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sexta-feira 26/02/2010
DIREITO CIVIL V [Família]
EMENTA:
- Características:
- A família: esboço histórico e situação atual;
- Dimensão Constitucional: Casamento e união estável;
- A família Monoparamental;
- Efeitos jurídicos;
- Casamento;
- Impedimento;
- Direitos e deveres dos cônjuges;
- Regime de bens;
- Mudança de regime;
- Doações antenupciais;
- Dissolução da sociedade conjugal e do vínculo matrimonial;
- Separação judicial e divórcio;
- Parentesco;
- Filiação;
- Reconhecimento de filhos;
- Adoção;
- Poder Familiar;
- Tutela e curatela;
- Alimentos; e
- Ausência;
Na família atual, tanto homem como a mulher trabalham, existe democracia no lar. Não se casa mais
para constituir família, e sim, para ser feliz.
sexta-feira 12/03/2010
CASAMENTO
Características:
• É permanente
O casamento não tem prazo de validade ou duração previamente determinado.
• Exclusividade
Só é admitida a monogamia.
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• Distinção de sexo
O casamento entre pessoas do mesmo sexo ainda não é acolhido pelo Direito Brasileiro.
• Formalidade
Deve obedecer as exigências formais do art. 1525 do CC/2002.
Validade:
90 dias (não são três meses) – art. 1.516 § 1º CC.
- Certidão de Nascimento dos nubentes - o art. 1.517, CC, exige a idade de 18 anos.Contudo, se os
nubentes atingirem 16 anos, poderão se casar com autorização dos pais ou do representante legal.
- Autorização dos pais ou responsáveis (se houver dependência) - trata-se dos incapazes. No NCC,
como idade núbil foi reduzida para 16 anos (art. 1.517, CC), os menores de 18 anos necessitarão do
consentimento de ambos os pais para se casarem. Em caso de divergência, qualquer um deles poderá
recorrer à autorização judicial, conforme o art. 1.631, CC. O menor não reconhecido pelo pai deverá ser
autorizado pela mãe (art. 1.633, CC). Se o menor estiver sob tutela, será necessário o consentimento do
tutor.
- Declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não que declarem conhecer os nubentes
e não haver impedimento que os iniba de casar - o valor deste documento é relativo, pois pode ser
facilmente obtido (art. 42, Lei nº 6.015/73). Os impedimentos absolutos e relativos ao casamento
encontram-se, respectivamente, nos arts. 1.521 e 1.550, CC.
- Declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contratantes e de seus pais
(se conhecidos) - esta declaração é denominada memorial.
Publicidade nos órgãos locais: (art. 1.527 e § único CC e art. 68 e §§ da Lei 6.015/73)
O Oficial do Registro Civil lavrará os proclamas do casamento mediante edital que será afixado durante 15 dias
em lugar ostensivo do edifício onde celebram os casamentos. Publicará na imprensa (Diário Oficial e Jornal de
grande circulação).
Após o prazo de 15 dias sem oposição de impedimentos matrimoniais, o oficial do Registro Civil passará
certidão declarando os nubentes habilitados para o casamento dentro dos 90 (noventa) dias imediatos.
Celebração do casamento
Os contraentes, com a certidão de habilitação, requererão à autoridade que houver de presidir o ato, a
designação do dia, lugar e hora para a cerimônia, que se realizará na sede do cartório de registro civil, com as
portas abertas (art. 1.533, CC). Nos casos fortuitos, ou de força maior, ou querendo as partes e consentindo a
autoridade celebrante, a solenidade celebrar-se-á em outro edifício (art. 1.524, CC).
Duas testemunhas deverão presenciar a cerimônia, devendo ser em número de 4 (quatro), se algum dos
nubentes não souber escrever ou se for a celebração em edifício particular (art. 1.534, §§ 1º e 2º, CC).
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Casamento Nuncupativo
Trata-se de forma especial de celebração do casamento (art. 1540, CC) em que, ante a vigência do
caso e por falta de tempo, não se cumprem todas as formalidades legais do art. 1.533, CC. Exemplo disso
seria quando um dos contraentes se encontrar em iminente risco de vida.
