandes danos diretos a fauna e & flora nao daninha, além de colocar uma grande quantidade de sélidos em suspenséo alterando um grande numero de caracteristicas do corpo hidrico ‘relacionadas a transparéncia da agua. Quando as plantas so transportadas até a margem, hé a Preocupago adicional de descarts-las sem que problemas ambientais sejam gerados; as tentativas de criar algum uso para o material a ser descartado tém sido infrutiferas em fungao das grandes uantidades envolvidas e do elevado teor de agua destas plantas. De modo geral, os sistemas de controle mecénico de plantas aquaticas disponiveis no Brasil encontram-se bem desenvolvidos em termos operacionais. Alguns equipamentos, adaptados ou desenvolvidos especificamente para este fim, s8o altamente eficientes. © maior problema do uso 0 controle mecanico corresponde auséncia de informagdes sobre o impacto ambiental destes sistemas. Também nao existem critérios para a toriada de decis6es quanto a selegto das dreas em que 0 controle sera utiizado; o que tem determinado a porcentagem da area a receber controle © 0 volume de plantas a ser removido & o montante de recursos disponiveis na empresa, para este fim. Como qualquer outro método de controle de-plantas aquaticas, 0 controle mecdnico apresenta Vantagens @ desvantagens exigindo uma grande quentidade de informagdes para que possa ser utlizado com maxima eficiéncia e minimos custos e impactos negativos sobre o ambiente, Apesar de suas limitagbes, 0 controle mecdnico certamente continuaré desempenhando um papel de grande importancia em programas de manejo integrado de plantas aquéticas, Controle Biolégico 43 ‘XX Congresso Brasileiro da Cincia das Pants Danas 03806 de juno de 2000 ~ Foz do Iguag, Parand, Bes 0s controle com controle biclégicos de plantas aquaticas s80 comuns na literatura internacional, mas raros no Brasil. Em termos mundiais os trabalhos se intensificaram na década de 70 procurando-se avaliar 0 potencial de insetos, peixes e outros animais, além de patégenos, como agentes de controle bioldgico de plantas aquaticas, ‘So duas as estratégias usadas no controle biolégico. A primeira 6 a estratégia cldssica que corresponde & introdug8o de agentes de biocontrole, liberados em pequenas quantidades, que se perpetuam no ambiente e entram em equllbrio com a populagao da planta alvo, de modo que cada ‘aumento da infestagdo da planta problema gera um amumento na populagao do agente de controle. ‘A segunda é a estratégia inundativa e consiste na liberagéo de agentes de biocontrole em quantidades suficientes para proporcionar o controle das piantas em um prazo relativamente curto; neste caso 0s niveis populacionais do agente de controle decrescem rapidamente ¢ ha a necessidade de novas aplicagSes ou liberagdes todas as vezes que o controle for necessério, FIGUEIREDO et al, (1995) fez um extenso trabalho de revisdo sobre o uso de fitopatégenos no controle de plantas em ambiente aquaticos. Citamos alguns exemplos descritos pelos autores: uso de Cercospora rodmanii no controle de Eichhornia crassipes; uso de Alternaria eichhorniae como ‘um patégeno altamente agressivo e especifico para aguapé (E. crassipes) e uso de Macrophomina phaseolina no controle de Hydrila vertcllata Considerando insetos, 0s coledpteros Neochetina bruchi e Neochetina eichomiae tém ‘apresentado bons resultados nos Estados Unidos, Argentina, India, Australia agindo de forma complementar, por apresentarem pequenas mas distintas diferengas na biologia, ecologia e habitos alimentares. Bons niveis de controle de aguapé tém sido alcangados. Peixes herbivoros apresentam um grande potencial de controle de plantas aquéticas, podendo consumir quantidades considerdveis da massa vegetal dessas plantas. A carpa (exética) e © pact (nativa do Brasil) so espécies que podem ser utiizadas. A tilapia, um peixe introduzido em nosso 144 ‘XXII Congresso Brasileiro da Citncia das Plantas Dannhes- 03 406 de juno de 2000 ~ Foe do Iguacu, Para, Brasil Pals, almenta-se de algas, quando jovem, e de plantas malores, na fase adulta, podendo, também, ser util em