Alberto proprietrio de um imvel em Lisboa que foi objeto de uma
declarao de utilidade pblica de expropriao, em 2 de Fevereiro de 2008, com vista instalao de um equipamento escolar do ensino bsico. Passados dois anos, o prdio ainda no havia sido utilizado para aquele fim, pelo que Alberto requereu ao Ministro da Educao que declarasse a reverso do imvel, atravs de um requerimento entregue no dia 3 de Maro de 2010. Dois meses depois, Alberto foi notificado do despacho do Secretrio de Estado da Educao com o seguinte contedo: Ao abrigo do despacho de delegao de competncias do Ministro da Educao, indefiro o pedido de reverso por considerar que no se verificam os pressupostos legais para o efeito. Em 12 de Setembro de 2010, Alberto intentou uma ao contra o Estado, atravs da qual impugnou o ato do Secretrio de Estado junto do Tribunal Central Administrativo, invocando os vcios de violao de lei, falta de
fundamentao
preterio
de
formalidade
essencial
e,
cumulativamente, uma ao de condenao prtica de ato devido para
que o Tribunal condenasse o Secretrio de Estado a ordenar a reverso do imvel. O Ministro da Educao, citado para contestar, defendeu-se por exceo, invocando a ilegitimidade passiva do Secretrio de Estado, a intempestividade da ao, a cumulao ilegal de pedidos e a incompetncia do Tribunal. Na defesa por impugnao, o Ministro limitou-se a dizer que o ato no padecia de nenhum dos vcios alegados pelo autor. No despacho saneador, o Tribunal absolveu o Ru da instncia por considerar haver uma cumulao ilegal de pedidos. Perante isto, Alberto intentou junto do Tribunal Administrativo de Crculo de Lisboa, uma ao de responsabilidade civil para ser ressarcido pelos danos patrimoniais que sofreu em virtude da perda do imvel. Contudo, o Tribunal rejeitou liminarmente a petio inicial, uma vez que o ato que recusou a reverso do terreno no tinha sido anulado judicialmente. Quid juris?