Neste caso, o oficial de registro, mediante despacho da autoridade competente, à vista dos
documentos exigidos pelo art. 1.525, CC (habilitação) e independentemente dos proclamas (art. 1.527, § único,
CC), dará a certidão de habilitação, dispensando o procedimento regular. Chega-se até mesmo a dispensar a
autoridade competente para presidir o ato, figurando, neste caso, os nubentes como celebrantes, e realizando
oralmente o casamento ( RT, 475/58), perante 6 testemunhas, que deles não tenham parentesco em linha reta,
ou na colateral, em 2º grau (art. 1.540, CC e art. 76, da Lei 6.015/73). Após a cerimônia, as testemunhas
deverão comparecer, dentro de 10 dias, ante a autoridade judicial mais próxima, para pedir que se lhes tomem
por termo as declarações (art. 1.541, CC).
Condição Suspensiva
A condição suspensiva será finalizada com a consumação do casamento. O casamento religioso é
legítimo com o registro no Cartório de Pessoas Naturais.
Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes
entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser
impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar.
Trata-se de doação sob condição suspensiva, na dependência de fato futuro e incerto, somente se
aperfeiçoa com o evento. Como por exemplo, for o casamento a condição, a doação, assim condicionada,
ficará sem validade, se o casamento não se realizar, assim sendo, se esse não se realiza os presentes
deverão ser devolvidos.
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou,
a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos:
I — certidão de nascimento ou documento equivalente;
II — autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra;
III — declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir
impedimento que os miba de casar;
IV — declaração do estado civil, do domicilio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
V — certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento,
transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
sexta-feira 19/03/2010
1 - Casamento inexistente e nulo
1.1 - Introdução
Primeiramente é importante distinguir o ato nulo, anulável e inexistente. Os dois primeiros são negócios
jurídicos que aparentaram possuir uma formação regular, mas em virtude de determinado motivo, não
produziram os efeitos esperados.
O ato nulo, pela natureza e peculiaridade de seus vícios, existe, mas seus efeitos são
desconsiderados, ou seja, é como se não tivessem produzido nenhum efeito.
Já os atos anuláveis são aqueles eivados de vícios menos graves, e que produzem efeitos, que serão
desconsiderados somente após a decretação de anulação.
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Os atos inexistentes, por sua vez, são situações anômalas, em que não há a formação de um negócio
jurídico, mas mera aparência. Diz-se que o ato é inexistente pois não há algo a ser considerado nulo ou
anulável, mas somente o aspecto de uma relação jurídica regular.
Outra causa de inexistência seria a ausência de consentimento, ou seja, os nubentes não emitem
nenhuma manifestação de vontade durante a realização do casamento,
Comentários:
O remédio jurídico seria a Ação Declaratória de inexistência do casamento.
E a terceira causa que torna o casamento inexistente é a ausência da autoridade celebrante, ou seja,
ausência da autoridade religiosa ou do juiz de paz.
Comentários:
Pode ocorrer quando o terceiro age de acordo com as formalidades de autoridade, fazendo enganar os
nubentes de boa fé. Nesse caso o casamento é considerado válido.
Nessas três hipóteses o ato não existe pela falta de pressupostos, não tendo eficácia e validade,
podendo ter apenas mera aparência de negócio jurídico.
Há na doutrina muitas críticas a respeito da categoria dos atos inexistentes, pois de forma prática, a
teoria das nulidades, aplicada ao caso concreto, resolveria o problema, sendo considerados nulos, desde a
formação, os efeitos de um ato jurídico. Contudo grande parte dos doutrinadores concorda que para considerar
nulo, o ato tem que ter existido, para, posteriormente ser anulado. Mas naquelas três hipóteses a relação
jurídica somente ocorre materialmente, não se formando para o mundo do Direito.
Há de se destacar que, em certos casos, mesmo o ato sendo inexistente pode gerar algumas
repercussões jurídicas, e nesse caso, há necessidade de um pronunciamento judicial, que irá desconstituir os
efeitos, aplicando-se a teoria das nulidades; entretanto, se efeito não houve, não há necessidade de se tomar
nenhuma providência.