programas de controle biolégico. Em condiges de Brasil, 0 Prof. Dr. Robinson A. Piel vem desnvolvendo um extenso trabalho de identiicagéio, muttipicagao e estudo da biologia de inimigos naturais de diversas espécies de plantas aqudticas. Devem ser destacados os trabalhos com controle biolégico de plantas aquaticas imersas com 0 uso de patogenos. Embora ainda seja pouco estudado, os especialstas da area so unanimes em indicar um ‘grande potencial de uso do controle biolégico em programas de manejo integrado de plantas aquaticas. Controle Quimico (Os EUA so 0 pais em que 0 uso de herbicidas para controle de plantas aquaticas € mais frequente. Os compostos com registro para uso em aplicagbes comerciais: 2.4-D, diquat, compostes @ base de cobre, endothall, fluridone e glyphosate. Dois outros compostos, triclopyr & imazapyr encontram-se em proceso de estudos e avaliagdo pelos érgé0s oficiais envolvidos no registro. No Brasil, somente 0 2,4-D possui registro para uso em ambiente aquatico. Esto em estudo o fluridone, 0 glyphosate, o imazapyr e 0 diquat. O registro de um herbicida para uso em ambiente aquatico pode consumir um grande volume de recursos em fungao do grande numero de avaliagdes que devem ser desenvolvidas até que se estabelegam as condigbes em que cada composto pode ser utilizado com seguranca. Os estudos com herbicidas aquaticos devem determinar a velocidade de dissipagdo dos mesmos dos corpos hidricos, a seguranca para humanos e para a vida silvestre, e os efeitos da decomposigao das plantas controladas sobre a qualidade de agua e também sobre a vida silvestre. 145 - xt Congreso Brasileiro da Ciénsia das Panas Daninhas-03 05 de juno de 2000 ~ Foz do lguagu,Paran, Brasil ‘As inimeras restrig6es envoividas limitar sobremaneira 0 niimero de compostos disponivels para este tipo de uso. Nao se deve tragar paralelos entre a eficiéncia ou seguranga de um composto em ambientes agricolas e em corpos hidricos. Os processos de degradacao podem ser completamente distintos. ‘Aiguns herbicidas podem ser bastante persistentes em solos, mas rapidamente degradados em ambientes aquaticos; so exempios: diquat, fluridone e Imazapyr. Manejo Integrado Existem varias oportunidades para o manejo integrado de plantas aquaticas. A grande diversidade de espécies que podem causar algum tipo de problema justificam a busca pela integracdo de métodos. Até o momento nenhum herbicida ou método de controle demonstrou capacidade de controlar satisfatoriamente todo o conjunto de espécies de maior importancia. A integragdo de métodos também fundamental para o desenvolvimento de programas de controle ‘com maxima seguranca em termos toxicol6gicos e ambientais. No caso especifico de plantas imersas, destacando-se Egeria densa, Egeria najas e Ceratophyllum demersum, provavelmente 0 tipo de plantas aquaticas com controle mais dificil, @ principal justificativa para o uso de programas de manejo integrado refere-se @ grande variabilidade do fluxo de Agua e da taxa de renovacao da agua em pontos de ocorréncia de Egeria densa, Egeria najas e Ceratophyllum demersum. Alguns estudos ja realizados no Brasil indicam que a aplicago de herbicidas pode ser invidvel em pontos de alto fluxo ou de flux com alto nivel de desorganizagao. Para 0 controle biolégico as restrigbes s8o menores, sendo possivel o uso mesmo fem locals com répida renovago da agua (da ordem de horas). Contudo, em alguns locais infestados a renovagdo completa de toda a 4gua pode ocorrer em apenas alguns minutos XXII Congresto Brasileiro da Ciencia das Plantas Daninhas ~03 06 de juno de 2000 — Fox do Iguapu,Paran. Brasil 4. Literatura Citada FIGUEIREDO, G.; LIMA, M.G.A.; YAMAMOTO, P-T. Fitopatégenos como agentes potenciais de contengao da interferéncia ocasionada por plantas daninhas em ambientes aquaticos. ‘Seminario, Jaboticabal: FCAVJ / UNESP, 1995. 24p. KISSMANN, K. G. Plantas infestantes e nocivas. Tomo |. So Paulo: BASF, 1991. 608p. LORENZ, H. Plantas daninhas do Brasil. 2 ed. Nova Odessa: Plantarum Ltda., 1991. 440p. \47

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