Contra o casamento inexistente não corre qualquer prazo prescricional, ou seja, a qualquer tempo,
poderá ser declarada a sua inexistência.
Havendo efeitos, qualquer pessoa pode argüir a inexistência, além do próprio juiz, que poderá decretá-
la de ofício.
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1.4 - Os impedimentos
A legislação civil vigente procurou elencar no rol do art. 1.521 as causas em que o casamento não é
possível e nunca será considerado válido.
A segunda possibilidade de impedimento seria o casamento entre os parentes afins em linha reta.
Para explicar esse impedimento é importante mencionar que o parentesco por afinidade é aquele que o
cônjuge tem em relação à família do outro, conforme determina o art. 1.595 do CC:
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
Já o parentesco em linha reta é aquele que diz respeito a uma relação de ascendência ou
descendência, conforme o disposto no art. 1.591 do pegar CC/2002:
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de
ascendentes e descendentes.
Nessa hipótese, não podem casar sogros e noras, genros e sogras (por se tratar de parentesco em
linha reta), ainda que sejam divorciados ou separados, haja vista que o parentesco por afinidade em linha reta
não se extingue nem com o fim do casamento ou da união estável, conforme determina o art. 1.591, §2º do
CC/2002:
Art. 1.591 (...)
§ 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
Na linha colateral, o parentesco por afinidade desaparece com a dissolução do casamento ou da união
estável, e nesse caso, não haveria mais a figura dos cunhados, podendo os mesmos casar entre si.
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes
de um só tronco, sem descenderem uma da outra.
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Contudo, o decreto- Lei 3.200, de 1941, que trata de normas relativas à proteção da família traz uma
exceção ao impedimento legal ao permitir o casamento entre tios e sobrinhos desde que estes, via judicial,
apresentem laudo médico que não há incompatibilidades genéticas que possam prejudicar futura prole.
Com a edição do Código Civil de 2002, muita polêmica foi instaurada a respeito do tema, chegando-se
a cogitar que o referido decreto-lei estaria revogado.
Em função dos debates doutrinários, houve a edição de um enunciado que procurou regulamentar a
questão.
O enunciado nº 98 na I Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justiça dispunha:
"O inc. IV do art. 1.521 do novo Código Civil deve ser interpretado à luz do Decreto-lei n. 3.200/41, no que se
refere à possibilidade do casamento entre colaterais de 3º grau".
Comentários:
Por ser legislação específica, diante do dilema prevalece o Decreto-Lei 3.200, de 1941.
Os pretendentes deverão requerer judicialmente o enlace matrimonial, devendo antes se submeter a
exames de 2 peritos médicos para atestar sanidade mental, sangue e DNA para que sejam verificadas
possibilidades de seqüelas aos futuros filhos.
Se houver empate entre os peritos o juiz pode indicar um terceiro.
Se o juiz não aceitar os laudos poderá indicar novos peritos.
Assim, entende-se que podem casar os tios com suas sobrinhas desde que observados os
procedimentos e requisitos legais. Caso o laudo médico conclua pela inconveniência do casamento, o
impedimento prevalece.
A quinta possibilidade de impedimento é o casamento entre o adotado com o filho do adotante. Ora,
este dispositivo é totalmente dispensável haja vista que, no momento da adoção, o adotado e o filho do
adotante se tornam irmãos, e por isso já estariam impedidos de casar pela regra do art. 1.521, IV.
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por
qualquer pessoa capaz.
De acordo com o art. 1.522, os impedimentos podem ser opostos por qualquer pessoa capaz, desde
que seja antes da realização do matrimônio:
Comentários:
Qualquer pessoa capaz, maior de 18 anos, pode denunciar o impedimento ao cartório ou a Justiça, até
o momento da celebração do casamento.
Prevê o art. 1.548 do CC/2002 que o casamento é nulo em duas hipóteses: quando contraído por
enfermo mental sem necessário discernimento para os atos civis ou quando houver infringência de
impedimento.
Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente,
pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público.
Comentários:
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De acordo com o art. 1.549, após o casamento, as ações de nulidade podem ser promovidas por
qualquer interessado, pelo MP ou até mesmo ex-officio pelo juiz.
Qualquer interessado não é qualquer pessoa, mas aquelas que tenham algum interesse jurídico, moral ou
econômico. Os terceiros que não tenham nenhuma relação com o fato, não tem legitimidade para propor a
referida ação.
Questão:
Qual o prazo prescricional para levar a juízo uma nulidade de casamento?
R: Não existe prazo de prescrição, é imprescritível, pode ser requerida a qualquer tempo.
Atenção:
Não confundir NULIDADE com ANULAÇÃO.
Casamento Putativo
É o casamento nulo ou anulável, que, contraído de boa fé, por ambos, ou pelo menos por um dos
nubentes, tem, em razão da boa fé, efeitos civis (art. 1.561, CC).
Se ambos estavam de boa fé, a sociedade conjugal se dissolve como se tivesse ocorrido a morte de
um dos cônjuges, partilhando-se os bens. O regime de bens adotado gera efeitos até a data da anulação,
atendendo-se na partilha o que foi estabelecido no pacto.
Se a nulidade ou anulabilidade foi decretada após a morte de um dos cônjuges, o outro herda
normalmente. Morrendo um dos cônjuges após a sentença anulatória, não mais será herdeiro.
Se a boa fé era só de um dos cônjuges, deve-se observar o art. 1.564, CC. O cônjuge de má fé perde
as vantagens econômicas do casamento, não tendo direito à meação, se casaram sob o regime da comunhão
de bens, nem será herdeiro do outro cônjuge. Por outro lado, o cônjuge inocente não perde seus direitos.
Questão:
Qual a conseqüência de um casamento que possui causa suspensiva?
R: Não gera inexistência, nulidade ou anulação, o único ônus que cabe aos nubentes é que o regime será
convertido em SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS (essa imposição aos cônjuges seria a pena dos dois).
sexta-feira 26/03/2010
Regime de bens
Classificação:
a) Convencional (= Consensual)
É quando os cônjuges optam por determinado regime de bens: SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS,
COMUNHÃO UNIVERSAL e PARTICIPAÇÃO FINAL EM AQUESTOS.
Quando o casal quiser a COMUNHÃO PARCIAL DE BENS, não será necessário o pacto pré-nupcial,
basta mencionar na fase de habilitação do casamento.
b) Legal
b-1) Legal supletivo
Ocorre a omissão, quando o casal não se pronunciar sobre o regime será adotado o de COMUNHÃO
PARCIAL DE BENS.
sexta-feira 09/04/2010
Pacto pré-nupcial – Serve para predeterminar os direitos patrimoniais dos cônjuges. Alguns casais também
colocam em seus pactos outras questões como; de guarda de menor, tutoria de menor, etc, mas, o objetivo
principal dos pactos pré-nupciais é patrimonial.
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Não há previsão legal para contratos pré-nupciais (ex: EUA), mas devido a omissão legal, é aceito por
jurisprudência.
Escritura Pública
“O regime de bens passa a vigorar desde a data do casamento” (art. 1.639, § 1º, CC/2002). Se houver
o pacto pré-nupcial tem que ser registrado em escritura pública para ser válido, senão não há casamento, o
que não permite que o pacto tenha eficácia. Nesse caso o pacto tem validade, mas não tem eficácia. Tanto
que, se um dos noivos vier a falecer antes do casamento o pacto CADUCA, perdendo todo seu valor.
Se houver por parte de um dos noivos uma compra a crédito cujas datas de pagamento adentraram o
casamento, no caso de separação no regime de COMUNHÃO PARCIAL DE BENS, deverão ser feitos cálculos
proporcionais dos valores que foram pagos após o casamento, para efetuar a partilha.
O § 2º, art. 1.639, CC/2002, prevê a possibilidade de mudança de regime após o casamento, sendo
que o pedido deverá ser por meio de petição fundamentada e assinada por ambos os cônjuges.
Comentários: Para o Prof. Alexandre, é obrigatória a marcação de uma audiência, para que o juiz possa sentir
a real intenção da mudança de regime.
O art. 1.640, CC/2002 (Regime Supletivo) – Na omissão quanto ao regime, nulidade ou ineficácia da escolha
do regime, converte-se em COMUNHÃO PARCIAL DE BENS.
Ex: Pacto pré-nupcial que não for por escritura pública.
Art. 1.641, CC/2002 (Separação Legal Obrigatória) – É obrigatório adotar a COMUNHÃO PARCIAL DE BENS.
I – Causas suspensivas (Ver o art.1.523, CC/2002)
Exceção – se as partes peticionam afirmando e provando que o casamento não trará prejuízo a nenhuma
delas o juiz pode “levantar” a causa suspensiva, podendo então as partes escolher novo regime de bens.
Obs: Quando se casa novamente é necessário fazer a partilha dos bens do casamento anterior, se isso não é
feito o regime do novo casamento será o de SEPARAÇÃO TOTAL. Se após o casamento fez-se a partilha do
primeiro casamento, pode-se peticionar provando que foi feita a partilha, nesse caso pode-se escolher novo
regime.
- O dispositivo seria para preservar o patrimônio do idoso. Para o Prof. Alexandre o dispositivo é visto pela
maioria como Inconstitucional.
- Nesse caso não existe mais a possibilidade de mudança de regime.
- O cônjuge idoso tem a faculdade de doar um bem para sua esposa mais jovem (art. 1.544, CC/2002).
III – Menores de 16 a 18 anos (autorização dos pais) – Quando o juiz dá anuência que os pais não
queriam dar, o regime será SEPARAÇÃO TOTAL, sendo possível aos nubentes alterar o regime quando
atingirem a maioridade núbil (18 anos).
- Quando os pais autorizam o casamento, pode se escolher qualquer regime, desde que os pais acompanhem
essa escolha. Os pais também assinam no pacto.
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Art. 1.657, CC/2002 – Convenções ante nupciais - Se fez o pacto, tem que registrar no cartório de registro de
imóveis (RGI) do domicílio dos cônjuges para que tenha efeito erga omnis (efeito para terceiros), mesmo que
eles não tenham bens (imóveis).
Se o casal tem vários imóveis, é obrigatório que se faça separadamente o registro de cada imóvel.
Art. 1.658, CC/2002 (Comunhão Parcial) – comunicam-se os bens do casal, partilha-se tudo, menos os casos
do art. 1.659, CC/2002.
Comentários: Bem doado não partilha, bem herdado não partilha, bem anterior ao casamento não partilha
(Prof. Alexandre).
IV – Não se partilha a obrigação adquirida em ato ilícito, exceto se o cônjuge usufruía do fruto do ilícito.
Comentários: O cônjuge de boa fé terá que provar que não sabia, senão partilhará a obrigação de reparar
civilmente (Prof. Alexandre).
Exceção: Livro raro. Ex: Código Civil Italiano de mil oitocentos e pouco, um livro autografado de Rui Barbosa
1ª edição (Prof. Alexandre).
VI – Proventos de trabalho pessoal – O cônjuge não tem direito ao salário do outro, mas sim às
conseqüências trabalhistas tais como verbas rescisórias, indenizações provenientes de relação trabalhistas são
partilhadas
Art. 1.663, CC/2002 – A administração dos bens comuns cabe a qualquer um dos cônjuges.
Art. 1.667, CC/2002 (Comunhão Universal) – Partilha-se todos os bens adquiridos antes, durante e depois do
casamento, exceto nos casos citados no art. 1.668.
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+X+ +X+ + A partir daqui não cairá na primeira prova +X+ +X+ +
544,
1.517 ao 1.521
1.523 ao 1.527
1.531 e 1.532
1.539 e 1.540
1.542
1.548 ao 1.560
1.639
1.640
1.641
1.653
1.657
1.659 ao 1.661
1.663
1.672
1.673
1.674
1.687
1.688
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Por enquanto é só.
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Próximas aulas:
sexta-feira 23/04/2010
sexta-feira 30/04/2010